A economia dos Estados Unidos gerou 178 mil vagas de emprego a mais do que fechou em novembro de 2016, anunciou hoje o Departamento do Trabalho. A taxa de desemprego caiu de 4,9% para 4,6%. É a menor em nove anos, desde agosto de 2007, antes do início da Grande Recessão (2008-9).
Os analistas esperavam 180 mil empregos e 4,9%. Em outubro, o saldo foi de 142 mil postos de trabalho. Houve uma pequena queda de 0,1% na média dos salários, que cresceu 2,5% na comparação anual.
A queda na taxa de desemprego indica ao mesmo tempo avanço no emprego e que cerca de 400 mil desempregados desistiram de procurar emprego, saindo da força de trabalho. O índice de desemprego amplo, incluindo o subemprego (trabalho temporário e bicos), caiu de 9,5% para 9,3%. Nos dois anos anteriores à crise, 2006 e 2007, ficou na média de 8,3%.
A participação das pessoas em idade de trabalhar no mercado de trabalho baixou de 62,8% para 62,7%. Na faixa etária mais produtiva, de 25 a 54 anos, a queda foi de 81,6% para 81,4%.
O setor com maior aumento de empregos nos últimos 12 meses foi o de serviços profissionais e empresariais, com 571 mil vagas, seguido de saúde, com 407 mil. A indústria manufatureira fechou 54 mil postos de trabalho e a mineração, 87,3 mil. O presidente eleito, Donald Trump, promete restaurar o emprego na indístria.
"Este relatório de emprego abre caminho para aumento nas taxas de juros", comentou Jason Schenker, diretor-presidente da consultoria Prestige Economics. "É a coroação de uma série contínua de dados econômicos positivos."
Para o jornal inglês Financial Times, a aposta do mercado financeiro numa alta de juros na próxima reunião do Comitê de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed), o comitê de política monetária do banco central dos EUA, em 13 e 14 de dezembro, se aproxima dos 100%.
Seria o segundo aumento em uma década, desde junho de 2006. Em dezembro de 2008, o Fed praticamente zerou sua taxa básica para 0-0,25% ao ano. Há um ano, fez um pequeno aumento para uma faixa de 0,25%-0,5% ao ano.
No início do ano, a expectativa era de até quatro altas de juros nos EUA em 2016. Os problemas da China e outros sinais de fraqueza da economia mundial reduziram a aposta para duas altas. Esta agora é dada como certa.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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