Em sua reação oportunista depois do fracassado golpe militar de 15 de julho de 2016, o presidente Recep Tayyip Erdogan mandou fechar três agências de notícias, 15 revistas, 16 emissoras de televisão, 23 rádios e 45 jornais na Turquia. Quarenta e sete jornalistas foram presos.
Os Estados Unidos e a União Europeia pediram moderação no contragolpe, mas o líder turco ignora seus críticos internos e externos. Desde o golpe, mais de 60 mil militares, policiais, juízes, promotores, professores, intelectuais, jornalistas e outros funcionários públicos foram presos ou demitidos.
Erdogan acusa o clérigo muçulmano autoexilado nos EUA Fethullah Gülen de estar por trás do golpe. Gülen nega tudo. O comando do Estado-Maior das Forças Armadas apontou 8.651 militares ligados ao movimento gulenista, cerca de 1,5% do contingente total.
Os governos ocidentais e organizações de defesa dos direitos humanos manifestaram preocupação com a onda de expurgos e prisões, acusando Erdogan de aproveitar a oportunidade para atacar as oposições, que foram contra o golpe, e ampliar seus poderes.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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