Há um ano parecia impossível, mas o magnata imobiliário Donald Trump será o candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos na eleição de 8 de novembro de 2016. A convenção nacional do partido, realizada em Cleveland, no estado de Ohio, oficializou há pouco a indicação.
Quando seu filho Donald Trump Jr. anunciou os votos do estado de Nova York, o bilionário atingiu o número mínimo de 1.237 delegados para garantir a candidatura. Ao todo, Trump recebeu os votos de 1.725 delegados, 69,8% do total, a oitava menor porcentagem da história do partido.
Isso significa que ele sofreu a maior oposição interna (30,2%) desde a última convenção disputada, em 1976, e a segunda maior em um século, observou o jornal The Washington Post.
Em discurso na quinta-feira, Trump aceita oficialmente a investidura.
Ainda hoje, os delegados devem confirmar a candidatura a vice-presidente do governador do estado de Indiana, Mike Pence.
Trump foi o grande fenômeno das eleições primárias deste ano. Com uma retórica agressiva de negociante e apresentador de televisão, o bilionário explora os medos do eleitorado americano, da violência, do desemprego e dos imigrantes. Comprou brigas com as mulheres, com os mexicanos e demais latino-americanos, com muçulmanos e imigrantes de modo geral.
Houve algumas tentativas de rebelião dentro do Partido Republicano de grupos que não o consideram conservador. Demagogo e oportunista, Trump era a favor do aborto e do controle de armas. Mudou o discurso para agradar ao eleitorado mais à direita.
A convenção nacional republicana para consagrar o bufônico Trump é marcada pelas ausências. De todos os ex-presidentes e candidatos do partido à Casa Branca, só Bob Dole participa do evento. A família Bush, com dois ex-presidentes boicota a convenção republicana, assim como o senador John McCain, candidato em 2008, e o empresário Mitt Romney, derrotado em 2012.
Até o governador do estado de Ohio, onde se realiza a convenção, John Kasich, está ausente, assim como outras figuras eminentes do partido como o senador Lindsay Graham.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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