Depois de um desempenho fraco e inesperado em maio, o mercado de trabalho dos Estados Unidos teve em junho de 2016 o melhor resultado desde outubro de 2015, com um saldo de 287 mil postos de trabalho criados a mais do que fechados, anunciou hoje o Departamento do Trabalho.
A geração de empregos superou em muito a expectativa do centro financeiro da Wall St., que previa um saldo de 180 mil postos de trabalho. Alivia o temor de uma desaceleração da economia ou mesmo de uma recessão que ajudaria o pré-candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump.
O índice de desemprego, medido em outra pesquisa, subiu de 4,7% para 4,9%, num sinal de que aumentou o número dos que procuram emprego. A participação da mão de obra no mercado de trabalho subiu para 62,7%.
Os salários tiveram um aumento médio de 2,6% nos últimos 12 meses, o ritmo mais forte desde 2009.
No segundo trimestre de 2016, as folhas de pagamento acrescentaram em média 147 mil trabalhadores por mês, abaixo das médias de 196 mil no primeiro trimestre e de 229 mil empregos por mês no ano passado. A economia dos EUA precisa gerar 145 mil novos empregos por mês para absorver os novos candidatos a entrar no mercado de trabalho.
A maioria dos analistas aposta numa alta de juros na reunião de setembro do Comitê de Mercado Aberto do Conselho da Reserva Federal (Fed). No início do ano, os economistas previam quatro altas, mas a desaceleração da economia da China aumentou a cautela do Fed, o banco central dos EUA.
O novo abalo nos mercados internacionais foi a aprovação da saída do Reino Unido da União Europeia em plebiscito realizado em 23 de junho. Seu impacto ainda não está claro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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