Por 306 a 28, Senado da França aprovou ontem a quinta prorrogação do estado de emergência decretado pelo presidente François Hollande para combater o terrorismo depois dos atentados de 13 de novembro de 2015. A Assembleia Nacional havia aprovado o projeto na quarta-feira.
Assim, o estado de emergência vai até 15 de julho. Estará em vigor durante as eleições presidencial (23 de abril e 7 de maio) e parlamentares (11 e 18 de junho). Só a Frente de Esquerda e alguns ecologistas votaram contra a medida, considerando-a "ineficaz" e "perigosa" para os direitos humanos.
Nos últimos cinco meses, houve pelo menos 13 tentativas de cometer atentados terroristas na França, declarou o ministro do Interior, Bruno Le Roux, à Assembleia Nacional, ao defender a medida. Mais de 30 suspeitos foram presos, inclusive mulheres e menores de idade.
Ao todo, houve 17 atentados terroristas em 2016 contra sete em 2015, quatro em 2014 e dois em 2013. No momento, 90 pessoas estão em prisão domiciliar.
"Um pouco mais de 2 mil franceses ou residentes habituais da França estão implicados de um modo ou de outro no recrutamento de jihadistas", acrescentou o ministro. Entre eles, pelo menos 700 estão nos campos de batalha da Síria e do Iraque, entre os quais 290 mulheres e 22 menores.
Desde o início de 2016, "mais de 420 indivíduos ligados a redes terroristas foram interpelados", revelou Le Roux. Nos últimos cinco meses, "foram apreendidas 35 armas, sendo duas armas de guerra e duas de longo alcance."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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