Três meses depois do início da Batalha de Mossul, o Exército do Iraque e milícias aliadas chegaram ontemàs margens do Rio Tigre no limite da segunda maior cidade iraquiana, dominada há dois anos e meio pela organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Ao bombardear várias pontes sobre o Tigre, a coalizão aérea de 65 países liderada pelos Estados Unidos impede as forças da milícia situadas no lado oeste da cidade de suprir e reforçar os jihadistas do outro lado do rio.
Na Zona Sul da cidade, a Polícia Federal do Iraque está a cerca de três quilômetros do aeroporto, mas estariam mais interessadas em dar apoio às ações antiterrorismo do que em avançar rumo ao aeroporto. Em sua feroz resistência, o Estado Islâmico usa homens-bomba para tentar barrar as tropas governamentais.
O Estado Islâmico já foi expulso de mais da metade do lado leste de Mossul. As forças iraquianas querem agora criar uma área segura para permitir a volta de mais de 133 mil civis que fugiram desde o início da ofensiva para retomar a cidade.
Durante o fim de semana, os primeiros-ministros do Iraque, Haider al-Abadi, e da Turquia, Binali Yildirim, fizeram declaração conjunta afirmando que o Exército turco deve se retirar do país depois do fim da Batalha de Mossul.
As forças turcas estão estão estacionadas numa base militar da cidade de Bachika. A maior preocupação do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, é a ligação da região autônoma do Curdistão iraquiano com as regiões de maioria curda no Norte da Síria.
Um Curdistão independente inevitavelmente reivindicaria a soberania sobre o Sudeste da Turquia, onde a maioria da população é curda.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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