sábado, 23 de julho de 2016

Estado Islâmico rejeita ultimato para deixar Manbij

A milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante ignorou o ultimato de 48 horas para se retirar da cidade de Manbij, no Norte da Síria, e voltou a atacar hoje as Forças Democráticas da Síria, um grupo curdo-árabe apoiado pelos Estados Unidos.

As FDS deram aos milicianos do Estado Islâmico a possibilidade de sair da cidade levando armas leves. Os terroristas não aceitaram porque Manbij, situada no Norte da província de Alepo, é uma cidade estratégica localizada na principal rota de suprimento do grupo entre a Síria e a Turquia.

"Até onde nos interessa, a situação não mudou, declarou Sharfan Darwish, do Conselho Militar das FDS. "Estamos avançando para libertar Manbij."

Depois da morte de civis na terça-feira num bombardeio da coalizão aérea liderada pelos EUA, as FDS acusaram o EI de usar a população de Manbij como escudos humanos para minar o apoio ao grupo.

"O Estado Islâmico resiste ferozmente à penetração das FDS na cidade e está colocando crianças na linha de frente", afirmou Rami Abdel Rahman, diretor da organização não governamental de oposição Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que monitora a guerra civil no país.

É uma batalha mais feroz do que em Ramadi e Faluja, duas cidades de onde os jihadistas foram expulsos neste ano, comparou o porta-voz da aliança liderada pelos EUA, coronel Chris Garver. "É um combate como não vimos antes."

Garver alegou que o bombardeio da terça-feira foi pedido pelas FDS. Os rebeldes sírios aliados dos EUA teriam visto "um grande comboio de milicianos do Estado Islâmico que pareciam estar preparando um contra-ataque". Um inquérito foi aberto para investigar a morte dos civis.

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