Em seu primeiro pronunciamento público desde a tentativa de golpe militar na Turquia, o presidente Recep Tayyip Erdogan afirmou há pouco que "estamos todos unidos sob a mesma bandeira" e chamou os golpistas de "terroristas", prometendo desmantelar o que chamou de Estado paralelo.
Erdogan responsabilizou seu antigo aliado Fethullah Gülen, um clérigo muçulmano exilado nos Estados Unidos, pelo golpe e pediu ao governo americano sua prisão e extradição.
Quatro partidos divulgaram manifesto hoje em apoio ao governo democraticamente eleito, o governista Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), o Partido Popular Republicano (CHP), o Partido Democrático Popular (HDP), curdo moderado, e o Partido Movimento Nacionalista (MHP).
O apoio dos três principais partidos de oposição ao governo vai marcar o início de uma nova era de cooperação, declarou o primeiro-ministro Binali Yildirim. Mas a expectativa dos analistas é de fortalecimento do regime autoritário de Erdogan, que está no poder desde 2003, primeiro como primeiro-ministro e desde 2014 como presidente.
Três horas depois do início do golpe, os EUA divulgaram nota em apoio ao governo eleito da Turquia. Hoje, pediram moderação e respeito à lei na reação ao golpe. De acordo com a televisão americana CNN, o governo Barack Obama está disposto a examinar o pedido de extradição. Quer ver os indícios e provas que a Turquia tem contra Gülen.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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