Numa reforma ministerial minimalista, o presidente François Hollande nomeou hoje Bernard Cazaneuve para primeiro-ministro da França, em substituição a Manuel Valls, que deixou ontem a chefia do governo para se candidatar à Presidência da República.
Ex-ministro do Interior durante um período de estado de emergência por causa dos atentados terroristas, Cazeneuve foi descrito pelo jornal francês Le Monde como o "homem das missões difíceis.
O novo ministro do Interior Bruno Le Roux. André Vallini será ministro das Relações com o Parlamento e Jean-Marie Le Guen, ministro do Desenvolvimento e da Francofonia.
Ao escolher Cazeneuve, ex-prefeito de Cherbourg, Hollande optou pela estabilidade. É um dos assessores que o acompanham desde o início do governo, em 2012. De acordo com aliados do presidente, ele preenche do requisitos necessários para a chefia do governo: "eficiência, coesão e confiança".
O presidente desistiu na semana passada de tentar a reeleição, abrindo caminho para uma eleição primária disputada do Partido Socialista em 22 e 29 de janeiro.
Com a impopularidade de Hollande, que chegou a apenas 4% de aprovação, no momento as pesquisas indicam que o PS deve ser eliminado no primeiro turno da eleição presidencial de 2017, em 23 de abril. O segundo turno, em 7 de maio, seria disputado pelo ex-primeiro-ministro conservador François Fillon, do partido Os Republicanos, de centro-direita, e pela líder da neofascista Frente Nacional, de extrema direita, Marine Le Pen.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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