Ele dirigia um Subaru vermelho num cruzamento do centro de Kiev quando uma explosão abriu violentamente a porta. O motorista foi jogado no banco de trás. O carro começou a andar para trás, enquanto ele tentava escapar das ferragens. Populares o ajudaram a sair momentos antes do veículo explodir em chamas diante de uma lanchonete do McDonald's. Mas os ferimentos foram mortais, reportou o jornal The New York Times.
A bomba estava colocada sob o carro e foi detonada por controle remoto. A explosão deixou uma cratera, uma carcaça e mais uma morte misteriosa de jornalista na antiga União Soviética. Pavel Cheremet nasceu em Minsk, a capital da Bielorrússia em 1971, na era soviética, onde se tornou jornalista.
Preso em 1997 pela ditadura de Alexander Lukachenko depois de assinar a Carta 97, uma manifesto pela democracia, Cheremet foi para a Rússia, onde trabalhou na televisão pública ORT.
Em julho de 2014, depois da anexação da Crimeia e do início da guerra civil fomentada por Moscou no Leste da Ucrânia, Cheremet deixou a ORT alegando que jornalistas que "não seguem o estilo de propaganda do Kremlin" estavam sendo perseguidos.
Cheremet era um grande crítico dos presidentes da Rússia, Vladimir Putin; da Bielorrússia, Alexander Lukachenko; e da Ucrânia, Petro Porochenko. O governo ucraniano rapidamente acusou o Kremlin.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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