Uma juíza federal de Nova York impediu por medida liminar no sábado à noite a expulsão de cidadãos de sete países de maioria muçulmana que chegaram aos Estados Unidos ou estejam em trânsito e tenham vistos válidos para entrar no país. Na prática, suspendeu parte dos efeitos de um decreto do presidente Donald Trump contra muçulmanos.
Em 27 de janeiro, Trump baixou decreto proibindo a entrada nos EUA por 90 dias de cidadãos do Irã, do Iraque, do Iêmen, da Síria, da Líbia, da Somália e do Sudão, de qualquer refugiado por 120 dias e de refugiados sírios indefinidamente. Logo os estrangeiros começaram a ser barrados nos aeroportos americanos e nos voos internacionais para os EUA.
Houve casos absurdos como o de um iraquiano que trabalhou como tradutor para o Exército dos EUA durante a ocupação do Iraque. Ele foi um dos que recorreram à Justiça.
"Os reclamantes têm forte probabilidade de sucesso em estabelecer que sua remoção viola o devido processo e a proteção igual perante a lei garantidas pela Constituição dos EUA", escreveu na sentença a juíza Ann Donnelly, de um tribunal federal com sede no bairro do Brooklyn.
A magistrada acrescentou: "Há um perigo iminente de que, na ausência da suspensão da remoção, haja danos substanciais e irreparáveis a refugiados, portadores de visas e outros indivíduos das nações submetidas ao decreto de 27 de janeiro."
O Irã já retaliou, vetando a entrada de cidadãos americanos. Também dificulta a saída de quem tem dupla cidadania iraniano-americana.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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