Um caminhão invadiu hoje uma feirinha de Natal numa praça do centro comercial da capital da Alemanha no início da noite. Pelo menos 12 pessoas morreram e outras 48 saíram feridas. Há fortes suspeitas de terrorismo. O motorista foi preso, é um refugiado paquistanês que entrou no país no ano passado.
A polícia alemã suspeita de um atentado terrorista como o que matou 86 pessoas em Nice, na Franca, em 14 de julho, durante as comemorações do aniversário do começo da Revolução Francesa de 1789.
O caminhão era de uma empresa polonesa, mas não manteve contato com a firma desde a tarde. O ministro do Exterior alemão não descarta a possibilidade de acidente, mas a hipótese de atentado é mais provável.
Há rumores de que a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a autoria do ataque.
A Alemanha é o país europeu que mais acolheu refugiados da guerra civil da Síria. Só no ano passado, foram quase 1 milhão de imigrantes. Isso abalou a popularidade da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel, que resolveu honrar a tradição europeia e alemã de abrigar refugiados depois do fim da Segunda Guerra Mundial.
Até agora, a Alemanha não havia sido alvo de um grande atentado terrorista. O ataque abala a campanha para a reeleição de Merkel em setembro de 2017. Pela ultradireita, cresce o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), que é contra o euro e oferecer asilo a refugiados.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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