O Conselho da Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos aumentou hoje suas taxas básicas de juros pela primeira vez no ano. É a segunda alta desde que o Fed praticamente zerou os juros, em dezembro de 2008 para combater a Grande Recessão, a pior crise econômica mundial desde a Grande Depressão (1929-39).
A taxa básica de juros subiu de uma faixa de 0,25%-0,5% para 0,5%-0,75% ao ano deve elevar o custo dos empréstimos para pessoas e empresas. O Comitê de Mercado Aberto, o comitê de política monetária do Fed, prevê um futuro promissor para a maior economia do mundo em 2017 e três aumentos de juros, num total de 0,75 ponto percentual.
"Nossa decisão de aumentar os juros deve ser entendida como um reflexo na confiança que temos no progresso da economia", declarou a presidente do Fed, Janet Yellen. Foi tomada "tendo em vista as condições do mercado de trabalho e a inflação."
Isso significa que o Fed vê o mercado de trabalho perto ou já em pleno emprego, quando os salários começam a pressionar a inflação. Dentro da política de ajustes graduais do Fed, a taxa básica deve estar em 2,1% ao ano no fim de 2017 e 2,9% ao ano no fim de 2018.
Os formuladores da política monetária dos EUA estão numa posição cautelosa à espera do governo Donald Trump. Durante a campanha, Trump acusou Janet Yellen de manter as taxas básicas de juros artificialmente baixas para favorecer a candidatura de Hillary Clinton, fazendo o jogo do Partido Democrata.
Em pronunciamentos cautelosos, Janet Yellen defendeu a independência do Fed, mas não comentou as propostas de Trump, esperando para ver como será o governo Trump na prática.
Assim, os analistas acreditam que em março, depois do início do governo, o Comitê de Mercado Aberto terá uma posição mais clara sobre as políticas e dará uma orientação mais segura sobre a curva de juros nos EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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