O regime chavista da Venezuela libertou hoje seis presos políticos, inclusive o ex-governador Manuel Rosales, que perdeu uma eleição presidencial para o finado caudilho Hugo Chávez, noticiou a agência Reuters citando tuítes escritos por Rosales.
A oposição acusa o governo de manter na cadeia cerca de 100 presos políticos que não cometeram crime algum. O mais famoso é o ex-prefeito Leopoldo López, condenado por "incitar à violência" durante uma onda de protestos em que 43 foram mortas, em fevereiro de 2014. Não há qualquer provca concreta contra ele.
Rosales estava preso desde que voltou do exílio no Peru em 2015. Desde outubro deste ano, estava em prisão domiciliar. Os outros cinco presos políticos libertados estavam detidos desde as manifestações de protesto de 2014.
Sob a Presidência de Chávez (1999-2013), a popularidade do caudilho e o fracassado golpe de Estado contra ele em 2002 marginalizaram a oposição. Desde que Chávez foi substituído pelo arqui-incompetente Nicolás Maduro, a Venezuela afundou numa crise política e econômica sem precedentes, agravada pela queda nos preços do petróleo.
O produto interno bruto caiu 18% em dois anos, a inflação ronda os 700% ao ano e os venezuelanos têm dificuldades para encontrar a maioria dos produtos essenciais. Para agravar ainda mais o caos econômico, Maduro ordenou a retirada de circulação das notas de 100 bolívares, a mais valiosa do país, a pretexto de combater máfias colombianas que estariam atacando a economia da Venezuela.
A oposição tentou convocar um referendo para revogar o mandato de Maduro. Esbarrou na Comissão Nacional Eleitoral e no Tribunal Supremo de Justiça, dominados pelo chavismo. Se o referendo for realizado em 2017 e Maduro perder, será substituído por um vice-presidente nomeado por ele.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sábado, 31 de dezembro de 2016
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
Animal recordista de velocidade em terra está ameaçado de extinção
O guepardo, que atinge 100 quilômetros por hora, velocidade recorde para um animal tem terra, é uma espécie sob ameaça de extinção. Restam cerca de 7,1 mil indivíduos da especie e 77% vivem fora de áreas de preservação ambiental, em contato com caçadores e fazendeiros.
No mundo selvagem, guepardos são bons caçadores por causa da velocidade, mas são leves. Com pouco peso, muitas vezes perdem a caça, por exemplo, para bandos de hienas.
Em estado selvagem, o guepardo se concentra hoje em alguns países do Sul da África. Na Ásia, praticamente desapareceu. Há 50 guepardos no Irã.
No mundo selvagem, guepardos são bons caçadores por causa da velocidade, mas são leves. Com pouco peso, muitas vezes perdem a caça, por exemplo, para bandos de hienas.
Em estado selvagem, o guepardo se concentra hoje em alguns países do Sul da África. Na Ásia, praticamente desapareceu. Há 50 guepardos no Irã.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
Salário mínimo de Portugal sobe para 557 euros em janeiro
O governo esquerdista de Portugal chegou a um acordo na semana passada com sindicatos patronais e trabalhistas para fixar a remuneração mínima mensal em 557 euros, cerca de R$ 2,2 mil, por mês a partir de janeiro de 2017. Em contrapartida, as empresas vão pagar 1,25 ponto percentual a menos na taxa social única.
É um reajuste de 5%. O salário mínimo nacional português em 2016 foi de 530 euros mensais. Em nota, curta, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) declarou estar satisfeita.
Portugal tem um dos salários mínimos mais baixos da Zona do Euro. Quando o país estava submetido a um programa de ajuste fiscal imposto pela União Europeia (UE), o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional, de 2011 a 2014, o salário mínimo ficou congelado em 485 euros.
Até 2019, o salário mínimo português deve chegar a 600 euros por mês.
É um reajuste de 5%. O salário mínimo nacional português em 2016 foi de 530 euros mensais. Em nota, curta, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) declarou estar satisfeita.
Portugal tem um dos salários mínimos mais baixos da Zona do Euro. Quando o país estava submetido a um programa de ajuste fiscal imposto pela União Europeia (UE), o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional, de 2011 a 2014, o salário mínimo ficou congelado em 485 euros.
Até 2019, o salário mínimo português deve chegar a 600 euros por mês.
Boko Haram foi esmagado, afirma presidente da Nigéria
A milícia extremista muçulmana Boko Haram foi "esmagada" e expulsa de seu último enclave, na floresta de Sambisa, declarou ontem o presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari. No início de 2015, o grupo controlava uma área do tamanho da Bélgica.
"Os terroristas estão em fuga e não têm mais onde se esconder", afirmou Buhari. Em discurso para os militares, o ex-general pediu que "mantenham o ritmo [da ofensiva], perseguindo-os e levando-os à Justiça."
Desde que aderiu a luta armada para impor a lei islâmica ao país mais populoso da África e à região Leste do continente, cerca de 15 mil pessoas foram mortas e 2 milhões fugiram de casa. Quando o atual presidente tomou posse, em maio de 2015, tornou prioridade o combate aos jihadistas.
Em abril do ano passado, o líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, jurou lealdade ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante. O grupo, cujo nome significa repúdio à educação ocidenta, se apresenta como a Província do Estado Islâmico na África Ocidental.
"Os terroristas estão em fuga e não têm mais onde se esconder", afirmou Buhari. Em discurso para os militares, o ex-general pediu que "mantenham o ritmo [da ofensiva], perseguindo-os e levando-os à Justiça."
Desde que aderiu a luta armada para impor a lei islâmica ao país mais populoso da África e à região Leste do continente, cerca de 15 mil pessoas foram mortas e 2 milhões fugiram de casa. Quando o atual presidente tomou posse, em maio de 2015, tornou prioridade o combate aos jihadistas.
Em abril do ano passado, o líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, jurou lealdade ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante. O grupo, cujo nome significa repúdio à educação ocidenta, se apresenta como a Província do Estado Islâmico na África Ocidental.
domingo, 25 de dezembro de 2016
Avião militar da Rússia cai no Mar Negro com 92 pessoas a bordo
Um avião militar russo Tupolev Tu-154 desapareceu dos radares e caiu hoje no Mar Negro cerca de 20 minutos depois de decolar da cidade de Sóchi, na Rússia, com destino a Lataquia, o principal porto da Síria. O Kremlin descartou a possibilidade de terrorismo.
Vários corpos e restos do avião foram encontrados. Não há sinais de sobreviventes. O voo levava soldados, repórteres, oito tripulantes e 64 músicos da banda militar Alexandrov, mais conhecida como o Coral do Exército Vermelho. O grupo iria se apresentar para soldados russos que lutam na guerra civil da Síria ao lado da ditadura de Bachar Assad.
O presidente Vladimir Putin decretou luto nacional. O avião saíra de Moscou e fez escala em Sóchi para reabastecimento. Seus destroços foram encontrados a cerca de 1,5 quilômetros da costa a uma profundidade entre 50 e 75 metros.
Se for confirmado o acidente, será mais um sinal da decadência das Forças Armadas da Rússia numa época em que Putin usa a indústria bélica para reposicionar o país como potência mundial.
Em 12 de agosto de 2000, uma explosão a bordo afundou o submarino Kursk matando os 118 marinheiros a bordo. Em 2016, um porta-aviões russo que foi reforçar o apoio ao ditador da Síria, Bachar Assad, teve de ser rebocado no Mar Mediterrâneo.
Não admira que Putin tenha prometido, em entrevista coletiva de fim de ano, modernizar o arsenal nuclear russo. Seu suposto futuro amigo Donald Trump, presidente eleito dos EUA, reagiu imediatamente, relançando pelo menos no discurso a corrida armamentista da Guerra Fria.
A China, a verdadeira superpotência em ascensão capaz de superar os EUA economicamente em futuro próximo, com consequências em todas as áreas, propôs a abolição de todas as armas nucleares. Obama disse o mesmo anos atrás, mas ninguém acredita que isso aconteça.
Vários corpos e restos do avião foram encontrados. Não há sinais de sobreviventes. O voo levava soldados, repórteres, oito tripulantes e 64 músicos da banda militar Alexandrov, mais conhecida como o Coral do Exército Vermelho. O grupo iria se apresentar para soldados russos que lutam na guerra civil da Síria ao lado da ditadura de Bachar Assad.
O presidente Vladimir Putin decretou luto nacional. O avião saíra de Moscou e fez escala em Sóchi para reabastecimento. Seus destroços foram encontrados a cerca de 1,5 quilômetros da costa a uma profundidade entre 50 e 75 metros.
Se for confirmado o acidente, será mais um sinal da decadência das Forças Armadas da Rússia numa época em que Putin usa a indústria bélica para reposicionar o país como potência mundial.
Em 12 de agosto de 2000, uma explosão a bordo afundou o submarino Kursk matando os 118 marinheiros a bordo. Em 2016, um porta-aviões russo que foi reforçar o apoio ao ditador da Síria, Bachar Assad, teve de ser rebocado no Mar Mediterrâneo.
Não admira que Putin tenha prometido, em entrevista coletiva de fim de ano, modernizar o arsenal nuclear russo. Seu suposto futuro amigo Donald Trump, presidente eleito dos EUA, reagiu imediatamente, relançando pelo menos no discurso a corrida armamentista da Guerra Fria.
A China, a verdadeira superpotência em ascensão capaz de superar os EUA economicamente em futuro próximo, com consequências em todas as áreas, propôs a abolição de todas as armas nucleares. Obama disse o mesmo anos atrás, mas ninguém acredita que isso aconteça.
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sábado, 24 de dezembro de 2016
Governo de Israel rejeita resolução da ONU condenando colônias
Depois de acusar o governo Barack Obama de abandonar Israel no Conselho de Segurança das Nações Unidas, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu rejeitou a resolução aprovada ontem e prometeu trabalhar com o futuro governo Donald Trump nos Estados Unidos para "anular os efeitos negativos" da decisão, que chamou de absurda.
Pela primeira vez desde a ocupação da Cisjordânia, inclusive o setor oriental de Jerusalém, e da Faixa de Gaza na Guerra dos Seis Dias, em 1967, os Estados Unidos não vetaram um projeto de resolução condenando Israel.
Com a abstenção de Washington, a medida foi aprovada por 14 a 0. Ao defender a posição americana, a embaixadora na ONU, Samantha Power, afirmou que a expansão das colônias judaicas na Cisjordânia mina a segurança de Israel e a possibilidade de uma paz com a coexistência de dois países, um árabe e um judaico, no território histórico da Palestina.
Obama tomou a decisão depois de sucessivos boicotes da direita israelense ao processo de paz iniciado em outubro de 1991 na Conferência de Madri.Os acordos de Oslo foram negociados pelo Partido Trabalhista israelense, de esquerda.
O partido Likud, de Netanyahu, sempre tratou de adiar as negociações alegando que os palestinos não são parceiros confiáveis e ao mesmo tempo ampliou as colônias para criar uma política de fato consumado.
Durante o atual governo dos EUA, o secretário de Estado, John Kerry, tentou várias vezes retomar o processo de paz, mas Netanyahu nunca aceitou a exigência palestina de congelar a colonização como precondição para negociar a paz. O governo direitista de Israel insiste em negociar sem precondições. É uma manobra protelatória para não levar a lugar nenhum.
Nos últimos anos, entraram para o governo israelense partidos defensores dos colonos que querem simplesmente anexar a Cisjordânia. Seria o fim do sonho de uma Palestina independente e um pesadelo para a democracia em Israel, que em poucos anos teria uma população de maioria árabe.
Pela primeira vez desde a ocupação da Cisjordânia, inclusive o setor oriental de Jerusalém, e da Faixa de Gaza na Guerra dos Seis Dias, em 1967, os Estados Unidos não vetaram um projeto de resolução condenando Israel.
Com a abstenção de Washington, a medida foi aprovada por 14 a 0. Ao defender a posição americana, a embaixadora na ONU, Samantha Power, afirmou que a expansão das colônias judaicas na Cisjordânia mina a segurança de Israel e a possibilidade de uma paz com a coexistência de dois países, um árabe e um judaico, no território histórico da Palestina.
Obama tomou a decisão depois de sucessivos boicotes da direita israelense ao processo de paz iniciado em outubro de 1991 na Conferência de Madri.Os acordos de Oslo foram negociados pelo Partido Trabalhista israelense, de esquerda.
O partido Likud, de Netanyahu, sempre tratou de adiar as negociações alegando que os palestinos não são parceiros confiáveis e ao mesmo tempo ampliou as colônias para criar uma política de fato consumado.
Durante o atual governo dos EUA, o secretário de Estado, John Kerry, tentou várias vezes retomar o processo de paz, mas Netanyahu nunca aceitou a exigência palestina de congelar a colonização como precondição para negociar a paz. O governo direitista de Israel insiste em negociar sem precondições. É uma manobra protelatória para não levar a lugar nenhum.
Nos últimos anos, entraram para o governo israelense partidos defensores dos colonos que querem simplesmente anexar a Cisjordânia. Seria o fim do sonho de uma Palestina independente e um pesadelo para a democracia em Israel, que em poucos anos teria uma população de maioria árabe.
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territórios árabes ocupados
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
Conselho de Segurança da ONU condena colonização de territórios ocupados por Israel
Por 14 a zero, com a abstenção dos Estados Unidos, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou há pouco uma resolução condenando a colonização dos territórios árabes ocupados por Israel e pedindo a "cessação imediata de toda atividade de colonização em territórios palestinos ocupados, inclusive no Leste de Jerusalém".
A mudança de posição dos EUA depois de décadas da ocupação israelense, na Guerra dos Seis Dias, em 1967, é a resposta do governo Barack Obama à decisão do governo linha-dura de Israel de não avançar nas negociações e ampliar a colonização para criar um fato consumado.
O projeto de resolução foi apresentado inicialmente pelo Egito, que recuou ontem sob pressão dos EUA e de Israel, mas quatro países que copatrocinaram a proposta (Malásia, Nova Zelândia, Senegal e Venezuela) a reapresentaram hoje.
Diante da nova resolução, a Autoridade Nacional Palestina pode processar Israel em tribunais internacionais e movimentos como BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) e Paz Agora saem fortalecidos.
Obama foi duramente criticado no Congresso e pelo poderoso lobby israelense nos EUA. O presidente eleito, Donald Trump, que anunciou a mudança da Embaixada Americana em Israel para Jerusalém, insistiu ontem que os EUA deveria vetar a resolução. A maioria dos países não mudou a embaixada porque o setor oriental de Jerusalém é considerado internacionalmente um território ocupado.
Anos atrás, Obama declarou que a paz entre árabes e israelenses não viria de resoluções da ONU e, sim, de negociações diretas entre as partes. Seu governo tentou várias vezes restabelecer o diálogo, mas o primeiro-ministro linha-dura Benjamin Netanyahu sempre rejeitou a exigência dos palestinos de congelar a colonização.
Nos últimos anos, entraram para o governo partidos de ultradireita favoráveis à anexação pura e simples da Cisjordânia ocupada à revelia do direito internacional, que veda a guerra de conquista. A anexação dos territórios árabes ocupados seria um golpe fatal na Palestina independente e na democracia em Israel.
A mudança de posição dos EUA depois de décadas da ocupação israelense, na Guerra dos Seis Dias, em 1967, é a resposta do governo Barack Obama à decisão do governo linha-dura de Israel de não avançar nas negociações e ampliar a colonização para criar um fato consumado.
O projeto de resolução foi apresentado inicialmente pelo Egito, que recuou ontem sob pressão dos EUA e de Israel, mas quatro países que copatrocinaram a proposta (Malásia, Nova Zelândia, Senegal e Venezuela) a reapresentaram hoje.
Diante da nova resolução, a Autoridade Nacional Palestina pode processar Israel em tribunais internacionais e movimentos como BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) e Paz Agora saem fortalecidos.
Obama foi duramente criticado no Congresso e pelo poderoso lobby israelense nos EUA. O presidente eleito, Donald Trump, que anunciou a mudança da Embaixada Americana em Israel para Jerusalém, insistiu ontem que os EUA deveria vetar a resolução. A maioria dos países não mudou a embaixada porque o setor oriental de Jerusalém é considerado internacionalmente um território ocupado.
Anos atrás, Obama declarou que a paz entre árabes e israelenses não viria de resoluções da ONU e, sim, de negociações diretas entre as partes. Seu governo tentou várias vezes restabelecer o diálogo, mas o primeiro-ministro linha-dura Benjamin Netanyahu sempre rejeitou a exigência dos palestinos de congelar a colonização.
Nos últimos anos, entraram para o governo partidos de ultradireita favoráveis à anexação pura e simples da Cisjordânia ocupada à revelia do direito internacional, que veda a guerra de conquista. A anexação dos territórios árabes ocupados seria um golpe fatal na Palestina independente e na democracia em Israel.
Avião da Líbia é sequestrado e desviado para ilha de Malta
Dois terroristas armados com granadas sequestraram hoje um avião durante um voo interno na Líbia e o desviaram para a ilha de Malta, no Mar Mediterrâneo. Os 109 passageiros foram libertados, mas nove tripulantes continuam retidos.
O voo ia da Saba para Trípoli, a capital da Líbia. Um homem, supostamente um terrorista, apareceu na porta do avião com uma bandeira verde que pode ser a antiga bandeira da Líbia. Ambos seriam partidários do ditador Muamar Kadafi, deposto e morto na chamada Primavera Árabe, em 2011.
Há pouco, a rede de televisão americana CNN mostrou imagens dos sequestradores e tripulantes deixando a aeronave. Pouco depois, o primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat, confirmou o fim do sequestro. Os sequestradores teriam pedido asilo a Malta.
O voo ia da Saba para Trípoli, a capital da Líbia. Um homem, supostamente um terrorista, apareceu na porta do avião com uma bandeira verde que pode ser a antiga bandeira da Líbia. Ambos seriam partidários do ditador Muamar Kadafi, deposto e morto na chamada Primavera Árabe, em 2011.
Há pouco, a rede de televisão americana CNN mostrou imagens dos sequestradores e tripulantes deixando a aeronave. Pouco depois, o primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat, confirmou o fim do sequestro. Os sequestradores teriam pedido asilo a Malta.
Itália afirma ter matado suspeito do atentado terrorista em Berlim
O tunisiano Anis Amri, de 24 anos, principal suspeito de dirigir o caminhão jogado contra uma feira de Natal na segunda-feira na capital da Alemanha. foi morto na madrugada de hoje em tiroteio com a polícia de Milão, confirmou o ministro do Interior da Itália, Marco Minniti.
"Sem dúvida alguma", declarou o ministro em entrevista coletiva na manhã de hoje. Amri foi parado por uma patrulha policial de rotina no bairro de Sesto San Giovanni por volta das três horas da madrugada, meia-noite em Brasília. Quando a polícia pediu sua identificação, o terrorista reagiu a tiros e foi baleado e morto.
Depois que seus documentos e impressões digitais foram encontradas na carcaça do caminhão, a Alemanha emitiu um mandado de prisão pan-europeu. Amri se beneficiou da abertura das fronteiras internas da União Europeia estabelecida pelo Tratado de Schengen. Na fuga, passou pela França e por Turim, na Itália, antes de enfrentar a polícia de Milão.
A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a responsabilidade pelo atentado no dia seguinte, afirmando ser a fonte de inspiração, Hoje, divulgou um vídeo em que ele declarava lealdade ao grupo.
Amri teve contato com pelo menos um clérigo muçulmano radical acusado de ser recrutador do grupo. Sua fuga fortalece a suspeita de que tivesse uma rede de proteção ligada ao Estado Islâmico.
"Sem dúvida alguma", declarou o ministro em entrevista coletiva na manhã de hoje. Amri foi parado por uma patrulha policial de rotina no bairro de Sesto San Giovanni por volta das três horas da madrugada, meia-noite em Brasília. Quando a polícia pediu sua identificação, o terrorista reagiu a tiros e foi baleado e morto.
Depois que seus documentos e impressões digitais foram encontradas na carcaça do caminhão, a Alemanha emitiu um mandado de prisão pan-europeu. Amri se beneficiou da abertura das fronteiras internas da União Europeia estabelecida pelo Tratado de Schengen. Na fuga, passou pela França e por Turim, na Itália, antes de enfrentar a polícia de Milão.
A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a responsabilidade pelo atentado no dia seguinte, afirmando ser a fonte de inspiração, Hoje, divulgou um vídeo em que ele declarava lealdade ao grupo.
Amri teve contato com pelo menos um clérigo muçulmano radical acusado de ser recrutador do grupo. Sua fuga fortalece a suspeita de que tivesse uma rede de proteção ligada ao Estado Islâmico.
Japão é uma ilha de estabilidade política e estagnação econômica
Apesar da estagnação econômica secular, o Japão é uma ilha de estabilidade política num "mar de incertezas", argumentam Matthew Gordon e Daniel Ramler, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS).
Com 60% de popularidade, o primeiro-ministro Shinzo Abe sonha em ficar no cargo até a Olimpíada de Tóquio, em 2020. Talvez tenha de convocar eleições em 2017, que deve ganhar. Mas sofreu dois duros golpes recentemente.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, promete abandonar a Parceria Transpacífica, um acordo de liberalização comercial envolvendo 12 países da orla do Oceano Pacífico, inclusive o Japão, para estabelecer regras antes que a China imponha as suas.
Abe se esforçou para obter a ratificação do acordo no Parlamento do Japão, mas sabe que sem os EUA o acordo está condenado.
Ao receber o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o primeiro-ministro pretendia barganhar ajuda econômica em troca da solução da disputa pelas Ilhas Kurilas do Sul, ocupadas pela União Soviética a mando do ditador Josef Stalin no fim da Segunda Guerra Mundial.
Stalin declarou guerra ao Japão em 9 de agosto de 1945, no dia em que os EUA jogaram a segunda bomba atômica, em Nagasaque, e ocupou as Kurilas. Setenta e um anos depois, Putin não mostrou a menor intenção de ceder, humilhando Abe.
A terceira maior economia do mundo sofre de estagdeflação desde os anos 1990s. A previsão de crescimento para 2017 é de apenas 0,6%, deixando o Japão cada vez mais distante da poderosa China, e a deflação não desaparece mesmo com as políticas expansionistas da abeconomia.
Para o próximo ano, Abe acena com um orçamento recorde de US$ 800 bilhões e a promessa de reformas trabalhista, na imigração e na participação da mulher.
Com 60% de popularidade, o primeiro-ministro Shinzo Abe sonha em ficar no cargo até a Olimpíada de Tóquio, em 2020. Talvez tenha de convocar eleições em 2017, que deve ganhar. Mas sofreu dois duros golpes recentemente.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, promete abandonar a Parceria Transpacífica, um acordo de liberalização comercial envolvendo 12 países da orla do Oceano Pacífico, inclusive o Japão, para estabelecer regras antes que a China imponha as suas.
Abe se esforçou para obter a ratificação do acordo no Parlamento do Japão, mas sabe que sem os EUA o acordo está condenado.
Ao receber o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o primeiro-ministro pretendia barganhar ajuda econômica em troca da solução da disputa pelas Ilhas Kurilas do Sul, ocupadas pela União Soviética a mando do ditador Josef Stalin no fim da Segunda Guerra Mundial.
Stalin declarou guerra ao Japão em 9 de agosto de 1945, no dia em que os EUA jogaram a segunda bomba atômica, em Nagasaque, e ocupou as Kurilas. Setenta e um anos depois, Putin não mostrou a menor intenção de ceder, humilhando Abe.
A terceira maior economia do mundo sofre de estagdeflação desde os anos 1990s. A previsão de crescimento para 2017 é de apenas 0,6%, deixando o Japão cada vez mais distante da poderosa China, e a deflação não desaparece mesmo com as políticas expansionistas da abeconomia.
Para o próximo ano, Abe acena com um orçamento recorde de US$ 800 bilhões e a promessa de reformas trabalhista, na imigração e na participação da mulher.
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Xi Jinping deve usar Congresso do PC para consolidar poder na China
O personalismo político do dirigente supremo, Xi Jinping, ameaça romper uma regra estabelecida depois do Massacre na Praça da Paz Celestial, em Beijim, em 1989: cada líder supremo deve cumprir no máximo dois períodos de cinco anos como chefe do Partido Comunista e presidente do país.
Desde que Xi foi elevado a um dos principais líderes do PC, como MaoTsé-tung e Deng Xiaoping, cresce a especulação de que vai tentar prorrogar seu mandato como dirigente máximo além de 2022 no partido e 2023 na Presidência.
Todas as atenções se voltam para o 19º Congresso do PC, a ser realizado em outubro ou novembro de 2017. Em sua Conferência de Trabalho Econômica Central, ao escolher a "estabilidade econômica" como meta para o ano, o partido deixou claro que as reformas econômicas para sanear as empresas estatais, conter a especulação imobiliária e fortalecer o mercado interno ficarão em segundo plano.
O PC teme uma crise econômica capaz de abalar seu monopólio de poder. A China está irritada porque os Estados Unidos e a União Europeia não a reconhecem como uma economia de mercado 15 anos depois da entrada do país na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Uma verdadeira economia de mercado só pode prosperar num Estado de Direito, onde quem se sentir lesado possa acionar a Justiça para fazer valer seus direitos. No regime comunista chinês, como o partido está acima da lei, isso é impossível, observou Martin Wolf, principal comentarista econômico do jornal inglês Financial Times.
Assim, a meta é crescer acima de 6% neste ano. As consequências devem ser maior endividamento do setor público, mais fuga de capital e desvalorização do iuane, alimentando a guerra econômica que Trump ameaça travar com a superpotência ascendente, com impacto sobre o mundo inteiro.
Quando ligou provocativamente para a presidente de Taiwan, que o regime comunista chinês considera uma ilha rebelde, Trump cutucou o dragão, indicando que vai jogar duro para tentar reduzir o déficit com a China.
Por sua vez, os chineses capturaram um drone submarino dos EUA, num sinal de que não querem interferência de Washington em suas disputas territoriais com os países vizinhos no Mar do Sul da China. Em comércio, os chineses ameaçam taxar as importações americanos, se Trump impuser alguma sobretaxa. A indústria automobilística dos EUA é um alvo fundamental.
E ainda tem a questão da Coreia do Norte, determinada a desenvolver mísseis nucleares capazes de atingir o território americano. Uma agenda carregada para 2017.
Desde que Xi foi elevado a um dos principais líderes do PC, como MaoTsé-tung e Deng Xiaoping, cresce a especulação de que vai tentar prorrogar seu mandato como dirigente máximo além de 2022 no partido e 2023 na Presidência.
Todas as atenções se voltam para o 19º Congresso do PC, a ser realizado em outubro ou novembro de 2017. Em sua Conferência de Trabalho Econômica Central, ao escolher a "estabilidade econômica" como meta para o ano, o partido deixou claro que as reformas econômicas para sanear as empresas estatais, conter a especulação imobiliária e fortalecer o mercado interno ficarão em segundo plano.
O PC teme uma crise econômica capaz de abalar seu monopólio de poder. A China está irritada porque os Estados Unidos e a União Europeia não a reconhecem como uma economia de mercado 15 anos depois da entrada do país na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Uma verdadeira economia de mercado só pode prosperar num Estado de Direito, onde quem se sentir lesado possa acionar a Justiça para fazer valer seus direitos. No regime comunista chinês, como o partido está acima da lei, isso é impossível, observou Martin Wolf, principal comentarista econômico do jornal inglês Financial Times.
Assim, a meta é crescer acima de 6% neste ano. As consequências devem ser maior endividamento do setor público, mais fuga de capital e desvalorização do iuane, alimentando a guerra econômica que Trump ameaça travar com a superpotência ascendente, com impacto sobre o mundo inteiro.
Quando ligou provocativamente para a presidente de Taiwan, que o regime comunista chinês considera uma ilha rebelde, Trump cutucou o dragão, indicando que vai jogar duro para tentar reduzir o déficit com a China.
Por sua vez, os chineses capturaram um drone submarino dos EUA, num sinal de que não querem interferência de Washington em suas disputas territoriais com os países vizinhos no Mar do Sul da China. Em comércio, os chineses ameaçam taxar as importações americanos, se Trump impuser alguma sobretaxa. A indústria automobilística dos EUA é um alvo fundamental.
E ainda tem a questão da Coreia do Norte, determinada a desenvolver mísseis nucleares capazes de atingir o território americano. Uma agenda carregada para 2017.
Imprevisibilidade de Trump gera incógnita sobre futuro dos EUA
Nem mesmo o Partido Republicano esperava a vitória do magnata imobiliário e bufão Donald Trump na eleição presidencial nos Estados Unidos com seu festival de mentiras e agressões a adversários, tratados como inimigos dentro do próprio partido.
Quais serão suas reais prioridades e como ele vai governar, agora que se cercou de bilionários e militares?, perguntam Matthew Goodman e Daniel Remler, Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS).
Mentiroso contumaz e patológico, Trump parece ter recuado de promessas radicais da campanha como a construção de um muro na fronteira com o México, acabar com o programa de saúde pública do governo Barack Obama e abandonar o Acordo de Paris para tentar conter o aquecimento global.
Com sua convicção de que o déficit comercial dos EUA é resultado de negociações mal feitas, Trump deve abandonar a Parceria Transpacífica, diminuindo a influência americana na Ásia no momento de ascensão da China, exatamente a preocupação de Obama, e renegociar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta).
Ao acusar a China de manipular o câmbio, Trump sugere que preferiria um dólar fraco para equilibrar a balança comercial dos EUA, deficitária em mais de US$ 500 bilhões em 2015 (e não US$ 800 bilhões, como diz o presidente eleito). Mas o dólar atingiu nesta semana a maior cotação em 14 anos, com a expectativa de que Trump lance um grande programa de obras de infraestrutura, cortes de impostos e desregulamentação.
Diante da expectativa de aumento nos gastos públicos e na inflação, a Reserva Federal (Fed), o banco central americano, acenou com a probabilidade de elevar os juros três vezes em 2017. Isso fortaleceria ainda mais o dólar.
Se Trump quiser fazer um microgerenciamento como no caso da fábrica de ar condicionado que pressionou a não se transferir para o México e governar pelo Twitter, sua imprevisibilidade e seu estilo agressivo de negociar minando o oponente trarão incerteza e não apenas nos EUA.
Apesar das promessas de ser a voz do trabalhador branco sem curso superior, maior vítima do processo de globalização econômica, a equipe econômica será dominada por três executivos da Wall Street, o centro financeiro de Nova York, Steve Mnuchin no Departamento do Tesouro, Wilbur Ross no Departamento do Comércio e Gary Cohn no Conselho Econômico Nacional. O megainvestigor Carl Icahn será o assessor especial para regulamentação. Nada indica que vão priorizar os interesses dos trabalhadores.
No setor de segurança e defesa, a dúvida é se James Cachorro Louco Mattis no Departamento de Defesa, o ex-presidente da Exxon Rex Tillerson no Departamento de Estado, o assessor de Segurança Nacional Michael Flynn, que não considera o Islã uma religião mas uma ideologia assassina, e o senador Mike Pompeo, futuro diretor da Agência Central de Inteligência, conseguirão se entender.
Tillerson foi condecorado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, com quem Trump promete superar os problemas bilaterais. Mattis considera a Rússia a maior ameaça aos EUA.
Quais serão suas reais prioridades e como ele vai governar, agora que se cercou de bilionários e militares?, perguntam Matthew Goodman e Daniel Remler, Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS).
Mentiroso contumaz e patológico, Trump parece ter recuado de promessas radicais da campanha como a construção de um muro na fronteira com o México, acabar com o programa de saúde pública do governo Barack Obama e abandonar o Acordo de Paris para tentar conter o aquecimento global.
Com sua convicção de que o déficit comercial dos EUA é resultado de negociações mal feitas, Trump deve abandonar a Parceria Transpacífica, diminuindo a influência americana na Ásia no momento de ascensão da China, exatamente a preocupação de Obama, e renegociar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta).
Ao acusar a China de manipular o câmbio, Trump sugere que preferiria um dólar fraco para equilibrar a balança comercial dos EUA, deficitária em mais de US$ 500 bilhões em 2015 (e não US$ 800 bilhões, como diz o presidente eleito). Mas o dólar atingiu nesta semana a maior cotação em 14 anos, com a expectativa de que Trump lance um grande programa de obras de infraestrutura, cortes de impostos e desregulamentação.
Diante da expectativa de aumento nos gastos públicos e na inflação, a Reserva Federal (Fed), o banco central americano, acenou com a probabilidade de elevar os juros três vezes em 2017. Isso fortaleceria ainda mais o dólar.
Se Trump quiser fazer um microgerenciamento como no caso da fábrica de ar condicionado que pressionou a não se transferir para o México e governar pelo Twitter, sua imprevisibilidade e seu estilo agressivo de negociar minando o oponente trarão incerteza e não apenas nos EUA.
Apesar das promessas de ser a voz do trabalhador branco sem curso superior, maior vítima do processo de globalização econômica, a equipe econômica será dominada por três executivos da Wall Street, o centro financeiro de Nova York, Steve Mnuchin no Departamento do Tesouro, Wilbur Ross no Departamento do Comércio e Gary Cohn no Conselho Econômico Nacional. O megainvestigor Carl Icahn será o assessor especial para regulamentação. Nada indica que vão priorizar os interesses dos trabalhadores.
No setor de segurança e defesa, a dúvida é se James Cachorro Louco Mattis no Departamento de Defesa, o ex-presidente da Exxon Rex Tillerson no Departamento de Estado, o assessor de Segurança Nacional Michael Flynn, que não considera o Islã uma religião mas uma ideologia assassina, e o senador Mike Pompeo, futuro diretor da Agência Central de Inteligência, conseguirão se entender.
Tillerson foi condecorado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, com quem Trump promete superar os problemas bilaterais. Mattis considera a Rússia a maior ameaça aos EUA.
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Espectro da extrema direita ronda a Europa
2017 será mais um ano turbulento para a economia mundial, com problemas e incerteza política nas quatro maiores economias do mundo: a União Europeia, os Estados Unidos, a China e o Japão, observam Matthew Goodman e Daniel Remler, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), com sede em Washington.
Na Europa, uma série de eleições ameaça levar a extrema direita ao poder ou perto dele em vários países importantes. Depois da pirataria cibernética da Rússia para ajudar a candidatura de Donald Trump nos EUA, é evidente que o protoditador Vladimir Putin vai prosseguir em sua cruzada contra a democracia e o liberalismo.
Em 15 de março, a Holanda realiza eleições gerais. O favorito é o neonazista Geert Wilders, do Partido da Liberdade, já condenado por seu discurso de ódio.
Sob ameaça do terrorismo e em estagnação econômica, os franceses vão as urnas em 23 de abril para escolher um novo presidente. Todas as pesquisas indicam que a líder neofascista Marine Le Pen, da Frente Nacional, vai para o segundo turno, em 7 de maio, provavelmente contra o candidato de centro-direita François Fillon, que promete uma revolução neoliberal na França.
A maior potência econômica europeia, a Alemanha, vota no fim de setembro. Apesar da vantagem de dois dígitos sobre o Partido Social-Democrata (SPD), a reeleição da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel, da União Democrata Cristã (CDU), de centro-direita, foi abalada pelo atentado terrorista com 12 mortos numa feirinha de Natal em Berlim.
Desde a Segunda Guerra Mundial, a CDU tenta evitar que partidos mais à direita entrem no Parlamento Federal. Com a crise dos refugiados, surgiu a Alternativa para a Alemanha (AfD), antieuro e anti-imigração. O terrorismo e a imigração tendem a dominar a campanha eleitoral,
O Reino Unido, segunda maior economia do continente, não fará eleições. O cenário político será dominado pela Brexit, a saída britânica da UE aprovada em plebiscito em 23 de junho de 2016. A primeira-ministra Theresa May promete recorrer ao Artigo 50 do Tratado de Lisboa, que regula a saída de países do bloco europeu, até 31 de março.
As negociações do divórcio devem durar dois anos. Até agora, não há nenhuma sinal de que o Reino Unido vai continuar sendo parte do mercado comum europeu. Pelas normas da UE, o país precisa aceitar a livre circulação de mercadorias e pessoas. Como o controle da imigração foi uma das questões centrais da Brexit, a chance de desacordo é enorme.
Na Itália, com a derrota e queda do primeiro-ministro Matteo Renzi no plebiscito de 4 de dezembro, não há saída a vista para a instabilidade política crônica e a estagnação econômica. Os bancos do continente estão em situação frágil e as regras da UE proíbem os governos nacionais de salvar instituições financeiras, mas a Itália foi forçada a fazer isso.
Na manhã desta sexta-feira, o governo do primeiro-ministro Paolo Gentilone aprovou um pacote de ajuda aos bancos de 20 bilhões de euros (R$ 69 bilhões).
A França deve manter a média de crescimento medíocre, pouco acima de 1% ao ano, registrada desde 2010. Com a locomotiva Alemanha exportando menos e seus líderes resistindo a um estímulo fiscal, a maior economia deve crescer apenas 1,4%.
Na Europa, uma série de eleições ameaça levar a extrema direita ao poder ou perto dele em vários países importantes. Depois da pirataria cibernética da Rússia para ajudar a candidatura de Donald Trump nos EUA, é evidente que o protoditador Vladimir Putin vai prosseguir em sua cruzada contra a democracia e o liberalismo.
Em 15 de março, a Holanda realiza eleições gerais. O favorito é o neonazista Geert Wilders, do Partido da Liberdade, já condenado por seu discurso de ódio.
Sob ameaça do terrorismo e em estagnação econômica, os franceses vão as urnas em 23 de abril para escolher um novo presidente. Todas as pesquisas indicam que a líder neofascista Marine Le Pen, da Frente Nacional, vai para o segundo turno, em 7 de maio, provavelmente contra o candidato de centro-direita François Fillon, que promete uma revolução neoliberal na França.
A maior potência econômica europeia, a Alemanha, vota no fim de setembro. Apesar da vantagem de dois dígitos sobre o Partido Social-Democrata (SPD), a reeleição da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel, da União Democrata Cristã (CDU), de centro-direita, foi abalada pelo atentado terrorista com 12 mortos numa feirinha de Natal em Berlim.
Desde a Segunda Guerra Mundial, a CDU tenta evitar que partidos mais à direita entrem no Parlamento Federal. Com a crise dos refugiados, surgiu a Alternativa para a Alemanha (AfD), antieuro e anti-imigração. O terrorismo e a imigração tendem a dominar a campanha eleitoral,
O Reino Unido, segunda maior economia do continente, não fará eleições. O cenário político será dominado pela Brexit, a saída britânica da UE aprovada em plebiscito em 23 de junho de 2016. A primeira-ministra Theresa May promete recorrer ao Artigo 50 do Tratado de Lisboa, que regula a saída de países do bloco europeu, até 31 de março.
As negociações do divórcio devem durar dois anos. Até agora, não há nenhuma sinal de que o Reino Unido vai continuar sendo parte do mercado comum europeu. Pelas normas da UE, o país precisa aceitar a livre circulação de mercadorias e pessoas. Como o controle da imigração foi uma das questões centrais da Brexit, a chance de desacordo é enorme.
Na Itália, com a derrota e queda do primeiro-ministro Matteo Renzi no plebiscito de 4 de dezembro, não há saída a vista para a instabilidade política crônica e a estagnação econômica. Os bancos do continente estão em situação frágil e as regras da UE proíbem os governos nacionais de salvar instituições financeiras, mas a Itália foi forçada a fazer isso.
Na manhã desta sexta-feira, o governo do primeiro-ministro Paolo Gentilone aprovou um pacote de ajuda aos bancos de 20 bilhões de euros (R$ 69 bilhões).
A França deve manter a média de crescimento medíocre, pouco acima de 1% ao ano, registrada desde 2010. Com a locomotiva Alemanha exportando menos e seus líderes resistindo a um estímulo fiscal, a maior economia deve crescer apenas 1,4%.
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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Carros-bomba do Estado Islâmico matam 30 pessoas em Mossul
As explosões de três carros-bomba mataram pelo menos 30 pessoas em Gogjali, um dos primeiros distritos da cidade de Mossul retomados pelo governo do Iraque, informou hoje a agência Reuters. O governo iraquiano decretou toque de recolher noturno na área.
Os combates continuam na batalha pela segunda maior cidade do Iraque, tomada pelo Estado Islâmico em 10 de junho de 2014 numa ofensiva que surpreendeu e assustou o mundo. Pelo menos sete civis e quatro funcionários das Nações Unidas morreram no fogo cruzado no Leste da cidade.
Para os analistas estratégicos, o Estado Islâmico está cercado e vai perder a batalha, mas a operação deve durar meses. Depois de mais um ano de preparativos, o Exército do Iraque e milícias aliadas finalmente penetraram na zona urbana, onde os jihadistas fazem uma resistência feroz com carros-bomba e terroristas suicidas.
Ditadura de Assad assume controle total de Alepo
Depois da saída de rebeldes e civis, o Exército da Síria anunciou hoje ter controle total de Alepo, a maior cidade do país e principal centro econômico antes do início da guerra civil, noticiou a agência Reuters.
A Batalha de Alepo durou quatro anos. Foi a maior derrota dos rebeldes em cinco anos e nove meses de guerra civil na Síria, desde que o o ditador Bachar Assad mandou a polícia e o Exército atirarem em manifestantes desarmados que lutavam pela liberdade e democracia na chamada Primavera Árabe.
Com a queda de Alepo, os rebeldes dominam apenas uma cidade importante do Oeste da Síria, Idlibe, onde as forças leais à ditadura de Assad concentram seus ataques com o apoio da Força Aérea da Rússia e de milícias xiitas aliadas do Irã, do Iraque e do Líbano.
Ao atacar Idlibe e ignorar Palmira, no centro do país, tomada recentemente pela organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Assad e seu aliado Putin deixam claro que seu alvo não é o Estado Islâmico.
Para os rebeldes, acaba a esperança de derrubar Assad, seriamente ameaçado quando a Rússia interveio, em 30 de setembro de 2015, mas a luta continua. Com o apoio de países sunitas do Oriente Médio, especialmente a Arábia Saudita, as outras monarquias petroleiras e a Turquia, eles devem manter uma guerra de baixa intensidade.
A maioria da Síria é muçulmana sunita. Enquanto a questão sunita não for resolvida, não haverá paz no Oriente Médio.
A Batalha de Alepo durou quatro anos. Foi a maior derrota dos rebeldes em cinco anos e nove meses de guerra civil na Síria, desde que o o ditador Bachar Assad mandou a polícia e o Exército atirarem em manifestantes desarmados que lutavam pela liberdade e democracia na chamada Primavera Árabe.
Com a queda de Alepo, os rebeldes dominam apenas uma cidade importante do Oeste da Síria, Idlibe, onde as forças leais à ditadura de Assad concentram seus ataques com o apoio da Força Aérea da Rússia e de milícias xiitas aliadas do Irã, do Iraque e do Líbano.
Ao atacar Idlibe e ignorar Palmira, no centro do país, tomada recentemente pela organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Assad e seu aliado Putin deixam claro que seu alvo não é o Estado Islâmico.
Para os rebeldes, acaba a esperança de derrubar Assad, seriamente ameaçado quando a Rússia interveio, em 30 de setembro de 2015, mas a luta continua. Com o apoio de países sunitas do Oriente Médio, especialmente a Arábia Saudita, as outras monarquias petroleiras e a Turquia, eles devem manter uma guerra de baixa intensidade.
A maioria da Síria é muçulmana sunita. Enquanto a questão sunita não for resolvida, não haverá paz no Oriente Médio.
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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
Trump nomeia inimigo da China para comércio exterior
Em mais um sinal de que deve jogar duro com a China, o presidente eleito Donald Trump indicou ontem Peter Navarro para presidente do Conselho Nacional de Comércio dos Estados Unidos. Navarro acusa a China de guerra econômica contra os EUA.
Mais tarde, Trump apontou o investidor bilionário Carl Icahn como assessor especial para desregulamentação sem um cargo formal nem salário. Durante a campanha, o candidato republicano prometeu acabar com 90% das normas federais que afetam a geração de emprego. A nomeação está sendo criticada porque, como megainvestidor, Icahn pode se beneficiar das desregulamentações que promover.
Para o jornal The Wall Street Journal, porta-voz do centro financeiro de Wall Street, em Nova York, as nomeações sugerem que a política econômica de Trump será um misto de valores tradicionais do Partido Republicano, como desregulamentação e cortes de impostos, com uma abordagem mais populista em comércio, indústria e imigração.
Ao justificar a indicação de Navarro, Trump afirmou que ele foi "presciente ao documentar os danos infligidos pelo globalismo aos trabalhadores americanos e mostrou o caminho para restaurar nossa classe média."
Navarro é autor de vários livros críticos do regime comunista chinês e sua estratégia de desenvolvimento econômico como As Próximas Guerra da China e Morte pela China: confrontando o dragão - uma convocação global à ação.
"O que temos em comum é uma profunda compreensão de que o problema estrutural chave da economia americana é o comércio", declarou Navarro em entrevista antes da eleição de 8 de novembro de 2016.
Trump provocou a China ao telefonar para a presidente da Taiwan, Tsai Ing-wen, que Beijim considera uma província rebelde, contrariando a política de que "só existe uma China", representada pelo regime comunista no poder desde 1949.
Com seu discurso em defesa dos trabalhadores sem curso superior, Trump atraiu a simpatia dos sindicatos. "No passado, a política comercial foi usada como instrumento de política externa pelo Conselho de Segurança Nacional e não como instrumento para promover a produção doméstica e a geração de empregos", afirmou o presidente do sindicato Metalúrgicos Unidos, Leo Gerard.
Mais tarde, Trump apontou o investidor bilionário Carl Icahn como assessor especial para desregulamentação sem um cargo formal nem salário. Durante a campanha, o candidato republicano prometeu acabar com 90% das normas federais que afetam a geração de emprego. A nomeação está sendo criticada porque, como megainvestidor, Icahn pode se beneficiar das desregulamentações que promover.
Para o jornal The Wall Street Journal, porta-voz do centro financeiro de Wall Street, em Nova York, as nomeações sugerem que a política econômica de Trump será um misto de valores tradicionais do Partido Republicano, como desregulamentação e cortes de impostos, com uma abordagem mais populista em comércio, indústria e imigração.
Ao justificar a indicação de Navarro, Trump afirmou que ele foi "presciente ao documentar os danos infligidos pelo globalismo aos trabalhadores americanos e mostrou o caminho para restaurar nossa classe média."
Navarro é autor de vários livros críticos do regime comunista chinês e sua estratégia de desenvolvimento econômico como As Próximas Guerra da China e Morte pela China: confrontando o dragão - uma convocação global à ação.
"O que temos em comum é uma profunda compreensão de que o problema estrutural chave da economia americana é o comércio", declarou Navarro em entrevista antes da eleição de 8 de novembro de 2016.
Trump provocou a China ao telefonar para a presidente da Taiwan, Tsai Ing-wen, que Beijim considera uma província rebelde, contrariando a política de que "só existe uma China", representada pelo regime comunista no poder desde 1949.
Com seu discurso em defesa dos trabalhadores sem curso superior, Trump atraiu a simpatia dos sindicatos. "No passado, a política comercial foi usada como instrumento de política externa pelo Conselho de Segurança Nacional e não como instrumento para promover a produção doméstica e a geração de empregos", afirmou o presidente do sindicato Metalúrgicos Unidos, Leo Gerard.
Kabila consuma golpe e manda atirar na multidão no Congo
Depois de adiar as eleições para 2018 sob o argumento de falta de dinheiro e de registro eleitoral, o presidente da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, anunciou às 23 horas de 19 de dezembro, data do fim do mandato, a formação de um novo governo, deflagrando uma onda de protestos. As forças de segurança atacaram as multidões matando pelo menos 26 pessoas, noticiou o jornal inglês The Guardian.
Dez mortes aconteceram em Lubumbashi, no Sudeste do antigo Congo Belga, onde outras 31 pessoas saíram feridas. Em Goma, no Leste do país, pelo menos 20 ativistas foram presos. No país inteiro, pelo menos 275 pessoas foram presas e 116 continuam detidas. A oposição denuncia 600 prisões.
Joseph Kabila chegou ao poder em 2001, substituindo o pai, Laurent Kabila, que foi assassinado. Foi eleito em 2006 e reeleito em 2011. Na segunda-feira, terminou seu segundo mandato e a Constituição o impede de concorrer a nova reeleição, mas o presidente não parece disposto a entregar o poder.
O ditador ignorou uma tentativa de mediação conduzida pela Igreja Católica e se antecipou ao nomear ontem um novo primeiro-ministro, Samy Badibanga, um ex-opsocionista, e um governo com 67 ministros em vez dos 47 do governo anterior para tentar atrair adversários políticos para seu lado.
Riquíssimo em recursos naturais, o Congo tem uma história trágica. Foi colonizado numa ação genocida conduzida pelo rei Leopoldo II, da Bélgica, o que levou o escritor polaco-britânico Joseph Conrad a escrever o livro No Coração das Trevas.
Quando o país se tornou independente, a esquerda liderada pelo primeiro-ministro Patrice Lumumba venceu as eleições provocando uma guerra civil fomentada pelas potências ocidentais. Lumumba foi derrubado em três meses e assassinado em janeiro de 1961, num golpe liderado por Joseph-Desiré Mobutu, um ex-sargento do Exército colonial belga que se aliou ao Ocidente na Guerra Fria.
Em 1965, depois de um segundo golpe de Estado, Mobutu foi oficialmente nomeado presidente e mudou o nome do país para Zaire, que governou com mão de ferro durante 32 anos, acumulando uma fortuna pessoal estimada entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões.
Com o genocídio de 800 mil pessoas na vizinha Ruanda em 1994, centenas de milhares de pessoas da etnia tútsi se refugiaram no Leste do Zaire, desestabilizando o país.
Uma nova guerra civil congolesa começou em 1996, quando Laurent Kabila deixou as Montanhas da Lua, onde estava refugiado desde o fracasso da revolução dos anos 1960s, em que o guerrilheiro argentino Ernesto Che Guevara lutou ao lado dele, descrevendo-o como "bêbado, mulherengo e incapaz de liderar uma revolução".
Mobutu Sese Seko Kuku Ngbendu Wa Za Banga, traduzido como o guerreiro que não conhece derrota por causa de sua resistência e sua vontade inflexível e é todo poderoso, deixando uma trilha de fogo por onde passa de conquista, caiu em 16 de maio de 1997, mas a guerra civil estava apenas começando.
A Primeira Guerra Mundial Africana envolveu nove exércitos nacionais e centenas de grupos irregulares, muitos ainda em atividade. De 1997 a 2002, estima-se que 5,4 milhões pessoas tenham sido mortas em combate, de fome ou doenças. O estupro como arma de guerra tornou-se endêmico.
Dez mortes aconteceram em Lubumbashi, no Sudeste do antigo Congo Belga, onde outras 31 pessoas saíram feridas. Em Goma, no Leste do país, pelo menos 20 ativistas foram presos. No país inteiro, pelo menos 275 pessoas foram presas e 116 continuam detidas. A oposição denuncia 600 prisões.
Joseph Kabila chegou ao poder em 2001, substituindo o pai, Laurent Kabila, que foi assassinado. Foi eleito em 2006 e reeleito em 2011. Na segunda-feira, terminou seu segundo mandato e a Constituição o impede de concorrer a nova reeleição, mas o presidente não parece disposto a entregar o poder.
O ditador ignorou uma tentativa de mediação conduzida pela Igreja Católica e se antecipou ao nomear ontem um novo primeiro-ministro, Samy Badibanga, um ex-opsocionista, e um governo com 67 ministros em vez dos 47 do governo anterior para tentar atrair adversários políticos para seu lado.
Riquíssimo em recursos naturais, o Congo tem uma história trágica. Foi colonizado numa ação genocida conduzida pelo rei Leopoldo II, da Bélgica, o que levou o escritor polaco-britânico Joseph Conrad a escrever o livro No Coração das Trevas.
Quando o país se tornou independente, a esquerda liderada pelo primeiro-ministro Patrice Lumumba venceu as eleições provocando uma guerra civil fomentada pelas potências ocidentais. Lumumba foi derrubado em três meses e assassinado em janeiro de 1961, num golpe liderado por Joseph-Desiré Mobutu, um ex-sargento do Exército colonial belga que se aliou ao Ocidente na Guerra Fria.
Em 1965, depois de um segundo golpe de Estado, Mobutu foi oficialmente nomeado presidente e mudou o nome do país para Zaire, que governou com mão de ferro durante 32 anos, acumulando uma fortuna pessoal estimada entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões.
Com o genocídio de 800 mil pessoas na vizinha Ruanda em 1994, centenas de milhares de pessoas da etnia tútsi se refugiaram no Leste do Zaire, desestabilizando o país.
Uma nova guerra civil congolesa começou em 1996, quando Laurent Kabila deixou as Montanhas da Lua, onde estava refugiado desde o fracasso da revolução dos anos 1960s, em que o guerrilheiro argentino Ernesto Che Guevara lutou ao lado dele, descrevendo-o como "bêbado, mulherengo e incapaz de liderar uma revolução".
Mobutu Sese Seko Kuku Ngbendu Wa Za Banga, traduzido como o guerreiro que não conhece derrota por causa de sua resistência e sua vontade inflexível e é todo poderoso, deixando uma trilha de fogo por onde passa de conquista, caiu em 16 de maio de 1997, mas a guerra civil estava apenas começando.
A Primeira Guerra Mundial Africana envolveu nove exércitos nacionais e centenas de grupos irregulares, muitos ainda em atividade. De 1997 a 2002, estima-se que 5,4 milhões pessoas tenham sido mortas em combate, de fome ou doenças. O estupro como arma de guerra tornou-se endêmico.
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População dos EUA tem menor crescimento desde Grande Depressão
A população dos Estados Unidos cresceu 0,7% em 2016, o ritmo mais fraco desde 1937, quando houve um segundo pico da Grande Depressão (1929-39), revelou ontem o Birô do Censo. O número total de habitantes do país chegou a 323,1 milhões.
É o terceiro país mais populoso do mundo, atrás da China (1,38 bilhão) e da Índia (1,31 bilhão). O Brasil é o quinto com quase 207 milhões. Pela estimativa das Nações Unidas, a população total da Terra chegou a 7,5 bilhões.
Os dados mostram que os americanos estão deixando estados do Norte e indo para o Oeste. Utah, Nevada e Idaho lideram o crescimento populacional. Illinois, Nova York e a Pensilvânia estão entre os estados que mais perderam habitantes, com Illinois em primeiro lugar.
Neste ano, cerca de 593 mil pessoas deixaram o Noroeste e o Meio-Oeste para se mudar para o Sul e para o Oeste. Com o fim da crise de 2008, o aumento da oferta de empregos e a recuperação dos preços dos imóveis, a mobilidade dos americanos está de volta.
Desde o ano passado, o Censo identifica uma migração interna rumo a estados mais ensolarados, como a Flórida ou o Arizona, que recebem grande quantidade de idosos. Utah ganhou 61 mil habitantes, cerca de 2% do total, de 3,1 milhões, por causa de aumento da oferta de empregos no setor de alta tecnologia, com impacto sobre a procura de casas e vagas em escolas.
"Há uma nova economia sendo criada depois da carnificina da Grande Recessão e em váras áreas deste novo crescimento Utan parece estar na frente", comendou a professora Pamela Perlich, diretora de pesquisas demográficas do Instituto de Política Kem Gardner da Universidade de Utah. "Há 40 anos, éramos muito isolados e muito mais paroquiais aqui."
No Texas, de 27,9 milhões de habitantes, responsável por 19% do crescimento populacional dos EUA, pesaram a entrada de imigrantes e também a migração interna.
Ao todo, oito estados perderam população. Além de Nova York, Illinois e Pensilvânia, Connecticut, Mississípi, Vermont, Virgínia Ocidental e Wyoming.
O Censo revisou para baixo em cerca de 10% suas estimativas sobre o número de imigrantes desde 2010. Neste ano, o total deve ser de 999 mil, 4% a menos do que no ano passado.
É o terceiro país mais populoso do mundo, atrás da China (1,38 bilhão) e da Índia (1,31 bilhão). O Brasil é o quinto com quase 207 milhões. Pela estimativa das Nações Unidas, a população total da Terra chegou a 7,5 bilhões.
Os dados mostram que os americanos estão deixando estados do Norte e indo para o Oeste. Utah, Nevada e Idaho lideram o crescimento populacional. Illinois, Nova York e a Pensilvânia estão entre os estados que mais perderam habitantes, com Illinois em primeiro lugar.
Neste ano, cerca de 593 mil pessoas deixaram o Noroeste e o Meio-Oeste para se mudar para o Sul e para o Oeste. Com o fim da crise de 2008, o aumento da oferta de empregos e a recuperação dos preços dos imóveis, a mobilidade dos americanos está de volta.
Desde o ano passado, o Censo identifica uma migração interna rumo a estados mais ensolarados, como a Flórida ou o Arizona, que recebem grande quantidade de idosos. Utah ganhou 61 mil habitantes, cerca de 2% do total, de 3,1 milhões, por causa de aumento da oferta de empregos no setor de alta tecnologia, com impacto sobre a procura de casas e vagas em escolas.
"Há uma nova economia sendo criada depois da carnificina da Grande Recessão e em váras áreas deste novo crescimento Utan parece estar na frente", comendou a professora Pamela Perlich, diretora de pesquisas demográficas do Instituto de Política Kem Gardner da Universidade de Utah. "Há 40 anos, éramos muito isolados e muito mais paroquiais aqui."
No Texas, de 27,9 milhões de habitantes, responsável por 19% do crescimento populacional dos EUA, pesaram a entrada de imigrantes e também a migração interna.
Ao todo, oito estados perderam população. Além de Nova York, Illinois e Pensilvânia, Connecticut, Mississípi, Vermont, Virgínia Ocidental e Wyoming.
O Censo revisou para baixo em cerca de 10% suas estimativas sobre o número de imigrantes desde 2010. Neste ano, o total deve ser de 999 mil, 4% a menos do que no ano passado.
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Alemanha oferece 100 mil euros por suspeito do ataque a Berlim
A Justiça da Alemanha ofereceu hoje uma recompensa de 100 mil euros (R$ 347 mil) por informações sobre o tunisiano Anis Amri, de 24 anos, principal suspeito de ser o responsável pela atentado terrorista em que um caminhão foi jogado contra uma feira de Natal no centro de Berlim, matando 12 pessoas e ferindo outras 48.
Um documento de Amri foi encontrado no caminhão usado no ataque. As autoridades alemãs tentaram deportá-lo. Não conseguiram porque a Tunísia não o reconheceu como cidadão do país. É mais um exemplo das dificuldades da Alemanha para deportar candidatos a asilo que tiveram seus pedidos rejeitados.
Dentro da cabine do caminhão, a polícia encontrou um cidadão polonês morto. Provavelmente seja o motorista do caminhão, que levava uma carga de vigas de aço.
Com o influxo maciço de refugiados do Grande Oriente Médio, que inclui Afeganistão e Paquistão, o risco para a segurança aumentou muito. O atentado abala a candidatura à reeleição da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel, que adotou uma política de braços abertos, honrando as tradições da Europa e da Alemanha de acolher refugiados de guerra depois da Segunda Guerra Mundial.
Os serviços secretos europeus advertem que a onda de refugiados cria oportunidades para organizações terroristas como o Estado Islâmico do Iraque e do Levante infiltrarem milicianos no continente europeu. Com a rejeição ao fluxo migratório e a discriminação a muçulmanos, fica mais fácil para grupos terroristas aliciarem marginalizados.
Amri entrou na Alemanha em julho de 2015 e estava na lista de suspeitos de ligação com extremistas muçulmanos. Seu pedido de asilo foi rejeitado em junho de 2016. Ele não foi deportado porque não tinha um passporte válido. O Ministério Público o investigou pela suspeita de planejar "um crime grave de ameaça ao Estado".
Depois de passar por várias cidades alemãs, ele se mudou para Berlim em fevereiro deste ano. Hoje há um notório aumento do policiamento na capital alemã. As mais de 60 feirinhas de Natal da cidade voltaram a funcionar.
O jornal alemão Süddeutsche Zeitung, de Munique, revelou que Amri esteve em contato com Abu Walaa, que recrutaria extremistas muçulmanos para lutar pelo Estado Islâmico no Iraque e na Síria.
A Tunísia foi o único país onde a Primavera Árabe levou a uma democratização do país, mas a instabilidade política impediu a recuperação da economia. Dois ataques terroristas atribuídos ao Estado Islâmico em 2015 abalaram o setor de turismo, afugentando os visitantes estrangeiros.
Um documento de Amri foi encontrado no caminhão usado no ataque. As autoridades alemãs tentaram deportá-lo. Não conseguiram porque a Tunísia não o reconheceu como cidadão do país. É mais um exemplo das dificuldades da Alemanha para deportar candidatos a asilo que tiveram seus pedidos rejeitados.
Dentro da cabine do caminhão, a polícia encontrou um cidadão polonês morto. Provavelmente seja o motorista do caminhão, que levava uma carga de vigas de aço.
Com o influxo maciço de refugiados do Grande Oriente Médio, que inclui Afeganistão e Paquistão, o risco para a segurança aumentou muito. O atentado abala a candidatura à reeleição da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel, que adotou uma política de braços abertos, honrando as tradições da Europa e da Alemanha de acolher refugiados de guerra depois da Segunda Guerra Mundial.
Os serviços secretos europeus advertem que a onda de refugiados cria oportunidades para organizações terroristas como o Estado Islâmico do Iraque e do Levante infiltrarem milicianos no continente europeu. Com a rejeição ao fluxo migratório e a discriminação a muçulmanos, fica mais fácil para grupos terroristas aliciarem marginalizados.
Amri entrou na Alemanha em julho de 2015 e estava na lista de suspeitos de ligação com extremistas muçulmanos. Seu pedido de asilo foi rejeitado em junho de 2016. Ele não foi deportado porque não tinha um passporte válido. O Ministério Público o investigou pela suspeita de planejar "um crime grave de ameaça ao Estado".
Depois de passar por várias cidades alemãs, ele se mudou para Berlim em fevereiro deste ano. Hoje há um notório aumento do policiamento na capital alemã. As mais de 60 feirinhas de Natal da cidade voltaram a funcionar.
O jornal alemão Süddeutsche Zeitung, de Munique, revelou que Amri esteve em contato com Abu Walaa, que recrutaria extremistas muçulmanos para lutar pelo Estado Islâmico no Iraque e na Síria.
A Tunísia foi o único país onde a Primavera Árabe levou a uma democratização do país, mas a instabilidade política impediu a recuperação da economia. Dois ataques terroristas atribuídos ao Estado Islâmico em 2015 abalaram o setor de turismo, afugentando os visitantes estrangeiros.
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Turismo em Paris caiu 6% em 2016
Sob o impacto dos atentados terroristas de 13 de novembro de 2015, quando 130 pessoas foram mortas, o movimento turístico na capital da França caiu 6% neste ano, mas o Observatório do Escritório de Turismo e Congressos vê sinais de recuperação.
A análise não leva em conta as consequências do atentado terrorista de dois dias atrás em Berlim, onde um caminhão foi jogado contra uma feira de Natal, matando 12 pessoas e ferindo outras 48, a exemplo do que aconteceu, em Nice, no Sul da França, durante a festa de aniversário da Revolução Francesa de 1789, quando 86 pessoas morreram.
O fantasma do terrorismo volta a assombar a Europa. Desde segunda-feira, Londres, Paris e outras grandes cidades reforçaram a segurança. A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a responsabilidade pelos atentados de Paris, Nice e Berlim.
Em Nice e Berlim, as autoridades acreditam que os autores foram inspirados pelo Estado Islâmico, mas não foram treinados nem financiados pelo grupo. Os atentados de Paris foram realizados por terroristas que lutaram na guerra civil da Síria.
A análise não leva em conta as consequências do atentado terrorista de dois dias atrás em Berlim, onde um caminhão foi jogado contra uma feira de Natal, matando 12 pessoas e ferindo outras 48, a exemplo do que aconteceu, em Nice, no Sul da França, durante a festa de aniversário da Revolução Francesa de 1789, quando 86 pessoas morreram.
O fantasma do terrorismo volta a assombar a Europa. Desde segunda-feira, Londres, Paris e outras grandes cidades reforçaram a segurança. A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a responsabilidade pelos atentados de Paris, Nice e Berlim.
Em Nice e Berlim, as autoridades acreditam que os autores foram inspirados pelo Estado Islâmico, mas não foram treinados nem financiados pelo grupo. Os atentados de Paris foram realizados por terroristas que lutaram na guerra civil da Síria.
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
Estado Islâmico afirma ter inspirado ataque em Berlim
Através de sua agência de propaganda Amaq, a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou hoje a responsabilidade pelo atentado terrorista que matou 12 pessoas e feriu outras 48 ontem na capital da Alemanha, descrevendo o autor do ataque como "um soldado do Califado".
Pode ser uma reivindicação oportunista como a do atentado contra um clube noturno gay de Orlando, na Flórida, mas a inspiração vem claramente do Estado Islâmico. A declaração implica que o terrorista não foi treinado nem financiado pelo grupo, apenas seguiu sua orientação.
Em um discurso em 22 de setembro de 2014 intitulado De fato, o Senhor está sempre atento, o então ministro da Comunicação Social do autointitulado Califado do Estado Islâmico, Abu Mohamed al-Adnani, incitou os jihadistas a atacar seus inimigos com todas as armas possíveis.
"Se você puder matar um descrente americano ou europeu - especialmente os imundos e peçonhentos franceses - ou um australiano ou canadense, ou qualquer outro descrente dos descrentes que estão fazendo a guerra, inclusive os cidadãos de países qne entraram na coalizão contra o Estado Islâmico, então confie em Alá e mate-o de qualquer maneira possível, Esmague sua cabeça com uma pedra, o chacine com uma faca, ou o atropele com seu carro, ou o jogue de um lugar alto, ou o estrangule ou o envene", incitou o porta-voz do Estado Islâmico, morto por um bombardeio americano em 30 de agosto de 2016.
Pode ser uma reivindicação oportunista como a do atentado contra um clube noturno gay de Orlando, na Flórida, mas a inspiração vem claramente do Estado Islâmico. A declaração implica que o terrorista não foi treinado nem financiado pelo grupo, apenas seguiu sua orientação.
Em um discurso em 22 de setembro de 2014 intitulado De fato, o Senhor está sempre atento, o então ministro da Comunicação Social do autointitulado Califado do Estado Islâmico, Abu Mohamed al-Adnani, incitou os jihadistas a atacar seus inimigos com todas as armas possíveis.
"Se você puder matar um descrente americano ou europeu - especialmente os imundos e peçonhentos franceses - ou um australiano ou canadense, ou qualquer outro descrente dos descrentes que estão fazendo a guerra, inclusive os cidadãos de países qne entraram na coalizão contra o Estado Islâmico, então confie em Alá e mate-o de qualquer maneira possível, Esmague sua cabeça com uma pedra, o chacine com uma faca, ou o atropele com seu carro, ou o jogue de um lugar alto, ou o estrangule ou o envene", incitou o porta-voz do Estado Islâmico, morto por um bombardeio americano em 30 de agosto de 2016.
Alemanha admite ter prendido o suspeito errado
O ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maiziere, reconheceu hoje que o candidato a asilo paquistanês preso ontem pode não ter relação com o atentando terrorista contra uma feira de Natal de Berlim que deixou 12 mortos e 48 feridos. O verdadeiro terrorista continua solto.
A capital da Alemanha está em estado de alerta máxima e outras grandes cidades europeias também. O fato de um caminhão ter sido usado pela segunda vez como arma, a exemplo do que aconteceu em Nice, na França, em 14 de julho, no aniversário da Revolução Francesa de 1789, aumenta consideravelmente as precauções em cidades como Londres e Paris.
O suspeito foi seguido por um motorista que o viu saindo a pé rapidamente da praça atacada e avisou a polícia, mas pretextou inocência e a polícia aparentemente aceitou suas alegações.
Ao visitar o local da tragédia hoje de manhã, a chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel admitiu que sua política de braços abertos para os refugiados será alvo de novos ataques. Se fosse confirmado que o terrorista era um requerente de asilo, suas chances de reeleição em setembro de 2017 seriam abaladas.
A capital da Alemanha está em estado de alerta máxima e outras grandes cidades europeias também. O fato de um caminhão ter sido usado pela segunda vez como arma, a exemplo do que aconteceu em Nice, na França, em 14 de julho, no aniversário da Revolução Francesa de 1789, aumenta consideravelmente as precauções em cidades como Londres e Paris.
O suspeito foi seguido por um motorista que o viu saindo a pé rapidamente da praça atacada e avisou a polícia, mas pretextou inocência e a polícia aparentemente aceitou suas alegações.
Ao visitar o local da tragédia hoje de manhã, a chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel admitiu que sua política de braços abertos para os refugiados será alvo de novos ataques. Se fosse confirmado que o terrorista era um requerente de asilo, suas chances de reeleição em setembro de 2017 seriam abaladas.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Caminhão invade feira de Natal e mata 12 pessoas em Berlim
Um caminhão invadiu hoje uma feirinha de Natal numa praça do centro comercial da capital da Alemanha no início da noite. Pelo menos 12 pessoas morreram e outras 48 saíram feridas. Há fortes suspeitas de terrorismo. O motorista foi preso, é um refugiado paquistanês que entrou no país no ano passado.
A polícia alemã suspeita de um atentado terrorista como o que matou 86 pessoas em Nice, na Franca, em 14 de julho, durante as comemorações do aniversário do começo da Revolução Francesa de 1789.
O caminhão era de uma empresa polonesa, mas não manteve contato com a firma desde a tarde. O ministro do Exterior alemão não descarta a possibilidade de acidente, mas a hipótese de atentado é mais provável.
Há rumores de que a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a autoria do ataque.
A Alemanha é o país europeu que mais acolheu refugiados da guerra civil da Síria. Só no ano passado, foram quase 1 milhão de imigrantes. Isso abalou a popularidade da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel, que resolveu honrar a tradição europeia e alemã de abrigar refugiados depois do fim da Segunda Guerra Mundial.
Até agora, a Alemanha não havia sido alvo de um grande atentado terrorista. O ataque abala a campanha para a reeleição de Merkel em setembro de 2017. Pela ultradireita, cresce o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), que é contra o euro e oferecer asilo a refugiados.
A polícia alemã suspeita de um atentado terrorista como o que matou 86 pessoas em Nice, na Franca, em 14 de julho, durante as comemorações do aniversário do começo da Revolução Francesa de 1789.
O caminhão era de uma empresa polonesa, mas não manteve contato com a firma desde a tarde. O ministro do Exterior alemão não descarta a possibilidade de acidente, mas a hipótese de atentado é mais provável.
Há rumores de que a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a autoria do ataque.
A Alemanha é o país europeu que mais acolheu refugiados da guerra civil da Síria. Só no ano passado, foram quase 1 milhão de imigrantes. Isso abalou a popularidade da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel, que resolveu honrar a tradição europeia e alemã de abrigar refugiados depois do fim da Segunda Guerra Mundial.
Até agora, a Alemanha não havia sido alvo de um grande atentado terrorista. O ataque abala a campanha para a reeleição de Merkel em setembro de 2017. Pela ultradireita, cresce o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), que é contra o euro e oferecer asilo a refugiados.
Policial mata embaixador da Rússia na Turquia
Um atirador turco matou hoje o embaixador da Rússia em Ancara, Andrei Karlov, para se vingar da intervenção militar russa na guerra civil da Síria e do massacre dos rebeldes na Batalha de Alepo, noticiou o jornal turco Hurriyet. O assassino, identificado como Mevlüt Mert Altintas, um policial de folga de 22 anos, foi morto pela polícia.
Foi o primeiro assassinato de um embaixador na capital da Turquia. Karlov, de 62 anos, discursava na abertura de uma exposição de fotografia no centro de Ancara no início da noite quando foi baleado várias vezes por Altintas, que gritou: "Não se esqueçam de Alepo! Não se esqueçam da Síria! Enquanto nossos irmãos não estiverem seguros, vocês não estarão seguros!"
O assassinato foi gravado em vídeo. "Quem quer que tenha parte nesta opressão vai pagar por ela, um por um, Só a morte vai me tirar daqui. Deus é grande", acrescentou o atirador antes de ser morto.
No momento do ataque, o ministro do Exterior turco, Mevlüt Çavuslogu, viajava para Moscou, onde amanhã se reúne com os chanceleres da Rússia. Serguei Lavrov, e do Irã, Mohamed Javad Zarif, para discutir o futuro da Síria.
"Não vai haver um novo esfriamento nas relações entre Moscou e Ancara, não importa quão fortes sejam nossos adversários estratégicos em Ancara e no Ocidente", afirmou o presidente da Comissão de Relações Internacionais da Duma do Estado (Câmara), deputado Leonid Slutsky. "Isto não vai acontecer. Há diferenças entre nós, mas as relações entre os dois países não vão sofrer."
A Rússia entrou na guerra civil da Síria em 30 de setembro de 2015 a pretexto de combater a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Na prática, o presidente russo, Vladimir Putin, queria evitar o colapso da ditadura de seu aliado Bachar Assad - e conseguiu.
Essa intervenção acabou com os planos do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, de derrubar Assa e criar uma zona desmilitarizada e de proibição de voo para assentar os 2,7 milhões de refugiados sírios que entraram na Turquia desde o início da guerra civil da Síria, em março de 2011.
Em 24 de novembro do ano passado, a Turquia derrubou um caça-bombardeiro russo Sukhoi Su-24 que atacava rebeldes sírios turcomanos apoiados por Erdogan e teria penetrada no espaço aéreo turco. A tensão aumentou muito entre os dois países.
Como a Turquia faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), um ataque russo obrigaria a aliança militar ocidental a reagir com base no princípio de que um ataque contra um é um ataque contra todos.
Hoje os Estados Unidos e a OTAN condenaram o assassinato do embaixador.
Foi o primeiro assassinato de um embaixador na capital da Turquia. Karlov, de 62 anos, discursava na abertura de uma exposição de fotografia no centro de Ancara no início da noite quando foi baleado várias vezes por Altintas, que gritou: "Não se esqueçam de Alepo! Não se esqueçam da Síria! Enquanto nossos irmãos não estiverem seguros, vocês não estarão seguros!"
O assassinato foi gravado em vídeo. "Quem quer que tenha parte nesta opressão vai pagar por ela, um por um, Só a morte vai me tirar daqui. Deus é grande", acrescentou o atirador antes de ser morto.
No momento do ataque, o ministro do Exterior turco, Mevlüt Çavuslogu, viajava para Moscou, onde amanhã se reúne com os chanceleres da Rússia. Serguei Lavrov, e do Irã, Mohamed Javad Zarif, para discutir o futuro da Síria.
"Não vai haver um novo esfriamento nas relações entre Moscou e Ancara, não importa quão fortes sejam nossos adversários estratégicos em Ancara e no Ocidente", afirmou o presidente da Comissão de Relações Internacionais da Duma do Estado (Câmara), deputado Leonid Slutsky. "Isto não vai acontecer. Há diferenças entre nós, mas as relações entre os dois países não vão sofrer."
A Rússia entrou na guerra civil da Síria em 30 de setembro de 2015 a pretexto de combater a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Na prática, o presidente russo, Vladimir Putin, queria evitar o colapso da ditadura de seu aliado Bachar Assad - e conseguiu.
Essa intervenção acabou com os planos do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, de derrubar Assa e criar uma zona desmilitarizada e de proibição de voo para assentar os 2,7 milhões de refugiados sírios que entraram na Turquia desde o início da guerra civil da Síria, em março de 2011.
Em 24 de novembro do ano passado, a Turquia derrubou um caça-bombardeiro russo Sukhoi Su-24 que atacava rebeldes sírios turcomanos apoiados por Erdogan e teria penetrada no espaço aéreo turco. A tensão aumentou muito entre os dois países.
Como a Turquia faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), um ataque russo obrigaria a aliança militar ocidental a reagir com base no princípio de que um ataque contra um é um ataque contra todos.
Hoje os Estados Unidos e a OTAN condenaram o assassinato do embaixador.
domingo, 18 de dezembro de 2016
Estado Islâmico reivindica ataque com 48 mortos no Iêmen
Um terrorista suicida disfarçado como deficiente detonou hoje os explosivos que trazia junto ao corpo no meio de uma fila de recrutas do Exército do Iêmen no porto de Áden, a segunda maior cidade iemenita e sede do governo reconhecido internacionalmente, informou o jornal The New York Times. Pelo menos 48 pessoas morreram e outras 84 saíram feridas.
Foi o segundo grande ataque terrorista do Estado Islâmico no país desde o início do mês, sinal de que o governo não consegue garantir a segurança das regiões sob seu controle. Em 10 de dezembro, outro atentado contra a mesma base militar deixou 57 mortos
A capital, Saná, foi tomada pelos rebeldes hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã, em setembro de 2014.
A Arábia Saudita, que disputa a liderança regional do Oriente Médio com o Irã, recebeu o presidente deposto, Abed Rabbo Mansur Hadi, e intervém na guerra civil iemenita desde 25 de março de 2015.
O Iêmen está dividido. Os hutis e unidades militares que os apoiam dominam o Noroeste do país, enquanto o governo reconhecido internacionalmente contra o Sul e o Leste.
Os terroristas do Estado Islâmico aproveitam a situação caótica para realizar ações terroristas. Inicialmente seus alvos eram os hutis, que o grupo considera traidores do Islã. Ultimamente passaram a atacar o governo sunita aliado dos sauditas.
Foi o segundo grande ataque terrorista do Estado Islâmico no país desde o início do mês, sinal de que o governo não consegue garantir a segurança das regiões sob seu controle. Em 10 de dezembro, outro atentado contra a mesma base militar deixou 57 mortos
A capital, Saná, foi tomada pelos rebeldes hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã, em setembro de 2014.
A Arábia Saudita, que disputa a liderança regional do Oriente Médio com o Irã, recebeu o presidente deposto, Abed Rabbo Mansur Hadi, e intervém na guerra civil iemenita desde 25 de março de 2015.
O Iêmen está dividido. Os hutis e unidades militares que os apoiam dominam o Noroeste do país, enquanto o governo reconhecido internacionalmente contra o Sul e o Leste.
Os terroristas do Estado Islâmico aproveitam a situação caótica para realizar ações terroristas. Inicialmente seus alvos eram os hutis, que o grupo considera traidores do Islã. Ultimamente passaram a atacar o governo sunita aliado dos sauditas.
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sábado, 17 de dezembro de 2016
China promete devolver drone submarino capturado dos EUA
A República Popular da China prometeu hoje devolver um drone de pesquisa submarina dos Estados Unidos capturado durante a semana no Mar do Sul da China, onde o regime comunista chinês tem conflitos territoriais com Brunei, Filipinas, Malásia, Taiwan e Vietnã, anunciou hoje Peter Cook, o porta-voz do Departamento da Defesa dos EUA.
Nas palavras do assessor de imprensa do Pentágono, os EUA "garantiram um entendimento" para a restituição do equipamento. Os chineses capturaram para examinar se é um instrumento de espionagem e para absorver a tecnologia.
Foi também uma resposta da China ao telefonema do presidente eleito, Donald Trump, à presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, a ilha para onde os nacionalistas fugiram em 1949, por causa da vitória da revolução comunista liderada por Mao Tsé-tung. O regime comunista chinês considera Taiwan uma província rebelde e pretende reanexá-la.
Desde o reatamento de relações com a China comunista, em 1979, nenhum presidente dos EUA havia entrado em contato direto com um presidente taiwanês, aceitando a política oficial de Beijim de que só existe uma China, representada pelo regime comunista no poder desde 1949.
A China reivindica a soberania sobre 90% do Mar do Sul da China com base num mapa antigo com a linha dos nove traços, rejeitado por tribunais internacionais, enquanto os EUA tentam manter os direitos internacionais de navegação numa das rotas mais movimentadas do comércio mundial.
Nas palavras do assessor de imprensa do Pentágono, os EUA "garantiram um entendimento" para a restituição do equipamento. Os chineses capturaram para examinar se é um instrumento de espionagem e para absorver a tecnologia.
Foi também uma resposta da China ao telefonema do presidente eleito, Donald Trump, à presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, a ilha para onde os nacionalistas fugiram em 1949, por causa da vitória da revolução comunista liderada por Mao Tsé-tung. O regime comunista chinês considera Taiwan uma província rebelde e pretende reanexá-la.
Desde o reatamento de relações com a China comunista, em 1979, nenhum presidente dos EUA havia entrado em contato direto com um presidente taiwanês, aceitando a política oficial de Beijim de que só existe uma China, representada pelo regime comunista no poder desde 1949.
A China reivindica a soberania sobre 90% do Mar do Sul da China com base num mapa antigo com a linha dos nove traços, rejeitado por tribunais internacionais, enquanto os EUA tentam manter os direitos internacionais de navegação numa das rotas mais movimentadas do comércio mundial.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
FBI apoia CIA ao acusar ciberpiratas russos de ajudar Trump
A polícia federal dos Estados Unidos, o FBI (Federal Bureau of Investigation), concordou hoje com avaliação do serviço de espionagem, a CIA (Agência Central de Inteligência), de que a Rússia pirateou o correio eletrônico do Partido Democrata para beneficiar a candidatura de Donald Trump.
Até agora, o FBI dizia a deputados e senadores não ter certeza sobre as intenções do ataque cibernético da Rússia. Como o Partido Republicano também foi pirateado, mas o conteúdo não foi distribuído, a conclusão é que o objetivo era ajudar Trump, que elogiou o protoditador russo, Vladimir Putin, como um "grande líder", além de ameaçar não proteger os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
O fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, refugiado há anos na Embaixada do Equador em Londres, prometeu boicotar a candidatura da ex-secretária de Estado Hillary Clinton alegando que sua atitude belicosa provocaria novas guerras,
Hoje o presidente Barack Obama prometeu retaliar a guerra cibernética de Putin. A Rússia também foi acusada de pirataria cibernética para interferir no resultado de eleições em ex-repúblicas soviéticas como a Geórgia e os países bálticos, e em aliados do antigo Bloco Soviético como a Polônia.
Até agora, o FBI dizia a deputados e senadores não ter certeza sobre as intenções do ataque cibernético da Rússia. Como o Partido Republicano também foi pirateado, mas o conteúdo não foi distribuído, a conclusão é que o objetivo era ajudar Trump, que elogiou o protoditador russo, Vladimir Putin, como um "grande líder", além de ameaçar não proteger os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
O fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, refugiado há anos na Embaixada do Equador em Londres, prometeu boicotar a candidatura da ex-secretária de Estado Hillary Clinton alegando que sua atitude belicosa provocaria novas guerras,
Hoje o presidente Barack Obama prometeu retaliar a guerra cibernética de Putin. A Rússia também foi acusada de pirataria cibernética para interferir no resultado de eleições em ex-repúblicas soviéticas como a Geórgia e os países bálticos, e em aliados do antigo Bloco Soviético como a Polônia.
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França prorroga estado de emergência até 15 de julho
Por 306 a 28, Senado da França aprovou ontem a quinta prorrogação do estado de emergência decretado pelo presidente François Hollande para combater o terrorismo depois dos atentados de 13 de novembro de 2015. A Assembleia Nacional havia aprovado o projeto na quarta-feira.
Assim, o estado de emergência vai até 15 de julho. Estará em vigor durante as eleições presidencial (23 de abril e 7 de maio) e parlamentares (11 e 18 de junho). Só a Frente de Esquerda e alguns ecologistas votaram contra a medida, considerando-a "ineficaz" e "perigosa" para os direitos humanos.
Nos últimos cinco meses, houve pelo menos 13 tentativas de cometer atentados terroristas na França, declarou o ministro do Interior, Bruno Le Roux, à Assembleia Nacional, ao defender a medida. Mais de 30 suspeitos foram presos, inclusive mulheres e menores de idade.
Ao todo, houve 17 atentados terroristas em 2016 contra sete em 2015, quatro em 2014 e dois em 2013. No momento, 90 pessoas estão em prisão domiciliar.
"Um pouco mais de 2 mil franceses ou residentes habituais da França estão implicados de um modo ou de outro no recrutamento de jihadistas", acrescentou o ministro. Entre eles, pelo menos 700 estão nos campos de batalha da Síria e do Iraque, entre os quais 290 mulheres e 22 menores.
Desde o início de 2016, "mais de 420 indivíduos ligados a redes terroristas foram interpelados", revelou Le Roux. Nos últimos cinco meses, "foram apreendidas 35 armas, sendo duas armas de guerra e duas de longo alcance."
Assim, o estado de emergência vai até 15 de julho. Estará em vigor durante as eleições presidencial (23 de abril e 7 de maio) e parlamentares (11 e 18 de junho). Só a Frente de Esquerda e alguns ecologistas votaram contra a medida, considerando-a "ineficaz" e "perigosa" para os direitos humanos.
Nos últimos cinco meses, houve pelo menos 13 tentativas de cometer atentados terroristas na França, declarou o ministro do Interior, Bruno Le Roux, à Assembleia Nacional, ao defender a medida. Mais de 30 suspeitos foram presos, inclusive mulheres e menores de idade.
Ao todo, houve 17 atentados terroristas em 2016 contra sete em 2015, quatro em 2014 e dois em 2013. No momento, 90 pessoas estão em prisão domiciliar.
"Um pouco mais de 2 mil franceses ou residentes habituais da França estão implicados de um modo ou de outro no recrutamento de jihadistas", acrescentou o ministro. Entre eles, pelo menos 700 estão nos campos de batalha da Síria e do Iraque, entre os quais 290 mulheres e 22 menores.
Desde o início de 2016, "mais de 420 indivíduos ligados a redes terroristas foram interpelados", revelou Le Roux. Nos últimos cinco meses, "foram apreendidas 35 armas, sendo duas armas de guerra e duas de longo alcance."
Brasil, Espanha e Austrália monitoram biodiversidade da Amazônia
Uma equipe de cientistas do Brasil, da Espanha e da Austrália desenvolveram em conjunto o sistema de controle remoto mais sofisticado usado até hoje para monitorar a perda da diversidade biológica na Floresta Amazônica.
O projeto de alta tecnologia Providência, iniciado nesta semana, reúne o Laboratório de Aplicações Bioacústicas da Universidade Politécnica da Catalunha, da Espanha; o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e a Universidade Federal do Amazonas, do Brasil; e a Organização Federal para Pesquisa Industrial e Científica (CSIRO), da Austrália.
Uma rede sem fio de sensores distribuídos por toda a Amazônia vai vigiar constantamente a vida sob a cobertura vegeral da floresta. A Fundação Gordon e Betty Moore, criada por Gordon Moore, fundador da empresa de informática Intel, deu um financiamento de US$ 1,4 milhão.
As espécies amazônicas estão desaparecendo num ritmo mais rápido do que os cientistas conseguem catalogá-las. "Os satélites e os drones fornecem uma grande quantidade de dados sobre as principais mudanças na cobertura florestal, o desmatamento e o uso da terra, mas estes métodos pouco revelam sob o que acontece sob a copa das árvores", declarou Emiliano Ramalho, coordenador do projeto e de biodiversidade no Instituto Mamirauá.
"A avaliação da biodiversidade é difícil em zonas distantes utilizando os métodos tradicionais. Os investigadores devem viajar fisicamente através da selva e percorrer áreas perigosas para identificar as espécies que veem e ouvem. O resultado não é muito confiável nem exaustivo e muito limitado em termos de coleta de informações", explicou Alberto Elfes, pesquisador do CSIRO e diretor do projeto na Austrália.
Ramalho acrescentou que a experiência poderá ser reproduzida em outras regiões: "Nossa inovação tecnológica para monitorar a biodiversidade na Amazônia se inscreve numa escala nunca alcançada: combina várias tecnologias, inclusive sons, imagens visuais e imagens térmicas para levar a cabo a detecção e a identificação dos animais. Além da Amazônia, estas tecnologias serão de grande valor para pesquisas a diversidade em bosques tropicais no mundo."
O projeto de alta tecnologia Providência, iniciado nesta semana, reúne o Laboratório de Aplicações Bioacústicas da Universidade Politécnica da Catalunha, da Espanha; o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e a Universidade Federal do Amazonas, do Brasil; e a Organização Federal para Pesquisa Industrial e Científica (CSIRO), da Austrália.
Uma rede sem fio de sensores distribuídos por toda a Amazônia vai vigiar constantamente a vida sob a cobertura vegeral da floresta. A Fundação Gordon e Betty Moore, criada por Gordon Moore, fundador da empresa de informática Intel, deu um financiamento de US$ 1,4 milhão.
As espécies amazônicas estão desaparecendo num ritmo mais rápido do que os cientistas conseguem catalogá-las. "Os satélites e os drones fornecem uma grande quantidade de dados sobre as principais mudanças na cobertura florestal, o desmatamento e o uso da terra, mas estes métodos pouco revelam sob o que acontece sob a copa das árvores", declarou Emiliano Ramalho, coordenador do projeto e de biodiversidade no Instituto Mamirauá.
"A avaliação da biodiversidade é difícil em zonas distantes utilizando os métodos tradicionais. Os investigadores devem viajar fisicamente através da selva e percorrer áreas perigosas para identificar as espécies que veem e ouvem. O resultado não é muito confiável nem exaustivo e muito limitado em termos de coleta de informações", explicou Alberto Elfes, pesquisador do CSIRO e diretor do projeto na Austrália.
Ramalho acrescentou que a experiência poderá ser reproduzida em outras regiões: "Nossa inovação tecnológica para monitorar a biodiversidade na Amazônia se inscreve numa escala nunca alcançada: combina várias tecnologias, inclusive sons, imagens visuais e imagens térmicas para levar a cabo a detecção e a identificação dos animais. Além da Amazônia, estas tecnologias serão de grande valor para pesquisas a diversidade em bosques tropicais no mundo."
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Quase 5 mil migrantes morreram no Mediterrâneo em 2016
A crise dos migrantes e refugiados das guerras no Oriente Médio saiu das manchetes, mas continua matando. Desde o início do ano, o total de mortos em naufrágios no Mar Mediterrâneo chegou a 4.752, enquanto 175 mil conseguiram realizar a travessia.
O problema foi discutido mais uma vez hoje em Bruxelas pelos líderes da União Europeia, sem que tenha sido encontrada uma solução. Na discussão sobre de quem é a culpa pela tragédia humanitária, a agência europeia de patrulhamento de fronteiras Frontex acusou organizações não governamentais como Save the Children (Salve as Crianças) e Médicos sem Fronteiras (MsF) de estimular o tráfico humano por atuarem muito perto da costa da Líbia.
Em muitos casos, os traficantes embarcam os refugiados e migrantes em embarcações precárias, avisam as guardas costeiras europeias e as ONGs e abandonam seus passageiros em pleno mar.
Desde a morte de mais de mil pessoas numa semana, a UE mudou de atitude e passou a tentar resgatar ativamente as embarcações à deriva e os náufragos. Neste ano, o total de mortos aumentou 25%, mas não sensibilizou os europeus. Há uma rejeição generalizada a imigrantes e refugiados, especialmente muçulmanos, vistos como terroristas em potencial.
Na Alemanha, que recebeu quase 1 milhão de refugiados, a medida abalou a popularidade da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel e provocou a criação de um novo partido de ultradireita, Alternativa para a Alemanha, contrário à política de migração e à união monetária europeia. Outros governos, sob a pressão de populistas de extrema direita, se recusam a aceitar uma cota de refugiados proporcional à população.
Mais de 5 milhões de pessoas fugiram da Síria por causa da guerra civil deflagrada pelo regime terrorista de Bachar Assad contra seu próprio povo. A vitória na Batalha de Alepo, com o apoio da Rússia, do Irã e de milícias xiitas iranianas, iraquianas e libanesas, pode ser o inicio do fim da guerra. Como o ditador foi o principal responsável pela matança e a maioria da população síria é sunita, justamente o alvo das forças governistas, o fim da fuga para a Europa é improvável.
O problema foi discutido mais uma vez hoje em Bruxelas pelos líderes da União Europeia, sem que tenha sido encontrada uma solução. Na discussão sobre de quem é a culpa pela tragédia humanitária, a agência europeia de patrulhamento de fronteiras Frontex acusou organizações não governamentais como Save the Children (Salve as Crianças) e Médicos sem Fronteiras (MsF) de estimular o tráfico humano por atuarem muito perto da costa da Líbia.
Em muitos casos, os traficantes embarcam os refugiados e migrantes em embarcações precárias, avisam as guardas costeiras europeias e as ONGs e abandonam seus passageiros em pleno mar.
Desde a morte de mais de mil pessoas numa semana, a UE mudou de atitude e passou a tentar resgatar ativamente as embarcações à deriva e os náufragos. Neste ano, o total de mortos aumentou 25%, mas não sensibilizou os europeus. Há uma rejeição generalizada a imigrantes e refugiados, especialmente muçulmanos, vistos como terroristas em potencial.
Na Alemanha, que recebeu quase 1 milhão de refugiados, a medida abalou a popularidade da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel e provocou a criação de um novo partido de ultradireita, Alternativa para a Alemanha, contrário à política de migração e à união monetária europeia. Outros governos, sob a pressão de populistas de extrema direita, se recusam a aceitar uma cota de refugiados proporcional à população.
Mais de 5 milhões de pessoas fugiram da Síria por causa da guerra civil deflagrada pelo regime terrorista de Bachar Assad contra seu próprio povo. A vitória na Batalha de Alepo, com o apoio da Rússia, do Irã e de milícias xiitas iranianas, iraquianas e libanesas, pode ser o inicio do fim da guerra. Como o ditador foi o principal responsável pela matança e a maioria da população síria é sunita, justamente o alvo das forças governistas, o fim da fuga para a Europa é improvável.
Restos de explosivos encontrados em vítima de voo da Egypt Air
Os corpos das vítimas do voo Cairo-Paris da Egypt Air que caiu no Mar Mediterrâneo em 19 de maio de 2016 tinham traços de explosivos, revelaram hoje investigadores egípcios, citados pela televisão pública britânica BBC. Agora, será aberto um inquérito criminal.
Até agora, os investigadores não conseguiram descobrir como e por que o voo MS-804 caiu, matando todas as 66 pessoas a bordo. As gravações da cabine que estavam numa das caixas-pretas do avião mostram uma tentativa de apagar um incêndio. Os dados do voo, registrados na outra caixa-preta, indicam a presença de fumaça.
Desde o golpe de Estado contra o presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, em 3 de julho de 2013, milhares de islamitas foram mortos, criando um clima de rebelião contra a ditadura do marechal Abdel Fattah al-Sissi.
A França também é alvo importante para os jihadistas, como ficou evidente nos atentados terroristas de janeiro e novembro de 2015.
Trump é maior perdedor no voto popular a chegar à Casa Branca
O magnata imobiliário Donald Trump perdeu a eleição presidencial de 8 de novembro de 2016 no voto popular por uma diferença de 2,8 milhões. É o maior perdedor no voto popular a chegar à Presidência dos Estados Unidos graças ao arcaico Colégio Eleitoral.
A vantagem da ex-secretária de Estado Hillary Clinton supera em muito os 554 mil votos a mais do vice-presidente Al Gore contra o republicano George W. Bush no ano 2000. Bush acabou vencendo por cerca de 500 votos na recontagem da Flórida.
Com os 25 votos eleitorais do estado onde seu irmão Jeb Bush era governador e organizador da eleição, George W. foi eleito presidente. Foi a única vez no século 20 em que o presidente eleito não venceu no voto popular. Os outros casos aconteceram no século 19.
O presidente dos EUA é eleito por um Colégio Eleitoral formado por 538 delegados representantes dos estados, equivalente ao número de deputados e senadores de cada estado. Mas a divisão não é proporcional. Por mais apertada que seja a disputa, o vencedor leva todos os votos eleitorais de cada estado, o que pode gerar esta contradição entre o voto popular e o Colégio Eleitoral.
A vantagem da ex-secretária de Estado Hillary Clinton supera em muito os 554 mil votos a mais do vice-presidente Al Gore contra o republicano George W. Bush no ano 2000. Bush acabou vencendo por cerca de 500 votos na recontagem da Flórida.
Com os 25 votos eleitorais do estado onde seu irmão Jeb Bush era governador e organizador da eleição, George W. foi eleito presidente. Foi a única vez no século 20 em que o presidente eleito não venceu no voto popular. Os outros casos aconteceram no século 19.
O presidente dos EUA é eleito por um Colégio Eleitoral formado por 538 delegados representantes dos estados, equivalente ao número de deputados e senadores de cada estado. Mas a divisão não é proporcional. Por mais apertada que seja a disputa, o vencedor leva todos os votos eleitorais de cada estado, o que pode gerar esta contradição entre o voto popular e o Colégio Eleitoral.
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
Justiça da Espanha veta plebiscito sobre independência da Catalunha
O Tribunal Constitucional da Espanha declarou nula hoje uma resolução do Parlamento da Catalunha convocando um plebiscito sobre a independência da província para setembro de 2017. Pela Constituição da Espanha, todo o país teria de votar e não apenas a região interessada em se separar.
O governo espanhol é contra a independência da região, a mais rica do país. A luta pela independência é liderada pelo movimento Juntos pelo Sim, uma aliança de conservadores à centro-esquerda que venceu as eleições regionais de 27 de setembro de 2015.
É uma coalizão frágil. Mas a decisão judicial não resolve o problema do governo central de Madri. A luta pela independência da Catalunha não vai parar por aí.
O governo espanhol é contra a independência da região, a mais rica do país. A luta pela independência é liderada pelo movimento Juntos pelo Sim, uma aliança de conservadores à centro-esquerda que venceu as eleições regionais de 27 de setembro de 2015.
É uma coalizão frágil. Mas a decisão judicial não resolve o problema do governo central de Madri. A luta pela independência da Catalunha não vai parar por aí.
Fed eleva juros pela segunda vez após a Grande Recessão
O Conselho da Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos aumentou hoje suas taxas básicas de juros pela primeira vez no ano. É a segunda alta desde que o Fed praticamente zerou os juros, em dezembro de 2008 para combater a Grande Recessão, a pior crise econômica mundial desde a Grande Depressão (1929-39).
A taxa básica de juros subiu de uma faixa de 0,25%-0,5% para 0,5%-0,75% ao ano deve elevar o custo dos empréstimos para pessoas e empresas. O Comitê de Mercado Aberto, o comitê de política monetária do Fed, prevê um futuro promissor para a maior economia do mundo em 2017 e três aumentos de juros, num total de 0,75 ponto percentual.
"Nossa decisão de aumentar os juros deve ser entendida como um reflexo na confiança que temos no progresso da economia", declarou a presidente do Fed, Janet Yellen. Foi tomada "tendo em vista as condições do mercado de trabalho e a inflação."
Isso significa que o Fed vê o mercado de trabalho perto ou já em pleno emprego, quando os salários começam a pressionar a inflação. Dentro da política de ajustes graduais do Fed, a taxa básica deve estar em 2,1% ao ano no fim de 2017 e 2,9% ao ano no fim de 2018.
Os formuladores da política monetária dos EUA estão numa posição cautelosa à espera do governo Donald Trump. Durante a campanha, Trump acusou Janet Yellen de manter as taxas básicas de juros artificialmente baixas para favorecer a candidatura de Hillary Clinton, fazendo o jogo do Partido Democrata.
Em pronunciamentos cautelosos, Janet Yellen defendeu a independência do Fed, mas não comentou as propostas de Trump, esperando para ver como será o governo Trump na prática.
Assim, os analistas acreditam que em março, depois do início do governo, o Comitê de Mercado Aberto terá uma posição mais clara sobre as políticas e dará uma orientação mais segura sobre a curva de juros nos EUA.
A taxa básica de juros subiu de uma faixa de 0,25%-0,5% para 0,5%-0,75% ao ano deve elevar o custo dos empréstimos para pessoas e empresas. O Comitê de Mercado Aberto, o comitê de política monetária do Fed, prevê um futuro promissor para a maior economia do mundo em 2017 e três aumentos de juros, num total de 0,75 ponto percentual.
"Nossa decisão de aumentar os juros deve ser entendida como um reflexo na confiança que temos no progresso da economia", declarou a presidente do Fed, Janet Yellen. Foi tomada "tendo em vista as condições do mercado de trabalho e a inflação."
Isso significa que o Fed vê o mercado de trabalho perto ou já em pleno emprego, quando os salários começam a pressionar a inflação. Dentro da política de ajustes graduais do Fed, a taxa básica deve estar em 2,1% ao ano no fim de 2017 e 2,9% ao ano no fim de 2018.
Os formuladores da política monetária dos EUA estão numa posição cautelosa à espera do governo Donald Trump. Durante a campanha, Trump acusou Janet Yellen de manter as taxas básicas de juros artificialmente baixas para favorecer a candidatura de Hillary Clinton, fazendo o jogo do Partido Democrata.
Em pronunciamentos cautelosos, Janet Yellen defendeu a independência do Fed, mas não comentou as propostas de Trump, esperando para ver como será o governo Trump na prática.
Assim, os analistas acreditam que em março, depois do início do governo, o Comitê de Mercado Aberto terá uma posição mais clara sobre as políticas e dará uma orientação mais segura sobre a curva de juros nos EUA.
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Estado Islâmico reivindica ataque a igreja copta no Egito
A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a autoria de um atentado suicida contra uma igreja cristã copta do Egito, no Cairo. Pelo menos 25 pessoas morreram e outras 49 saíram feridas.
O homem-bomba detonou os explosivos que trazia junto ao corpo em meio aos fiéis durante uma missa de domingo na Igreja de São Pedro e São Paulo, que fica ao lado da Igreja de São Marcos, a catedral copta. A reivindicação de autoria foi feita através da agência de propaganda do Estado Islâmico na Internet.
Cerca de 10% dos 90 milhões de egípcios seguem igrejas cristãs. A imensa maioria é copta. É a maior comunidade cristã do Oriente Médio. Foi o maior atentado contra a comunidade copta egípcia desde 2011.
O homem-bomba detonou os explosivos que trazia junto ao corpo em meio aos fiéis durante uma missa de domingo na Igreja de São Pedro e São Paulo, que fica ao lado da Igreja de São Marcos, a catedral copta. A reivindicação de autoria foi feita através da agência de propaganda do Estado Islâmico na Internet.
Cerca de 10% dos 90 milhões de egípcios seguem igrejas cristãs. A imensa maioria é copta. É a maior comunidade cristã do Oriente Médio. Foi o maior atentado contra a comunidade copta egípcia desde 2011.
Maduro fecha fronteiras com Brasil e Colômbia por 72 horas
Em mais um golpe contra o povo da Venezuela, depois de proibir a circulação das cédulas de 100 bolívares a pretexto de "combater as máfias", o presidente Nicolás Maduro decretou o fechamento das fronteiras com o Brasil e a Colômbia por 72 horas, informou o jornal venezuelano El Nacional.
Mais uma vez, o presidente e o regime chavista tentam atribuir aos outros os problemas de hiperinflação e desabastecimento causados pelas políticas ruinosas do "socialismo do século 21".
Num comunicado dirigido ao governo colombiano, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela manifestou sua "preocupação profunda" com o suposto contrabando de notas de 100 bolívares através da fronteira com a Colômbia.
Mais uma vez, o presidente e o regime chavista tentam atribuir aos outros os problemas de hiperinflação e desabastecimento causados pelas políticas ruinosas do "socialismo do século 21".
Num comunicado dirigido ao governo colombiano, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela manifestou sua "preocupação profunda" com o suposto contrabando de notas de 100 bolívares através da fronteira com a Colômbia.
Exército da Gâmbia ocupa comissão eleitoral em golpe militar
A vitória do empresário oposicionista Adama Barrow na eleição presidencial da Gâmbia foi saudada como um exemplo de alternância democrática na África. Durou pouco. Na semana passada, o ditador Yahya Jammeh, repudiou o resultado. Hoje o Exército tomou a sede da comissão eleitoral, num golpe de Estado, noticiou a agência Reuters.
Logo após o anúncio da derrota, Jammeh, no poder desde 1994, prometeu aceitar o resultado das urnas, mas voltou atrás e exigiu a realização de uma nova eleição. Para evitar o agravamento da situação, uma delegação de alto nível de países da África Ocidental chegou ontem à Gâmbia a fim de tentar convencer o presidente a acatar a vontade popular.
Logo após o anúncio da derrota, Jammeh, no poder desde 1994, prometeu aceitar o resultado das urnas, mas voltou atrás e exigiu a realização de uma nova eleição. Para evitar o agravamento da situação, uma delegação de alto nível de países da África Ocidental chegou ontem à Gâmbia a fim de tentar convencer o presidente a acatar a vontade popular.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Ditador da Síria está perto da vitória em Alepo
Depois de quatro anos, a ditadura de Bachar Assad está prestes a retomar o controle de Alepo, que era a capital econômica da Síria quando começou a guerra civil, há cinco anos e nove meses. Com o apoio da Força Aérea da Rússia e de milícias xiitas do Irã e do Líbano, o Exército sírio afirma ter retomado 98% da área em poder dos rebeldes.
Os rebeldes que ocupavam a metade leste de Alepo fugiram ou estão encurralados. Mais de 50 mil civis saíram da áreas antes dominada pelos rebeldes. Dezenas de milhares continuam cercados, sem água, energia elétrica e hospitais.
Com a queda de Alepo, Assad retoma o controle de todas as grandes cidades da Síria, mas a guerra está longe de acabar. No fim de semana, a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante voltou a invadir a cidade histórica romana de Palmira, no centro do país, que estava em poder do governo desde maio deste ano.
A vitória de Assad não deve ser aceita passivamente pela Turquia, a Arábia Saudita e outras monarquias petroleiras do Golfo Pérsico que são inimigas do Irã e do regime sírio. Esses países devem continuar armando, treinando e financiando os rebeldes.
Assad é o principal responsável e o maior terrorista na guerra civil da Síria. Com a intervenção militar russa a partir de 30 de setembro de 2015, o ditador reassumiu aos poucos o controle dos principais centros urbanos, mas nada indica que o atual regime será capaz de consolidar a paz depois de 400 mil e que a metade da população fugiu de casa.
Os rebeldes que ocupavam a metade leste de Alepo fugiram ou estão encurralados. Mais de 50 mil civis saíram da áreas antes dominada pelos rebeldes. Dezenas de milhares continuam cercados, sem água, energia elétrica e hospitais.
Com a queda de Alepo, Assad retoma o controle de todas as grandes cidades da Síria, mas a guerra está longe de acabar. No fim de semana, a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante voltou a invadir a cidade histórica romana de Palmira, no centro do país, que estava em poder do governo desde maio deste ano.
A vitória de Assad não deve ser aceita passivamente pela Turquia, a Arábia Saudita e outras monarquias petroleiras do Golfo Pérsico que são inimigas do Irã e do regime sírio. Esses países devem continuar armando, treinando e financiando os rebeldes.
Assad é o principal responsável e o maior terrorista na guerra civil da Síria. Com a intervenção militar russa a partir de 30 de setembro de 2015, o ditador reassumiu aos poucos o controle dos principais centros urbanos, mas nada indica que o atual regime será capaz de consolidar a paz depois de 400 mil e que a metade da população fugiu de casa.
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domingo, 11 de dezembro de 2016
Paolo Gentiloni é indicado primeiro-ministro da Itália
Com a queda do primeiro-ministro Matteo Renzi depois da derrota no referendo constitucional do domingo passado, o presidente Sergio Mattarela convidou hoje o ministro do Exterior, Paolo Gentilone, para formar um novo governo na Itália.
Gentiloni, de 62 anos, do Partido Democrático, de centro-esquerda, o mesmo de Renzi, vai iniciar consultas para formar um ministério e tentar obter a aprovação do Congresso para o novo governo.
A derrota foi atribuída ao sucesso de partidos populistas como o Movimento 5 Estrelas e a Liga Norte, mas foi um repúdio à tentativa de Renzi de mudar a Constituição para esvaziar o poder do Senado e das regiões, dando um bônus em cadeiras a mais para o partido vencedor da eleição na Câmara de modo a formar governos fortes. O eleitorado repudiou a proposta de formar governos fortes com maiores escassas.
Gentiloni, de 62 anos, do Partido Democrático, de centro-esquerda, o mesmo de Renzi, vai iniciar consultas para formar um ministério e tentar obter a aprovação do Congresso para o novo governo.
A derrota foi atribuída ao sucesso de partidos populistas como o Movimento 5 Estrelas e a Liga Norte, mas foi um repúdio à tentativa de Renzi de mudar a Constituição para esvaziar o poder do Senado e das regiões, dando um bônus em cadeiras a mais para o partido vencedor da eleição na Câmara de modo a formar governos fortes. O eleitorado repudiou a proposta de formar governos fortes com maiores escassas.
sábado, 10 de dezembro de 2016
Trump tem a menor aprovação de um presidente eleito dos EUA
A maioria dos americanos não votou em Donald Trump. No voto popular, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton venceu por mais de 2 milhões de votos. Assim, Trump chega à Casa Branca, em 20 de janeiro de 2017, com a menor aprovação de um presidente eleito dos Estados Unidos.
Trump tem hoje apenas 41% de aprovação, em contraste com 72% de Barack Obama, 65% de George Herbert Walker Bush e 62% de Bill Clinton pouco antes de assumirem a Presidência. George Walker Bush, que perdeu no voto popular para o então vice-presidente Al Gore no ano 2000, tinha 50%.
Com o aumento da polarização política, só 15% dos eleitores democratas apoiam o novo presidente, em constraste com 79% dos republicanos, o mesmo índice de George W. Bush.
Isso significa que o governo Trump começa sem o bônus de popularidade normalmente atribuído a um novo presidente. Cerca de 54% dos eleitores votaram contra o magnata imobiliário. Em vez de tentar aumentar seu apelo, os nomes indicados para o ministério e cargos importantes são aliados sem qualificação. Muitos são contra as agências governamentais pelas quais serão responsáveis.
O futuro diretor da Agência de Proteção Ambiental, Scott Pruitt, não acredita que o homem seja responsável pelo aquecimento global. O assessor de Segurança Nacional, general Michael Flynn, não considera o islamismo uma religião. Para ele, trata-se de uma ideologia política assassina. Flynn também divulgou notícias falsas durante a campanha.
Se for aprovado pelo Senado, o futuro secretário da Defesa será o general James Mattis, conhecido como Cachorro Louco. O secretário do Trabalho, Andy Puzder, é contra o aumento do salário mínimo e contra o pagamento de horas extras. Não admira que quase 60% dos americanos rejeitem Trump.
Trump tem hoje apenas 41% de aprovação, em contraste com 72% de Barack Obama, 65% de George Herbert Walker Bush e 62% de Bill Clinton pouco antes de assumirem a Presidência. George Walker Bush, que perdeu no voto popular para o então vice-presidente Al Gore no ano 2000, tinha 50%.
Com o aumento da polarização política, só 15% dos eleitores democratas apoiam o novo presidente, em constraste com 79% dos republicanos, o mesmo índice de George W. Bush.
Isso significa que o governo Trump começa sem o bônus de popularidade normalmente atribuído a um novo presidente. Cerca de 54% dos eleitores votaram contra o magnata imobiliário. Em vez de tentar aumentar seu apelo, os nomes indicados para o ministério e cargos importantes são aliados sem qualificação. Muitos são contra as agências governamentais pelas quais serão responsáveis.
O futuro diretor da Agência de Proteção Ambiental, Scott Pruitt, não acredita que o homem seja responsável pelo aquecimento global. O assessor de Segurança Nacional, general Michael Flynn, não considera o islamismo uma religião. Para ele, trata-se de uma ideologia política assassina. Flynn também divulgou notícias falsas durante a campanha.
Se for aprovado pelo Senado, o futuro secretário da Defesa será o general James Mattis, conhecido como Cachorro Louco. O secretário do Trabalho, Andy Puzder, é contra o aumento do salário mínimo e contra o pagamento de horas extras. Não admira que quase 60% dos americanos rejeitem Trump.
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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
Diálogo mediado pelo Vaticano na Venezuela está morto
Diante do fracasso do diálogo proposto pelo papa Francisco, a oposição da Venezuela volta a tentar abrir um processo de impeachment do presidente Nicolás Maduro. Depois de dois meses, não houve nenhum resultado positivo, na análise da oposição.
"O diálogo está morto porque não produziu nenhum resultado", afirmou nesta semana o presidente da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup. "Nada foi conseguido, então cada um deve retomar sua própria agenda
A oposição nem participou da última reunião, na terça-feira passada. A próxima está marcada para 13 de janeiro, mas a oposição adiantou que só vai falar com os mediadores, não com os representantes do regime chavista.
Na prática, a principal consequência é que Maduro conseguiu evitar a convocação de um referendo revogatório neste ano. Se for realizado no próximo ano e o presidente perder, assume o vice-presidente nomeado por Maduro.
Seis presos políticos detidos desde os conflitos de rua de 2014, quando 43 pessoas morreram, foram soltos, mas ainda há pelo menos 100 presos políticos no país, de acordo com a organização não governamental Foro Penal. Um dos politicos mais populares da Venezuela, Leopoldo López, foi condenado a 14 anos de prisão por incitar à violência "subliminarmente".
"O diálogo está morto porque não produziu nenhum resultado", afirmou nesta semana o presidente da Assembleia Nacional, Henry Ramos Allup. "Nada foi conseguido, então cada um deve retomar sua própria agenda
A oposição nem participou da última reunião, na terça-feira passada. A próxima está marcada para 13 de janeiro, mas a oposição adiantou que só vai falar com os mediadores, não com os representantes do regime chavista.
Na prática, a principal consequência é que Maduro conseguiu evitar a convocação de um referendo revogatório neste ano. Se for realizado no próximo ano e o presidente perder, assume o vice-presidente nomeado por Maduro.
Seis presos políticos detidos desde os conflitos de rua de 2014, quando 43 pessoas morreram, foram soltos, mas ainda há pelo menos 100 presos políticos no país, de acordo com a organização não governamental Foro Penal. Um dos politicos mais populares da Venezuela, Leopoldo López, foi condenado a 14 anos de prisão por incitar à violência "subliminarmente".
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Parlamento da Coreia do Sul aprova impeachment da presidente
Por 234 a 56 votos, a Assembleia Nacional da Coreia do Sul aprovou hoje o impeachment da presidente Park Geun Hye, acusada de corrupção e tráfico de influência por causa de negócios escusos de uma amiga e confidente.
O afastamento definitivo da presidente precisa referendado nos próximos seis meses por dois terços ou seis dos nove ministros do Supremo Tribunal da Coreia do Sul.
Choi Soon Sil, amiga de Park, usou a intimidade com a presidente para obter dinheiro junto a grandes empresas sul-coreanas, inclusive a Samsung e a Hyundai. O escândalo, conhecido como Choisoonsilgate, levou milhões de sul-coreanos às ruas nas maiores manifestações de protesto desde a democratização do país, em 1988.
O afastamento definitivo da presidente precisa referendado nos próximos seis meses por dois terços ou seis dos nove ministros do Supremo Tribunal da Coreia do Sul.
Choi Soon Sil, amiga de Park, usou a intimidade com a presidente para obter dinheiro junto a grandes empresas sul-coreanas, inclusive a Samsung e a Hyundai. O escândalo, conhecido como Choisoonsilgate, levou milhões de sul-coreanos às ruas nas maiores manifestações de protesto desde a democratização do país, em 1988.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
Valls é o favorito da eleição primária da esquerda na França
O ex-primeiro-ministro Manuel Valls desponta como favorito para a eleição primária para escolher o candidato da centro-esquerda à Presidência da França em 2017, seguido pelo ex-ministro da Economia Arnaud Montebourg.
Em pesquisa do instituto Harris Interactive para a televisão francesa, Valls teve 45% das preferências e Montebourg, 28%. Depois, vieram Benoît Hamon (11%), Gérard Filoche (6%), Marie-Noëlle Lieneman (5%), Pierre Larrouturou (3%), Jean-Luc Bennahmias (1%) e François de Rugy (1%).
A eleição primária do Partido Socialista será realizada em dois turnos, em 22 e 29 de janeiro. Até lá, mais candidatos podem se inscrever.
Antes da desistência do presidente François Hollande de concorrer à reeleição, o presidente da Assembleia Nacional da França, o deputado socialista Claude Bortolone, pediu a Hollande, Valls, ao ex-ministro da Economia Emmanuel Macron e o líder da Frente de Esquerda, Jean-Luc Mélenchon, participem da primária socialista para que a esquerda tenha um candidato forte no próximo ano.
No momento, por causa da baixíssima popularidade do presidente, que caiu a 4%, as pesquisas indicam que a esquerda não passa do primeiro turno, marcado para 23 de abril. O segundo turno, em 7 de maio, seria disputado pelo candidato de centro-direita, François Fillon, do partido Os Republicanos, e a líder da neofascista Frente Nacional.
Em pesquisa do instituto Harris Interactive para a televisão francesa, Valls teve 45% das preferências e Montebourg, 28%. Depois, vieram Benoît Hamon (11%), Gérard Filoche (6%), Marie-Noëlle Lieneman (5%), Pierre Larrouturou (3%), Jean-Luc Bennahmias (1%) e François de Rugy (1%).
A eleição primária do Partido Socialista será realizada em dois turnos, em 22 e 29 de janeiro. Até lá, mais candidatos podem se inscrever.
Antes da desistência do presidente François Hollande de concorrer à reeleição, o presidente da Assembleia Nacional da França, o deputado socialista Claude Bortolone, pediu a Hollande, Valls, ao ex-ministro da Economia Emmanuel Macron e o líder da Frente de Esquerda, Jean-Luc Mélenchon, participem da primária socialista para que a esquerda tenha um candidato forte no próximo ano.
No momento, por causa da baixíssima popularidade do presidente, que caiu a 4%, as pesquisas indicam que a esquerda não passa do primeiro turno, marcado para 23 de abril. O segundo turno, em 7 de maio, seria disputado pelo candidato de centro-direita, François Fillon, do partido Os Republicanos, e a líder da neofascista Frente Nacional.
Israel bombardeia a Síria pela segunda vez em sete dias
Israel confirmou ontem ter bombardeado um aeroporto militar de Damasco próximo do palácio do ditador Bachar Assad. O ministro da Defesa israelense, Avigdor Lieberman, declarou que o objetivo é impedir que a milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus) obtenha armas de destruição em massa.
Foi o segundo ataque aéreo em sete dias. O Hesbolá é a principal força terrestre aliada ao Exército da Síria que guerra civil que matou mais de 400 mil pessoas nos últimos cinco anos e meio.
Durante um encontro com diplomatas da União Europeia para discutir a paz no Oriente Médio, Lieberman, um linha-dura, afirmou que "estamos, antes de mais nada, fazendo esforços para manter a segurança de nossos cidadãos, proteger nossa soberania e tentar impedir o contrabando de armas sofisticadas, equipamentos militares e armas de destruição em massa da Síria para o Hesbolá."
Lieberman reafirmou que Israel não pretende intervir na guerra civil síria. Desde o início do conflito, Israel respondeu a todos os ataques, intencionais ou não, vindos do outro lado da fronteira, e fez vários bombardeios aéreos, sempre com a intenção de destruir armas e equipamentos supostamente destinados à milícia xiita libanesa.
Quando a Rússia interveio na guerra civil, a partir de 30 de setembro de 2015, e instalou sistemas de defesa antiaérea de última geração na Síria, o primeiro-ministro linha-dura Benjamin Netanyahu foi a Moscou negociar uma acomodação com o presidente Vladimir Putin para que a Força Aérea de Israel não corra risco de ter aviões abatidos. Como a Rússia tenta se reafirmar como potência no Oriente Médio e Israel é a maior potência militar regional, algum acerto houve.
Na semana passada, aviões de guerra de Israel bombardearam a Zona Oeste da capital síria. A mídia árabe revelou que o alvo foi um comboio destinado ao Hesbolá.
Nesta semana, para proteger seus pilotos, Israel disparou mísseis terra-terra de dentro dos territórios palestinos ocupados contra o aeroporto militar Mezze, em Damasco. Houve várias explosões no alvo. A televisão árabe Al-Arabiya reportou vários incêndios.
Foi o segundo ataque aéreo em sete dias. O Hesbolá é a principal força terrestre aliada ao Exército da Síria que guerra civil que matou mais de 400 mil pessoas nos últimos cinco anos e meio.
Durante um encontro com diplomatas da União Europeia para discutir a paz no Oriente Médio, Lieberman, um linha-dura, afirmou que "estamos, antes de mais nada, fazendo esforços para manter a segurança de nossos cidadãos, proteger nossa soberania e tentar impedir o contrabando de armas sofisticadas, equipamentos militares e armas de destruição em massa da Síria para o Hesbolá."
Lieberman reafirmou que Israel não pretende intervir na guerra civil síria. Desde o início do conflito, Israel respondeu a todos os ataques, intencionais ou não, vindos do outro lado da fronteira, e fez vários bombardeios aéreos, sempre com a intenção de destruir armas e equipamentos supostamente destinados à milícia xiita libanesa.
Quando a Rússia interveio na guerra civil, a partir de 30 de setembro de 2015, e instalou sistemas de defesa antiaérea de última geração na Síria, o primeiro-ministro linha-dura Benjamin Netanyahu foi a Moscou negociar uma acomodação com o presidente Vladimir Putin para que a Força Aérea de Israel não corra risco de ter aviões abatidos. Como a Rússia tenta se reafirmar como potência no Oriente Médio e Israel é a maior potência militar regional, algum acerto houve.
Na semana passada, aviões de guerra de Israel bombardearam a Zona Oeste da capital síria. A mídia árabe revelou que o alvo foi um comboio destinado ao Hesbolá.
Nesta semana, para proteger seus pilotos, Israel disparou mísseis terra-terra de dentro dos territórios palestinos ocupados contra o aeroporto militar Mezze, em Damasco. Houve várias explosões no alvo. A televisão árabe Al-Arabiya reportou vários incêndios.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
Dieta com alto teor de gordura facilita proliferação do câncer
Uma dieta com alto teor de gordura contribui para o desenvolvimento de metástases em pacientes cancerígenos, concluiu uma nova pesquisa científica que identificou pela primeira vez uma proteína chamada CD36, que tem um papel central na proliferação dos cânceres. Descobrir como paralisar a ação desta proteína pode salvar milhões de vidas.
Durante a pesquisa, cobaias receberam uma dieta com altos teores de gordura, inclusive ácido palmítico, um componente do óleo de palma encontrado em vários produtos consumidos cotidianamente, de manteiga de amendoin a pasta de dentes.
O estudo, parcialmente financiado pela instituição beneficiente britânica Worldwide Cancer Research, foi chefiado pelo professor Salvador Aznar Benitah, do Institutto de Pesquisas de Barcelona.
"Esperamos que tenha um grande impacto na comunidade científica. Coisas assim não acontecem todos os dias", declarou o professor Benitah. Suas conclusões foram publicadas hoje na revista científica Nature.
A proteína CD36, encontrada nas células da membrana de tumores malignos, é responsável por assimilar os ácidos graxos, favorecendo as metástases. O câncer é mais fatal quando se expande e atinge outros tecidos do corpo humano.
Os pesquisas identificaram a proteína CD36 em diferentes tipos de cânceres, inclusive tumores orais, de pele, ovários, bexiga, pulmão e seio. Ao acrescentar a proteína a células não metastáticas, elas se tornaram metastáticas.
"Embora não tenhamos testado este hipótese em todos os tipos de tumores, podemos dizer que a proteína CD36 é um marcador de células metastáticas", acrescentou o chefe da pesquisa.
Quando cobaias foram injetadas com células cancerígenas humanas, CD36 e ácido palmítico, todas desenvolveram cânceres, comparado com apenas metade em cobaias que não receberam ácido palmítico.
"Em cobaias inoculadas com células de tumores humanos, parece haver uma ligação direta entre a ingestão de gordura e um aumento do potencial metastático através da proteína CD36. Mais estudos são necessários para desvendar esta relação intrigante, acima de tudo porque os países industrializados estão registrando um aumento alarmante no consumo de açúcares e gorduras saturadas", adverte o professor Benitah.
Ele acrescentou que "a gordura é necessária para o funcionamento do corpo, mas a ingestão descontrolada pode ter efeitos negativos sobre a saúde, como demonstrado por alguns tumores como o câncer de intestino grosso e em metástases".
As experiências com cobaias com câncer oral humano mostraram que bloquear a ação da CD36 previne completamente as metáforas. Em cobaias que já tinham metástases, os anticorpos bloqueando a ação da proteína levaram à completa remoção das metástases em 20% dos animais e a uma redução dramática de 80% a 90% das metástases. Isso foi conseguido sem efeitos colaterais graves.
Durante a pesquisa, cobaias receberam uma dieta com altos teores de gordura, inclusive ácido palmítico, um componente do óleo de palma encontrado em vários produtos consumidos cotidianamente, de manteiga de amendoin a pasta de dentes.
O estudo, parcialmente financiado pela instituição beneficiente britânica Worldwide Cancer Research, foi chefiado pelo professor Salvador Aznar Benitah, do Institutto de Pesquisas de Barcelona.
"Esperamos que tenha um grande impacto na comunidade científica. Coisas assim não acontecem todos os dias", declarou o professor Benitah. Suas conclusões foram publicadas hoje na revista científica Nature.
A proteína CD36, encontrada nas células da membrana de tumores malignos, é responsável por assimilar os ácidos graxos, favorecendo as metástases. O câncer é mais fatal quando se expande e atinge outros tecidos do corpo humano.
Os pesquisas identificaram a proteína CD36 em diferentes tipos de cânceres, inclusive tumores orais, de pele, ovários, bexiga, pulmão e seio. Ao acrescentar a proteína a células não metastáticas, elas se tornaram metastáticas.
"Embora não tenhamos testado este hipótese em todos os tipos de tumores, podemos dizer que a proteína CD36 é um marcador de células metastáticas", acrescentou o chefe da pesquisa.
Quando cobaias foram injetadas com células cancerígenas humanas, CD36 e ácido palmítico, todas desenvolveram cânceres, comparado com apenas metade em cobaias que não receberam ácido palmítico.
"Em cobaias inoculadas com células de tumores humanos, parece haver uma ligação direta entre a ingestão de gordura e um aumento do potencial metastático através da proteína CD36. Mais estudos são necessários para desvendar esta relação intrigante, acima de tudo porque os países industrializados estão registrando um aumento alarmante no consumo de açúcares e gorduras saturadas", adverte o professor Benitah.
Ele acrescentou que "a gordura é necessária para o funcionamento do corpo, mas a ingestão descontrolada pode ter efeitos negativos sobre a saúde, como demonstrado por alguns tumores como o câncer de intestino grosso e em metástases".
As experiências com cobaias com câncer oral humano mostraram que bloquear a ação da CD36 previne completamente as metáforas. Em cobaias que já tinham metástases, os anticorpos bloqueando a ação da proteína levaram à completa remoção das metástases em 20% dos animais e a uma redução dramática de 80% a 90% das metástases. Isso foi conseguido sem efeitos colaterais graves.
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terça-feira, 6 de dezembro de 2016
Merkel é reeleita líder do partido com 89,5% dos votos
Candidata única, a chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel, foi reeleita hoje líder da União Democrata-Cristã, um partido conservador de centro-direita, com 89,5% dos votos. Em 20 de novembro, ela anunciou a intenção de concorrer a um quarto mandato nas eleições parlamentares de setembro de 2017.
Sua popularidade foi arranhada por honrar a tradição de conceder asilo da Alemanha e da Europa no pós-guerra. Cerca de 1 milhão de refugiados entraram no país no ano passado, alimentando o discurso anti-imigração do novo partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD).
Merkel começou seu discurso de uma hora e um quarto prometendo que não haverá um influxo de refugiados como em 2015. Ela criticou o bombardeio aéreo a Alepo pela Rússia e a Síria, e advertiu o Reino Unido de que não vai haver uma Brexit à la carte, em que os britânicos possam escolher apenas os aspectos do mercado comum europeu que lhe interessem.
Com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, aumenta a responsabilidade de Merkel como líder do mundo ocidental e defensora da ordem internacional liberal pós-1945.
Sua popularidade foi arranhada por honrar a tradição de conceder asilo da Alemanha e da Europa no pós-guerra. Cerca de 1 milhão de refugiados entraram no país no ano passado, alimentando o discurso anti-imigração do novo partido de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD).
Merkel começou seu discurso de uma hora e um quarto prometendo que não haverá um influxo de refugiados como em 2015. Ela criticou o bombardeio aéreo a Alepo pela Rússia e a Síria, e advertiu o Reino Unido de que não vai haver uma Brexit à la carte, em que os britânicos possam escolher apenas os aspectos do mercado comum europeu que lhe interessem.
Com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, aumenta a responsabilidade de Merkel como líder do mundo ocidental e defensora da ordem internacional liberal pós-1945.
Bernard Cazeneuve é o novo primeiro-ministro da França
Numa reforma ministerial minimalista, o presidente François Hollande nomeou hoje Bernard Cazaneuve para primeiro-ministro da França, em substituição a Manuel Valls, que deixou ontem a chefia do governo para se candidatar à Presidência da República.
Ex-ministro do Interior durante um período de estado de emergência por causa dos atentados terroristas, Cazeneuve foi descrito pelo jornal francês Le Monde como o "homem das missões difíceis.
O novo ministro do Interior Bruno Le Roux. André Vallini será ministro das Relações com o Parlamento e Jean-Marie Le Guen, ministro do Desenvolvimento e da Francofonia.
Ao escolher Cazeneuve, ex-prefeito de Cherbourg, Hollande optou pela estabilidade. É um dos assessores que o acompanham desde o início do governo, em 2012. De acordo com aliados do presidente, ele preenche do requisitos necessários para a chefia do governo: "eficiência, coesão e confiança".
O presidente desistiu na semana passada de tentar a reeleição, abrindo caminho para uma eleição primária disputada do Partido Socialista em 22 e 29 de janeiro.
Com a impopularidade de Hollande, que chegou a apenas 4% de aprovação, no momento as pesquisas indicam que o PS deve ser eliminado no primeiro turno da eleição presidencial de 2017, em 23 de abril. O segundo turno, em 7 de maio, seria disputado pelo ex-primeiro-ministro conservador François Fillon, do partido Os Republicanos, de centro-direita, e pela líder da neofascista Frente Nacional, de extrema direita, Marine Le Pen.
Ex-ministro do Interior durante um período de estado de emergência por causa dos atentados terroristas, Cazeneuve foi descrito pelo jornal francês Le Monde como o "homem das missões difíceis.
O novo ministro do Interior Bruno Le Roux. André Vallini será ministro das Relações com o Parlamento e Jean-Marie Le Guen, ministro do Desenvolvimento e da Francofonia.
Ao escolher Cazeneuve, ex-prefeito de Cherbourg, Hollande optou pela estabilidade. É um dos assessores que o acompanham desde o início do governo, em 2012. De acordo com aliados do presidente, ele preenche do requisitos necessários para a chefia do governo: "eficiência, coesão e confiança".
O presidente desistiu na semana passada de tentar a reeleição, abrindo caminho para uma eleição primária disputada do Partido Socialista em 22 e 29 de janeiro.
Com a impopularidade de Hollande, que chegou a apenas 4% de aprovação, no momento as pesquisas indicam que o PS deve ser eliminado no primeiro turno da eleição presidencial de 2017, em 23 de abril. O segundo turno, em 7 de maio, seria disputado pelo ex-primeiro-ministro conservador François Fillon, do partido Os Republicanos, de centro-direita, e pela líder da neofascista Frente Nacional, de extrema direita, Marine Le Pen.
Ex-primeiro-ministro é eleito presidente do Usbequistão
Com 89% dos votos e 88% de participação, o presidente interino e ex-primeiro-ministro Chavkat Mirziyoyev foi eleito presidente da ex-república soviética do Usbequistão. Ele substitui o ditador Islam Karimov, que governou o país de 1990, antes do fim da União Soviética, até sua morte, em 2 de setembro de 2016.
Mirziyoyev, do Partido Liberal Democrático do Usbequistão, era primeiro-ministro de Karimov desde 2003. No discurso da vitória, elogiou o antecessor. Os dois chefiavam um dos regimes mais fechados do mundo.
Hã expectativa de que o novo presidente promova uma abertura econômica para estimular a economia do pa~is, abalada pela corrupção e a burocracia herdadas da era soviética. Como primeiro-ministro, Mirziyoyev iniciou uma aproximação com os países vizinhos.
O novo presidente é mais próximo de Vladimir Putin do que seu antecessor. Vinte minutos depois da vitória, foi cumprimentado pelo presidente da Rússia.
Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, Karimov usou os Estados Unidos a usar uma base aérea usbeque para atacar a milícia dos Talebã, que governava o vizinho Afeganistão e abrigava a rede terrorista Al Caeda. Anos depois, mandou embora os americanos temendo uma revolução liberal colorida como as que derrubaram governos nas repúblicas soviéticas da Geórgia e da Ucrânia.
Mirziyoyev, do Partido Liberal Democrático do Usbequistão, era primeiro-ministro de Karimov desde 2003. No discurso da vitória, elogiou o antecessor. Os dois chefiavam um dos regimes mais fechados do mundo.
Hã expectativa de que o novo presidente promova uma abertura econômica para estimular a economia do pa~is, abalada pela corrupção e a burocracia herdadas da era soviética. Como primeiro-ministro, Mirziyoyev iniciou uma aproximação com os países vizinhos.
O novo presidente é mais próximo de Vladimir Putin do que seu antecessor. Vinte minutos depois da vitória, foi cumprimentado pelo presidente da Rússia.
Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, Karimov usou os Estados Unidos a usar uma base aérea usbeque para atacar a milícia dos Talebã, que governava o vizinho Afeganistão e abrigava a rede terrorista Al Caeda. Anos depois, mandou embora os americanos temendo uma revolução liberal colorida como as que derrubaram governos nas repúblicas soviéticas da Geórgia e da Ucrânia.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2016
Valls deixa governo para ser candidato na França
O primeiro-ministro Manuel Valls anunciou hoje que vai entregar o cargo de chefe do governo amanhã ao presidente François Hollande para se dedicar exclusivamente à sua candidatura à Presidência da França em 2017. É uma esperança de uma candidatura forte de esquerda capaz de chegar ao segundo turno.
Em pronunciamento de 20 minutos, Valls se apresentou como um candidato pronto para enfrentar o autoritarismo da direita e da extrema direita no país e no mundo: "Quero uma França independente, inflexível em seus valores diante da China de Xi Jinping, da Rússia de Vladimir Putin, dos Estados Unidos de Donald Trump e da Turquia de Recep Erdogan."
Dentro do Partido Socialista, Valls é considerado um centrista com tendências econômicas liberais. Ele apelou cinco vezes para o artigo 49, inciso 3, da Constituição da França, uma medida de exceção para aprovar projetos de interesse do governo sem a necessidade de voto na Assembleia Nacional, inclusive a reforma trabalhista repudiada pelas grandes centrais sindicais.
Valls deverá disputar a eleição primária do PS, em 22 e 29 de janeiro, com vários candidatos mais à esquerda, entre eles o ex-ministro da Economia Arnaud Montebourg.
No momento, com a impopularidade do presidente François Hollande, que desistiu da reeleição, as pesquisas indicam sério risco de que o PS seja eliminado no primeiro turno, em 23 de abril de 2017. O ex-primeiro-ministro conservador François Fillon, do partido Os Republicanos, enfrentaria e venceria Marine Le Pen, da neofascista Frente Nacional, no segundo turno, em 7 de maio.
Em pronunciamento de 20 minutos, Valls se apresentou como um candidato pronto para enfrentar o autoritarismo da direita e da extrema direita no país e no mundo: "Quero uma França independente, inflexível em seus valores diante da China de Xi Jinping, da Rússia de Vladimir Putin, dos Estados Unidos de Donald Trump e da Turquia de Recep Erdogan."
Dentro do Partido Socialista, Valls é considerado um centrista com tendências econômicas liberais. Ele apelou cinco vezes para o artigo 49, inciso 3, da Constituição da França, uma medida de exceção para aprovar projetos de interesse do governo sem a necessidade de voto na Assembleia Nacional, inclusive a reforma trabalhista repudiada pelas grandes centrais sindicais.
Valls deverá disputar a eleição primária do PS, em 22 e 29 de janeiro, com vários candidatos mais à esquerda, entre eles o ex-ministro da Economia Arnaud Montebourg.
No momento, com a impopularidade do presidente François Hollande, que desistiu da reeleição, as pesquisas indicam sério risco de que o PS seja eliminado no primeiro turno, em 23 de abril de 2017. O ex-primeiro-ministro conservador François Fillon, do partido Os Republicanos, enfrentaria e venceria Marine Le Pen, da neofascista Frente Nacional, no segundo turno, em 7 de maio.
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Vice-presidente das Filipinas adere à oposição
A vice-presidente Leni Robredo, eleita independentemente, anunciou hoje que vai sair do governo das Filipinas e líderar a oposição a políticas controvertidas do presidente Rodrigo Duterte, como sua guerra contra as drogas, noticiou o jornal filipino Manila Times.
Depois de entrar várias vezes em choque com o presidente, Leni Robredo foi proibida de participar de reuniões ministeriais. Fora do governo, sente-se livre para contra-atacar: "Terei uma voz mais forte de oposição a todas as políticas em detrimento do povo como a pena de morte, a redução da maioridade penal, execuções extrajudiciais e o tratamento discriminatório das mulheres."
Na eleição presidencial de maio de 2016, Robredo derrotou por pequena margem Ferdinand Marcos Jr., filho do ditador do mesmo nome, que dirigiu o país com mão de ferro durante a Guerra Fria, de 1965 a 1986.
Como vice independente, Robredo estabeleceu suas próprias prioridades: segurança alimentar e combate à fome, educação, desenvolvimento internacional, empoderamento e cobertura universal de saúde. Ela acusa as políticas de combate ao crime de Duterte de ignorar o verdadeiro problema das Filipinas, a miséria de grande parte da população.
Marcos Júnior, aliado de Duterte, que reenterrou o ditador no Cemitério dos Heróis, acusou Leni Robredo de fraudar a eleição e seu Partido Liberal de conspirar para derrubar o presidente.
Há rumores persistentes de golpe de Estado em Manila, mas a empresa de consultoria e análise estratégica americana Strafor não acredita em golpe, "a não ser que uma ampla parcela da sociedade e do Congresso se mobilizem contra Duterte."
Cerca de 4 mil pessoas morreram em seis meses da guerra de Duterte contra as drogas, criticada por organizações não governamentais de defesa dos direitos humanos. O presidente instigou a população a fazer justiça por conta própria, matando traficantes e usuários de drogas. Um agente denunciou à Anistia Internacional que basta colocar uma fita crepe ao redor da cabeça do morto e escrever caso de drogas para a morte não ser investigada.
Duterte chegou a ofender o presidente Barack Obama com palavrões por críticas à sua guerra contra as drogas. O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, falou com ele por telefone. Na versão do governo filipino, Trump teria elogiado a política de guerra às drogas.
Depois de entrar várias vezes em choque com o presidente, Leni Robredo foi proibida de participar de reuniões ministeriais. Fora do governo, sente-se livre para contra-atacar: "Terei uma voz mais forte de oposição a todas as políticas em detrimento do povo como a pena de morte, a redução da maioridade penal, execuções extrajudiciais e o tratamento discriminatório das mulheres."
Na eleição presidencial de maio de 2016, Robredo derrotou por pequena margem Ferdinand Marcos Jr., filho do ditador do mesmo nome, que dirigiu o país com mão de ferro durante a Guerra Fria, de 1965 a 1986.
Como vice independente, Robredo estabeleceu suas próprias prioridades: segurança alimentar e combate à fome, educação, desenvolvimento internacional, empoderamento e cobertura universal de saúde. Ela acusa as políticas de combate ao crime de Duterte de ignorar o verdadeiro problema das Filipinas, a miséria de grande parte da população.
Marcos Júnior, aliado de Duterte, que reenterrou o ditador no Cemitério dos Heróis, acusou Leni Robredo de fraudar a eleição e seu Partido Liberal de conspirar para derrubar o presidente.
Há rumores persistentes de golpe de Estado em Manila, mas a empresa de consultoria e análise estratégica americana Strafor não acredita em golpe, "a não ser que uma ampla parcela da sociedade e do Congresso se mobilizem contra Duterte."
Cerca de 4 mil pessoas morreram em seis meses da guerra de Duterte contra as drogas, criticada por organizações não governamentais de defesa dos direitos humanos. O presidente instigou a população a fazer justiça por conta própria, matando traficantes e usuários de drogas. Um agente denunciou à Anistia Internacional que basta colocar uma fita crepe ao redor da cabeça do morto e escrever caso de drogas para a morte não ser investigada.
Duterte chegou a ofender o presidente Barack Obama com palavrões por críticas à sua guerra contra as drogas. O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, falou com ele por telefone. Na versão do governo filipino, Trump teria elogiado a política de guerra às drogas.
Conversa de Trump com Taiwan foi planejada durante meses
Quando o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, falou por telefone com a presidente da Taiwan, Tsai Ing-wen, alegou que havia apenas atendido a uma chamada para cumprimentá-lo pela vitória. Na realidade, foi uma provocação intencional para mostrar dureza no relacionamente com o a China, revelou hoje o jornal The Washington Post.
Os presidentes dos dois países não se falavam desde 1979, quando os EUA romperam com Taiwan, uma exigência da República Popular da China para o estabelecimento de relações bilaterais. Washington aceitou assim a política chinesa de que só existe uma China, representada pelo regime comunista de Beijim.
No domingo, Trump voltou ao ataque, acusando a China de manipular o câmbio e de intimidar os países vizinhos com sua reivindicação territorial sobre 90% do Mar do Sul da China.
O telefonema histórico foi consequência de meses de preparação. A equipe de Trump buscava uma nova estratégia para o relacionamento com Taiwan antes mesmo do magnata imobiliário garantir a candidatura do Partido Republicano à Casa Branca.
A jogada reflete também a visão de assessores linha-dura que defendem atitudes mais firmes contra o que consideram abusos de poder da superpotência em ascensão. No seu estilo negocial da fazer política, Trump ataca e tenta desestabilizar a outra parte para depois fazer um jogo de sedução e apresentar suas propostas.
Alguns membros da equipe de transição de Trump são a favor de posições mais duras em relação à China e mais amigável com Taiwan, inclusive o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Reince Priebus. Em artigo para a revista Foreign Affairs intitulado Visão de Donald Trump de Paz através da Força na Ásia e no Pacífico, dois assessores do presidente eleito, Peter Navarro e Alexander Gray, descrevem Taiwan como um "farol da democracia" na Ásia.
A ilha que a China considera uma província rebelde é apresentada como "o aliado dos EUA mais vulnerável militarmente no mundo inteiro".
Logo depois da vitória de Trump, seus assessores fizeram uma lista de líderes mundiais com quem ele falaria ao telefone. "Taiwan sempre esteve no topo da lista", declarou Stephen Yates, assessor do governo George W. Bush (2001-9).
Diante das tentativas da equipe de Trump, inclusive do vice-presidente Mike Pence, de dizer que a ligação partiu de Taipé, Alex Huang, porta-voz da presidente Tsai, declarou à agência Reuters que "é claro que os dois lados chegaram a um acordo antes do contato telefônico."
Com a provocação, Trump quis deixar claro aos chineses que nada será como antes. Os chineses reagiram com cautela, seguindo um antigo provérbio que diz: "Como resistir a um milhão de mudanças? Continuando a ser quem você é."
Os presidentes dos dois países não se falavam desde 1979, quando os EUA romperam com Taiwan, uma exigência da República Popular da China para o estabelecimento de relações bilaterais. Washington aceitou assim a política chinesa de que só existe uma China, representada pelo regime comunista de Beijim.
No domingo, Trump voltou ao ataque, acusando a China de manipular o câmbio e de intimidar os países vizinhos com sua reivindicação territorial sobre 90% do Mar do Sul da China.
O telefonema histórico foi consequência de meses de preparação. A equipe de Trump buscava uma nova estratégia para o relacionamento com Taiwan antes mesmo do magnata imobiliário garantir a candidatura do Partido Republicano à Casa Branca.
A jogada reflete também a visão de assessores linha-dura que defendem atitudes mais firmes contra o que consideram abusos de poder da superpotência em ascensão. No seu estilo negocial da fazer política, Trump ataca e tenta desestabilizar a outra parte para depois fazer um jogo de sedução e apresentar suas propostas.
Alguns membros da equipe de transição de Trump são a favor de posições mais duras em relação à China e mais amigável com Taiwan, inclusive o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Reince Priebus. Em artigo para a revista Foreign Affairs intitulado Visão de Donald Trump de Paz através da Força na Ásia e no Pacífico, dois assessores do presidente eleito, Peter Navarro e Alexander Gray, descrevem Taiwan como um "farol da democracia" na Ásia.
A ilha que a China considera uma província rebelde é apresentada como "o aliado dos EUA mais vulnerável militarmente no mundo inteiro".
Logo depois da vitória de Trump, seus assessores fizeram uma lista de líderes mundiais com quem ele falaria ao telefone. "Taiwan sempre esteve no topo da lista", declarou Stephen Yates, assessor do governo George W. Bush (2001-9).
Diante das tentativas da equipe de Trump, inclusive do vice-presidente Mike Pence, de dizer que a ligação partiu de Taipé, Alex Huang, porta-voz da presidente Tsai, declarou à agência Reuters que "é claro que os dois lados chegaram a um acordo antes do contato telefônico."
Com a provocação, Trump quis deixar claro aos chineses que nada será como antes. Os chineses reagiram com cautela, seguindo um antigo provérbio que diz: "Como resistir a um milhão de mudanças? Continuando a ser quem você é."
domingo, 4 de dezembro de 2016
Matteo Renzi renuncia à chefia de governo na Itália
Depois de uma fragorosa derrota no referendo constitucional deste domingo, o primeiro-ministro Matteo Renzi anunciou há pouco que amanhã vai entregar o cargo ao presidente Sergio Mattarella. No momento, o não vence por 59,5% a 40,5%.
"Eu assumo toda a responsabilidade. Eu perdi", declarou Renzi. "A experiência do meu governo termina aqui."
Os analistas políticos interpretam o resultado como um novo sinal da revolta do eleitor comum contra os partidos e políticos tradicionais, que levou à aprovação da saída do Reino Unido da União Europeia no plebiscito de 23 de junho e à eleição de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos em 8 de novembro.
Renzi, de 41 anos, chegou ao poder sem ganhar eleições como líder do partido, em 22 de fevereiro de 2014, depois de derrubar o primeiro-ministro Enrico Letta numa disputa interna do Partido Democrático, de centro-esquerda.
Ao assumir a chefia do governo com 39 anos e um mês, tornou-se o primeiro-ministro mais jovem da República da Itália. Com mil dias no poder, o governo Renzi foi o quarto mais longo da história da república.
Horas depois, o presidente pediu a Renzi que fique no cargo até a aprovação do orçamento público.
"Eu assumo toda a responsabilidade. Eu perdi", declarou Renzi. "A experiência do meu governo termina aqui."
Os analistas políticos interpretam o resultado como um novo sinal da revolta do eleitor comum contra os partidos e políticos tradicionais, que levou à aprovação da saída do Reino Unido da União Europeia no plebiscito de 23 de junho e à eleição de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos em 8 de novembro.
Renzi, de 41 anos, chegou ao poder sem ganhar eleições como líder do partido, em 22 de fevereiro de 2014, depois de derrubar o primeiro-ministro Enrico Letta numa disputa interna do Partido Democrático, de centro-esquerda.
Ao assumir a chefia do governo com 39 anos e um mês, tornou-se o primeiro-ministro mais jovem da República da Itália. Com mil dias no poder, o governo Renzi foi o quarto mais longo da história da república.
Horas depois, o presidente pediu a Renzi que fique no cargo até a aprovação do orçamento público.
Primeiro-ministro perde referendo constitucional na Itália
O primeiro-ministro Matteo Renzi sofreu uma ampla derrota num referendo que convocou para reformar a Constituição da Itália e aumentar a estabilidade política. As projeções dos primeiros resultados dão 59% para o não e 41% para o sim.
Renzi, que ameaçou renunciar se perdesse, deve fazer um pronunciamento à nação daqui a pouco.
Sob o pretexto de aumentar a estabilidade política, a reforma esvaziava o poder do Senado e dava um bônus de mais cadeiras ao partido vencedor das eleições para a Càmara.
Seus adversários a acusam de dar poder demais ao primeiro-ministro num país que teve chefes de governo como o ditador fascista Benito Mussolini e o empresário arquicorrupto Silvio Berlusconi.
Renzi, que ameaçou renunciar se perdesse, deve fazer um pronunciamento à nação daqui a pouco.
Sob o pretexto de aumentar a estabilidade política, a reforma esvaziava o poder do Senado e dava um bônus de mais cadeiras ao partido vencedor das eleições para a Càmara.
Seus adversários a acusam de dar poder demais ao primeiro-ministro num país que teve chefes de governo como o ditador fascista Benito Mussolini e o empresário arquicorrupto Silvio Berlusconi.
Ultradireita reconhece derrota na eleição presidencial da Áustria
Apesar da Brexit e de Donald Trump, a Áustria não se rendeu ao ultranacionalismo de direita. Com a televisão projetando uma vitória do candidato verde e independente Alexander Van der Bellen com 53,6% dos votos, o Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), neonazista, reconheceu há pouco a derrota no segundo turno da eleição presidencial, informou o jornal francês Le Monde.
"Eu gostaria de felicitar o Sr. Van der Bellen por seu sucesso", declarou o secretário-geral do FPÖ, Herbert Kickl, à televisão estatal ÖRF.
Uma vitória de Norbert Hofer seria a primeira de um neonazista para a presidência de um país da Europa desde 1945. O próprio Hofer cumprimentou o adversário nas redes sociais e pediu aos austríacos que "fiquem juntos e trabalhem juntos".
O primeiro turno da eleição presidencial austríaca, realizado em 24 de abril de 2016, sob o impacto da crise dos refugiados que tentavam desesperadamente asilo na União Europeia, tirou da disputa os partidos tradicionais liberal e social-democrata que dominaram a política austríaca no pós-guerra.
No segundo turno, em 22 de maio, Van der Vellen ganhou por 50,3% a 49,7% depois de dias de apuração. O Tribunal Constitucional da Áustria anulou o resultado por irregularidades em algumas secções eleitorais e nova votação foi realizada hoje.
"Eu gostaria de felicitar o Sr. Van der Bellen por seu sucesso", declarou o secretário-geral do FPÖ, Herbert Kickl, à televisão estatal ÖRF.
Uma vitória de Norbert Hofer seria a primeira de um neonazista para a presidência de um país da Europa desde 1945. O próprio Hofer cumprimentou o adversário nas redes sociais e pediu aos austríacos que "fiquem juntos e trabalhem juntos".
O primeiro turno da eleição presidencial austríaca, realizado em 24 de abril de 2016, sob o impacto da crise dos refugiados que tentavam desesperadamente asilo na União Europeia, tirou da disputa os partidos tradicionais liberal e social-democrata que dominaram a política austríaca no pós-guerra.
No segundo turno, em 22 de maio, Van der Vellen ganhou por 50,3% a 49,7% depois de dias de apuração. O Tribunal Constitucional da Áustria anulou o resultado por irregularidades em algumas secções eleitorais e nova votação foi realizada hoje.
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Rei da Arábia Saudita muda conselho de altos estudos religiosos
Por decreto real, o sultão Salman ordenou uma reformulação do Conselho de Altos Estudiosos, o mais importante órgão de estudos de islamismo da Arábia Saudita, com 21 teólogos, noticiou a imprensa oficial saudita.
Vários membros do conselho serão substituídos. Os detalhes e os motivos não foram revelados.
O decreto também muda o chefe do Conselho Consultivo (Chura) e o ministro do Trabalho e do Desenvolvimento Social.
As prioridades do rei Salman são reorientar a economia saudita para reduzir a dependência do petróleo e preparar uma transição de gerações na sua sucessão. O próximo sultão da Arábia Saudita será o primeiro a não ser filho do fundador do país, Abdul Aziz al Saud. Um filho de Salman é o segundo na linha sucessória.
A monarquia saudita tem sua legitimidade baseada na religião como guardiã das cidades sagradas de Meca e Medina, onde nasceu a religião muçulmana. É um pacto entre a dinastia de Saud e o pai do salafismo, uma versão ultrapuritana do islamismo, Mohamed ben Abdul Wahab, feito em 1744 por Mohamed ben Saud, quando foi nasceu o primeiro estado saudita.
Esse regime apoiado por ulemás ou sábios do Islã ultraconservadores foi um instrumento importante da dinastia de Saud para impor seu controle e evitar o surgimento de grupos de oposição. O versete do Corão que manda "odebecer a Alá, a seu profeta e à autoridade entre vocês" ajudou a enquadrar liberais, socialistas, islamistas, salafistas e jihadistas.
Em sua busca de legitimidade, a Arábia Saudita apresenta ao mundo a sua verão puritana do islamismo, o wahabismo ou salafismo, como a verdadeira interpretação do Corão.
Desde o forte aumento dos preços do petróleo a partir do embargo árabe ao Ocidente, em 1973, a monarquia saudita exporta suas ideias religiosas, contribuindo direta e indiretamente para a formação de grupos extremistas jihadistas, que consideram obrigação de todo muçulmano fazer a guerra contra os infiéis.
O conselho de ulemás ajudou Abdul Aziz a controlar milícias rivais em 1929, antes da fundação da Arábia Saudita, em 23 de setembro de 1932.
Em 1963, o conselho autorizou o rei Faissal a introduzir a televisão no reino. Os salafistas sustentam que o Islã proíbe a reprodução da figura humana e de animais para evitar a idolatria. Em 1979, concordou com a intervenção de comandos franceses para reassumir o controle da Grande Mesquita de Meca, tomadas por extremistas. No século 21, ajudou a deslegitimar a rede terrorista Al Caeda.
Uma preocupação do governo saudita é a grande coincidência de ideias e princípios da instituição religiosa e dos jihadistas. A simpatia é mútua e permite aos jihadistas manter uma presença forte no reino.
O Ministério de Assuntos Islâmicos revelou em 19 de julho que estava investigando os imãs de 17 mesquitas da capital que, nos sermões de sexta-feira, se recusaram a condenar uma ação jihadista na fronteira com o Iêmen.
Desde 2009, para escapar da repressão saudita, a Al Caeda na Península Arábica mudou seu quartel-general para o Iêmen, que usa como base para atacar a Arábia Saudita,
Uma nova ameaça jihadista ao reino foi o surgimento do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, outro grupo jihadista que desafia o direito de dinastia de Saud de guardar as cidades sagradas do Islã por causa de sua relação com o Ocidente, a mesma bronca de Ossama ben Laden. O Exército saudita reforçou a fronteira norte com 30 mil soldados a mais nos últimos anos
O desafio saudita é mobilizar os ulemás para a guerra ideológica de deslegitimação do jihadismo.
sábado, 3 de dezembro de 2016
Força-tarefa da Lava Jato ganha Prêmio Anticorrupção 2016
A Força-Tarefa da Operação Lava Jato recebeu hoje o Prêmio Anticorrupção 2016, concedido pela organização não governamental de combate à corrupção Transparência Internacional. A investigação sobre lavagem de dinheiro desvendou um megaescândalo de corrupção na Petrobrás e em outras empresas estatais.
Desde 2014, os procuradores federais estão na linha de frente das investigações sobre um dos maiores escândalos de corrupção no mundo inteiro. Foram mais de 240 denúncias que levaram a 118 condenações somando 1.256 anos de prisão, inclusive de membros da elite política e econômica, justifica a Transparência.
"Bilhões de dólares foram perdidos com a corrupção no Brasil. Os brasileiros estão fartos com a corrupção que está arrasando seu país. A Força-Tarefa da Operação Lava Jato está fazendo um grande trabalho para garantir que os corruptos, não importa quão poderosos sejam, sejam responsabilizados e que seja feita justiça", declarou a presidente do Comitê do Prêmio Anticorrupção da Transparência Internacional, Mercedes de Freitas.
E acrescentou: "Temos a satisfação de dar aos procuradores brasileiros da Força-Tarefa da Lava Jato o Prêmio Anticorrupção de 2016 por seu esforço incansável para acabar com a corrupção endêmica no Brasil."
Desde 2014, os procuradores federais estão na linha de frente das investigações sobre um dos maiores escândalos de corrupção no mundo inteiro. Foram mais de 240 denúncias que levaram a 118 condenações somando 1.256 anos de prisão, inclusive de membros da elite política e econômica, justifica a Transparência.
"Bilhões de dólares foram perdidos com a corrupção no Brasil. Os brasileiros estão fartos com a corrupção que está arrasando seu país. A Força-Tarefa da Operação Lava Jato está fazendo um grande trabalho para garantir que os corruptos, não importa quão poderosos sejam, sejam responsabilizados e que seja feita justiça", declarou a presidente do Comitê do Prêmio Anticorrupção da Transparência Internacional, Mercedes de Freitas.
E acrescentou: "Temos a satisfação de dar aos procuradores brasileiros da Força-Tarefa da Lava Jato o Prêmio Anticorrupção de 2016 por seu esforço incansável para acabar com a corrupção endêmica no Brasil."
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China protesta contra conversa de Trump com presidente de Taiwan
A República Popular da China protestou formalmente hoje contra a conversa telefônica entre o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen. Foi o primeiro contato oficial de chefes de Estado desde que os EUA romperam com a ilha que a China considera uma província rebelde, em 1979.
O ministro do Exterior chinês, Wang Yi, condenou Taiwan por fazer a ligação, que chamou de manobra "mesquinha" sem acusar diretamente a equipe de transição de Trump. Ele reafirmou que o princípio de que só existe uma China é a base das relações entre os dois países.
Por força deste princípio, a China não mantém relações diplomáticas com países que reconhecem Taiwan. Os EUA não reconhecem Taiwan, mas mantém o compromisso de garantir sua segurança, aceitam a política de uma única China, só rejeitam o uso da força para reunificar o país.
Ao comentar o telefonema, um porta-voz do presidente eleito declarou que Trump e Tsai "discutiram os laços econômicos, políticos e de segurança entre os EUA e Taiwan".
A reação do regime comunista chinês foi cautelosa. O telefonema foi uma amostra de como será o relacionamento EUA-China. Nos seus comícios de agradecimento pela vitória, nesta semana, Trump voltou a citar o enorme déficit comercial dos EUA. A maior parte é com a China.
No Twitter, seu meio de comunicação favorito, Trump ironizou as críticas: "Interessante que os EUA vendam de bilhões de dólares em equipamentos militares a Taiwan e eu não deva aceitar um telefonema de congratulação."
No Twitter, seu meio de comunicação favorito, Trump ironizou as críticas: "Interessante que os EUA vendam de bilhões de dólares em equipamentos militares a Taiwan e eu não deva aceitar um telefonema de congratulação."
O presidente eleito adotou estratégias do mundo de negócios para vencer a eleição presidencial americana. Intimida e assusta para depois apresentar sua proposta. A China é seu maior desafio. O relacionamento começa tempestuoso.
Estupro é aceito por 27% dos europeus em certas condições
Se a vítima estava bêbada, usava roupas provocantes e não disse não claramente, cerca de 27% dos habitantes da União Europeia consideram que manter relações sexuais é "justificável ou aceitável", indica uma pesquisa realizada pelo instituto TNS a pedido da Comissão Europeia nos 28 países-membros do bloco, noticiou a televisão francesa.
A pesquisa foi realizada de 4 a 13 de junho e divulgada ontem. A Romênia e a Hungria são os países onde proporcionalmente mais entrevistados consideraram o estupro "aceitável", enquanto na Suíça e na Espanha houve maior rejeição.
Os entrevistados responderam a várias perguntas. A central era: "As pessoas pensam que manter relações sexuais sem consentimento pode ser justificado com certas situações. Você pensa que isso se aplica às circunstâncias seguintes?"
Outras questões sondaram a percepção sobre violência sexual, assédio sexual e violência ligada ao sexo. Pelo menos 70% consideraram a violência e o assédio sexuais contra mulheres comuns em seus países. Um terço disseram que os homens também são vítimas de violência sexual.
Na França, a cada ano, em média 223 mil mulheres sofrem violência conjugal, 84 mil são violentadas, vítimas de tentativa de estupro ou de agressão sexual. Um número de telefone para ligações de emergência por violência social recebe 50 mil chamadas por ano.
A pesquisa foi realizada de 4 a 13 de junho e divulgada ontem. A Romênia e a Hungria são os países onde proporcionalmente mais entrevistados consideraram o estupro "aceitável", enquanto na Suíça e na Espanha houve maior rejeição.
Os entrevistados responderam a várias perguntas. A central era: "As pessoas pensam que manter relações sexuais sem consentimento pode ser justificado com certas situações. Você pensa que isso se aplica às circunstâncias seguintes?"
Outras questões sondaram a percepção sobre violência sexual, assédio sexual e violência ligada ao sexo. Pelo menos 70% consideraram a violência e o assédio sexuais contra mulheres comuns em seus países. Um terço disseram que os homens também são vítimas de violência sexual.
Na França, a cada ano, em média 223 mil mulheres sofrem violência conjugal, 84 mil são violentadas, vítimas de tentativa de estupro ou de agressão sexual. Um número de telefone para ligações de emergência por violência social recebe 50 mil chamadas por ano.
Fillon lidera pesquisa sobre eleição presidencial na França
Depois de ganhar a eleição primária da centro-direita, o ex-primeiro-ministro conservador François Fillon desponta como favorito à eleição presidencial de 2017 na França. A seis meses da eleição, Fillon tem 32% das preferências contra 22% para a líder da neofascista Frente Nacional, Marina Le Pen, indica uma pesquisa divulgada pela televisão francesa.
Em terceiro lugar, aparece o ex-ministro da Economia Emmanuel Macron (13%), que lançou uma candidatura independente, seguido pelo candidato de ultraesquerda, Jean-Luc Mélenchon (12%) e pelo presidente François Hollande (8%).
O presidente anunciou dia 1º de dezembro que não será candidato à reeleição, abrindo espaço para uma eleição primária competitiva da esquerda em 22 e 29 de janeiro..
No segundo turno, Fillon teria uma vitória esmagadora com 79% dos votos válidos contra 21% para Marine Le Pen. A pesquisa foi realizada via Internet em 25 de novembro, dois dias antes da eleição primária do partido Os Republicanos, de centro-direita, vencida por Fillon.
Diante de surpresa não detectadas nas pesquisas, como a vitória da saída do Reino Unido da União no referendo de 23 de junho e o triunfo de Donald Trump na eleição presidencial nos Estados Unidos, aumentou o temor de ascensão da extrema direita na Europa.
Há um risco de que o candidato neonazista seja eleito presidente da Áustria. Uma vitória da antieuropeia Marine seria um terremoto capaz de destruir a União Europeia.
Em terceiro lugar, aparece o ex-ministro da Economia Emmanuel Macron (13%), que lançou uma candidatura independente, seguido pelo candidato de ultraesquerda, Jean-Luc Mélenchon (12%) e pelo presidente François Hollande (8%).
O presidente anunciou dia 1º de dezembro que não será candidato à reeleição, abrindo espaço para uma eleição primária competitiva da esquerda em 22 e 29 de janeiro..
No segundo turno, Fillon teria uma vitória esmagadora com 79% dos votos válidos contra 21% para Marine Le Pen. A pesquisa foi realizada via Internet em 25 de novembro, dois dias antes da eleição primária do partido Os Republicanos, de centro-direita, vencida por Fillon.
Diante de surpresa não detectadas nas pesquisas, como a vitória da saída do Reino Unido da União no referendo de 23 de junho e o triunfo de Donald Trump na eleição presidencial nos Estados Unidos, aumentou o temor de ascensão da extrema direita na Europa.
Há um risco de que o candidato neonazista seja eleito presidente da Áustria. Uma vitória da antieuropeia Marine seria um terremoto capaz de destruir a União Europeia.
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