Horas antes do início da convenção nacional do Partido Democrata para oficializar a candidatura de Hillary Clinton à Presidência dos Estados Unidos, seu rival nas eleições primárias, o senador socialista Bernie Sanders pediu união para derrotar o candidato republicano, Donald Trump, apesar do vazamento de e-mails indicando favorecimento da cúpula do partido a Hillary.
Cerca de 20 mil mensagens de correio eletrônico do comitê executivo nacional democrata foram reveladas pelo sítio WikiLeaks, especializado em piratear segredos políticos e empresariais. Neles, fica evidente a intenção de prejudicar a candidatura Sanders, com críticas inclusive em relação à religião. Sanders é judeu e ateu.
O escândalo ameaça a unidade do Partido Democrata, especialmente depois que Hillary escolheu o senador conservador Tim Kaine para candidato a vice-presidente. Ela ignorou a ala mais à esquerda do partido, que votou em massa em Sanders nas eleições prévias, seduzida pelas críticas à desigualdade social e às grandes empresas, especialmente financeiras, e acordos comerciais.
Em discurso no início da tarde, o senador socialista insistiu em propostas como um salário mínimo de US$ 15 por hora e pediu o voto para a chapa Clinton-Kane, apesar da reação negativa de seus aliados.
Depois de uma convenção republicana marcada pela clara rejeição de amplos setores do partido a Trump, na semana passada, os democratas esperavam dar uma demonstração de unidade. Sanders fala hoje à noite. Vai insistir que o verdadeiro inimigo é Trump.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
segunda-feira, 25 de julho de 2016
Sanders pede união dos democratas para derrotar Trump
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