A coalizão do primeiro-ministro Shinzo Abe conquistou 70 das 121 cadeiras no Senado do Japão em disputa nas eleições de domingo, dando ao governo a maioria necessária para reformar a Constituição e acabar com a proibição de usar a força no exterior imposta pelos Estados Unidos depois da Segunda Guerra Mundial.
Alterar o artigo 9 da Constituição é uma antiga aspiração do primeiro-ministro. A mudança depende de maioria de dois terços no Senado e na Câmara.
Com a vitória nas urnas, Abe pode revigorar suas reformas, uma modernização conservadora para fortalecer a economia e defender a posição do Japão como potência industrial: "Precisamos avançar firmemente neste caminho", declarou o chefe de governo, que advertia para o risco do "retorno de um período sombrio" quando o Partido Democrata estava no poder, rm 2009-12.
Em troca, Abe oferece a estabilidade que trouxe para o país desde sua ascensão a primeiro-ministro, em 2012. Desde então, ele lançou uma série de medidas conhecidas como abeconomia, com compra de títulos públicos para combater a estagnação e a deflação, duas pragas da economia do Japão desde o estouro da bolha do Super-Japão, em 1991.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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Um comentário:
No futuro,no Japão, se aprovada a exportação de armas, teremos super conglomerados financeiro-econômico-militar como os que ocorrem nos EUA e Europa. a ficção está se tornando realidade, não haverá mais governos mas interesses globais.
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