O Exército do Iraque e milícias aliadas retomaram hoje a sede do governo da província de Nínive, na cidade de Mossul, e hastearam a bandeira do país, noticiou a televisão saudita Al Arabiya citando como fonte um alta funcionária do Departamento da Defesa dos Estados Unidos. Mossul estava sob o controle da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante desde 10 de junho de 2014.
A atual secretária adjunta da Defesa para questões internacionais, Elissa Slotkin, acrescentou em entrevista coletiva realizada hoje no Pentágono, na Virgínia, que uma equipe de ligação das Forças Armadas dos EUA está em contato com a Turquia.
O Exército da Turquia invadiu o Norte da Síria a pretexto de combater o Estado Islâmico, mas também quer evitar a união de territórios curdos da Síria e do Iraque para criar o Curdistão, que reivindicaria soberania sobre a região Sudeste da Turquia, de maioria curda.
"Estamos engajados em bases permanentes, hora a hora, com os turcos na campanha contra o Estado Islâmico na Síria", declarou Slotkin. "Temos uma equipe de ligação residente em Ancara. Eles estão totalmente engajados na coalizão de 65 países liderada pelos EUA na guerra contra o Estado Islâmico."
Com a derrota inevitável em Mossul, o Estado Islâmico perde na prática sua base territorial no Iraque, enquanto a ofensiva na Síria se aproxima de Rakka, a capital do Califado proclamado pelo líder Abu Baker al-Baghdadi em junho de 2014, depois da conquista de Mossul.
Sem território, o Estado Islâmico deixa de ser um protoestado e volta a ser apenas um grupo terrorista, o que não o torna menos perigoso.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário