A Frente de Apoio ao Povo do Levante (Jabhat al-Nusra) rompeu oficialmente com a rede terrorista Al Caeda na quinta-feira e mudou de nome para Frente de Luta dos Povos do Levante (Jabhat Fatah al-Cham), mas pode ser apenas uma manobra para se qualificar para participar das negociações sobre a paz na Síria.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos considera muito cedo para concluir se a frente merece ser retirada da lista de organizações terroristas. O atual líder supremo da rede Al Caeda, o médico egípcio Ayman al-Zawahiri, teria autorizada a ruptura.
A Frente al-Nusra foi criada em janeiro de 2012 pelo Estado Islâmico do Iraque, já liderado na época por Abu Baker al-Baghdadi, como braço armado d'al Caeda na guerra civil da Síria a pedido de Al-Zawahiri.
Enquanto Al-Zawahiri queria manter o Estado Islâmico do Iraque, antiga Al Caeda no Iraque, na guerra civil do Iraque e a Frente al-Nusra no conflito sírio, Al-Baghdadi era a favor de unificar as duas milícias. Seu propósito é ignorar as fronteiras e os Estados nacionais do Iraque e da Síria, impostos pelas potências ocidentais depois da derrota do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial.
Essa divergência causou o rompimento entre os dois grupos jihadistas. Em abril de 2013, Al-Baghdadi anunciou a fusão das duas milícias no Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Em fevereiro de 2014, Al-Zawahiri rompeu com o Estado Islâmico.
O Estado Islâmico e a Frente al-Nusra são alvos das Forças Aéreas dos EUA e da Rússia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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