Em uma clara traição aos Estados Unidos, o candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, declarou hoje que gostaria que as mensagens do correio eletrônico privado de sua adversária, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton tenham sido pirateados por agentes da Rússia.
"Se piratearam, eles devem ter 33 mil e-mails. Espero que façam", declarou o bilionário em entrevista coletiva na cidade de Doral, no estado da Flórida, agindo por impulso, sem medir as consequências de sua fala.
Trump quebrou uma regra básica da política americana, não fazer o jogo do inimigo para obter vantagens em disputas internas. Independentemente do partido, a segurança nacional é prioridade. Mais uma vez, o magnata imobiliário mostrou-se despreparado e desequilibrado emocionalmente para ser presidente dos EUA.
"Rússia, se estiver ouvindo, espero que sejam capazes de descobrir os 30 mil e-mails que estão faltando", atacou Trump.
Na sexta-feira passada, quando o sítio WikiLeaks provocou o vazamento de cerca de 20 mil mensagens da cúpula do Partido Democrata que revelaram o favorecimento a Hillary em prejuízo da candidatura do senador socialista Bernie Sanders, os democratas acusaram a Rússia pela pirataria cibernética para ajudar a campanha de Trump.
Não era um simples discurso fácil para culpar o adversário. Entre as mensagens pirateadas, havia textos no alfabeto cirílico, usado na Rússia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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