Com a desistência da ministra da Energia, Andrea Leadsom, a ministra do Interior, Theresa May, é agora a única candidata à liderança do Partido Conservador e, em consequência, a futura primeira-ministra do Reino Unido. Será a segunda mulher a ocupar o cargo, depois de Margaret Thatcher (1979-90). Sua principal missão será negociar a saída do país da União Europeia.
O atual primeiro-ministro, David Cameron, derrotado no plebiscito sobre a UE, vai apresentar seu pedido de demissão à rainha Elizabeth II na quarta-feira, abrindo o caminho para Theresa May.
A escolha da chefe de governo retira uma incerteza que pesa sobre o país, mas as consequências políticas e econômicas da saída da UE ainda são imponderáveis. Além da queda nos investimentos e do produto interno bruto do Reino Unido, a Escócia ameaça convocar um novo plebiscito sobre a independência para deixar a Grã-Bretanha e ficar na UE.
May é eurocética, mas votou contra a saída da UE por lealdade a Cameron. Os principais defensores da Brexit (saída britânica) foram eliminados na disputa pela liderança conservadora.
O ex-prefeito de Londres Boris Johnson foi o primeiro a fugir da raia, seguido pelo líder do Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), Nigel Farage, que declarou missão cumprida depois de criar o caos e da ameaça de divisão do país.
Por fim, o ministro da Justiça, Michael Gove, acusado de dar uma facada nas costas de Johnson, foi derrotado na segunda votação interna da bancada do partido.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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