Através de sua agência de notícias Amaq, a milícia jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a responsabilidade pelo atentado terrorista que matou 84 pessoas no dia 14 de julho em Nice, no Sul da França, atropelando-as com um caminhão frigorífico.
O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, revelou que o terrorista tunisiano virou extremista rapidamente, noticiou o jornal Libération.
"Parece que o terrorista radicalizou suas visões rapidamente", afirmou Cazeneuve, sem revelar muitos detalhes. "Estes são os primeiros resultados de nossa investigação através de entrevistas com seus conhecidos."
Até agora, cinco pessoas foram detidas para interrogatório. Uma falou com o terrorista momentos antes do atentado.
A grande dúvida das autoridades francesas é se Bouhlel agiu sozinho ou em contato direto com a milícia terrorista. Ele morava há seis anos em Nice, um dos focos do extremismo muçulmano na França.
É improvável que o Estado Islâmico tenha organizado o ataque. Mais parece ter inspirado, mas também pode estar apenas fazendo propaganda em cima do atentado.
"Estamos enfrentando agora indivíduos que respondem positivamente às mensagens do Estado Islâmico sem ter acesso a nenhum treinamento especial nem acesso a armas que permitam cometer assassinatos em massa", observou o ministro do Interior.
A agência Amaq afirmou que Bouhlel "era um soldado do Estado Islâmico" citando "fontes internas" da organização. "Ele executou a operação em resposta aos apelos para alvejar cidadãos da coalizão de nações que luta contra o Estado Islâmico", alegou genericamente, sem fornecer qualquer prova.
A rádio oficial do grupo, al-Bayan, exaltou a "nova tática" usada pelo terrorista tunisiano: "Os países cruzados sabem que não importa quanto aplicarem procedimentos e medidas de segurança não vão conseguir impedir os mujahedin de atacar."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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