O presidente Barack Obama vai deixar 8,4 mil soldados dos Estados Unidos no Afeganistão depois do fim de seu governo, em 20 de janeiro de 2017, quebrando sua promessa da primeira campanha de acabar com as guerras no Iraque e no Afeganistão.
"Acredito fortemente que é no interesse de nossa segurança nacional, especialmente depois de todo o sangue e o tesouro que investimentos no Afeganistão nos últimos anos, que demos a nossos parceiros no Afeganistão uma chance de sucesso", declarou Obama na Casa Branca.
Obama pretendia reduzir o contingente militar americano para 5,5 mil soldados, que ficariam encarregados de treinar as forças de segurança afegã, intervindo apenas em operações excepcionais de combate ao terrorismo. Mudou de ideia diante da ascensão do Estado Islâmico do Iraque e do Levante no Iraque, onde tinham ficado apenas 160 militares encarregados de proteger a embaixada dos EUA.
Há hoje 9,8 mil soldados americanos no Afeganistão, depois de um pico de 100 mil durante o governo Obama, em 2010 e 2011. O presidente declarou que os EUA não travam mais uma "guerra terrestre" no país, mas admitiu que o Exército afegão não está preparado para enfrentar a Milícia dos Talebã e o Estado Islâmico.
Os EUA encerraram oficialmente as operações de combate em 2014, mas participaram de ações de guerra várias vezes nos últimos dois anos. A Guerra do Afeganistão é a mais longa da história dos EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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