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quarta-feira, 29 de março de 2017

Ex-primeiro-ministro Valls apoia Macron na França

Mais um líder do Partido Socialista anuncia que vai apoiar o ex-ministro da Economia e candidato independente Emmanuel Macron no primeiro turno da eleição presidencial da França, em 23 de abril de 2017. É o ex-primeiro-ministro Manuel Valls, derrotado na eleição prévia do PS pelo ex-ministro da Educação Benoît Hamon, que está em quinto lugar nas pesquisas.

Em entrevista na manhã de hoje à televisão BFMTV, Valls declarou estar na hora de "tomar uma posição responsável" e não de simples "alinhamento". "Não quero, na noite do primeiro turno, ficar diante de uma escolha entre François Fillon e Marine Le Pen. Não podemos correr esse risco."

Macron foi ministro do governo Valls, mas é considerado liberal demais pela velha guarda socialista. Ele lidera as pesquisas sobre o primeiro turno com 26,5% votos, um pouco acima da candidata neofascista Marine Le Pen, da Frente Nacional, com 25%.

O ex-primeiro-ministro conservador François Fillon era o favorito até ser revelado que empregou a mulher e os filhos como funcionários-fantasmas do Senado. Só a mulher, Penelope Fillon, ganhou 800 mil euros. Ambos estão sendo processados. Seu marido caiu para 17%.

Enquanto Macron agradeceu, Hamon acusou Valls de "não manter a palavra empenhada" e "não respeitar o veredito das urnas". O deputado Patrick Mennucci disse ter "vergonha" de Valls.

"O que vale daqui para a frente um acordo assinado por um homem como Manuel Valls?", perguntou o ex-ministro da Economia Arnaud Montebourg, também derrotado na primária socialista. "Nada. É o que vale um homem sem honra."

Valls negou que esteja traindo o PS ao não apoiar o vencedor da prévia: "O interesse superior da França está acima das regras de um partido, de uma primária, de uma comissão." Outros líderes socialistas e o presidente François Holland apoiam Macron discretamente.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Valls é o favorito da eleição primária da esquerda na França

O ex-primeiro-ministro Manuel Valls desponta como favorito para a eleição primária para escolher o candidato da centro-esquerda à Presidência da França em 2017, seguido pelo ex-ministro da Economia Arnaud Montebourg.

Em pesquisa do instituto Harris Interactive para a televisão francesa, Valls teve 45% das preferências e Montebourg, 28%. Depois, vieram Benoît Hamon (11%), Gérard Filoche (6%), Marie-Noëlle Lieneman (5%), Pierre Larrouturou (3%), Jean-Luc Bennahmias (1%) e François de Rugy (1%).

A eleição primária do Partido Socialista será realizada em dois turnos, em 22 e 29 de janeiro. Até lá, mais candidatos podem se inscrever.

Antes da desistência do presidente François Hollande de concorrer à reeleição, o presidente da Assembleia Nacional da França, o deputado socialista Claude Bortolone, pediu a Hollande, Valls, ao ex-ministro da Economia Emmanuel Macron e o líder da Frente de Esquerda, Jean-Luc Mélenchon, participem da primária socialista para que a esquerda tenha um candidato forte no próximo ano.

No momento, por causa da baixíssima popularidade do presidente, que caiu a 4%, as pesquisas indicam que a esquerda não passa do primeiro turno, marcado para 23 de abril. O segundo turno, em 7 de maio, seria disputado pelo candidato de centro-direita, François Fillon, do partido Os Republicanos, e a líder da neofascista Frente Nacional.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Hollande desiste da reeleição à Presidência da França

Em uma decisão inesperada, o presidente François Hollande anunciou hoje que não será candidato à reeleição à Presidência da França na eleição de 23 de abril e 7 de maior de 2017. O primeiro-ministro Manuel Valls passa a ser o favorito para ser o candidato do Partido Socialista.

Com a queda da popularidade do presidente abaixo de 10%, até um mínimo de 4%, a esquerda francesa se inquieta com as pesquisas que apontam um segundo turno entre a ultradireita e a centro-direita no próximo ano.

Seria uma repetição do primeiro turno da eleição presidencial de 2002. Em 21 de abril daquele ano, o líder da neofascista Frente Nacional, Jean-Marie Le Pen, bateu o primeiro-ministro socialista Lionel Jospin, que adotara medidas econômicas impopulares para enquadrar a França na união monetária que criou o euro, por menos de 200 mil votos (16,86% a 16,18%).

A ultraesquerda negou apoio a Jospin e teve 11%, abrindo caminho Le Pen, que perderia no segundo turno para o presidente Jacques Chirac, que teve 82% dos votos.

Se esse quadro se repetir em 2017, com derrota da esquerda no primeiro turno e união de todas as forçcas democráticas contra o neofascismo no segundo turno, o ex-primeiro-ministro François Fillon, do partido Os Republicanos, herdeiro de Chirac, será o próximo presidente da França.

Para ter uma chance, o PS propôs a realização de uma eleição primária da esquerda. De início, seria apenas uma manobra para legitimar a candidatura de Hollande, quando o presidente seria candidato natural à reeleição.

No fim de semana, o presidente da Assembleia Nacional, o deputado socialista Claude Bortolone, defendeu a ampliação da primária da esquerda e convidou Hollande, Valls, o ex-ministro liberal Emmanuel Macron e Jean-Luc Mélenchon, líder da Frente de Esquerda, que reúne grupos à esquerda do PS.

A primária está marcada para 22 e 29 de janeiro. É a última esperança da centro-esquerda de ter um candidato forte e competitivo em 2017 na França. O ex-ministro da Economia Arnaud Montebourg manifestou a intenção de participar. Macron, por enquanto, mantém sua candidatura independente pelo movimento Em Marcha.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Governo Valls será submetido a voto de confiança dia 16

O novo governo formado pelo primeiro-ministro Manuel Valls terá de receber um voto de confiança da Assembleia Nacional da França em 16 de setembro de 2014, logo depois de um discurso em que ele apresentará suas propostas, noticiou hoje a revista Le Point.

A votação será um teste para os rebeldes do Partido Socialista, que acusam Valls de "social-liberalismo". É improvável tentem derrubar o novo governo. Isso levaria à convocação de eleições antecipadas. Como a popularidade do presidente François Hollande está abaixo de 20%, com certeza, muitos deputados socialistas não se reelegeriam.

Valls, da ala direitista, mais próxima do mercado, do PS francês, foi convocado por Hollande para formar num novo governo depois que três ministros criticaram as políticas de austeridade econômica adotadas para enfrentar a crise.

O ex-ministro da Economia, Arnaud Montebourg, deflagrou a atual crise no govenro francês ao denunciar estas políticas como "absurdas" e uma "submissão à obsessão alemã" de não aceitar medidas de estímulo adotadas nos Estados Unidos e no Reino Unido, como imprimir dinheiro para aumentar a quantidade de moeda em circulação. A Alemanha, traumatizada pela inflação de 30.000% ao ano de 1923, rejeitou propostas para reinflar a economia da Zona do Euro.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Cai o governo da França

Diante de críticas do ministro da Economia, Arnaud Montebourg, contra as políticas de austeridade econômica impostas pela Alemanha à Zona do Euro, o primeiro-ministro da França, Manuel Valls, anunciou a demissão coletiva do ministério e foi encarregado pelo presidente François Hollande de formar um novo governo até amanhã.

"A França é a segunda maior economia da Eurozona e a quinta maior do mundo, e não pretende se alinhar às obsessões excessivas dos conservadores da Alemanha", declarou Montebourg ao jornal francês Le Monde, selando sua queda com palavras como "exagero" e "absurdo".

Sem Montebourg e outros dois ministros que o apoiaram, Valls prometeu formar uma equipe "coerente com as orientações" que Hollande, "ele mesmo, definiu para nosso país". Para os padrões franceses, isso significa um governo socialista mais à direita, mais aberto às reformas pró-mercado e à desregulamentação da economia.

A economia francesa ainda não se recuperou da Grande Recessão (2008-9). Está estagnada. O desemprego não cai. Hollande tem baixíssima popularidade. No governo, Valls é o mais popular. A mudança é assim mais no sentido de formar um ministério mais alinhado com as políticas liberalizantes do primeiro-ministro.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Ségolène Royal volta como ministra do Meio Ambiente

A ex-candidata à Presidência da França derrotada por Nicolas Sarkozy em 2007 e ex-mulher e mãe dos quatro filhos do presidente François Hollande está de volta ao centro das atenções. Ségolène Royal será ministra do Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Energia do governo do primeiro-ministro, Manuel Valls, nomeado depois da derrocada do Partido Socialista nas eleições municipais dos dois últimos domingos.

Com a indicação de Pierre Moscovici para comissário de Finanças da União Europeia, Arnaud Montebourg será o novo ministro da Economia e Michel Sapin, das Finanças. Benoît Hamon vai para o Ministério da Educação.

Serão mantidos o ex-primeiro-ministro Laurent Fabius como ministro do Exterior e Christiane Taubira como ministra da Justiça, apesar das acusações que sofreu por causa do vazamento de gravações de telefonemas do ex-presidente Sarkozy.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Empresário dos EUA acha estupidez investir na França

O governo socialista da França recebe mais um golpe na luta para atrair investimentos estrangeiros e manter o parque industrial do país. Em carta ao principal jornal econômico francês, o empresário Maurice Taylor, diretor-executivo da fábrica de pneus Titan, reclamou dos impostos elevados e da pequena jornada de trabalho dos franceses.

"Vocês acham que sou estúpido?", reagiu Taylor diante de uma proposta do ministro da Indústria francês, Arnaud Montebourg, sugerindo a retomada de negociação para a Titan assumir o controle parcial de uma fábrica que a Goodyear pretende fechar no Norte da França.

Em carta ao jornal Les Echos, Taylor criticou a jornada de trabalho francesa de 35 horas semanais, afirmando que "a mão de obra na França recebe altos salários para trabalhar só três horas por dia. Os trabalhadores tiram uma hora para o almoço e outras pauses, conversaram durante três horas e trabalham apenas três. Joguei isso na cara cos sindicatos franceses. Eles me disseram que é o estilo francês!"

Ele acrescentou: "A Goodyear tentou salvar parte dos empregos de Amiens, mas os sindicatos e o governo franceses nada fizeram além de falar".

Montebourg, responsável pela campanha para atrair investimentos Diga Sim à França, considerou a carta "insultante" e uma prova da "completa ignorância" do empresário americano sobre a França, onde há 20 mil companhias estrangeiras em atuação, inclusive 4,2 mil dos EUA.

A Confederação Geral do Trabalho (CGT), uma das principais centrais sindicais francesas, acusada de "louca" por Taylor, declarou que ele é "lunático" e não tem condições de dirigir uma empresa transnacional.

O setor privado francês encolheu em fevereiro num ritmo mais forte do que em meses anteriores.