Um terrorista supostamente disfarçado de Papai Noel matou pelo menos 39 pessoas e deixou outras 69 feridas no clube noturno Reina, em Istambul, a maior cidade de Turquia, num massacre de Ano Novo. A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante é a maior suspeita.
Era 1h15 da madrugada em Istambul (20h15min em Brasília) quando o terrorista abriu fogo. Entre os mortos, há pelo menos 16 estrangeiros da Arábia Saudita, da Bélgica, da França, de Israel, do Marrocos, do Líbano e da Líbia.
As forças de segurança turcas fazem uma caçada humana ao atirador. Pela natureza e o alvo do ataque, acredita-se que seja ligado ao Estado Islâmico. Os outros grupos atacam alvos governamentais. O EI ataca o setor turístico, manifestações de massa e casas noturnas que considera antros do pecado.
Em um ano e meio, o EI cometeu pelo menos seis atentados terroristas na Turquia, matando mais de 240 pessoas. O pior foi contra uma manifestação pela paz em Ancara, em 10 de outubro de 2015, quando mais de 100 pessoas morreram.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou que o ataque visa a "semear o caos no país". O primeiro-ministro Yildirim desmentiu a versão de que o atirador estivesse vestido de Papai Noel.
A Turquia é alvo de terroristas de extrema esquerda, de guerrilheiros curdos e de extremistas muçulmanos. No caso, as maiores suspeitas recaem sobre o Estado Islâmico, responsável pelos maiores atentados ocorridos no país no ano passado.
O clube Reina é uma das casas noturnas mais populares da área próxima ao Estreito de Bósforo. Havia mais de 600 pessoas na casa festejando o Réveillon no momento do atentado.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
domingo, 1 de janeiro de 2017
Estado Islâmico é suspeito de massacre do Ano Novo em Istambul
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