Apesar da Brexit e de Donald Trump, a Áustria não se rendeu ao ultranacionalismo de direita. Com a televisão projetando uma vitória do candidato verde e independente Alexander Van der Bellen com 53,6% dos votos, o Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), neonazista, reconheceu há pouco a derrota no segundo turno da eleição presidencial, informou o jornal francês Le Monde.
"Eu gostaria de felicitar o Sr. Van der Bellen por seu sucesso", declarou o secretário-geral do FPÖ, Herbert Kickl, à televisão estatal ÖRF.
Uma vitória de Norbert Hofer seria a primeira de um neonazista para a presidência de um país da Europa desde 1945. O próprio Hofer cumprimentou o adversário nas redes sociais e pediu aos austríacos que "fiquem juntos e trabalhem juntos".
O primeiro turno da eleição presidencial austríaca, realizado em 24 de abril de 2016, sob o impacto da crise dos refugiados que tentavam desesperadamente asilo na União Europeia, tirou da disputa os partidos tradicionais liberal e social-democrata que dominaram a política austríaca no pós-guerra.
No segundo turno, em 22 de maio, Van der Vellen ganhou por 50,3% a 49,7% depois de dias de apuração. O Tribunal Constitucional da Áustria anulou o resultado por irregularidades em algumas secções eleitorais e nova votação foi realizada hoje.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
domingo, 4 de dezembro de 2016
Ultradireita reconhece derrota na eleição presidencial da Áustria
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