Através de sua agência de propaganda Amaq, a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou hoje a responsabilidade pelo atentado terrorista que matou 12 pessoas e feriu outras 48 ontem na capital da Alemanha, descrevendo o autor do ataque como "um soldado do Califado".
Pode ser uma reivindicação oportunista como a do atentado contra um clube noturno gay de Orlando, na Flórida, mas a inspiração vem claramente do Estado Islâmico. A declaração implica que o terrorista não foi treinado nem financiado pelo grupo, apenas seguiu sua orientação.
Em um discurso em 22 de setembro de 2014 intitulado De fato, o Senhor está sempre atento, o então ministro da Comunicação Social do autointitulado Califado do Estado Islâmico, Abu Mohamed al-Adnani, incitou os jihadistas a atacar seus inimigos com todas as armas possíveis.
"Se você puder matar um descrente americano ou europeu - especialmente os imundos e peçonhentos franceses - ou um australiano ou canadense, ou qualquer outro descrente dos descrentes que estão fazendo a guerra, inclusive os cidadãos de países qne entraram na coalizão contra o Estado Islâmico, então confie em Alá e mate-o de qualquer maneira possível, Esmague sua cabeça com uma pedra, o chacine com uma faca, ou o atropele com seu carro, ou o jogue de um lugar alto, ou o estrangule ou o envene", incitou o porta-voz do Estado Islâmico, morto por um bombardeio americano em 30 de agosto de 2016.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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