Mesmo admitindo que o ditador Saddam Hussein "era um cara mau", o pré-candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos, o magnata imobiliário Donald Trump, elogiou ontem o ditador iraquiano derrubado por uma invasão americana em 2003, condenado e executado dois anos depois.
"Ele era um cara mau, um cara realmente mau", afirmou Trump. "Mas, sabem, de uma coisa? Ele fazia o bem. Ele matava terroristas. E fazia isso tão bem!"
Saddam Hussein era acusado de financiar o terrorismo internacional. Quando foi atacado pelos EUA na Guerra do Golfo, em 1991, não recorreu ao terrorismo, mas pagava US$ 25 mil às famílias dos terroristas suicidas palestinos na luta contra a ocupação israelense.
A campanha da pré-candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton, respondeu rapidamente através do assessor Jake Sullivan: "A admiração de Trump por ditadores brutais aparentemente não têm limites. Os comentários elogiosos de Trump a ditadores brutais e as lições distorcidas que ele parece ter aprendido com sua história demonstram mais uma vez como ele seria perigoso como comandante-em-chefe e como ele é indigno do cargo que pleiteia."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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