Em um discurso em que apontou a desigualdade social como principal tema da campanha e acusou o pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, o senador socialista Bernie Sanders apoiou oficialmente a candidatura da ex-secretária de Estado Hillary Clinton.
Os dois prometeram unir esforços para impedir a vitória de Donald Trump, descrito por Sanders como um candidato que explora o medo e o preconceito numa campanha marcada por insultos contra negros, mulheres, latinos e imigrantes. Para ganhar em 8 de novembro, a ex-secretária precisa especialmente dos votos dos jovens mobilizados pela campanha de Sanders.
Hillary está estudando com Sanders meios de tornar a universidade mais acessível ao americano de classe média. Ela defendeu uma nova polícia comunitária para acabar com o racismo institucionalizado responsável pelas mortes de tantos negros registradas nas últimos anos por câmeras.
"A situação muda quando as pessoas respeitam a lei e são respeitadas pelos agentes da lei", declarou Hillary, citando como exemplo a polícia de Dallas, que enfrentou Micah Johnson no fim de semana mesmo depois dele afirmar que queria matar brancos, especialmente policiais brancos.
Em outra questão polêmica, a pré-candidata democrata insistiu que "não deve haver armas de guerra nas ruas dos EUA" para que a polícia não tenha de enfrentá-las quando caírem nas mãos de algum desequilibrado.
A ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama acenou ainda com a maior geração de bons empregos desde a Grande Depressão (1929-39). "O senador Sanders e eu acreditamos que todas as pessoas que trabalham duro merecem um salário justo", alegando que "US$ 7,50 são um salário de fome que não permite alimentar uma família". Ela também defendeu o direito à livre organização sindical.
Outro tema em que propôs uma ação decidida foi o aquecimento global para tornar os EUA uma economia de baixo carbono.
"Vamos garantir que o centro financeiro de Wall Street e os bilionários paguem sua parte nos impostos", acrescentou Hillary, acusando Trump de reduzir a arrecadação em US$ 1 trilhão com cortes de impostos para as grandes empresas e os super-ricos numa "economia vudu".
As mulheres devem ganhar salários iguais aos homens e os EUA devem oferecer licença-maternidade e licença-paternidade como os demais países ricos, argumentou a ex-secretária de Estado.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
terça-feira, 12 de julho de 2016
Bernie Sanders endossa candidatura de Hillary à Casa Branca
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