terça-feira, 19 de julho de 2016

Turquia pede oficialmente extradição de Gülen aos EUA

A Turquia encaminhou oficialmente um pedido aos Estados Unidos de extradição do clérigo muçulmano Fethullah Gülen, acusado pelo presidente Recep Tayyip Erdogan de liderar a tentativa de golpe de 15 de julho de 2016.

Erdogan e seus aliados acusam Gülen, líder de um grande movimento islamista moderado e ex-aliado do presidente, de estar por trás do golpe fracassado. Os EUA admitem examinar o pedido, mas querem provas concretas de participação de Gülen na conspiração. A simples participação de membros do movimento gulenista não basta.

O pedido de extradição é enfraquecido pelo clima de caça às bruxas imposto pelo presidente na reação ao golpe. Entre prisões e expurgos, Erdogan já puniu 35 mil militares, juízes, promotores, policiais, professores e outros funcionários públicos que acusa de colaborar com o golpe.

A Europa e os EUA cobram o respeito à lei e aos princípios básicos da democracia. A comissária europeia de Relações Exteriores, Federica Mogherini, advertiu que a reintrodução da pena de morte fechará as portas da União Europeia para a Turquia.

Por outro lado, o governo turco usa a base aérea da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em Incirlik para pressionar os EUA. Ela é importante na guerra aérea dos EUA contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.

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