O ex-presidente Mario Soares, um dos símbolos da redemocratização de Portugal depois da queda da ditadura salazarista na Revolução dos Cravos, em 25 de abril de 1974, morreu hoje em Lisboa aos 92 anos.
Pai da democracia portuguesa, Soares foi presidente durante dez anos, primeiro-ministro, líder do Partido Socialista e deputado do Parlamento Europeu. Ele estava internado em coma havia 26 dias.
O primeiro-ministro socialista António Costa declarou que Portugal perdeu "aquele que tantas vezes foi o rosto e a voz da nossa liberdade contra a ditadura, e com isso sofreu com a prisão, a deportação e o exílio."
Soares nasceu em 1924 e foi um dos líderes da luta contra a ditadura intaurada por António Oliveira Salazar (1933-. Aos 18 anos, filiou-se ao Partido Comunista Português (PCP), do qual sairia em 1964 para fundar a Ação Socialista, embrião do Partido Socialista que ele encarnou.
Preso 12 vezes, fugiu para o exílio e só voltou a Portugal depois da Revolução dos Cravos. Em 1976, foi eleito primeiro-ministro no primeiro governo constitucional da democracia restaurada e foi um dos principais responsáveis pela adesão do país à Comunidade Europeia, em 1986, marco definitivo da consolidação da democracia e da modernização de Portugal.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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