O regime chavista da Venezuela libertou hoje seis presos políticos, inclusive o ex-governador Manuel Rosales, que perdeu uma eleição presidencial para o finado caudilho Hugo Chávez, noticiou a agência Reuters citando tuítes escritos por Rosales.
A oposição acusa o governo de manter na cadeia cerca de 100 presos políticos que não cometeram crime algum. O mais famoso é o ex-prefeito Leopoldo López, condenado por "incitar à violência" durante uma onda de protestos em que 43 foram mortas, em fevereiro de 2014. Não há qualquer provca concreta contra ele.
Rosales estava preso desde que voltou do exílio no Peru em 2015. Desde outubro deste ano, estava em prisão domiciliar. Os outros cinco presos políticos libertados estavam detidos desde as manifestações de protesto de 2014.
Sob a Presidência de Chávez (1999-2013), a popularidade do caudilho e o fracassado golpe de Estado contra ele em 2002 marginalizaram a oposição. Desde que Chávez foi substituído pelo arqui-incompetente Nicolás Maduro, a Venezuela afundou numa crise política e econômica sem precedentes, agravada pela queda nos preços do petróleo.
O produto interno bruto caiu 18% em dois anos, a inflação ronda os 700% ao ano e os venezuelanos têm dificuldades para encontrar a maioria dos produtos essenciais. Para agravar ainda mais o caos econômico, Maduro ordenou a retirada de circulação das notas de 100 bolívares, a mais valiosa do país, a pretexto de combater máfias colombianas que estariam atacando a economia da Venezuela.
A oposição tentou convocar um referendo para revogar o mandato de Maduro. Esbarrou na Comissão Nacional Eleitoral e no Tribunal Supremo de Justiça, dominados pelo chavismo. Se o referendo for realizado em 2017 e Maduro perder, será substituído por um vice-presidente nomeado por ele.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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