Durante um debate público no formato de assembleia de cidadãos organizado pela TV americana CNN, um sobrevivente de câncer enfrentou quinta-feira à noite o presidente da Câmara dos Representantes, o deputado ultradireitista Paul Ryan, e elogiou o presidente Barack Obama, afirmando que o programa de cobertura universal de saúde do atual governo salvou sua vida.
O Partido Republicano fez oposição sistemática nos oito anos de governo Obama. Seu programa de saúde foi aprovado nos primeiros anos de governo, quando o Partido Democrata tinha maioria nas duas casas do Congresso. Desde então, os republicanos tentam revogá-lo sem apresentar uma proposta alternativa.
Pelo menos 20 milhões de americanos passaram a ter seguro-saúde com base no programa de saúde que Ryan chamou de "fracassado", informou o boletim de notícias PoliticusUSA. Sem maioria suficiente no Senado para revogar a lei, os republicanos pretendem esvaziar o financiamento do programa.
Jeff Jeans declarou que foi republicano a vida inteira, participou das campanhas presidenciais de Ronald Reagan e George H. W. Bush, o pai, e era contra o programa de saúde de Obama. Aos 49 anos, foi diagnosticado com câncer. Os médicos lhe deram seis semanas de vida.
"Graças à Lei de Cobertura de Saúde Acessível, eu estou vivo hoje aqui", disse Jeans. "Precisei da Lei de Cobertura de Saúde Acessível para comprar meu próprio seguro-saúde. Como vocês pretendem acabar com a lei sem encontrar uma substituição?"
Visivalmente constrangido, o presidente da Câmara, principal líder do Partido Republicano depois do presidente eleito, Donald Trump, respondeu: "Não vamos fazer isso. Queremos substituí-la por algo melhor. Em primeiro lugar, estou feliz porque você está aqui de pé.
Jeans fez questão de voltar ao microfone para elogiar o programa de cobertura universal de saúde de Obama: "Eu queria agradecer ao presidente Obama do fundo do coração porque eu estaria morto se não fosse ele."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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