A queda no investimento travou a expansão da economia dos Estados Unidos. No segundo trimestre de 2016, a economia americana cresceu num ritmo de 1,2% ao ano, a metade do previsto pelos analistas, anunciou ontem o Departamento do Comércio.
Nos primeiros seis meses do ano, os EUA cresceram em ritmo de 1% ao ano, o pior primeiro semestre desde 2011. Com isso, o crescimento médio desde o fim da Grande Recessão, em 2009, está em 2,1% ao ano, o ritmo mais fraco desde 1949.
Ao mesmo tempo, com a queda na taxa de desemprego para 4,9%, os salários começam a aumentar e a venda de imóveis residenciais chegou no mês passado ao recorde pós-crise.
Um fator positivo foi a alta de 4,2% no consumo doméstico, responsável por dois terços do produto interno bruto dos EUA. Foi o maior aumento desde o fim de 2014.
A debilidade da economia joga a favor do candidato republicano, o magnata imobiliário Donald Trump, na corrida presidencial americana. Apesar da fraqueza, o banco J P Morgan Chase estima em 30% o risco de uma recessão nos próximos 12 meses.
Os dados divulgados ontem contradizem a análise do Comitê de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed), que na última reunião falou numa redução dos riscos de curto prazo para a economia americana, e diminuem a chance de um aumento na taxa básica de juros em setembro.
"Precisamos de reformas estruturais e outras política fiscal", declarou o delegado regional do Fed em Dallas, no Texas, Robert Kaplan, pedindo cautela na alta de juros. "Aí, teremos mais espaço operacional para normalizar as taxas."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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