sábado, 16 de julho de 2016

Erdogan pede aos EUA a extradição de Fethullah Gülen

Em seu primeiro pronunciamento público desde a tentativa de golpe militar na Turquia, o presidente Recep Tayyip Erdogan afirmou há pouco que "estamos todos unidos sob a mesma bandeira" e chamou os golpistas de "terroristas", prometendo desmantelar o que chamou de Estado paralelo.

Erdogan responsabilizou seu antigo aliado Fethullah Gülen, um clérigo muçulmano exilado nos Estados Unidos, pelo golpe e pediu ao governo americano sua prisão e extradição.

Quatro partidos divulgaram manifesto hoje em apoio ao governo democraticamente eleito, o governista Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), o Partido Popular Republicano (CHP), o Partido Democrático Popular (HDP), curdo moderado, e o Partido Movimento Nacionalista (MHP).

O apoio dos três principais partidos de oposição ao governo vai marcar o início de uma nova era de cooperação, declarou o primeiro-ministro Binali Yildirim. Mas a expectativa dos analistas é de fortalecimento do regime autoritário de Erdogan, que está no poder desde 2003, primeiro como primeiro-ministro e desde 2014 como presidente.

Três horas depois do início do golpe, os EUA divulgaram nota em apoio ao governo eleito da Turquia. Hoje, pediram moderação e respeito à lei na reação ao golpe. De acordo com a televisão americana CNN, o governo Barack Obama está disposto a examinar o pedido de extradição. Quer ver os indícios e provas que a Turquia tem contra Gülen.

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