O Exército do Mali precisou da ajuda da França para repelir um ataque terrorista que começou com a tentativa de um homem-bomba de explodir um posto militar. Com o apoio de aviões de guerra franceses que chegaram 12 horas depois, os soldados malineses realizaram a tarefa. Pelo menos sete pessoas morreram, inclusive um soldado malinês.
A França interviu militarmente no Mali em 11 de janeiro de 2013, quando grupos islâmicos que dominavam o Norte do país desde abril de 2012 avançaram rumo à capital, Bamako, lembra a TV estatal britânica BBC.
A julgar pelos últimos combates, em que o Exército do Mali não conseguiu dar conta dos rebeldes sozinhos, a França terá de adiar seus planos de uma retirada total neste mês de abril.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
domingo, 31 de março de 2013
sábado, 30 de março de 2013
Grandes depositantes podem perder até 60% no Chipre
O Banco Central do Chipre anunciou hoje que 37,5% dos depósitos bancários no Banco do Chipre acima de 100 mil euros serão convertidos em ações especiais como parte do processo de reestruturação do sistema financeiro do país acertado com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Na prática, esse dinheiro vai desaparecer das contas bancárias, enquanto outros 22,5% serão congelados e colocados numa conta não remunerada. Também poderão ser usados para recapitalizar o Banco do Chipre, dependendo da avaliação de auditores independentes.
Quem tem depósitos de até 100 mil euros terá seu dinheiro garantido, de acordo com as normas adotadas pela UE no início da crise. Já os grandes depositantes podem perder até 60% de seu dinheiro.
No início desta semana, o governo cipriota concordou em fazer uma reforma profunda do seu sistema financeiro em troca de um empréstimo de emergência de 10 bilhões de euros para evitar o colapso da economia do país.
Como parte do acordo, Banco Laiki (Popular), o segundo maior do país, será fechado, e seus bons ativos serão transferidos para o Banco do Chipre, o maior. Os grandes depositantes no Laiki devem rever só 20% do seu dinheiro, estima o ministro das Finanças, Michalis Sarris.
Cerca de 19 mil correntistas terão perdas, uma exigência da Alemanha, que relutava em ajudar Chipre porque os bancos do país são usados para lavagem de dinheiro pela máfia russa.
Forçado a levantar 5,8 bilhões como sua parte no acordo, o governo cipriota não tem alternativa. Espera levantar 1,2 bilhão com o programa de privatização, mas ainda tem um grande rombo a cobrir. Vai tirar dos grandes poupadores.
Na prática, esse dinheiro vai desaparecer das contas bancárias, enquanto outros 22,5% serão congelados e colocados numa conta não remunerada. Também poderão ser usados para recapitalizar o Banco do Chipre, dependendo da avaliação de auditores independentes.
Quem tem depósitos de até 100 mil euros terá seu dinheiro garantido, de acordo com as normas adotadas pela UE no início da crise. Já os grandes depositantes podem perder até 60% de seu dinheiro.
No início desta semana, o governo cipriota concordou em fazer uma reforma profunda do seu sistema financeiro em troca de um empréstimo de emergência de 10 bilhões de euros para evitar o colapso da economia do país.
Como parte do acordo, Banco Laiki (Popular), o segundo maior do país, será fechado, e seus bons ativos serão transferidos para o Banco do Chipre, o maior. Os grandes depositantes no Laiki devem rever só 20% do seu dinheiro, estima o ministro das Finanças, Michalis Sarris.
Cerca de 19 mil correntistas terão perdas, uma exigência da Alemanha, que relutava em ajudar Chipre porque os bancos do país são usados para lavagem de dinheiro pela máfia russa.
Forçado a levantar 5,8 bilhões como sua parte no acordo, o governo cipriota não tem alternativa. Espera levantar 1,2 bilhão com o programa de privatização, mas ainda tem um grande rombo a cobrir. Vai tirar dos grandes poupadores.
Mais um monge tibetano se suicida na China
Pelo menos 114 tibetanos se mataram com autoimolações desde 2009 em protesto contra as políticas de assimilação cultural impostas pela ditadura comunista da China. O último caso foi revelado na quinta-feira pela Rádio Ásia Livre, financiada pelo governo dos Estados Unidos.
Kunchok Tenzin, de 28 anos, tocou fogo nas suas roupas num cruzamento importante perto do mosteiro budista de Mori, na cidade de Luchu, na província de Gansu, que faz parte do chamado Grande Tibete, uma área de 1,1 milhão de quilômetros quadrados, cerca de 11,5% do território chinês. As autoridades de Beijim temem que toda essa área seja reivindicada por um Tibete independente.
Para evitar que o corpo fosse tomado pela polícia chinesa, os tibetanos o levaram rapidamente para o mosteiro, onde foi cremado em seguida. Na segunda-feira, Lhamo Kyab, um guarda florestal tibetano de 43 anos se matou na região supostamente autônoma do Tibete se jogando sobre uma fogueira.
Kunchok Tenzin, de 28 anos, tocou fogo nas suas roupas num cruzamento importante perto do mosteiro budista de Mori, na cidade de Luchu, na província de Gansu, que faz parte do chamado Grande Tibete, uma área de 1,1 milhão de quilômetros quadrados, cerca de 11,5% do território chinês. As autoridades de Beijim temem que toda essa área seja reivindicada por um Tibete independente.
Para evitar que o corpo fosse tomado pela polícia chinesa, os tibetanos o levaram rapidamente para o mosteiro, onde foi cremado em seguida. Na segunda-feira, Lhamo Kyab, um guarda florestal tibetano de 43 anos se matou na região supostamente autônoma do Tibete se jogando sobre uma fogueira.
Justiça confirma resultado da eleição no Quênia
Por unanimidade, o Supremo Tribunal de Justiça do Quênia confirmou hoje a vitória do vice-presidente Uhuru Kenyatta, filho do herói da independência do país, Jomo Kenyatta, na eleição presidencial de 4 de março com 50,07% dos votos válidos, uma diferença de 8 mil em relação ao mínimo necessário para evitar um segundo turno.
O resultado era contestado pelo primeiro-ministro Raila Odinga, que perde pela segunda vez consecutiva eleições com suspeita de fraude. A eleição de 2007 deflagrou uma onda de violência com 1,2 mil mortes. Para evitar um conflito maior, foi formado um governo de união nacional com Odinga como primeiro-ministro.
Uhuru Kenyatta foi denunciado pelo Tribunal Penal Internacional por financiar uma milícia da tribo kikuyu, que historicamente domina a política do país. Odinga é do grupo étnico luo, o mesmo do pai do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que era queniano.
Desta vez, pelo resultado oficial, Odinga, filho do primeiro vice-presidente do Quênia, obteve 43,4% dos votos. Hoje seus partidários se concentraram diante do Supremo em Nairóbi, onde havia forte presença da polícia de choque para conter possíveis reações violentas.
Na semana passada, diante das denúncias do candidato derrotado, a Justiça ordenou uma revisão em 22 das 33 mil seções eleitorais, mas não mudou o resultado final, reporta a rede de televisão americana CNN.
O resultado era contestado pelo primeiro-ministro Raila Odinga, que perde pela segunda vez consecutiva eleições com suspeita de fraude. A eleição de 2007 deflagrou uma onda de violência com 1,2 mil mortes. Para evitar um conflito maior, foi formado um governo de união nacional com Odinga como primeiro-ministro.
Uhuru Kenyatta foi denunciado pelo Tribunal Penal Internacional por financiar uma milícia da tribo kikuyu, que historicamente domina a política do país. Odinga é do grupo étnico luo, o mesmo do pai do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que era queniano.
Desta vez, pelo resultado oficial, Odinga, filho do primeiro vice-presidente do Quênia, obteve 43,4% dos votos. Hoje seus partidários se concentraram diante do Supremo em Nairóbi, onde havia forte presença da polícia de choque para conter possíveis reações violentas.
Na semana passada, diante das denúncias do candidato derrotado, a Justiça ordenou uma revisão em 22 das 33 mil seções eleitorais, mas não mudou o resultado final, reporta a rede de televisão americana CNN.
sexta-feira, 29 de março de 2013
Coreia do Norte prepara ataque de mísseis
Depois que dois aviões bombardeiros americanos B-2, com capacidade nuclear, sobrevoaram ontem a Coreia do Sul, o governo da Coreia do Norte colocou em prontidão suas unidades de mísseis estratégicos para um possível ataque contra os Estados Unidos e seus aliados. Mas só ameaça atacar se houver uma "grande provocação" do outro lado.
Se a participação dos bombardeiros nas manobras militares conjuntas anuais dos EUA com a Coreia do Sul fosse suficiente, os mísseis já deveriam ter partido. A Rússia criticou o aumento da "atividade militar" na Península Coreana, numa crítica às manobras.
Os EUA levam a sério a nova bravata da ditadura comunista norte-coreana. Mas não muito. Não acreditam, por exemplo, que o regime stalinista de Pionguiangue tenha a capacidade de atacar com bombas atômicas e mísseis de longo alcance. Assim, não poderia alvejar o território americano.
A Coreia do Norte blefa, mas sabe que a guerra apressaria o fim do regime, comentou o ex-secretário de Estado americano e ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, general Colin Powell.
O país tem mísseis soviéticos Scud, de curto alcance, e mísseis de médio e longo alcances não testados plenamente, observa a agência de notícias Reuters. Desde 2006, fez três explosões nucleares experimentais, mas não se sabe se tem capacidade de fazer uma bomba atômica. Com certeza, não sabe colocar uma ogiva nuclear num míssil e explodi-la com precisão e milhares de quilômetros de distância.
Enquanto a Coreia do Norte acusa os EUA de quererem "iniciar uma guerra nuclear", o maior risco é de que um pequeno incidente possa deflagrar um choque armado.
A guerra não interessa a ninguém, especialmente à China, que conta com um ambiente politicamente estável a seu redor para manter seu extraordinário crescimento econômico, não quer uma intervenção militar dos EUA na sua fronteira nem que a Coreia do Sul e especialmente o Japão desenvolvam armas nucleares.
Mas esse clima de tensão permanente na Península Coreana, um resquício da Guerra Fria, é uma carta na manga da China para negociar com os EUA. O regime comunista da China não quer a queda do vizinho e cliente norte-coreano. "É a nossa Alemanha Oriental", comentou um alto funcionário chinês.
Para a Coreia do Sul, o colapso do regime norte-coreano jogaria nas suas mãos uma "Alemanha Oriental muito mais pobre". Diante do impacto da reunificação sobre a economia da poderosa Alemanha, o governo de Seul também não quer a queda da ditadura da dinastia Kim.
Com o fim das manobras militares dos EUA e da Coreia do Sul, a esperança é que a situação na última fronteira da Guerra Fria volte à estranha normalidade de uma tensa calma, enquanto o resto do mundo decifrar o enigma de Kim Jong Un, o jovem ditador que sucedeu ao pai em dezembro de 2011 e ainda está em fase de autoafirmação.
Se a participação dos bombardeiros nas manobras militares conjuntas anuais dos EUA com a Coreia do Sul fosse suficiente, os mísseis já deveriam ter partido. A Rússia criticou o aumento da "atividade militar" na Península Coreana, numa crítica às manobras.
Os EUA levam a sério a nova bravata da ditadura comunista norte-coreana. Mas não muito. Não acreditam, por exemplo, que o regime stalinista de Pionguiangue tenha a capacidade de atacar com bombas atômicas e mísseis de longo alcance. Assim, não poderia alvejar o território americano.
A Coreia do Norte blefa, mas sabe que a guerra apressaria o fim do regime, comentou o ex-secretário de Estado americano e ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, general Colin Powell.
O país tem mísseis soviéticos Scud, de curto alcance, e mísseis de médio e longo alcances não testados plenamente, observa a agência de notícias Reuters. Desde 2006, fez três explosões nucleares experimentais, mas não se sabe se tem capacidade de fazer uma bomba atômica. Com certeza, não sabe colocar uma ogiva nuclear num míssil e explodi-la com precisão e milhares de quilômetros de distância.
Enquanto a Coreia do Norte acusa os EUA de quererem "iniciar uma guerra nuclear", o maior risco é de que um pequeno incidente possa deflagrar um choque armado.
A guerra não interessa a ninguém, especialmente à China, que conta com um ambiente politicamente estável a seu redor para manter seu extraordinário crescimento econômico, não quer uma intervenção militar dos EUA na sua fronteira nem que a Coreia do Sul e especialmente o Japão desenvolvam armas nucleares.
Mas esse clima de tensão permanente na Península Coreana, um resquício da Guerra Fria, é uma carta na manga da China para negociar com os EUA. O regime comunista da China não quer a queda do vizinho e cliente norte-coreano. "É a nossa Alemanha Oriental", comentou um alto funcionário chinês.
Para a Coreia do Sul, o colapso do regime norte-coreano jogaria nas suas mãos uma "Alemanha Oriental muito mais pobre". Diante do impacto da reunificação sobre a economia da poderosa Alemanha, o governo de Seul também não quer a queda da ditadura da dinastia Kim.
Com o fim das manobras militares dos EUA e da Coreia do Sul, a esperança é que a situação na última fronteira da Guerra Fria volte à estranha normalidade de uma tensa calma, enquanto o resto do mundo decifrar o enigma de Kim Jong Un, o jovem ditador que sucedeu ao pai em dezembro de 2011 e ainda está em fase de autoafirmação.
França não cumpre metas de dívida e déficit públicos
O déficit público da França caiu de 5,3% para 4,8% do produto interno bruto em 2012. Ficou acima da meta de 4,5% e não deve chegar em 2013 aos 3% exigidos pelo pacto fiscal adotado para sustentar o euro.
A dívida pública francesa atingiu um novo recorde de 90,2% do PIB ou 1,834 trilhão de euros, superando a previsão governamental de 89,9%. Deve chegar a 93,4% em 2013 e a 95% em 2014. noticia hoje o jornal francês Le Monde. O limite recomendado pela União Europeia é de 60%.
Os ministros das Finanças, Pierre Moscovici, e do orçamento, Bernard Cazeneuve, atribuíram essas derrapagens "à recapitalização do banco Dexia, ao orçamento europeu retificador e a um crescimento econômico mais fraco do que previsto".
Moscovici defendeu a atuação do governo socialista, cada vez mais impopular: "Se não fosse pelas medidas corretivas que tomamos desde o verão, com um crescimento nulo em 2012, o déficit seria superior a 5,5% do PIB".
A dívida pública francesa atingiu um novo recorde de 90,2% do PIB ou 1,834 trilhão de euros, superando a previsão governamental de 89,9%. Deve chegar a 93,4% em 2013 e a 95% em 2014. noticia hoje o jornal francês Le Monde. O limite recomendado pela União Europeia é de 60%.
Os ministros das Finanças, Pierre Moscovici, e do orçamento, Bernard Cazeneuve, atribuíram essas derrapagens "à recapitalização do banco Dexia, ao orçamento europeu retificador e a um crescimento econômico mais fraco do que previsto".
Moscovici defendeu a atuação do governo socialista, cada vez mais impopular: "Se não fosse pelas medidas corretivas que tomamos desde o verão, com um crescimento nulo em 2012, o déficit seria superior a 5,5% do PIB".
quinta-feira, 28 de março de 2013
Índice amplo da Bolsa de NY fecha em novo recorde
O índice amplo Standard & Poor's 500, que avalia o desempenho de 500 empresas da Bolsa de Valores de Nova York e assim é mais representativo do que o Dow Jones, que mede apenas 30 grandes companhias, bateu hoje seu recorde de fechamento, que era de 1.565,15 pontos, em 9 de outubro de 2007.
Com um ganho de 6,34 pontos ou 0,41%, o S&P 500 fechou em 1.569,19 pontos. Os dois índices recuperaram as perdas da Grande Recessão de 2008-9.
A principal razão da retomada da tendência de alta registrada nas últimas semanas foi a reação calma dos correntistas do Chipre diante da reabertura dos bancos do país, fechados há duas semanas.
Com um ganho de 6,34 pontos ou 0,41%, o S&P 500 fechou em 1.569,19 pontos. Os dois índices recuperaram as perdas da Grande Recessão de 2008-9.
A principal razão da retomada da tendência de alta registrada nas últimas semanas foi a reação calma dos correntistas do Chipre diante da reabertura dos bancos do país, fechados há duas semanas.
Empresas francesas pagarão 75% sobre altos salários
O presidente François Hollande anunciou hoje à noite na televisão que as empresas da França vão pagar o imposto de 75% a ser cobrado sobre salários de mais de um milhão de euros por ano.
No seu momento de maior impopularidade, Hollande deu entrevista à televisão France 2. Ele manteve a promessa eleitoral de sobretaxar as grandes rendas, mas teve de mudar a proposta inicial, rejeitada pelo Tribunal Constitucional, o supremo tribunal francês.
Hollande rejeitou a acusação de que não soube avaliar a gravidade da crise. Não quis assumir a responsabilidade pela situação atual. Alegou que a crise se estende além do previsto e ca,riticou as políticas de austeridade e rígida disciplina fiscal impostas pela primeira-ministra conservadora da Alemanha, Angela Merkel, mais preocupada com as eleições de setembro em seu país.
O presidente francês adverte: "Ficar na austeridade é condenar a Europa a uma explosão".
No seu momento de maior impopularidade, Hollande deu entrevista à televisão France 2. Ele manteve a promessa eleitoral de sobretaxar as grandes rendas, mas teve de mudar a proposta inicial, rejeitada pelo Tribunal Constitucional, o supremo tribunal francês.
Hollande rejeitou a acusação de que não soube avaliar a gravidade da crise. Não quis assumir a responsabilidade pela situação atual. Alegou que a crise se estende além do previsto e ca,riticou as políticas de austeridade e rígida disciplina fiscal impostas pela primeira-ministra conservadora da Alemanha, Angela Merkel, mais preocupada com as eleições de setembro em seu país.
O presidente francês adverte: "Ficar na austeridade é condenar a Europa a uma explosão".
EUA cresceram em ritmo de 0,4% ao ano no fim de 2012
Com o aumento de 13,2% nos investimentos das empresas e um avanço na exportação de serviços, o Departamento do Comércio dos Estados Unidos elevou de 0,1% para 0,4% ao ano a estimativa de crescimento da economia do país no último trimestre de 2012. Foi a menor taxa desde o primeiro trimestre de 2011.
A fraqueza foi devida à acumulação de estoques e a um corte de 22,1% nas despesas militares que não devem se repetir no primeiro trimestre de 2013. O consumo pessoal, responsável por 70% do PIB da maior economia do mundo, avançou apenas 1,8% ao ano no fim do ano passado, informa a agência Reuters.
Na Europa, tanto a França quanto o Reino Unido registraram queda de 0,3% no PIB do quarto trimestre de 2012.
A fraqueza foi devida à acumulação de estoques e a um corte de 22,1% nas despesas militares que não devem se repetir no primeiro trimestre de 2013. O consumo pessoal, responsável por 70% do PIB da maior economia do mundo, avançou apenas 1,8% ao ano no fim do ano passado, informa a agência Reuters.
Na Europa, tanto a França quanto o Reino Unido registraram queda de 0,3% no PIB do quarto trimestre de 2012.
Bombardeiros dos EUA sobrevoam a Coreia do Sul
Dois aviões bombardeiros americanos invisíveis aos radares inimigos B-2 participaram hoje de manobras militares conjuntas dos Estados Unidos com a Coreia do Sul, em resposta ao discurso belicista da Coreia do Norte, que ameaça ir à guerra embora não tenham sido observadas medidas práticas de preparação para um conflito armado.
Os bombardeiros B-2, com capacidade nuclear, saíram de Base Aérea de Whiteman, no estado de Montana, jogaram munições inertes, sem explosivos, na Coreia do Sul e voltaram para os EUA num único voo.
A missão faz parte dos exercícios militares conjuntos feitos anualmente pelos dois países, que em 2013 vão até 30 de abril, mas foi a primeira vez que a participação de bombardeiros de última geração foi anunciada publicamente.
Em Washington, altos funcionários do Departamento da Defesa disseram que o objetivo foi deixar clara a determinação dos EU diante do comportamento cada vez mais agressivo da ditadura comunista da Coreia do Norte.
O regime stalinista de Pionguiangue aumentou o tom de suas ameaças de guerra depois da aprovação de novas sanções pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em resposta à sua terceira explosão atômica experimental, realizada em 12 de fevereiro de 2013.
Desde então, o governo norte-coreano ameaçou jogar uma bomba atômica nos EUA e atacar bases americanas no Leste da Ásia. Declarou nulo o armistício que pôs fim à Guerra da Coreia em 1953 e ontem cortou a linha telefônica direta com Seul para resolver crises.
A maioria dos analistas acredita que o jovem ditador Kim Jong Un, que chegou ao poder com a morte do pai em dezembro de 2011 e estaria tentando se firmar no poder. Mas o risco de que um erro possa deflagrar uma conflagração armada aumenta muito.
Os bombardeiros B-2, com capacidade nuclear, saíram de Base Aérea de Whiteman, no estado de Montana, jogaram munições inertes, sem explosivos, na Coreia do Sul e voltaram para os EUA num único voo.
A missão faz parte dos exercícios militares conjuntos feitos anualmente pelos dois países, que em 2013 vão até 30 de abril, mas foi a primeira vez que a participação de bombardeiros de última geração foi anunciada publicamente.
Em Washington, altos funcionários do Departamento da Defesa disseram que o objetivo foi deixar clara a determinação dos EU diante do comportamento cada vez mais agressivo da ditadura comunista da Coreia do Norte.
O regime stalinista de Pionguiangue aumentou o tom de suas ameaças de guerra depois da aprovação de novas sanções pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em resposta à sua terceira explosão atômica experimental, realizada em 12 de fevereiro de 2013.
Desde então, o governo norte-coreano ameaçou jogar uma bomba atômica nos EUA e atacar bases americanas no Leste da Ásia. Declarou nulo o armistício que pôs fim à Guerra da Coreia em 1953 e ontem cortou a linha telefônica direta com Seul para resolver crises.
A maioria dos analistas acredita que o jovem ditador Kim Jong Un, que chegou ao poder com a morte do pai em dezembro de 2011 e estaria tentando se firmar no poder. Mas o risco de que um erro possa deflagrar uma conflagração armada aumenta muito.
Chipre reabre bancos com controle de capitais
O presidente do Chipre, Nicos Anastasiades, agradeceu hoje à população pelo modo ordeiro como se comportou na reabertura dos bancos do país, fechados há duas semanas e sob a ameaça de colapso. Para evitar uma corrida bancária e o saque em massa de recursos do sistema financeiro, está em vigor uma série de medidas de controle de capitais.
É a primeira vez que um país da Zona do Euro impõe controle de capitais, o que é proibido pelas regras da União Europeia (UE), que garantem a livre circulação de pessoas, mercadorias, serviços e capitais entre seus 27 países-membros.
As retiradas estão limitadas a 300 euros por dia (R$ 774). Os gastos com cartão de crédito ou débito não podem superar 5 mil euros por mês (R$ 12,9 mil) e quantia que pode ser levada em viagens ao exterior vai até 3 mil euros (R$ 7,74 mil). As transferências eletrônicas internacionais estão proibidas. Os bancos podem receber cheques, mas não podem compensá-los.
Agora, a expectativa do governo é que 10% dos 68 bilhões de euros depositados no sistema bancário sejam sacados nos próximos dez dias.
É a primeira vez que um país da Zona do Euro impõe controle de capitais, o que é proibido pelas regras da União Europeia (UE), que garantem a livre circulação de pessoas, mercadorias, serviços e capitais entre seus 27 países-membros.
As retiradas estão limitadas a 300 euros por dia (R$ 774). Os gastos com cartão de crédito ou débito não podem superar 5 mil euros por mês (R$ 12,9 mil) e quantia que pode ser levada em viagens ao exterior vai até 3 mil euros (R$ 7,74 mil). As transferências eletrônicas internacionais estão proibidas. Os bancos podem receber cheques, mas não podem compensá-los.
Agora, a expectativa do governo é que 10% dos 68 bilhões de euros depositados no sistema bancário sejam sacados nos próximos dez dias.
quarta-feira, 27 de março de 2013
BRICS criam fundo de emergência contra crises
No primeiro resultado concreto desde sua associação, em 2006, o fórum de grandes países emergentes chamado de BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) decidiu em reunião de cúpula realizada em Duban, na África do Sul, criar um fundo de emergência de US$ 100 bilhões para situações de crise alternativo ao Fundo Monetário Internacional (FMI), dominado pelos Estados Unidos e a Europa.
A China, o mais rico dos BRICS, contribuirá com US$ 41 bilhões, o Brasil, a Índia e a Rússia com US$ 18 bilhões cada, e a África do Sul, prima pobre que entrou pela janela num agrado à África, com apenas US$ 5 bilhões.
Outra proposta, de criação de um banco de desenvolvimento, foi acertada, mas não há prazo para sua criação. A questão será examinada em detalhes pelos países.
O grupo surgiu de um relatório interno do banco de investimentos Goldman Sachs, um dos vilões da crise financeira internacional de 2008. Em 2001, o economista britânico Jim O'Neill previu que quatro grandes países emergentes, Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC) seriam os maiores responsáveis pelo crescimento da economia mundial até 2050, quando seriam grandes potências ao lado dos EUA, da Europa e do Japão.
Em inglês, brick quer dizer tijolo. Os BRICs seriam os tijolos da construção da economia mundial do século 21. A África do Sul entrou para dar uma satisfação à África, que se considera vítima do neocolonialismo chinês. Pelo critério de potencial de crescimento, o quinto bric deveria ser a Indonésia.
A China, o mais rico dos BRICS, contribuirá com US$ 41 bilhões, o Brasil, a Índia e a Rússia com US$ 18 bilhões cada, e a África do Sul, prima pobre que entrou pela janela num agrado à África, com apenas US$ 5 bilhões.
Outra proposta, de criação de um banco de desenvolvimento, foi acertada, mas não há prazo para sua criação. A questão será examinada em detalhes pelos países.
O grupo surgiu de um relatório interno do banco de investimentos Goldman Sachs, um dos vilões da crise financeira internacional de 2008. Em 2001, o economista britânico Jim O'Neill previu que quatro grandes países emergentes, Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC) seriam os maiores responsáveis pelo crescimento da economia mundial até 2050, quando seriam grandes potências ao lado dos EUA, da Europa e do Japão.
Em inglês, brick quer dizer tijolo. Os BRICs seriam os tijolos da construção da economia mundial do século 21. A África do Sul entrou para dar uma satisfação à África, que se considera vítima do neocolonialismo chinês. Pelo critério de potencial de crescimento, o quinto bric deveria ser a Indonésia.
Brasileiro assume comando da força da ONU no Haiti
O general-de-divisão brasileiro Edson Leal Pujol assumiu hoje o comando da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah). Ele substitui outro brasileiro, o general-de-brigada Fernando Rodriguez Goulart, que teve o profissionalismo e a liderança elogiados pelos secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon.
Pujol entrou para o Exército em 1971, formou-se oficial da cavalaria em 1977. Como general-de-brigada, comandou a partir de 2007 a 1ª Brigada de Cavalaria Blindada. Em 2009, foi nomeado comandante da Academia Militar das Agulhas Negras. Depois da promoção a general-de-divisão, em 2011, ele assumiu a chefia do Centro de Inteligência do Exército.
A Minustah foi criada pelo Conselho de Segurança da ONU em 30 de abril de 2004, depois da queda e fuga do país do presidente Jean-Bertrand Aristide, em fevereiro daquele ano.
Pujol entrou para o Exército em 1971, formou-se oficial da cavalaria em 1977. Como general-de-brigada, comandou a partir de 2007 a 1ª Brigada de Cavalaria Blindada. Em 2009, foi nomeado comandante da Academia Militar das Agulhas Negras. Depois da promoção a general-de-divisão, em 2011, ele assumiu a chefia do Centro de Inteligência do Exército.
A Minustah foi criada pelo Conselho de Segurança da ONU em 30 de abril de 2004, depois da queda e fuga do país do presidente Jean-Bertrand Aristide, em fevereiro daquele ano.
FMI questiona subsídio trilionário ao setor de energia
A eletricidade, os combustíveis e outras formas de energia recebem por ano subsídios governamentais de US$ 1,9 trilhão que distorcem os preços e dificultam o combate ao aquecimento global, e devem ser substituídos por impostos sobre carbono e outras medidas contra o agravamento do efeito estufa, conclui um estudo divulgado hoje pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Só para combater a poluição e a mudança do clima, nos Estados Unidos, calcula o jornal The Washington Post, isto exigiria a cobrança de um imposto adicional de US$ 0,37 por litro de gasolina e impostos que chegariam a US$ 1.170 em média por pessoa anualmente.
Como a economia é um custo básico de qualquer atividade humana, todos os governos tentam baixar seu preço para reduzir o custo de vida para os cidadãos e o de produção para as empresas. O Fundo adverte que não dá mais para ignorar o que os ecologistas chamam de "externalidades", como a destruição da natureza e a poluição.
Além de causar distorções como o consumismo, o subsídio à energia reduz a arrecadação de impostos necessários para investimentos em infraestrutura, educação e saúde, que são as bases para o desenvolvimento sustentável.
"Esses subsídios beneficiam mais quem têm três carros e quatro aparelhos de ar condicionado do que os pobres", argumentou David Lipton 1º-subdiretor-geral do FMI.
Só para combater a poluição e a mudança do clima, nos Estados Unidos, calcula o jornal The Washington Post, isto exigiria a cobrança de um imposto adicional de US$ 0,37 por litro de gasolina e impostos que chegariam a US$ 1.170 em média por pessoa anualmente.
Como a economia é um custo básico de qualquer atividade humana, todos os governos tentam baixar seu preço para reduzir o custo de vida para os cidadãos e o de produção para as empresas. O Fundo adverte que não dá mais para ignorar o que os ecologistas chamam de "externalidades", como a destruição da natureza e a poluição.
Além de causar distorções como o consumismo, o subsídio à energia reduz a arrecadação de impostos necessários para investimentos em infraestrutura, educação e saúde, que são as bases para o desenvolvimento sustentável.
"Esses subsídios beneficiam mais quem têm três carros e quatro aparelhos de ar condicionado do que os pobres", argumentou David Lipton 1º-subdiretor-geral do FMI.
República Centro-Africana repete história de golpes
Desde que a República Centro-Africana se tornou independente da França, em 1960, nenhum presidente transferiu o poder pacificamente a um sucessor eleito democraticamente. O ditador Jean-Bedel Bokassa chegou a se declarar imperador. Foi coroado Bokassa I em 1977 numa cerimônia inspirada por Napoleão.
A queda do presidente François Bozizé, derrubado por uma ofensiva rebelde do grupo Seleka (Aliança) é mais um capítulo repetitivo na história de um país "pobre em infraestrutura, mas rico em diamantes e golpes de Estado", como definiu o jornal Cameroon Tribune, da vizinha República dos Camarões.
Se desta vez a tomada do poder foi menos sangrenta, os habitantes da capital, Bangui, temem represálias e as organizações de ajuda humanitária denunciam assassinatos, violações e saques.
Apesar da promessa do líder rebelde Michel Djotodia de formar um governo de união nacional e de não lançar uma "caça às bruxas", o novo regime pode ser ainda mais autoritário, teme o professor Andreas Mehler, do Instituto Alemão de Estudos Globais.
"É possível uma política menos inclusive, sobretudo em relação aos muçulmanos", adverte Mehler em entrevista à televisão árabe especializada em notícias Al Jazira. "Pelo menos alguns componentes da aliança rebelde têm essa proposta".
Com ironia, o jornal digital Slate Africa diz que, "por ora, a ditadura da Seleka vai bem", lembrando que Djotodia pretende governar por decreto até convocar eleições "dentro de dois a três anos".
Enquanto o presidente deposto e a família se refugiam na República Democrática do Congo, são aos 4,5 milhões de habitantes da República Centro-Africana que vão pagar o preço da forte instabilidade política e da ditadura.
Como nota o jornal Le Pays, de Burkina Fasso, os golpes de Estado não podem trazer nenhuma solução para os problemas que afligem a África: "A sociedade centro-africana é uma sociedade onde os indivíduos, de maneira hobbesiana, vivem numa guerra permanente".
A queda do presidente François Bozizé, derrubado por uma ofensiva rebelde do grupo Seleka (Aliança) é mais um capítulo repetitivo na história de um país "pobre em infraestrutura, mas rico em diamantes e golpes de Estado", como definiu o jornal Cameroon Tribune, da vizinha República dos Camarões.
Se desta vez a tomada do poder foi menos sangrenta, os habitantes da capital, Bangui, temem represálias e as organizações de ajuda humanitária denunciam assassinatos, violações e saques.
Apesar da promessa do líder rebelde Michel Djotodia de formar um governo de união nacional e de não lançar uma "caça às bruxas", o novo regime pode ser ainda mais autoritário, teme o professor Andreas Mehler, do Instituto Alemão de Estudos Globais.
"É possível uma política menos inclusive, sobretudo em relação aos muçulmanos", adverte Mehler em entrevista à televisão árabe especializada em notícias Al Jazira. "Pelo menos alguns componentes da aliança rebelde têm essa proposta".
Com ironia, o jornal digital Slate Africa diz que, "por ora, a ditadura da Seleka vai bem", lembrando que Djotodia pretende governar por decreto até convocar eleições "dentro de dois a três anos".
Enquanto o presidente deposto e a família se refugiam na República Democrática do Congo, são aos 4,5 milhões de habitantes da República Centro-Africana que vão pagar o preço da forte instabilidade política e da ditadura.
Como nota o jornal Le Pays, de Burkina Fasso, os golpes de Estado não podem trazer nenhuma solução para os problemas que afligem a África: "A sociedade centro-africana é uma sociedade onde os indivíduos, de maneira hobbesiana, vivem numa guerra permanente".
ONU quer missão de paz de 11 mil homens no Mali
As Nações Unidas deveriam enviar uma missão de paz de 11,2 mil homens ao Mali acompanhada de uma "força paralela" para combater o terrorismo, afirma um relatório enviado ao secretário-geral Ban Ki Moon divulgado ontem.
"Tendo em vista o nível e a natureza da ameaça residual, será absolutamente necessária uma força paralela operando no Mali ao lado da missão da ONU a fim de realizar operações importantes de combate e antiterrorismo" que poderiam se estender pela região do Sahel, recomenda o relatório.
Para o jornal francês Le Monde, isso indica o interesse da ONU na manutenção de pelo menos parte das tropas francesas que intervêm no Mali desde 11 de janeiro de 2013.
A situação no país africano abalado por uma rebelião de minoria étnica tuaregue no Norte se agravou depois de um golpe militar na capital, Bamako, que fica no Sul, em protesto contra a falta de recursos para enfrentar a guerra civil.
Com o colapso do governo em Bamako, o Movimento Nacional de Libertação de Azawade, da minoria tuaregue, ocupou o Norte do Máli com o apoio de grupos extremistas muçulmanos como o braço da rede terrorista Al Caeda no Magreb Islâmico.
Quando rebeldes e jihadistas lançaram uma ofensiva contra o Sul do Mali, a França entrou na guerra.
"Tendo em vista o nível e a natureza da ameaça residual, será absolutamente necessária uma força paralela operando no Mali ao lado da missão da ONU a fim de realizar operações importantes de combate e antiterrorismo" que poderiam se estender pela região do Sahel, recomenda o relatório.
Para o jornal francês Le Monde, isso indica o interesse da ONU na manutenção de pelo menos parte das tropas francesas que intervêm no Mali desde 11 de janeiro de 2013.
A situação no país africano abalado por uma rebelião de minoria étnica tuaregue no Norte se agravou depois de um golpe militar na capital, Bamako, que fica no Sul, em protesto contra a falta de recursos para enfrentar a guerra civil.
Com o colapso do governo em Bamako, o Movimento Nacional de Libertação de Azawade, da minoria tuaregue, ocupou o Norte do Máli com o apoio de grupos extremistas muçulmanos como o braço da rede terrorista Al Caeda no Magreb Islâmico.
Quando rebeldes e jihadistas lançaram uma ofensiva contra o Sul do Mali, a França entrou na guerra.
terça-feira, 26 de março de 2013
Total de desempregados na França está perto do recorde
Com mais 18,4 mil demissões em fevereiro de 2013, o total de desempregados na França chegou a 3.187.700 e está a apenas 7,8 mil do recorde registrado em janeiro de 1997. Se forem contados os trabalhadores em meio turno, sem contrato de trabalho, o total passa de 5 milhões.
Apesar dos dados negativos, o presidente François Hollande mantém sua promessa eleitoral de inverter essa tendência em 2013. O primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault apelou às empresas, aos governos locais e às entidades para que usem os instrumentos criados pelo governo como contratos especiais para jovens e créditos fiscais para aumentar a competitividade.
"É urgente uma ruptura com a política desastrosa dos últimos dez meses", reagiu o presidente da União por um Movimento Popular (UMP), Jean-François Copé, numa referência ao período de governo do Partido Socialista.
Apesar dos dados negativos, o presidente François Hollande mantém sua promessa eleitoral de inverter essa tendência em 2013. O primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault apelou às empresas, aos governos locais e às entidades para que usem os instrumentos criados pelo governo como contratos especiais para jovens e créditos fiscais para aumentar a competitividade.
"É urgente uma ruptura com a política desastrosa dos últimos dez meses", reagiu o presidente da União por um Movimento Popular (UMP), Jean-François Copé, numa referência ao período de governo do Partido Socialista.
Comissão Europeia aprova entrada da Croácia na UE
A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, considerou hoje a Croácia apta a aderir ao bloco na data prevista, 1º de julho, mas prometeu ficar atenta a questões como crime e corrupção.
Depois de dez anos de negociações, "a Croácia preencheu todas as condições para a adesão", anunciou o comissário para ampliação da UE, Stefan Fuele. "Acredito que seja um excelente exemplo para outros países-candidatos".
Será o 28º país-membro e o primeiro a entrar na UE depois da Bulgária e da Romênia, admitidas em 2007. Outros candidatos da região dos Bálcãs - Albânia, Bósnia-Herzegovina, Kossovo, Macedônia, Montenegro e Sérvia - ainda precisam entrar na fase das negociações substantivas, que exigem adaptação às regras do bloco, informa a agência de notícias Reuters.
Depois de dez anos de negociações, "a Croácia preencheu todas as condições para a adesão", anunciou o comissário para ampliação da UE, Stefan Fuele. "Acredito que seja um excelente exemplo para outros países-candidatos".
Será o 28º país-membro e o primeiro a entrar na UE depois da Bulgária e da Romênia, admitidas em 2007. Outros candidatos da região dos Bálcãs - Albânia, Bósnia-Herzegovina, Kossovo, Macedônia, Montenegro e Sérvia - ainda precisam entrar na fase das negociações substantivas, que exigem adaptação às regras do bloco, informa a agência de notícias Reuters.
Coreia do Norte ordena prontidão para atacar os EUA
A Coreia do Norte ordenou a mobilização de seus foguetes estratégicos e unidades de artilharia de longo alcance para um possível ataque contra bases militares dos Estados Unidos na ilha de Guam, no Havaí e no território americano, depois que aviões bombardeiros dos EUA sobrevoaram seu território.
Com a ordem do "supremo comando estratégico", a ditadura comunista de Pionguiangue eleva o tom de suas ameaças ao nível mais alto desde o início da manobras militares conjuntas entre os EUA e a Coreia do Sul no começo do mês.
Ao sul do paralelo 38º Norte, que divide a Península Coreana desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o governo sul-coreano não detectou nenhuma ameaça real do inimigo histórico, observa a agência de notícias Reuters.
O regime norte-coreano já realizou três explosões atômicas experimentais e ameaçou os EUA com um ataque nuclear, mas os especialistas não acreditam que o país tenha condições de empacotar uma bomba e colocá-la num míssil capaz de longo alcance.
Com a ordem do "supremo comando estratégico", a ditadura comunista de Pionguiangue eleva o tom de suas ameaças ao nível mais alto desde o início da manobras militares conjuntas entre os EUA e a Coreia do Sul no começo do mês.
Ao sul do paralelo 38º Norte, que divide a Península Coreana desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o governo sul-coreano não detectou nenhuma ameaça real do inimigo histórico, observa a agência de notícias Reuters.
O regime norte-coreano já realizou três explosões atômicas experimentais e ameaçou os EUA com um ataque nuclear, mas os especialistas não acreditam que o país tenha condições de empacotar uma bomba e colocá-la num míssil capaz de longo alcance.
Europa faz campanha contra discurso do ódio na rede
O Conselho da Europa, que reúne 47 países do continente, lançou na sexta-feira passada uma campanha contra discursos que pregam o ódio na Internet, valendo-se do relativo anonimato da rede mundial de computadores para desumanizar adversários e atacar seus direitos fundamentais.
O Movimento contra o Discurso do Ódio visa a conscientizar e mobilizar os jovens, criando um observatório para que os usuários denunciem discursos racistas, homofóbicos e perseguições individuais. Uma conta foi aberta no Twitter para promover a campanha.
O Movimento contra o Discurso do Ódio visa a conscientizar e mobilizar os jovens, criando um observatório para que os usuários denunciem discursos racistas, homofóbicos e perseguições individuais. Uma conta foi aberta no Twitter para promover a campanha.
segunda-feira, 25 de março de 2013
Berezovsky pode ter se enforcado
Os médicos-legistas que examinaram o cadáver do magnata russo Boris Berezovsky, encontrado morto sábado de manhã aos 67 anos em sua casa perto de Londres, na Inglaterra, declararam que os indícios são "consistentes com enforcamento", sem sinais de luta violenta, informou nesta segunda-feira a polícia britânica, a Scotland Yard.
O mais colorido dos oligarcas que dominaram a economia da Rússia logo após o fim da União Soviética estava triste e deprimido. Pode ter se matado. A polícia britânica ainda vai fazer exames histológicos e toxicológicos que podem durar semanas. Mas a maior suspeita no momento é de suicídio.
Professor de matemática e analista de sistemas, Berezovsky se beneficiou das privatizações do governo Boris Yeltsin. Comprou a companhia aérea Aeroflot, uma empresa de petróleo da Sibéria e uma televisão que usou para fazer política, garantindo a reeleição de Yeltsin em 1996 e promovendo a ascensão de Putin em 1999 e 2000.
No poder, Putin, um ex-oficial obscuro da tenebrosa polícia política soviética KGB, passou a atacar os oligarcas para reestatizar parte da economia, especialmente o setor energético, e aumentar sua popularidade.
Berezovsky se autoexilou em Londres, enquanto o burocrata sombrio que sua TV construiu já é o homem que ficou mais tempo no poder na Rússia pós-czarista depois de Josef Stalin.
O mais colorido dos oligarcas que dominaram a economia da Rússia logo após o fim da União Soviética estava triste e deprimido. Pode ter se matado. A polícia britânica ainda vai fazer exames histológicos e toxicológicos que podem durar semanas. Mas a maior suspeita no momento é de suicídio.
Professor de matemática e analista de sistemas, Berezovsky se beneficiou das privatizações do governo Boris Yeltsin. Comprou a companhia aérea Aeroflot, uma empresa de petróleo da Sibéria e uma televisão que usou para fazer política, garantindo a reeleição de Yeltsin em 1996 e promovendo a ascensão de Putin em 1999 e 2000.
No poder, Putin, um ex-oficial obscuro da tenebrosa polícia política soviética KGB, passou a atacar os oligarcas para reestatizar parte da economia, especialmente o setor energético, e aumentar sua popularidade.
Berezovsky se autoexilou em Londres, enquanto o burocrata sombrio que sua TV construiu já é o homem que ficou mais tempo no poder na Rússia pós-czarista depois de Josef Stalin.
ONU retirada metade do pessoal estrangeiro da Síria
Diante do aumento dos combates na capital, Damasco, as Nações Unidas anunciaram hoje que estão retirando a metade de seus cerca de 100 funcionários estrangeiros em ação na Síria. A maioria será realocada temporariamente no Líbano e no Egito. Os funcionários sírios foram aconselhados a trabalhar em casa.
"Ontem e hoje, vários obuses caíram perto do hotel onde o pessoal da ONU está hospedado em Damasco", justificou o porta-voz Martin Nesirky. "Alguns veículos da ONU foram atingidos. A equipe de segurança da missão avaliou a situação e decidiu reduzir temporariamente a presença de pessoal estrangeiro em Damasco por causa das condições de segurança".
O porta-voz alegou que "essas medidas estão sendo tomadas somente por razões de segurança. A ONU continua ativa e comprometida com a busca de uma solução política para o conflito sírio. A ONU vai manter dentro da Síria o pessoal e sua capacidade para distribuir uma ajuda humanitária crítica para civis em necessidade. Esta é a prioridade da ONU".
"Ontem e hoje, vários obuses caíram perto do hotel onde o pessoal da ONU está hospedado em Damasco", justificou o porta-voz Martin Nesirky. "Alguns veículos da ONU foram atingidos. A equipe de segurança da missão avaliou a situação e decidiu reduzir temporariamente a presença de pessoal estrangeiro em Damasco por causa das condições de segurança".
O porta-voz alegou que "essas medidas estão sendo tomadas somente por razões de segurança. A ONU continua ativa e comprometida com a busca de uma solução política para o conflito sírio. A ONU vai manter dentro da Síria o pessoal e sua capacidade para distribuir uma ajuda humanitária crítica para civis em necessidade. Esta é a prioridade da ONU".
União Africana suspende República Centro-Africana
A União Africana decidiu hoje suspender a participação da República Centro-Africana e impor sanções ao país em retaliação aos rebeldes que tomaram o poder ontem em Bangui depois da fuga do ditador François Bozizé e sua família para a República Democrática do Congo, informa o jornal francês Le Monde.
O líder rebelde, Michel Djotodia, anulou a Constituição, dissolveu as instituições do país e prometeu realizar eleições "dentro de dois a três anos".
O líder rebelde, Michel Djotodia, anulou a Constituição, dissolveu as instituições do país e prometeu realizar eleições "dentro de dois a três anos".
Líder rebelde se declara presidente centro-africano
O líder do grupo rebelde Seleka (Aliança), Michel Djotodia, que tomou ontem a capital da República Centro-Africana depois da fuga do ditador François Bozizé, se declarou presidente e prometeu formar um governo amplo.
As Nações Unidas e a União Africana condenaram a tomada violenta do poder. Os Estados Unidos, a França e o Chade pediram respeito ao acordo de paz negociado em janeiro em Libreville, a capital do Gabão.
"Respeitamos o acordo de Libreville", declarou Eric Massi, porta-voz dos rebeldes, por telefone, prometendo uma "transição política de dois a três anos antes de eleições. O atual primeiro-ministro fica no cargo e o ministério será levemente reformado".
Bangui, a capital do país, estava em relativa calma na manhã desta segunda-feira, depois de uma onda de saques no domingo.
A Seleka, uma aliança de cinco grupos rebeldes, lançou sua ofensiva na quinta-feira, depois de acusar o governo de ignorar o acordo fechado em janeiro. Pelo menos nove soldados sul-africanos de uma força de paz foram mortos, reporta a agência Reuters.
As Nações Unidas e a União Africana condenaram a tomada violenta do poder. Os Estados Unidos, a França e o Chade pediram respeito ao acordo de paz negociado em janeiro em Libreville, a capital do Gabão.
"Respeitamos o acordo de Libreville", declarou Eric Massi, porta-voz dos rebeldes, por telefone, prometendo uma "transição política de dois a três anos antes de eleições. O atual primeiro-ministro fica no cargo e o ministério será levemente reformado".
Bangui, a capital do país, estava em relativa calma na manhã desta segunda-feira, depois de uma onda de saques no domingo.
A Seleka, uma aliança de cinco grupos rebeldes, lançou sua ofensiva na quinta-feira, depois de acusar o governo de ignorar o acordo fechado em janeiro. Pelo menos nove soldados sul-africanos de uma força de paz foram mortos, reporta a agência Reuters.
Chipre fecha acordo com Eurozona para salvar bancos
Depois de 12 horas de negociações tensas, os ministros das Finanças da Zona do Euro e o governo do Chipre chegaram a um acordo na madrugada de hoje para salvar o sistema financeiro da ilha, que está à beira do colapso, com um empréstimo de emergência de 10 bilhões de euros. O governo cipriota terá de levantar 5,8 bilhões como sua contribuição para o resgate.
"Todos os depósitos até 100 mil euros estão garantidos" e não serão submetidos a impostos ou confiscos, assegurou a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, ao explicar os termos do acordo. "O saneamento financeiro vai se concentrar em dois bancos". Quem tiver dinheiro não segurado nestes dois bancos estará sujeito a perdas.
Com o acordo, o Banco Central Europeu vai manter sua linhas de crédito de emergência para os bancos cipriotas, que seriam suspensas nesta segunda-feira no caso contrário, levando Chipre à falência.
Os bancos cipriotas reabrem amanhã depois de dez dias de feriados bancários. Para evitar uma corrida bancária os saques em caixas automáticos estão limitados a cem euros
Durante as negociações, o presidente Nicos Anatasiades ameaçou retirar o país da união monetária europeia, para tentar proteger os grandes depositantes. Não conseguiu.
Cerca de 4,2 bilhões de euros de depósitos não segurados do Banco Laiki, o segundo maior do Chipre e o mais problemático, que será fechado, serão transferidos para um "banco ruim". Isso significa que podem ser considerados perdidos. Os ativos bons serão transferidos para o Banco do Chipre.
A última exigência do governo cipriota foi a sobrevivência do Banco do Chipre, o maior do país, mas o dinheiro do empréstimo de emergência não poderá ser usado para salvá-lo.
O governo vai decidir quanto terá de cobrar de impostos sobre os depósitos não garantidos pela UE, acima de 100 mil euros, para levantar sua parcela do plano de salvação financeira do Chipre e recapitalizar o banco de acordo com as novas regras do bloco europeu. Os analistas estimam que possa chegar a 40%.
No pacote anterior, rejeitado nas ruas e no Parlamento do Chipre, as contas acima de 100 mil serão taxadas em 9,9% e abaixo disso em 6,75%, o que provocou revolta por contrariar o princípio de que depósitos até cem mil euros estão garantidos.
"Todos os depósitos até 100 mil euros estão garantidos" e não serão submetidos a impostos ou confiscos, assegurou a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, ao explicar os termos do acordo. "O saneamento financeiro vai se concentrar em dois bancos". Quem tiver dinheiro não segurado nestes dois bancos estará sujeito a perdas.
Com o acordo, o Banco Central Europeu vai manter sua linhas de crédito de emergência para os bancos cipriotas, que seriam suspensas nesta segunda-feira no caso contrário, levando Chipre à falência.
Os bancos cipriotas reabrem amanhã depois de dez dias de feriados bancários. Para evitar uma corrida bancária os saques em caixas automáticos estão limitados a cem euros
Durante as negociações, o presidente Nicos Anatasiades ameaçou retirar o país da união monetária europeia, para tentar proteger os grandes depositantes. Não conseguiu.
Cerca de 4,2 bilhões de euros de depósitos não segurados do Banco Laiki, o segundo maior do Chipre e o mais problemático, que será fechado, serão transferidos para um "banco ruim". Isso significa que podem ser considerados perdidos. Os ativos bons serão transferidos para o Banco do Chipre.
A última exigência do governo cipriota foi a sobrevivência do Banco do Chipre, o maior do país, mas o dinheiro do empréstimo de emergência não poderá ser usado para salvá-lo.
O governo vai decidir quanto terá de cobrar de impostos sobre os depósitos não garantidos pela UE, acima de 100 mil euros, para levantar sua parcela do plano de salvação financeira do Chipre e recapitalizar o banco de acordo com as novas regras do bloco europeu. Os analistas estimam que possa chegar a 40%.
No pacote anterior, rejeitado nas ruas e no Parlamento do Chipre, as contas acima de 100 mil serão taxadas em 9,9% e abaixo disso em 6,75%, o que provocou revolta por contrariar o princípio de que depósitos até cem mil euros estão garantidos.
domingo, 24 de março de 2013
Rebeldes derrubam governo da República Centro-Africana
Um grupo rebelde tomou o poder hoje na República Centro-Africana, com a fuga do presidente François Bozizé e de sua família para a República Democrática do Congo, enquanto o comércio da capital, Bangui, está sendo saqueado.
A Seleka (Aliança, na língua sango) reúne a União das Forças Democráticas pela Unidade, a União das Forças Republicanas e a Convenção dos Patriotas por Justiça e Paz. Em 2007, esses três grupos fizeram um acordo com o governo para integrar seus milicianos ao Exército. No ano passado, uma parte desertou a voltou à luta armada.
O rebelião foi reiniciada em dezembro. Depois de negociações, os rebeldes aderiram ao governo em janeiro. Eles acusavam o presidente de quebrar o acordo ao não libertar os presos políticos do país.
Para a BBC Africa, o presidente Bozizé enfraqueceu o Exército por medo de ser derrubado depois de tomar o poder num golpe de Estado em 2003.
Desde a independência da França, em 1960, a República Centro-Africana passou por uma série de golpes e rebeliões. Fui até império sob a ditadura de Jean-Bedel Bokassa (1965-79), reabilitado em 2010 por Bozize.
A Seleka (Aliança, na língua sango) reúne a União das Forças Democráticas pela Unidade, a União das Forças Republicanas e a Convenção dos Patriotas por Justiça e Paz. Em 2007, esses três grupos fizeram um acordo com o governo para integrar seus milicianos ao Exército. No ano passado, uma parte desertou a voltou à luta armada.
O rebelião foi reiniciada em dezembro. Depois de negociações, os rebeldes aderiram ao governo em janeiro. Eles acusavam o presidente de quebrar o acordo ao não libertar os presos políticos do país.
Para a BBC Africa, o presidente Bozizé enfraqueceu o Exército por medo de ser derrubado depois de tomar o poder num golpe de Estado em 2003.
Desde a independência da França, em 1960, a República Centro-Africana passou por uma série de golpes e rebeliões. Fui até império sob a ditadura de Jean-Bedel Bokassa (1965-79), reabilitado em 2010 por Bozize.
Chipre tem hoje para salvar sistema financeiro
O presidente do Chipre está fazendo uma reunião de última hora com os ministros de Finanças da União Europeia na busca de uma salvação para o sistema financeiro do país, que acumula dívidas de 18 bilhões de euros, acima do produto interno bruto, de cerca de 14 bilhões de euros.
Como o Chipre tem apenas 1 milhão de habitantes e seu sistema financeiro tem 68 bilhões de euros, alguns países da Europa, especialmente a Alemanha, exigem uma ampla reforma. O país é uma das praças financeiras favoritas dos russos, que têm cerca de 31 bilhões nos bancos cipriotas.
Em ano eleitoral na Alemanha, o contribuinte alemão não quer usar sua poupança para salvar os negócios ilícitos das máfias russas. Por isso, a UE e o Fundo Monetário Internacional exigem que o Chipre levante 5,8 bilhões de euros para receber uma ajuda de emergência de 10 bilhões.
Na primeira tentativa, o acordo previa a cobrança de um imposto único de 9,9% sobre contas bancárias com mais de 100 mil euros e de 6,75% abaixo disso. Esse confisco inesperado foi o problema.
Desde o início da crise, a UE prometia garantir os depósitos populares até 100 mil euros. De repente, voltava atrás causando uma onda de incerteza capaz de assustar depositantes de outros países em crise como Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha.
O acordo foi rejeitado nas ruas e no Parlamento do Chipre. A luta agora é para fechar um acordo alternativo ainda hoje. Sem acordo, a partir de amanhã, o Banco Central Europeu para de dar as garantias necessárias para o sistema financeiro cipriota continuar operando.
Caso contrário, o Chipre vai quebrar e será forçado a deixar a união monetária europeia, abrindo um perigoso precedente depois do esforço extraordinário para evitar a saída da Grécia da Zona do Euro. O Chipre tem uma economia muito menor, de 0,2% do total da UE, mas a credibilidade do euro se assenta sob a convicção de que a moeda comum europeia veio para ficar.
"Será uma longa noite", previu um ministro de Finanças da UE.
Como o Chipre tem apenas 1 milhão de habitantes e seu sistema financeiro tem 68 bilhões de euros, alguns países da Europa, especialmente a Alemanha, exigem uma ampla reforma. O país é uma das praças financeiras favoritas dos russos, que têm cerca de 31 bilhões nos bancos cipriotas.
Em ano eleitoral na Alemanha, o contribuinte alemão não quer usar sua poupança para salvar os negócios ilícitos das máfias russas. Por isso, a UE e o Fundo Monetário Internacional exigem que o Chipre levante 5,8 bilhões de euros para receber uma ajuda de emergência de 10 bilhões.
Na primeira tentativa, o acordo previa a cobrança de um imposto único de 9,9% sobre contas bancárias com mais de 100 mil euros e de 6,75% abaixo disso. Esse confisco inesperado foi o problema.
Desde o início da crise, a UE prometia garantir os depósitos populares até 100 mil euros. De repente, voltava atrás causando uma onda de incerteza capaz de assustar depositantes de outros países em crise como Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha.
O acordo foi rejeitado nas ruas e no Parlamento do Chipre. A luta agora é para fechar um acordo alternativo ainda hoje. Sem acordo, a partir de amanhã, o Banco Central Europeu para de dar as garantias necessárias para o sistema financeiro cipriota continuar operando.
Caso contrário, o Chipre vai quebrar e será forçado a deixar a união monetária europeia, abrindo um perigoso precedente depois do esforço extraordinário para evitar a saída da Grécia da Zona do Euro. O Chipre tem uma economia muito menor, de 0,2% do total da UE, mas a credibilidade do euro se assenta sob a convicção de que a moeda comum europeia veio para ficar.
"Será uma longa noite", previu um ministro de Finanças da UE.
Israel dispara míssil e destrói posto de fronteira sírio
As Forças de Defesa de Israel (FDI) bombardearam e destruíram neste domingo com um míssil Tammuz um posto militar de fronteira da Síria em Tal Fares, de onde afirmam que ontem e hoje foram disparados tiros contra as Colinas do Golã, um território sírio ocupado por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e anexado ilegalmente, em 1981. Dois soldados sírios foram feridos.
Em quase 40 anos desde a Guerra do Yom Kippur, a fronteira sírio-israelense sempre permaneceu praticamente tranquila. Israel redobrou a atenção nos últimos dois anos por causa da revolta popular e da guerra civil contra a ditadura de Bachar Assad, temendo que um regime árabe acuado ataque o inimigo histórico.
Ontem à noite, um jipe do Exército de Israel foi atacado por uma rajada de metralhadora quando fazia uma patrulha de rotina nas Colinas do Golã. Hoje de manhã, houve outro ataque parecido na mesma área, reporta o jornal liberal israelense Haaretz.
O ministro da Defesa, Moshe Yaalon, prometeu tolerância zero para esse tipo de ataque: "Deploramos o ataque a tiros contra as FDI em território israelense. Em resposta, as FDI retaliaram, de acordo com a política expressamente adotada pelo governo de Israel: qualquer ruptura da soberania israelense pelo lado da Síria vai precipitar imediatamente a supressão das fontes dos disparos", declarou o ministro em nota reproduzida no jornal conservador The Times of Israel.
Aparentemente, os disparos partiram do Exército da Síria e não dos rebeldes, que incluem grupos extremistas muçulmanos ligados à rede terrorista Al Caeda. Não está claro se os alvos eram as patrulhas de Israel. "Acreditamos que não eram balas perdidas", comentou o porta-voz militar israelense Peter Lerner.
No Twitter, um porta-voz do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Ofil Gendelman, disse que as forças israelenses "destruíram um ninho de metralhadoras que nas últimas 24 horas tinha atirado duas vezes contra patrulhas israelenses que protegiam a fronteira".
Em quase 40 anos desde a Guerra do Yom Kippur, a fronteira sírio-israelense sempre permaneceu praticamente tranquila. Israel redobrou a atenção nos últimos dois anos por causa da revolta popular e da guerra civil contra a ditadura de Bachar Assad, temendo que um regime árabe acuado ataque o inimigo histórico.
Ontem à noite, um jipe do Exército de Israel foi atacado por uma rajada de metralhadora quando fazia uma patrulha de rotina nas Colinas do Golã. Hoje de manhã, houve outro ataque parecido na mesma área, reporta o jornal liberal israelense Haaretz.
O ministro da Defesa, Moshe Yaalon, prometeu tolerância zero para esse tipo de ataque: "Deploramos o ataque a tiros contra as FDI em território israelense. Em resposta, as FDI retaliaram, de acordo com a política expressamente adotada pelo governo de Israel: qualquer ruptura da soberania israelense pelo lado da Síria vai precipitar imediatamente a supressão das fontes dos disparos", declarou o ministro em nota reproduzida no jornal conservador The Times of Israel.
Aparentemente, os disparos partiram do Exército da Síria e não dos rebeldes, que incluem grupos extremistas muçulmanos ligados à rede terrorista Al Caeda. Não está claro se os alvos eram as patrulhas de Israel. "Acreditamos que não eram balas perdidas", comentou o porta-voz militar israelense Peter Lerner.
No Twitter, um porta-voz do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Ofil Gendelman, disse que as forças israelenses "destruíram um ninho de metralhadoras que nas últimas 24 horas tinha atirado duas vezes contra patrulhas israelenses que protegiam a fronteira".
sábado, 23 de março de 2013
Oligarca russo morre no exílio na Inglaterra
O magnata russo Boris Berezovsky, um dos oligarcas que fizeram fortuna com as privatizações da era pós-soviética, morreu hoje aos 67 anos em sua casa no condado de Surrey, na Inglaterra, onde estava exilado desde 2001, quando foi denunciado na Rússia por fraude e corrupção depois de entrar em conflito com o presidente Vladimir Putin.
A causa da morte não foi revelada. Há especulações sobre um possível suicídio, já que sua fortuna e seu prestígio estavam em declínio.
Com sua imensa fortuna, Berezovsky, um dos homens que implantou o capitalismo na Rússia, passou a exercer influência política. Isso o colocou em choque com Putin. O empresário levou a questão para o lado pessoal, mas não conseguiu derrubar o homem-forte do Kremlin.
Ao comentar a morte, o porta-voz de Putin revelou que há dois meses o presidente russo recebeu uma carta de Berezovsky pedindo perdão e o direito de voltar à Rússia.
Para o jornal conservador britânico The Daily Telegraph, ele era o mais famoso e animado dos olicargas surgidos com a reintrodução do capitalismo selvagem na Rússa nos anos 90. De professor de matemática e analista de sistemas com um salário mensal de 500 rublos, menos de R$ 40, transformou-se num multibilionário.
Depois do fim da União Soviética, em 1991, Berezovsky se aproximou do primeiro presidente da Rússia independente, Boris Yeltsin, e de sua poderosa filha Tatiana Diachenko. Na divisão do espólio do regime comunista, ele ficou com a companhia aérea Aeroflot, a empresa de petróleo siberiana Sibneft e 49% da televisão ORT, que usou para fazer campanha pela reeleição de Yeltsin, em 1996.
No fim do processo de privatização, Berezovsky e outros seis olicargas controlavam a metade do produto interno bruto da Rússia, reproduzindo na prática o que Karl Marx tinha dito ao descrever o processo de acumulação primitiva no sistema capitalista.
O sucesso de Berezovsky, acrescenta o Telegraph, pouco se deve à economia de mercado pregada por ele em público. Foi construído na base de conexões políticas, intrigas palacianas e suborno: "A privatização na Rússia teve três etapas: primeiro, a privatização do lucro; segundo, a privatização da propriedade; terceiro, a privatização da dívida", disse, em 1995. "Quero participar de todas".
Berezovsky apoiou a primeira eleição de Putin, em 2000. Na verdade, analisa a jornalista e biógrafa Masha Gessen, "os oligarcas estavam procurando um candidato que garantisse que não seriam processados pelos crimes cometidos nos anos 90", durante a reimplantação do capitalismo. Esperavam que Putin fosse dócil, acrescenta a autora de O Homem sem Face: a improvável ascensão de Vladimir Putin.
Com sua arrogância e prepotência, Berezovsky se tornara um dos homens mais odiados da Rússia. Putin fez campanha prometendo combater os oligarcas. Usou-o para dar uma demonstração de força e afirmar seu poder depois de ficar insatisfeito com críticas ao governo na Segunda Guerra da Chechênia e no naufrágio do submarino Kursk feitas na TV do empresário.
Em 2001, o magnata fugiu para a França e depois para a Inglaterra denunciando a volta ao autoritarismo. Sua prisão por negócios ilícitos e lavagem de dinheiro foi decretada em 2002. Berezovsky nunca mais voltou à Rússia.
A causa da morte não foi revelada. Há especulações sobre um possível suicídio, já que sua fortuna e seu prestígio estavam em declínio.
Com sua imensa fortuna, Berezovsky, um dos homens que implantou o capitalismo na Rússia, passou a exercer influência política. Isso o colocou em choque com Putin. O empresário levou a questão para o lado pessoal, mas não conseguiu derrubar o homem-forte do Kremlin.
Ao comentar a morte, o porta-voz de Putin revelou que há dois meses o presidente russo recebeu uma carta de Berezovsky pedindo perdão e o direito de voltar à Rússia.
Para o jornal conservador britânico The Daily Telegraph, ele era o mais famoso e animado dos olicargas surgidos com a reintrodução do capitalismo selvagem na Rússa nos anos 90. De professor de matemática e analista de sistemas com um salário mensal de 500 rublos, menos de R$ 40, transformou-se num multibilionário.
Depois do fim da União Soviética, em 1991, Berezovsky se aproximou do primeiro presidente da Rússia independente, Boris Yeltsin, e de sua poderosa filha Tatiana Diachenko. Na divisão do espólio do regime comunista, ele ficou com a companhia aérea Aeroflot, a empresa de petróleo siberiana Sibneft e 49% da televisão ORT, que usou para fazer campanha pela reeleição de Yeltsin, em 1996.
No fim do processo de privatização, Berezovsky e outros seis olicargas controlavam a metade do produto interno bruto da Rússia, reproduzindo na prática o que Karl Marx tinha dito ao descrever o processo de acumulação primitiva no sistema capitalista.
O sucesso de Berezovsky, acrescenta o Telegraph, pouco se deve à economia de mercado pregada por ele em público. Foi construído na base de conexões políticas, intrigas palacianas e suborno: "A privatização na Rússia teve três etapas: primeiro, a privatização do lucro; segundo, a privatização da propriedade; terceiro, a privatização da dívida", disse, em 1995. "Quero participar de todas".
Berezovsky apoiou a primeira eleição de Putin, em 2000. Na verdade, analisa a jornalista e biógrafa Masha Gessen, "os oligarcas estavam procurando um candidato que garantisse que não seriam processados pelos crimes cometidos nos anos 90", durante a reimplantação do capitalismo. Esperavam que Putin fosse dócil, acrescenta a autora de O Homem sem Face: a improvável ascensão de Vladimir Putin.
Com sua arrogância e prepotência, Berezovsky se tornara um dos homens mais odiados da Rússia. Putin fez campanha prometendo combater os oligarcas. Usou-o para dar uma demonstração de força e afirmar seu poder depois de ficar insatisfeito com críticas ao governo na Segunda Guerra da Chechênia e no naufrágio do submarino Kursk feitas na TV do empresário.
Em 2001, o magnata fugiu para a França e depois para a Inglaterra denunciando a volta ao autoritarismo. Sua prisão por negócios ilícitos e lavagem de dinheiro foi decretada em 2002. Berezovsky nunca mais voltou à Rússia.
Guerra civil síria derruba governo no Líbano
Com a sociedade libanesa cada vez mais dividida pela guerra civil na vizinha Síria, o primeiro-ministro Najib Mikati entregou hoje seu pedido de demissão ao presidente Michel Suleiman. Sua renúncia fora anunciada ontem, depois que o bloco parlamentar liderado pela milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus) impediu a formação de uma comissão para fiscalizar as próximas eleições parlamentares.
O presidente pediu ao primeiro-ministro demissionário que fique no cargo até a formação de um novo governo. Ao sair do Palácio Baabda, Mikati declarou que sua decisão abriu caminho para um diálogo nacional e a formação de governo de "salvação nacional", noticia o jornal libanês The Daily Star.
Além de ter uma milícia considerada mais poderosa do que o Exército do Líbano, o Hesbolá é um dos maiores partidos políticos do país e tem uma ampla rede de assistência social, voltada sobretudo para a comunidade xiita, uma das mais pobres do país.
A renúncia do governo acontece num momento especialmente difícil para seu país pequeno e frágil. O Hesbolá, financiado e armado pelo regime fundamentalista do Irã, apoia e luta ao lado do ditador sírio, Bachar Assad, da seita alauíta, um dos ramos do xiismo. Já os sunitas apoiam os rebeldes.
Cada vez mais o Exército sírio ataca do outro lado da fronteira. Alega estar atingindo bases e linhas de suprimento da oposição armada. Na segunda-feira, fez o primeiro bombardeio contra um alvo em território libanês.
Além disso, o Líbano está sob pressão com a entrada no país de 400 mil refugiados da guerra civil na Síria, onde mais de 70 mil pessoas foram mortas nos últimos dois anos, observa o jornal The Washington Post.
Sem uma liderança política, o Líbano corre o risco de ser cada vez mais envolvido no conflito da Síria, um país arrasado que terá enormes dificuldades para se reconstruir e pode viver muito tempo num estado de fragmentação, como acontece com o Líbano desde a guerra civil de 1975-90.
O Hesbolá luta abertamente ao lado de Assad. A queda da ditadura síria seria um duro golpe para a milícia xiita e seu padrinho político, a República Islâmica do Irã.
Com o reatamento de relações entre Israel e a Turquia, promovido pelo presidente Barack Obama, e a provável queda de Assad, o Irã ficaria mais isolado e o Hesbolá perderia seus dois patrocinadores. Está perto de uma situação de pânico, o que o torna ainda mais perigoso.
O presidente pediu ao primeiro-ministro demissionário que fique no cargo até a formação de um novo governo. Ao sair do Palácio Baabda, Mikati declarou que sua decisão abriu caminho para um diálogo nacional e a formação de governo de "salvação nacional", noticia o jornal libanês The Daily Star.
Além de ter uma milícia considerada mais poderosa do que o Exército do Líbano, o Hesbolá é um dos maiores partidos políticos do país e tem uma ampla rede de assistência social, voltada sobretudo para a comunidade xiita, uma das mais pobres do país.
A renúncia do governo acontece num momento especialmente difícil para seu país pequeno e frágil. O Hesbolá, financiado e armado pelo regime fundamentalista do Irã, apoia e luta ao lado do ditador sírio, Bachar Assad, da seita alauíta, um dos ramos do xiismo. Já os sunitas apoiam os rebeldes.
Cada vez mais o Exército sírio ataca do outro lado da fronteira. Alega estar atingindo bases e linhas de suprimento da oposição armada. Na segunda-feira, fez o primeiro bombardeio contra um alvo em território libanês.
Além disso, o Líbano está sob pressão com a entrada no país de 400 mil refugiados da guerra civil na Síria, onde mais de 70 mil pessoas foram mortas nos últimos dois anos, observa o jornal The Washington Post.
Sem uma liderança política, o Líbano corre o risco de ser cada vez mais envolvido no conflito da Síria, um país arrasado que terá enormes dificuldades para se reconstruir e pode viver muito tempo num estado de fragmentação, como acontece com o Líbano desde a guerra civil de 1975-90.
O Hesbolá luta abertamente ao lado de Assad. A queda da ditadura síria seria um duro golpe para a milícia xiita e seu padrinho político, a República Islâmica do Irã.
Com o reatamento de relações entre Israel e a Turquia, promovido pelo presidente Barack Obama, e a provável queda de Assad, o Irã ficaria mais isolado e o Hesbolá perderia seus dois patrocinadores. Está perto de uma situação de pânico, o que o torna ainda mais perigoso.
sexta-feira, 22 de março de 2013
Megaerupções vulcânicas causaram extinção em massa
Uma série de grandes erupções vulcânicas mudou o clima da Terra e pode ter causado uma onda de extinção que acabou com a metade dos seres vivos do planeta há cerca de 200 milhões de anos, abrindo espaço para o domínio dos dinossauros, aponta um novo estudo da Instituição Carnagie para a Ciência, nos Estados Unidos.
A grande quantidade de gases jogada na atmosfera pelos vulcões teria alterado o clima. Naquele tempo, a Terra só tinha um enorme continente, Pangea, de onde saíram todos os que existem hoje.
Os grandes vulcões ficavam na Província Magmática Central do Atlântico, que se estendia de onde hoje é a Nova Escócia, no Canadá, e Nova Jérsei, nos EUA, até o Marrocos. As megaerupções duraram 600 mil anos e abriram a fenda onde se formou o Oceano Atlântico.
Quando a grande extinção do fim do Período Triássico ocorreu, há 201,56 milhões de anos, os vulcões estavam em plena atividade, conclui a pesquisa. As primeiras erupções em massa aconteceram no Marrocos. Três mil anos depois, começaram na Nova Escócia. Outros dez mil mais tarde, em Nova Jérsei.
Ao examinar a formação geológica desses lugares, os cientistas encontraram fósseis de animais e plantas, pólen e esporos, abaixo das camadas de lavas das grandes erupções vulcânicas, mas não acima delas. Desapareceram para sempre peixes semelhantes a enguias, espécies primitivas de crocodilos, lagartos que viviam em árvores e vegetais de folhas largas, reporta o jornal digital americano The Huffington Post.
Começava então a Era dos Dinossauros, que reinariam sobre a Terra até 65 milhões de anos atrás, quando outra grande onda de extinção acabou com eles. Supõe-se que tenha sido causada pelo impacto de um grande meteoro que teria atingido a região do Golfo do México.
A explosão teria jogado no ar uma grande quantidade de partículas capaz de envolver o planeta numa névoa que bloqueava a luz solar. O clima mudou, e os dinossauros desapareceram.
Neste momento, vivemos a sexta grande onda de extinção, causada principalmente pela destruição da natureza pela ocupação humana com a agravante do aquecimento da atmosfera pela queima de combustíveis fósseis pelo homem.
A grande quantidade de gases jogada na atmosfera pelos vulcões teria alterado o clima. Naquele tempo, a Terra só tinha um enorme continente, Pangea, de onde saíram todos os que existem hoje.
Os grandes vulcões ficavam na Província Magmática Central do Atlântico, que se estendia de onde hoje é a Nova Escócia, no Canadá, e Nova Jérsei, nos EUA, até o Marrocos. As megaerupções duraram 600 mil anos e abriram a fenda onde se formou o Oceano Atlântico.
Quando a grande extinção do fim do Período Triássico ocorreu, há 201,56 milhões de anos, os vulcões estavam em plena atividade, conclui a pesquisa. As primeiras erupções em massa aconteceram no Marrocos. Três mil anos depois, começaram na Nova Escócia. Outros dez mil mais tarde, em Nova Jérsei.
Ao examinar a formação geológica desses lugares, os cientistas encontraram fósseis de animais e plantas, pólen e esporos, abaixo das camadas de lavas das grandes erupções vulcânicas, mas não acima delas. Desapareceram para sempre peixes semelhantes a enguias, espécies primitivas de crocodilos, lagartos que viviam em árvores e vegetais de folhas largas, reporta o jornal digital americano The Huffington Post.
Começava então a Era dos Dinossauros, que reinariam sobre a Terra até 65 milhões de anos atrás, quando outra grande onda de extinção acabou com eles. Supõe-se que tenha sido causada pelo impacto de um grande meteoro que teria atingido a região do Golfo do México.
A explosão teria jogado no ar uma grande quantidade de partículas capaz de envolver o planeta numa névoa que bloqueava a luz solar. O clima mudou, e os dinossauros desapareceram.
Neste momento, vivemos a sexta grande onda de extinção, causada principalmente pela destruição da natureza pela ocupação humana com a agravante do aquecimento da atmosfera pela queima de combustíveis fósseis pelo homem.
253 mil armas dos EUA vão para o México por ano
Cerca de 2,2% de todas as armas de fogo vendidas nos Estados Unidos acabam sendo contrabandeadas para o México, onde mais de 60 mil pessoas foram mortas nos últimos seis anos numa guerra do governo contra as máfias do tráfico de drogas. São 253 mil armas por ano, "uma escala muito maior do que admitido até agora", indica um estudo divulgado hoje pela Universidade de San Diego, na Califórnia.
O valor anual desse contrabando de armas chega a US$ 127,2 milhões, concluiu a pesquisa O Caminho das Armas: estimando o tráfico de armas de fogo através da fronteira EUA-México.
Como a concorrência é enorme, a margem de lucro dos pequenos comerciantes de armas é tão pequena nos EUA que muitos quebrariam se não fosse pela demanda mexicana, acredita o economista Topher MacDougal, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Esse tráfico de armas levou a uma maior concentração do comércio varejista de armas nos quatro estados americanos da fronteira com o México, onde ficam 6,7 mil das 51,3 mil lojas autorizadas a vender armas de fogo nos EUA.
Do lado americano dos cerca de 3,15 mil quilômetros da fronteira entre os dois países, há em média uma loja de venda de armas a cada 500 metros.
"A demanda mexicana explica a abundância e o sucesso do negócio", comenta Robert Muggah, outro pesquisador envolvido no projeto. "A maior parte das mortes violentas no México é com revólveres calibre 38. Os EUA são o maior mercado do mundo para revólveres especiais calibre 38".
Cerca de 2,2 mil fabricantes de armas, peças e munições produzem 4,2 milhões de armas por ano nos EUA. De cada quatro americanos, um tem arma, informa reportagem da companhia jornalística McClatchy Newspapers, editora do jornal The Miami Herald.
Nas últimas décadas, observa a pesquisa, o crime organizado acumulou grandes arsenais que incluem pistolas de 9mm, revólveres e pistolas dos calibres 38mm e 45mm, fuzis de guerra como AR-15 e AK-47, granadas e lançadores de granadas.
O valor anual desse contrabando de armas chega a US$ 127,2 milhões, concluiu a pesquisa O Caminho das Armas: estimando o tráfico de armas de fogo através da fronteira EUA-México.
Como a concorrência é enorme, a margem de lucro dos pequenos comerciantes de armas é tão pequena nos EUA que muitos quebrariam se não fosse pela demanda mexicana, acredita o economista Topher MacDougal, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Esse tráfico de armas levou a uma maior concentração do comércio varejista de armas nos quatro estados americanos da fronteira com o México, onde ficam 6,7 mil das 51,3 mil lojas autorizadas a vender armas de fogo nos EUA.
Do lado americano dos cerca de 3,15 mil quilômetros da fronteira entre os dois países, há em média uma loja de venda de armas a cada 500 metros.
"A demanda mexicana explica a abundância e o sucesso do negócio", comenta Robert Muggah, outro pesquisador envolvido no projeto. "A maior parte das mortes violentas no México é com revólveres calibre 38. Os EUA são o maior mercado do mundo para revólveres especiais calibre 38".
Cerca de 2,2 mil fabricantes de armas, peças e munições produzem 4,2 milhões de armas por ano nos EUA. De cada quatro americanos, um tem arma, informa reportagem da companhia jornalística McClatchy Newspapers, editora do jornal The Miami Herald.
Nas últimas décadas, observa a pesquisa, o crime organizado acumulou grandes arsenais que incluem pistolas de 9mm, revólveres e pistolas dos calibres 38mm e 45mm, fuzis de guerra como AR-15 e AK-47, granadas e lançadores de granadas.
Pessimismo econômico reduz popularidade de Obama
Apesar dos sinais positivos no setor privado, o pessimismo crescente em relação à economia dos Estados Unidos derrubou a popularidade do presidente Barack Obama para 47% de aprovação, indica uma sondagem do Centro de Pesquisas Pew.
São dois pontos percentuais a menos do que em fevereiro e oito menos do que em dezembro.
São dois pontos percentuais a menos do que em fevereiro e oito menos do que em dezembro.
Presidente manda Bersani formar governo na Itália
O presidente Giorgio Napolitano pediu hoje formalmente ao líder da aliança de esquerda, Pier Luigi Bersani, para tentar formar um novo governo na Itália.
A esquerda venceu as eleições parlamentares de 24 e 25 de fevereiro para a Câmara, mas o Senado ficou dividido. Como o Movimento 5 Estrelas, do comediante Beppe Grillo, que obteve 25% dos votos, se negou a fazer alianças com os partidos tradicionais, criou-se um impasse político.
Na atual situação, os analistas preveem que a Itália terá de fazer novas eleições em curto prazo. A convocação de Bersani é provavelmente a última tentativa.
A esquerda venceu as eleições parlamentares de 24 e 25 de fevereiro para a Câmara, mas o Senado ficou dividido. Como o Movimento 5 Estrelas, do comediante Beppe Grillo, que obteve 25% dos votos, se negou a fazer alianças com os partidos tradicionais, criou-se um impasse político.
Na atual situação, os analistas preveem que a Itália terá de fazer novas eleições em curto prazo. A convocação de Bersani é provavelmente a última tentativa.
Xi Jinping faz primeira viagem ao exterior à Rússia
Em sua primeira viagem ao exterior como presidente da China, Xi Jinping chegou hoje a Moscou para uma visita de três com o objetivo de fortalecer a parceria econômica entre as duas grandes potências e uma aliança política para se opor aos Estados Unidos e à Europa em foros internacionais.
A China está interessada num acordo para garantir o suprimento de gas e petróleo da Rússia à sua economia, que superou os EUA no ano passado como maior importador mundial de energia, informa o jornal Economic Times.
"A China e a Rússia são hoje seus mais importantes parceiros estratégicos", declarou Xi a jornalistas russos, manifestando o interesse de consolidar a aliança entre os dois grandes países comunistas do século 20, abalada desde que o líder soviético Nikita Kruschev denunciou os crimes do ditador Josef Stalin, em 1956. "De diversas maneiras, falamos a mesma língua".
Depois de alguns conflitos de fronteiras que quase levaram a China e a União Soviética à guerra em 1969, o pior momento das relações bilaterais foi na era das reformas de Mikhail Gorbachev. O movimento estudantil pela paz e a democracia na Praça da Paz Celestial, em Beijim, em 1989, foi deflagrado por uma visita de Gorbachev.
Desde o colapso da URSS, em 1991, o regime comunista chinês tenta tirar lições para evitar seu próprio desaparecimento.
Com a guinada autoritária da Rússia desde a ascensão de Vladimir Putin ao poder em 2000 e sua tentativa de restaurar o poder imperial da era soviética, a aproximação era inevitável. A questão é se será uma aliança sólida ou apenas uma parceria estratégica oportunista do autoritarismo para se opor pontualmente às políticas ocidentais.
Até onde vão os interesses comuns? Rússia e China já são aliadas na Organização de Cooperação de Xangai e no forum do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que também têm interesses comuns limitados além de se opor às potências ocidentais que dominaram o mundo nos últimos 500 anos.
A energia gera bons negócios e uma agenda positiva, mas a rápida ascensão da China a superpotência desequilibra uma relação que na era de Stalin e Mao Tsé-tung pendia para Moscou.
A China está interessada num acordo para garantir o suprimento de gas e petróleo da Rússia à sua economia, que superou os EUA no ano passado como maior importador mundial de energia, informa o jornal Economic Times.
"A China e a Rússia são hoje seus mais importantes parceiros estratégicos", declarou Xi a jornalistas russos, manifestando o interesse de consolidar a aliança entre os dois grandes países comunistas do século 20, abalada desde que o líder soviético Nikita Kruschev denunciou os crimes do ditador Josef Stalin, em 1956. "De diversas maneiras, falamos a mesma língua".
Depois de alguns conflitos de fronteiras que quase levaram a China e a União Soviética à guerra em 1969, o pior momento das relações bilaterais foi na era das reformas de Mikhail Gorbachev. O movimento estudantil pela paz e a democracia na Praça da Paz Celestial, em Beijim, em 1989, foi deflagrado por uma visita de Gorbachev.
Desde o colapso da URSS, em 1991, o regime comunista chinês tenta tirar lições para evitar seu próprio desaparecimento.
Com a guinada autoritária da Rússia desde a ascensão de Vladimir Putin ao poder em 2000 e sua tentativa de restaurar o poder imperial da era soviética, a aproximação era inevitável. A questão é se será uma aliança sólida ou apenas uma parceria estratégica oportunista do autoritarismo para se opor pontualmente às políticas ocidentais.
Até onde vão os interesses comuns? Rússia e China já são aliadas na Organização de Cooperação de Xangai e no forum do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que também têm interesses comuns limitados além de se opor às potências ocidentais que dominaram o mundo nos últimos 500 anos.
A energia gera bons negócios e uma agenda positiva, mas a rápida ascensão da China a superpotência desequilibra uma relação que na era de Stalin e Mao Tsé-tung pendia para Moscou.
EUA vão transferir drones da CIA para Pentágono
O governo Barack Obama vai tirar o programa de ataques com aeronaves não tripuladas, os drones, da Agência Central de Inteligência (CIA), e serviço de espionagem dos Estados Unidos, transferindo-o para o Departamento da Defesa (Pentágono), onde a campanha de assassinatos seletivos de suspeitos de terrorismo ficaria sujeita ao consentimento de outros países e ao direito internacional.
Não está claro se a mudança vai aumentar a transparência e a prestação de contas do programa, responsável pela morte de mais de 3 mil pessoas no governo Obama, sob protesto de organizações de defesa dos direitos humanos. Os drones ficarão sob a responsabilidade do Comando Conjunto de Operações Especiais, considerado tão secreto ou mais do que a própria CIA.
Na prática, pouco deve mudar, observa o jornal The New York Times.
Ontem à noite, mais quatro suspeitos foram mortos num bombardeio de drone perto da cidade de Data Quel, no Paquistão, país que é alvo da maioria dos ataques com aviões não tripulados, uma espécie de videogame da guerra operado diretamente dos EUA.
Não está claro se a mudança vai aumentar a transparência e a prestação de contas do programa, responsável pela morte de mais de 3 mil pessoas no governo Obama, sob protesto de organizações de defesa dos direitos humanos. Os drones ficarão sob a responsabilidade do Comando Conjunto de Operações Especiais, considerado tão secreto ou mais do que a própria CIA.
Na prática, pouco deve mudar, observa o jornal The New York Times.
Ontem à noite, mais quatro suspeitos foram mortos num bombardeio de drone perto da cidade de Data Quel, no Paquistão, país que é alvo da maioria dos ataques com aviões não tripulados, uma espécie de videogame da guerra operado diretamente dos EUA.
Fitch põe dívida do Reino Unido em viés negativo
A agência de classificação de risco Fitch ameaça tirar a nota máxima da dívida pública do Reino Unido no próximo mês, dias depois que o ministro das Finanças, George Osborne, admitiu que serão necessários novos cortes nos gastos públicos, além dos 83 bilhões de libras (cerca de R$ 255 bilhões) em quatro anos anunciados no início do atual governo, em maio de 2010.
O mais rigoroso programa de ajuste fiscal da história do país visava exatamente a evitar que o Reino Unido perdesse a nota máxima, AAA. Agora, a Fitch considera "elevada" a probabilidade de um rebaixamento da dívida pública britânica.
Ao apresentar sua proposta orçamentária nesta semana, Osborne admitiu que a recessão dupla enfrentada pelo país diminuiu a arrecadação, tornando necessários novos cortes.
O mais rigoroso programa de ajuste fiscal da história do país visava exatamente a evitar que o Reino Unido perdesse a nota máxima, AAA. Agora, a Fitch considera "elevada" a probabilidade de um rebaixamento da dívida pública britânica.
Ao apresentar sua proposta orçamentária nesta semana, Osborne admitiu que a recessão dupla enfrentada pelo país diminuiu a arrecadação, tornando necessários novos cortes.
Iraque cresceu 8% em 2012
Com a retomada da produção de petróleo, o Iraque cresceu 8% em 2012 e deve chegar a 9% em 2013, mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) adverte para os "problemas estruturais" acumulados pelo país nos dez anos que se sucederam à invasão americana.
A produção de petróleo cresceu para quase 3 milhões de barris por dia em 2012. Deve subir para 3,3 milhões de barris diários em 2013. A inflação está em 6% ao ano, com tendência de queda. As reservas cambiais acumulam US$ 70 bilhões e o Fundo de Desenvolvimento do Iraque tem hoje US$ 18 bilhões.
"Apesar dos problemas políticos e de segurança, o Iraque conseguiu manter a estabilidade macroeconômica nos últimos dois anos", concluiu uma missão do FMI que examinou recentemente a situação do país.
Por causa do aumento da receita com petróleo, o Iraque teve um superávit nas contas públicas equivalente a 4% do produto interno bruto, a soma de todas as riquezas produzidas no país num ano menos as importações.
Para 2013, o FMI recomenda um manejo prudente do orçamento para "manter a estabilidade macroeconômica e fazer os investimentos econômicos e sociais necessários", e tentar reduzir a dependência do petróleo. "A economia continua a sofrer com severas fraquezas estruturais como o pequeno setor não petroleiro, desemprego elevado, dominação do setor público e um ambiente de negócios pobre".
A produção de petróleo cresceu para quase 3 milhões de barris por dia em 2012. Deve subir para 3,3 milhões de barris diários em 2013. A inflação está em 6% ao ano, com tendência de queda. As reservas cambiais acumulam US$ 70 bilhões e o Fundo de Desenvolvimento do Iraque tem hoje US$ 18 bilhões.
"Apesar dos problemas políticos e de segurança, o Iraque conseguiu manter a estabilidade macroeconômica nos últimos dois anos", concluiu uma missão do FMI que examinou recentemente a situação do país.
Por causa do aumento da receita com petróleo, o Iraque teve um superávit nas contas públicas equivalente a 4% do produto interno bruto, a soma de todas as riquezas produzidas no país num ano menos as importações.
Para 2013, o FMI recomenda um manejo prudente do orçamento para "manter a estabilidade macroeconômica e fazer os investimentos econômicos e sociais necessários", e tentar reduzir a dependência do petróleo. "A economia continua a sofrer com severas fraquezas estruturais como o pequeno setor não petroleiro, desemprego elevado, dominação do setor público e um ambiente de negócios pobre".
UE dá ultimato ao Chipre
O Chipre tem prazo até segunda-feira para dizer de onde vai tirar 5,8 bilhões de euros necessários para complementar a ajuda de 10 bilhões de euros negociada com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para salvar o sistema financeiro do país.
O primeiro acordo previa a cobrança de um imposto único de 9,9% sobre as contas bancárias com mais de 100 mil euros e de 6,75% das contas abaixo disso. Essa medida foi considerada um confisco. Rompeu a promessa feita pela UE no início da crise financeira de que depósitos até 100 mil euros seriam garantidos.
Uma das razões para o confisco foi a pressão da Alemanha e de outros países do Norte da Europa porque o Chipre tem depósitos de 68 bilhões de euros no seu sistema financeiro para um produto interno bruto de 14 bilhões de euros. É uma das praças financeiras mais usada pelas máfias russas para lavar dinheiro.
Na visão da primeira-ministra Angela Merkel, as famílias alemãs não devem salvar as contas bancárias de mafiosos russos. O problema é que a classe média cipriota também foi penalizada, o que provocou protestos, inclusive em outros países europeus porque abriria um sério precedente.
Que garantia teriam as contas bancárias de gregos, portugueses, irlandeses e espanhóis, se fosse possível confiscar parte do dinheiro dos cipriotas?
Sem um acordo, o Banco Central Europeu vai suspender a partir de 25 de março a oferta de euros para garantir a liquidez do sistema financeiro cipriota. Só vai restar ao Chipre, adverte um alto funcionário da UE, fechar seus bancos mais importantes e deixar a Zona do Euro.
Os ministros das Finanças da Eurozona fizeram um apelo ontem ao Chipre para que apresente um novo plano. "Medidas cosméticas não serão suficientes", alertou o ministro alemão, Wolfgang Schäuble.
A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito do Chipre para CCC, apontando o risco de falência do país.
O primeiro acordo previa a cobrança de um imposto único de 9,9% sobre as contas bancárias com mais de 100 mil euros e de 6,75% das contas abaixo disso. Essa medida foi considerada um confisco. Rompeu a promessa feita pela UE no início da crise financeira de que depósitos até 100 mil euros seriam garantidos.
Uma das razões para o confisco foi a pressão da Alemanha e de outros países do Norte da Europa porque o Chipre tem depósitos de 68 bilhões de euros no seu sistema financeiro para um produto interno bruto de 14 bilhões de euros. É uma das praças financeiras mais usada pelas máfias russas para lavar dinheiro.
Na visão da primeira-ministra Angela Merkel, as famílias alemãs não devem salvar as contas bancárias de mafiosos russos. O problema é que a classe média cipriota também foi penalizada, o que provocou protestos, inclusive em outros países europeus porque abriria um sério precedente.
Que garantia teriam as contas bancárias de gregos, portugueses, irlandeses e espanhóis, se fosse possível confiscar parte do dinheiro dos cipriotas?
Sem um acordo, o Banco Central Europeu vai suspender a partir de 25 de março a oferta de euros para garantir a liquidez do sistema financeiro cipriota. Só vai restar ao Chipre, adverte um alto funcionário da UE, fechar seus bancos mais importantes e deixar a Zona do Euro.
Os ministros das Finanças da Eurozona fizeram um apelo ontem ao Chipre para que apresente um novo plano. "Medidas cosméticas não serão suficientes", alertou o ministro alemão, Wolfgang Schäuble.
A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito do Chipre para CCC, apontando o risco de falência do país.
Israel pede desculpas à Turquia por ataque a flotilha
Quase três anos depois, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pediu desculpas à Turquia por um ataque contra uma flotilha de navios que tentava furar o bloqueio à Faixa de Gaza em 31 de maio de 2010. Nove cidadãos turcos morreram na ação.
Com o pedido de desculpas, os dois países reataram as relações diplomáticas.
Na época, Israel usou o clássico argumento de que tem o direito de se defender, mas o primeiro-ministro turco, Recep Tayiip Erdogan, considerou as mortes inaceitáveis e rompeu relações. A Turquia intermediava na época conversações de paz entre Israel e a Síria.
Agora, sob pressão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, Netanyahu aceitou pedir desculpas, provavelmente convencido de que a Turquia é um aliado importante diante da confrontação de Israel com o programa nuclear do Irã, a maior preocupação de segurança do governo israelense.
Com o pedido de desculpas, os dois países reataram as relações diplomáticas.
Na época, Israel usou o clássico argumento de que tem o direito de se defender, mas o primeiro-ministro turco, Recep Tayiip Erdogan, considerou as mortes inaceitáveis e rompeu relações. A Turquia intermediava na época conversações de paz entre Israel e a Síria.
Agora, sob pressão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, Netanyahu aceitou pedir desculpas, provavelmente convencido de que a Turquia é um aliado importante diante da confrontação de Israel com o programa nuclear do Irã, a maior preocupação de segurança do governo israelense.
Justiça da França denuncia Sarkozy no caso L'Oréal
O ex-presidente Nicolas Sarkozy foi denunciado criminalmente ontem por quebra de confiança agravada e abuso de poder no caso L'Oréal, que investiga se a bilionária Liliane Bettencourt, herdeira da empresa de produtos de beleza, financiou ilegalmente a campanha dele à Presidência da França em 2007.
A suspeita é que Sarkozy teria pressionado a mulher mais rica da França a contribuir para sua campanha com uma quantia muito maior do que permitida pela lei.
O escândalo estourou em julho de 2010, quando uma ex-contadora da magnata declarou à Justiça que Patrick de Meistre, homem de confiança da família Bettencourt, teria dado 150 mil euros a Eric Woerth, tesoureiro da campanha de Sarkozy. Woerth virou ministro da Justiça. Caiu quando o caso veio à tona.
Se for condenado, Sarkozy pode pegar até três anos de prisão, multa de 375 mil euros e ficar inelegível por cinco anos, noticia o jornal Le Monde.
A suspeita é que Sarkozy teria pressionado a mulher mais rica da França a contribuir para sua campanha com uma quantia muito maior do que permitida pela lei.
O escândalo estourou em julho de 2010, quando uma ex-contadora da magnata declarou à Justiça que Patrick de Meistre, homem de confiança da família Bettencourt, teria dado 150 mil euros a Eric Woerth, tesoureiro da campanha de Sarkozy. Woerth virou ministro da Justiça. Caiu quando o caso veio à tona.
Se for condenado, Sarkozy pode pegar até três anos de prisão, multa de 375 mil euros e ficar inelegível por cinco anos, noticia o jornal Le Monde.
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quinta-feira, 21 de março de 2013
Escócia convoca plebiscito sobre independência
O primeiro-ministro da Escócia, Alex Salmond, anunciou hoje que o plebiscito sobre a independência do país será realizado em 18 de setembro de 2014, o que dá um ano e meio para um amplo debate sobre a permanência no Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte.
A Escócia está oficialmente unida à Inglaterra e ao País de Gales pelo Ato de União, de 1707, que a incorporou ao Império Britânico. Sua independência teria o significado de uma "última descolonização".
Embora o Partido Nacionalista Escocês, liderado por Salmond, seja o mais votado na Escócia, apenas 30% a 40% da população são favoráveis a uma independência total. A maioria prefere a autonomia conquistada no governo Tony Blair.
Tudo pode mudar com a crescente aversão dos conservadores à União Europeia e a promessa do primeiro-ministro britânico, David Cameron, de realizar um plebiscito até 2017 para decidir se o Reino Unido vai continuar sendo parte da União Europeia.
Sem a UE, a maior parte das vantagens econômicas de ser parte do Reino Unido, como a participação no mercado único europeu, se evaporariam.
A Escócia está oficialmente unida à Inglaterra e ao País de Gales pelo Ato de União, de 1707, que a incorporou ao Império Britânico. Sua independência teria o significado de uma "última descolonização".
Embora o Partido Nacionalista Escocês, liderado por Salmond, seja o mais votado na Escócia, apenas 30% a 40% da população são favoráveis a uma independência total. A maioria prefere a autonomia conquistada no governo Tony Blair.
Tudo pode mudar com a crescente aversão dos conservadores à União Europeia e a promessa do primeiro-ministro britânico, David Cameron, de realizar um plebiscito até 2017 para decidir se o Reino Unido vai continuar sendo parte da União Europeia.
Sem a UE, a maior parte das vantagens econômicas de ser parte do Reino Unido, como a participação no mercado único europeu, se evaporariam.
França teve aumento de 23% em ataques racistas
Os atos e as ameaças de caráter racista, antissemita ou antimuçulmano tiveram um "aumento forte" e "preocupante" de 23% em 2012 na França, reconheceu a Comissão Nacional Consultiva dos Direitos do Homem, acrescentando que "há uma perigosa banalização do racismo".
No ano passado, a polícia francesa registrou 1.539 ações e ameaças de caráter racista ou xenofóbico. "Pelo terceiro ano consecutivo", a comissão constata que "os indicadores de racismo estão em alta e que a intolerância aumentou".
O antissemitismo teve dois picos, em março, por causa do caso Merah, e em outubro e novembro, quando Israel atacou o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na Faixa de Gaza. Mohamed Merah, filho de imigrantes argelinos, matou sete pessoas numa série de ataques, inclusive três crianças de uma escola judaica, provocando também uma reação antimuçulmana.
Merah se declarou seguidor da rede terrorista Al Caeda. Em setembro e outubro, o sentimento negativo dos franceses em relação aos muçulmanos foi alimentado pela divulgação do filme A Inocência dos Muçulmanos, ofensivo ao Islã e ao profeta Maomé.
A pesquisa nota "um aumento marcante da desconfiança em relação aos muçulmanos" e "uma rejeição crescente dos estrangeiros, percebidos cada vez mais como parasitas, vistos como uma ameaça".
Para 55% dos entrevistados, quatro pontos percentuais a mais do que em 2011, os muçulmanos formam "um grupo à parte dentro da sociedade", enquanto 69% acreditam que "há imigrantes demais hoje na França".
Essa banalização do racismo se alimenta de um discurso político contra a imigração e contra certas religiões, reporta o jornal francês Libération.
No ano passado, a polícia francesa registrou 1.539 ações e ameaças de caráter racista ou xenofóbico. "Pelo terceiro ano consecutivo", a comissão constata que "os indicadores de racismo estão em alta e que a intolerância aumentou".
O antissemitismo teve dois picos, em março, por causa do caso Merah, e em outubro e novembro, quando Israel atacou o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na Faixa de Gaza. Mohamed Merah, filho de imigrantes argelinos, matou sete pessoas numa série de ataques, inclusive três crianças de uma escola judaica, provocando também uma reação antimuçulmana.
Merah se declarou seguidor da rede terrorista Al Caeda. Em setembro e outubro, o sentimento negativo dos franceses em relação aos muçulmanos foi alimentado pela divulgação do filme A Inocência dos Muçulmanos, ofensivo ao Islã e ao profeta Maomé.
A pesquisa nota "um aumento marcante da desconfiança em relação aos muçulmanos" e "uma rejeição crescente dos estrangeiros, percebidos cada vez mais como parasitas, vistos como uma ameaça".
Para 55% dos entrevistados, quatro pontos percentuais a mais do que em 2011, os muçulmanos formam "um grupo à parte dentro da sociedade", enquanto 69% acreditam que "há imigrantes demais hoje na França".
Essa banalização do racismo se alimenta de um discurso político contra a imigração e contra certas religiões, reporta o jornal francês Libération.
Música e Cinema: casamento do século?
A Cidade da Música inaugurou ontem em Paris a exposição Música e Cinema: casamento do século?, que explora a relação histórica entre as duas artes no século passado, com destaque para grande parcerias como Alfred Hitchcock-Bernard Herrmann, Sergio Leone-Ennio Morricone e François Truffaut-Georges Delerue.
A mostra fica em cartaz até 18 de agosto de 2013.
A mostra fica em cartaz até 18 de agosto de 2013.
Líder curdo pede trégua na luta contra Turquia
O líder histórico do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e da luta armada contra a Turquia, Abdullah Öcalan, preso desde 1999, fez um apelo a seus seguidores para que entreguem as armas e deixem o país.
"Que as armas sejam postas de lado e a política assuma o comando", declarou Öcalan em comunicado divulgado hoje.
Mais de 40 mil pessoas morreram desde que o PKK aderiu à luta armada, em 1984, para tentar criar um Curdistão independente no Sudeste da Turquia. Com um total estimado em 45 milhões, os curdos são o maior povo do mundo que não têm seu próprio país.
"Que as armas sejam postas de lado e a política assuma o comando", declarou Öcalan em comunicado divulgado hoje.
Mais de 40 mil pessoas morreram desde que o PKK aderiu à luta armada, em 1984, para tentar criar um Curdistão independente no Sudeste da Turquia. Com um total estimado em 45 milhões, os curdos são o maior povo do mundo que não têm seu próprio país.
EUA defendem criação de Estado palestino
Durante visita ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, em Ramalá, na Cisjordânia, o presidente Barack Obama reafirmou hoje o compromisso dos Estados Unidos com uma solução pacífica para o conflito árabe-israelense que inclua a criação de um país independente para os palestinos convivendo lado a lado com Israel.
"O povo palestino merece o fim da ocupação e das indignidades diárias que vêm com ele", discursou Obama.
Mas não convenceu nem mesmo os palestinos moderados. Em entrevista ao jornal liberal israelense Haaretz, a dirigente palestina Hanan Ashrawi, membro do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), afirmou que o discurso de Obama aceita a narrativa ideológica sionista e que os EUA estarão sempre do lado de Israel não importa o que aconteça.
"Obama falou sobre a paz e a necessidade de criação de um Estado palestino para garantir a segurança de Israel , comentou Ashrawi. "Também falou sobre o direito do povo palestino de ter feito próprio Estado, mas não mencionou as duas questões principais, como as fronteiras do Estado palestino, que a colonização vai erodindo a cada dia. O teste agora é ver se aquelas pessoas que aplaudiram Obama em Israel vão dizer a Netanyahu e seu governo para acabar com a ocupação, acabar com os assentamentos e estabelecer um Estado palestino nas fronteiras anteriores à guerra de 1967."
"O povo palestino merece o fim da ocupação e das indignidades diárias que vêm com ele", discursou Obama.
Mas não convenceu nem mesmo os palestinos moderados. Em entrevista ao jornal liberal israelense Haaretz, a dirigente palestina Hanan Ashrawi, membro do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), afirmou que o discurso de Obama aceita a narrativa ideológica sionista e que os EUA estarão sempre do lado de Israel não importa o que aconteça.
"Obama falou sobre a paz e a necessidade de criação de um Estado palestino para garantir a segurança de Israel , comentou Ashrawi. "Também falou sobre o direito do povo palestino de ter feito próprio Estado, mas não mencionou as duas questões principais, como as fronteiras do Estado palestino, que a colonização vai erodindo a cada dia. O teste agora é ver se aquelas pessoas que aplaudiram Obama em Israel vão dizer a Netanyahu e seu governo para acabar com a ocupação, acabar com os assentamentos e estabelecer um Estado palestino nas fronteiras anteriores à guerra de 1967."
Obama defende direito de palestinos e segurança de Israel
Depois de reafirmar o compromisso dos Estados Unidos com a segurança de Israel diante de jovens israelenses, o presidente Barack Obama declarou que é preciso reconhecer os direitos nacionais do povo palestino à autodeterminação.
"A paz é possível", disse Obama, sob aplausos da plateia. Em seguida, criticou a expansão das colônias israelenses na Cisjordânia ocupada: "Israel precisa reconhecer que a colonização é contraproducente no processo de paz. Um Estado palestino precisa ser viável".
Para Obama, uma paz com a criação de um Estado Nacional palestino coexistindo com um país palestino é único garantia para que Israel continue sendo uma democracia e um Estado Nacional judaico. Como a população árabe cresce mais do que a israelense e já é maioria no território histórico da Palestina, sem dois países independentes, os palestinos seriam maioria.
O presidente americano ameaçou mais uma vez com uma intervenção militar na Síria, se a ditadura de usar armas químicas na guerra civil: "Deixei claro a Bachar Assad e a quem cumpre suas ordens: não vamos tolerar o uso de armas químicas contra o povo sírio nem a transferência destas armas para grupos terroristas", numa referência à milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus).
Em seguida, deu seu receita para a paz na Síria: "Assad precisa ir para que o futuro da Síria possa começar. Porque a verdadeira estabilidade da Síria depende do estabelecimento de um governo responsável perante seu povo - um governo que proteja todas as comunidades dentro de suas fronteiras e a paz com países além delas".
Ele reconheceu que o programa nuclear do Irã é uma ameaça à existência de Israel. "Mas não é só um desafio para Israel - é uma ameaça para o mundo inteiro, inclusive para os EUA. Um Irã com armas atômicas vai aumentar o risco de terrorismo nuclear. Vai minar o regime de não proliferação nuclear. Vai provocar uma corrida nuclear numa região volátil. E vai fortalecer um governo que não mostra respeito pelos direitos de seu povo nem responsável diante de outras nações".
Ao afirmar que a economia do Irã está em péssimas condições por causa das sanções internacionais, Obama pediu mais tempo para uma solução negociada, mas insistiu que o prazo não é ilimitado e renovou a ameaça de uso da força: "Deixamos clara a posição dos EUA: o Irã não pode ter armas nucleares".
A questão nuclear iraniana é um dos temas que afastam Obama do primeiro-ministro linha-dura Benjamin Netanyahu, que gostaria de atacar militarmente as usinas atômicas do Irã, mas teme fazer isso sem a cobertura dos EUA.
Obama insiste em dar mais tempo às sanções e à diplomacia, e acredita que a solução do problema palestino melhoraria a imagem de Israel no Oriente Médio e no mundo. Mas o governo direitista israelense não manifesta maior interesse na paz com os palestinos.
"A paz é possível", disse Obama, sob aplausos da plateia. Em seguida, criticou a expansão das colônias israelenses na Cisjordânia ocupada: "Israel precisa reconhecer que a colonização é contraproducente no processo de paz. Um Estado palestino precisa ser viável".
Para Obama, uma paz com a criação de um Estado Nacional palestino coexistindo com um país palestino é único garantia para que Israel continue sendo uma democracia e um Estado Nacional judaico. Como a população árabe cresce mais do que a israelense e já é maioria no território histórico da Palestina, sem dois países independentes, os palestinos seriam maioria.
O presidente americano ameaçou mais uma vez com uma intervenção militar na Síria, se a ditadura de usar armas químicas na guerra civil: "Deixei claro a Bachar Assad e a quem cumpre suas ordens: não vamos tolerar o uso de armas químicas contra o povo sírio nem a transferência destas armas para grupos terroristas", numa referência à milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus).
Em seguida, deu seu receita para a paz na Síria: "Assad precisa ir para que o futuro da Síria possa começar. Porque a verdadeira estabilidade da Síria depende do estabelecimento de um governo responsável perante seu povo - um governo que proteja todas as comunidades dentro de suas fronteiras e a paz com países além delas".
Ele reconheceu que o programa nuclear do Irã é uma ameaça à existência de Israel. "Mas não é só um desafio para Israel - é uma ameaça para o mundo inteiro, inclusive para os EUA. Um Irã com armas atômicas vai aumentar o risco de terrorismo nuclear. Vai minar o regime de não proliferação nuclear. Vai provocar uma corrida nuclear numa região volátil. E vai fortalecer um governo que não mostra respeito pelos direitos de seu povo nem responsável diante de outras nações".
Ao afirmar que a economia do Irã está em péssimas condições por causa das sanções internacionais, Obama pediu mais tempo para uma solução negociada, mas insistiu que o prazo não é ilimitado e renovou a ameaça de uso da força: "Deixamos clara a posição dos EUA: o Irã não pode ter armas nucleares".
A questão nuclear iraniana é um dos temas que afastam Obama do primeiro-ministro linha-dura Benjamin Netanyahu, que gostaria de atacar militarmente as usinas atômicas do Irã, mas teme fazer isso sem a cobertura dos EUA.
Obama insiste em dar mais tempo às sanções e à diplomacia, e acredita que a solução do problema palestino melhoraria a imagem de Israel no Oriente Médio e no mundo. Mas o governo direitista israelense não manifesta maior interesse na paz com os palestinos.
quarta-feira, 20 de março de 2013
Deputada israelense: "Netanyahu não quer a paz"
No dia do início da primeira visita de Barack Obama a Israel como presidente dos Estados Unidos, a deputada Tamar Zandberg, do partido esquerdista Meretz, afirmou que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não tem interesse em negociar uma paz definitiva com os palestinos.
Apesar da declaração do chefe de governo de que está pronto para fazer um "acordo histórico" com os palestinos, a deputada oposicionista não acredita nisso: "Não há nada que o primeiro-ministro Netanyahu queira mais do que a continuação das negociações indefinidamente sem chegar a lugar nenhum. Não há nada que ele queira menos do que o fim das negociações e um acordo de paz com os palestinos".
Em entrevista ao jornal The Washington Post, ela disse que não é uma questão pessoal: "Olhando para seu governo e seu partido, acho que não há um deputado da aliança Likud-Beiteinu na Knesset que seja a favor de uma solução pacífica com a coexistência de dois Estados [um israelense e um palestino]. Netanyahu falou nisso uma vez só há muito tempo e nunca mais repetiu".
Apesar da declaração do chefe de governo de que está pronto para fazer um "acordo histórico" com os palestinos, a deputada oposicionista não acredita nisso: "Não há nada que o primeiro-ministro Netanyahu queira mais do que a continuação das negociações indefinidamente sem chegar a lugar nenhum. Não há nada que ele queira menos do que o fim das negociações e um acordo de paz com os palestinos".
Em entrevista ao jornal The Washington Post, ela disse que não é uma questão pessoal: "Olhando para seu governo e seu partido, acho que não há um deputado da aliança Likud-Beiteinu na Knesset que seja a favor de uma solução pacífica com a coexistência de dois Estados [um israelense e um palestino]. Netanyahu falou nisso uma vez só há muito tempo e nunca mais repetiu".
Senado dos EUA aprova lei para governo não fechar
Por 73 a 26 votos, o Senado dos Estados Unidos aprovou uma medida de curto prazo para evitar a paralisação do governo federal americano no mês que vem e devolver recursos a programas atingidos duramente para cortes automáticos de gastos deflagrados porque não houve acordo entre a Casa Branca e o Congresso para reduzir o déficit orçamentário do país.
A Câmara, dominada pela oposição republicana, deve aprovar a lei ainda nesta semana.
A Câmara, dominada pela oposição republicana, deve aprovar a lei ainda nesta semana.
Presos em greve de fome em Guantânamo já são 24
Os Estados Unidos admitiram ontem que 24 dos 166 suspeitos de terrorismo presos ilegalmente na base naval de Guantânamo, um enclave americano em Cuba, estão em greve de fome. Oito perderam tanto peso por deixar de comer que foram acorrentados a cadeiras e estão sendo alimentados à força com soro duas vezes por dia. Dois estão internados no hospital militar da base para reidratação.
A base de Guantânamo foi transformada num centro de detenção para presos na guerra contra o terrorismo declarada pelo então presidente George W. Bush depois dos atentados de 11 de setembro de 2001. Em fevereiro de 2002, o governo americano começou a transferência de presos para lá.
Durante a campanha eleitoral de 2008, o atual presidente Barack Obama prometeu fechar a prisão de Guantânamo e levar os presos remanescentes para julgamento em território dos EUA. Mas, no único processo, o juiz rejeitou as provas alegando terem sido obtidas ilegalmente através de práticas como a tortura.
Com o protesto generalizado dos conservadores que alegam que vários ex-detentos viraram ou voltaram a ser terroristas, o governo Obama recuou. Guantânamo continua um problema insolúvel, o que levou à greve de fome.
O Pentágono (Departamento da Defesa) considera em greve de fome presos que recusaram as últimas nove refeições e não comeram lanches nesse período, explica o jornal americano The Miami Herald.
A base de Guantânamo foi transformada num centro de detenção para presos na guerra contra o terrorismo declarada pelo então presidente George W. Bush depois dos atentados de 11 de setembro de 2001. Em fevereiro de 2002, o governo americano começou a transferência de presos para lá.
Durante a campanha eleitoral de 2008, o atual presidente Barack Obama prometeu fechar a prisão de Guantânamo e levar os presos remanescentes para julgamento em território dos EUA. Mas, no único processo, o juiz rejeitou as provas alegando terem sido obtidas ilegalmente através de práticas como a tortura.
Com o protesto generalizado dos conservadores que alegam que vários ex-detentos viraram ou voltaram a ser terroristas, o governo Obama recuou. Guantânamo continua um problema insolúvel, o que levou à greve de fome.
O Pentágono (Departamento da Defesa) considera em greve de fome presos que recusaram as últimas nove refeições e não comeram lanches nesse período, explica o jornal americano The Miami Herald.
Chipre prorroga feriado bancário até terça-feira
Diante do colapso do acordo firmado com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para receber uma ajuda de emergência de 10 bilhões de euros, as autoridades do Chipre prorrogaram o feriado bancário em vigor nesta semana até a próxima terça-feira na expectativa de fazer um novo acerto até lá.
Chipre foi o quinto país da Zona do Euro a pedir ajuda financeira, depois da Grécia, da Irlanda, de Portugal e da Espanha. Mas, ao contrário dos casos anteriores, desta vez a UE e o FMI incluíram no acordo a cobrança de um imposto sobre todas as contas bancárias do país, violando o princípio adotado no início da crise de que os depósitos até 100 mil euros seriam totalmente garantidos.
Essa quebra de confiança provocou reações no Chipre e em outros países da UE, criando o risco de que os correntistas corram aos bancos para sacar seu dinheiro, receita para um colapso do setor.
O acordo previa a cobrança única de uma taxa de 9,9% sobre contas com mais de 100 mil euros e de 6,75% abaixo disso. Ontem, o Parlamento do Chipre rejeitou a proposta sem nenhum voto a favor.
A taxação ou confisco de todas as contas teria sido adotada sob pressão da Alemanha porque os bancos cipriotas teriam depósitos de 68 bilhões de euros, mais de quatro vezes maior do que o produto interno bruto do país. Cerca de 31 bilhões seriam de clientes russos, inclusive de organizações criminosas que a UE queria penalizar.
Como o Chipre precisaria de 17 bilhões de euros, mas só conseguiu empréstimos de 10 bilhões, a desastrada solução foi cobrar um imposto sobre todas as contas bancárias. Isso não aconteceria em países maiores e mais importantes da UE, o que provocou revolta no Chipre e insegurança para todos os depositantes dos países em crise.
Chipre foi o quinto país da Zona do Euro a pedir ajuda financeira, depois da Grécia, da Irlanda, de Portugal e da Espanha. Mas, ao contrário dos casos anteriores, desta vez a UE e o FMI incluíram no acordo a cobrança de um imposto sobre todas as contas bancárias do país, violando o princípio adotado no início da crise de que os depósitos até 100 mil euros seriam totalmente garantidos.
Essa quebra de confiança provocou reações no Chipre e em outros países da UE, criando o risco de que os correntistas corram aos bancos para sacar seu dinheiro, receita para um colapso do setor.
O acordo previa a cobrança única de uma taxa de 9,9% sobre contas com mais de 100 mil euros e de 6,75% abaixo disso. Ontem, o Parlamento do Chipre rejeitou a proposta sem nenhum voto a favor.
A taxação ou confisco de todas as contas teria sido adotada sob pressão da Alemanha porque os bancos cipriotas teriam depósitos de 68 bilhões de euros, mais de quatro vezes maior do que o produto interno bruto do país. Cerca de 31 bilhões seriam de clientes russos, inclusive de organizações criminosas que a UE queria penalizar.
Como o Chipre precisaria de 17 bilhões de euros, mas só conseguiu empréstimos de 10 bilhões, a desastrada solução foi cobrar um imposto sobre todas as contas bancárias. Isso não aconteceria em países maiores e mais importantes da UE, o que provocou revolta no Chipre e insegurança para todos os depositantes dos países em crise.
Ex-ditador da Guatemala é julgado por genocídio
No primeiro depoimento no processo do general Efraín Ríos Montt, um índio maia contou ontem como sua aldeia foi arrasada em 1982 por militares que empilharam os corações arrancados de suas vítimas em cima de uma mesa e incendiaram suas casas, no interior da Guatemala. É o primeiro ex-ditador latino-americano julgado por genocídio.
A Guatemala viveu a mais sangrenta guerra civil da Guerra Fria na América Latina, que começou em 1954, com o golpe contra o presidente Jacobo Arbenz, articulado pelos Estados Unidos depois que ele iniciou uma reforma agrária em fazendas da companhia United Fruit. Em 1960, grupos de esquerda iniciaram uma luta armada que perdeu a força com a volta da democracia à Guatemala em 1986 e a assinatura de um acordo de paz em 1992, depois de cerca de 200 mil mortes.
Ríos Montt aterrorizou o país mais rico e mais populoso da América Central durante um ano e meio, do golpe de 23 de marco de 1982 até ser derrubado por outro general, Oscar Mejía Víctores, em 8 de agosto de 1983.
"Muitas mulheres morreram porque estavam preparando a massa para fazer tortilhas quando os soldados chegaram e não puderam correr", testemunhou Nicolás Brito, da tribo ixil lembrando o ataque contra a aldeia Canaque, no município de Santa María Nebaja. "Os soldados arrancaram os corações das vítimas, os colocaram em cima de uma pequena mesa e os empilharam".
A defesa rejeitou as alegações: "Ninguém jamais ouviu um pronunciamento dele dizendo: 'Matem os ixils! Exterminem os ixils!' José Efraín Ríos Montt nunca deu uma ordem verbal ou escrita mandando exterminar os ixils neste país", afirmou o advogado Francisco García Gudiel pouco antes de ser expulso do tribunal por discutir com o juiz.
Momentos antes do início da primeira audiência, Ríos Montt trocou sua equipe de defesa. O novo advogado entrou com uma série de recursos tentando suspender o julgamento por supostos erros processuais, informa a agência Associated Press.
Sem prova material de que o ditador teria ordenado os massacres da população indígena guatemalteca, a promotoria está apelando para a teoria do "domínio do fato". Tentam mostrar, analisando a cadeia de comando do Exército da Guatemala na época, que o general Ríos Montt não podia ignorar os crimes cometidos por seu governo.
Estive na Guatemala em 1982, durante o governo Ríos Montt. Quase todos os dias havia notícias em jornais sobre desaparecimento de pessoas. Um americano que dava aulas de inglês falava no assunto com um representante comercial guatemalteco que se hospedava no mesmo hotel:
- De onde vêm esses sequestradores? De outro planeta?
- Deve ser, Max - respondia o guatemalteco sem confirmar explicitamente para não se comprometer. Todos associavam as atrocidades a Ríos Montt. Seu julgamento por genocídio é um momento histórico.
A Guatemala viveu a mais sangrenta guerra civil da Guerra Fria na América Latina, que começou em 1954, com o golpe contra o presidente Jacobo Arbenz, articulado pelos Estados Unidos depois que ele iniciou uma reforma agrária em fazendas da companhia United Fruit. Em 1960, grupos de esquerda iniciaram uma luta armada que perdeu a força com a volta da democracia à Guatemala em 1986 e a assinatura de um acordo de paz em 1992, depois de cerca de 200 mil mortes.
Ríos Montt aterrorizou o país mais rico e mais populoso da América Central durante um ano e meio, do golpe de 23 de marco de 1982 até ser derrubado por outro general, Oscar Mejía Víctores, em 8 de agosto de 1983.
"Muitas mulheres morreram porque estavam preparando a massa para fazer tortilhas quando os soldados chegaram e não puderam correr", testemunhou Nicolás Brito, da tribo ixil lembrando o ataque contra a aldeia Canaque, no município de Santa María Nebaja. "Os soldados arrancaram os corações das vítimas, os colocaram em cima de uma pequena mesa e os empilharam".
A defesa rejeitou as alegações: "Ninguém jamais ouviu um pronunciamento dele dizendo: 'Matem os ixils! Exterminem os ixils!' José Efraín Ríos Montt nunca deu uma ordem verbal ou escrita mandando exterminar os ixils neste país", afirmou o advogado Francisco García Gudiel pouco antes de ser expulso do tribunal por discutir com o juiz.
Momentos antes do início da primeira audiência, Ríos Montt trocou sua equipe de defesa. O novo advogado entrou com uma série de recursos tentando suspender o julgamento por supostos erros processuais, informa a agência Associated Press.
Sem prova material de que o ditador teria ordenado os massacres da população indígena guatemalteca, a promotoria está apelando para a teoria do "domínio do fato". Tentam mostrar, analisando a cadeia de comando do Exército da Guatemala na época, que o general Ríos Montt não podia ignorar os crimes cometidos por seu governo.
Estive na Guatemala em 1982, durante o governo Ríos Montt. Quase todos os dias havia notícias em jornais sobre desaparecimento de pessoas. Um americano que dava aulas de inglês falava no assunto com um representante comercial guatemalteco que se hospedava no mesmo hotel:
- De onde vêm esses sequestradores? De outro planeta?
- Deve ser, Max - respondia o guatemalteco sem confirmar explicitamente para não se comprometer. Todos associavam as atrocidades a Ríos Montt. Seu julgamento por genocídio é um momento histórico.
Obama visita Israel sem grandes expectativas
O presidente Barack Obama começou hoje sua primeira visita a Israel e a primeira de seu segundo governo sem esperança de reativar o processo de paz no Oriente Médio. Além de tentar melhorar as frias relações com o primeiro-ministro linha-dura Benjamin Netanyahu, o presidente dos Estados Unidos vai discutir problemas de segurança do Oriente Médio, especialmente o programa nuclear do Irã e a guerra civil na Síria.
"Vejo esta visita como uma oportunidade para reafirmar a ligação inquebrantável entre nossos dois países", declarou o presidente americano ao desembarcar em Telavive, reporta o jornal The New York Times. A maior preocupação de Israel, manifestada pelo presidente Shimon Peres, é com o desenvolvimento de armas atômicas pelo Irã.
Um dos principais momentos da viagem será um discurso de Obama para jovens israelenses, uma tentativa de convencê-los da necessidade de fazer a paz com os palestinos para que os dois povos tenham um futuro melhor. Ele também vai ao túmulo de Theodor Herzl, o pai do sionismo moderno.
De Israel, Obama vai à Cisjordânia ocupada se encontrar com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, mas para decepção dos palestinos não leva nenhuma iniciativa para estimular a retomada das negociações de paz, comenta a agência Reuters.
As tensões e a desesperança aumentaram com a ampliação das colônias israelenses na Cisjordânia, especialmente no setor oriental de Jerusalém, o recente conflito entre Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na Faixa de Gaza, e a divisão no movimento palestino entre o Hamas e a Fatah (Luta) de Abbas.
No fim da viagem, o presidente dos EUA vai à Jordânia para um encontro com o rei Abdullah.
"Vejo esta visita como uma oportunidade para reafirmar a ligação inquebrantável entre nossos dois países", declarou o presidente americano ao desembarcar em Telavive, reporta o jornal The New York Times. A maior preocupação de Israel, manifestada pelo presidente Shimon Peres, é com o desenvolvimento de armas atômicas pelo Irã.
Um dos principais momentos da viagem será um discurso de Obama para jovens israelenses, uma tentativa de convencê-los da necessidade de fazer a paz com os palestinos para que os dois povos tenham um futuro melhor. Ele também vai ao túmulo de Theodor Herzl, o pai do sionismo moderno.
De Israel, Obama vai à Cisjordânia ocupada se encontrar com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, mas para decepção dos palestinos não leva nenhuma iniciativa para estimular a retomada das negociações de paz, comenta a agência Reuters.
As tensões e a desesperança aumentaram com a ampliação das colônias israelenses na Cisjordânia, especialmente no setor oriental de Jerusalém, o recente conflito entre Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na Faixa de Gaza, e a divisão no movimento palestino entre o Hamas e a Fatah (Luta) de Abbas.
No fim da viagem, o presidente dos EUA vai à Jordânia para um encontro com o rei Abdullah.
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Ataque cibernético atinge bancos e TVs sul-coreanas
A Coreia do Sul confirmou hoje que piratas cibernéticos (hackers) atacaram os sistemas de computadores de bancos e televisões do país, infectando-os com programa para paralisá-los ou deixá-los muito lentos. As principais suspeitas recaem sobre a Coreia do Norte, que recentemente declarou nulo o cessar-fogo acertado há 60 anos, no fim da Guerra da Coreia.
Os computadores do governo sul-coreano não foram afetados. Nove empresas foram atacadas. Uma equipe formada pelo governo, as Forças Armadas e empresas privadas está investigando a ação. A Coreia do Sul acusou a do Norte anteriormente, em 2010 e 2012, diante de ataques semelhantes contra bancos e meios de comunicação, lembra a televisão americana CNN.
A tensão na Península Coreana aumentou nos últimos meses por causa de explosões nucleares e testes de mísseis que aparentemente visam a afirmar a liderança do jovem ditador Kim Jong Un, que sucedeu o pai em dezembro de 2011.
Em resposta, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou novas sanções contra o regime stalinista de Pionguiangue, que mais uma vez ameaçou ir à guerra contra os EUA e seus aliados. Desde o fim da União Soviética, em 1991, a Coreia do Norte faz uma chantagem nuclear. Exige ajuda em energia e alimentos em troca dessa paz armada.
Os computadores do governo sul-coreano não foram afetados. Nove empresas foram atacadas. Uma equipe formada pelo governo, as Forças Armadas e empresas privadas está investigando a ação. A Coreia do Sul acusou a do Norte anteriormente, em 2010 e 2012, diante de ataques semelhantes contra bancos e meios de comunicação, lembra a televisão americana CNN.
A tensão na Península Coreana aumentou nos últimos meses por causa de explosões nucleares e testes de mísseis que aparentemente visam a afirmar a liderança do jovem ditador Kim Jong Un, que sucedeu o pai em dezembro de 2011.
Em resposta, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou novas sanções contra o regime stalinista de Pionguiangue, que mais uma vez ameaçou ir à guerra contra os EUA e seus aliados. Desde o fim da União Soviética, em 1991, a Coreia do Norte faz uma chantagem nuclear. Exige ajuda em energia e alimentos em troca dessa paz armada.
Al Caeda assume autoria de atentados no Iraque
O Estado Islâmico do Iraque, ramo da rede terrorista Al Caeda, reivindicou hoje a responsabilidade pela onda de atentados com pelo menos 10 carros-bomba que matou pelo menos 65 pessoas ontem, véspera do décimo aniversário da invasão do país pelos Estados Unidos e aliados.
Al Caeda declarou que foi uma vingança pela morte de prisioneiros sunitas.
Al Caeda declarou que foi uma vingança pela morte de prisioneiros sunitas.
terça-feira, 19 de março de 2013
Dez carros-bomba matam mais de 60 no Iraque
Mais de 60 pessoas morreram e outras 150 foram feridas por uma onda de atentados terroristas em Bagdá para marcar o décimo aniversário da invasão do Iraque pelos Estados Unidos para derrubar a ditadura de Saddam Hussein.
Pelo menos 10 carros-bomba foram detonados em ataques coordenados contra áreas de predominância xiita, inclusive em feiras de rua, pontos de ônibus e da chamada Zona Verde, onde ficam a sede do governo e as embaixadas estrangeiras, noticia a agência Reuters.
Além disso, um terrorista suicida se autodestruiu diante de uma delegacia de uma cidade xiita ao sul da capital e três bombas caseiras explodiram na cidade de Kirkuk, disputada entre árabes sunitas e curdos.
Nenhum grupo reivindicou a autoria dos atentados. Suas características apontam para o Estado Islâmico do Iraque, o braço da rede terrorista Al Caeda no Iraque, que não existia antes da queda de Saddam Hussein e tenta desestabilizar o governo do primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki.
A invasão do Iraque matou entre 160 mil e 200 mil pessoas, arrasou o país e já custou US$ 2 trilhões aos EUA entre custos direitos a indiretos. É um aniversário que os iraquianos preferem ignorar, observou o jornal The New York Times.
Pouco mais de duas semanas depois da invasão, em 9 de abril de 2003, Saddam caiu. Em 1º de maio, o então presidente americano George W. Bush declarou a "missão cumprida" a bordo de um porta-aviões, hoje considerada uma das mais ridículas e desastradas declarações de vitória.
Em vez da democracia prometida por Bush, houve o colapso do Estado, a destruição da infraestrutura e a divisão étnica do país, que parece incapaz de juntar seus cacos, comenta a televisão estatal britânica BBC.
A violência política chegou ao pico em 2006 e 2007. Quando o país estava à beira do abismo de uma guerra civil sectária entre sunitas e xiitas, Bush ordenou um reforço das tropas dos EUA. Conseguiu reduzir a violência, preparando o terreno para a retirada prometida pelo atual presidente, Barack Obama, durante a campanha eleitoral de 2008.
Mas, desde que os EUA retiraram as suas forças de operações de combate, em dezembro de 2011, há um recrudescimento da violência entre sunitas e xiitas, um declínio na situação econômica do Iraque e centenas de milhares de pessoas entraram no país para fugir da guerra civil na Síria.
Quando a democracia finalmente chegou ao mundo árabe com as revoltas na Tunísia, no Egito e na Líbia, uma possível intervenção militar estrangeira foi repudiada pelas populações locais por medo de que seus países virassem um novo Iraque, fragmentado e dividido como o Afeganistão e o Líbano estão até hoje. Depois de dois anos de guerra civil, a Síria segue pelo mesmo caminho de morte e destruição.
Pelo menos 10 carros-bomba foram detonados em ataques coordenados contra áreas de predominância xiita, inclusive em feiras de rua, pontos de ônibus e da chamada Zona Verde, onde ficam a sede do governo e as embaixadas estrangeiras, noticia a agência Reuters.
Além disso, um terrorista suicida se autodestruiu diante de uma delegacia de uma cidade xiita ao sul da capital e três bombas caseiras explodiram na cidade de Kirkuk, disputada entre árabes sunitas e curdos.
Nenhum grupo reivindicou a autoria dos atentados. Suas características apontam para o Estado Islâmico do Iraque, o braço da rede terrorista Al Caeda no Iraque, que não existia antes da queda de Saddam Hussein e tenta desestabilizar o governo do primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki.
A invasão do Iraque matou entre 160 mil e 200 mil pessoas, arrasou o país e já custou US$ 2 trilhões aos EUA entre custos direitos a indiretos. É um aniversário que os iraquianos preferem ignorar, observou o jornal The New York Times.
Pouco mais de duas semanas depois da invasão, em 9 de abril de 2003, Saddam caiu. Em 1º de maio, o então presidente americano George W. Bush declarou a "missão cumprida" a bordo de um porta-aviões, hoje considerada uma das mais ridículas e desastradas declarações de vitória.
Em vez da democracia prometida por Bush, houve o colapso do Estado, a destruição da infraestrutura e a divisão étnica do país, que parece incapaz de juntar seus cacos, comenta a televisão estatal britânica BBC.
A violência política chegou ao pico em 2006 e 2007. Quando o país estava à beira do abismo de uma guerra civil sectária entre sunitas e xiitas, Bush ordenou um reforço das tropas dos EUA. Conseguiu reduzir a violência, preparando o terreno para a retirada prometida pelo atual presidente, Barack Obama, durante a campanha eleitoral de 2008.
Mas, desde que os EUA retiraram as suas forças de operações de combate, em dezembro de 2011, há um recrudescimento da violência entre sunitas e xiitas, um declínio na situação econômica do Iraque e centenas de milhares de pessoas entraram no país para fugir da guerra civil na Síria.
Quando a democracia finalmente chegou ao mundo árabe com as revoltas na Tunísia, no Egito e na Líbia, uma possível intervenção militar estrangeira foi repudiada pelas populações locais por medo de que seus países virassem um novo Iraque, fragmentado e dividido como o Afeganistão e o Líbano estão até hoje. Depois de dois anos de guerra civil, a Síria segue pelo mesmo caminho de morte e destruição.
Parlamento do Chipre rejeita acordo com a UE
O Parlamento do Chipre rejeitou hoje o imposto que seria cobrado sobre todas as contas bancárias do país, rompendo o acordo com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional para receber uma ajuda de emergência de 10 bilhões de euros.
Por pressão dos países do Norte, especialmente da Alemanha, o acordo previa a cobrança de um imposto de 9,9% sobre as contas bancárias com mais de 100 mil euros e de 6,75% das contas com menos dinheiro.
A medida viola o princípio de garantia dos depósitos em conta corrente. Foi considerada um confisco.
Nenhum deputado cipriota votou a favor. Houve 36 votos contra e 19 abstenções.
Por pressão dos países do Norte, especialmente da Alemanha, o acordo previa a cobrança de um imposto de 9,9% sobre as contas bancárias com mais de 100 mil euros e de 6,75% das contas com menos dinheiro.
A medida viola o princípio de garantia dos depósitos em conta corrente. Foi considerada um confisco.
Nenhum deputado cipriota votou a favor. Houve 36 votos contra e 19 abstenções.
OCDE reduz previsão de crescimento da França em 2013
A França, quinta maior economia do mundo, deve crescer apenas 0,1% neste ano, afirmou hoje a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Economico (OCDE), revisando para baixo sua previsão anterior, de 0,3%. Para 2014, a expectativa é de expansão de 1,4%.
O índice de desemprego deve aumentar e se estabilizar em 11,25% até o fim de 2013, enquanto o déficit público ficará em 3,5% do produto interno bruto neste ano. Só em 2014 cai para os 3% fixados como limite no pacto de estabilidade acertado para sustentar o euro.
Já a dívida pública da França vai continuar subindo. Vai passar de 91,3% do PIB em 2012 para 96,1% em 2014, bem acima dos 60% estabelecidos como teto pelos países da Zona do Euro.
A OCDE recomenda reformas para estimular a competitividade e gerar empregos, mas isso exige mexer nos direitos, privilégios e conquistas sociais dos trabalhadores, o que dificulta a tarefa do governo socialista.
O índice de desemprego deve aumentar e se estabilizar em 11,25% até o fim de 2013, enquanto o déficit público ficará em 3,5% do produto interno bruto neste ano. Só em 2014 cai para os 3% fixados como limite no pacto de estabilidade acertado para sustentar o euro.
Já a dívida pública da França vai continuar subindo. Vai passar de 91,3% do PIB em 2012 para 96,1% em 2014, bem acima dos 60% estabelecidos como teto pelos países da Zona do Euro.
A OCDE recomenda reformas para estimular a competitividade e gerar empregos, mas isso exige mexer nos direitos, privilégios e conquistas sociais dos trabalhadores, o que dificulta a tarefa do governo socialista.
Venda de carros novos cai 10,5% num ano na UE
As vendas de carros novos na União Europeia mantiveram em fevereiro de 2013 a tendência de queda registrada desde outubro de 2011, com baixa de 10,5% em relação a fevereiro do ano passado, caindo pela primeira durante a crise abaixo de 800 mil, informou hoje a Associação Europeia dos Fabricantes de Veículos.
O único mercado nacional europeu importante em alta na Europa foi o Reino Unido (+7,9%), enquanto Itália (-17,4%), França (-12,1%), Alemanha (-10,5%) e Espanha (9,8%) tiveram quedas fortes, reduzindo o total de vendas na UE para 795.482 veículos.
Nos dois primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período no ano passado, houve avanço de 10,7% no Reino Unido e baixas acentuadas na Itália (-17,3%), França (-13,5%), Espanha (-9,7%) e Alemanha (-9,6%).
O único mercado nacional europeu importante em alta na Europa foi o Reino Unido (+7,9%), enquanto Itália (-17,4%), França (-12,1%), Alemanha (-10,5%) e Espanha (9,8%) tiveram quedas fortes, reduzindo o total de vendas na UE para 795.482 veículos.
Nos dois primeiros meses do ano, na comparação com o mesmo período no ano passado, houve avanço de 10,7% no Reino Unido e baixas acentuadas na Itália (-17,3%), França (-13,5%), Espanha (-9,7%) e Alemanha (-9,6%).
China supera Reino Unido como exportador de armas
A China ultrapassou o Reino Unido para se tornar o cinco maior exportador mundial de armamentos, atrás dos Estados Unidos, da Rússia, da Alemanha e da França, afirmou ontem o SIPRI (Instituto Internacional de Estudos da Paz de Estocolmo), na Suécia.
Os EUA lideram, com 30% do mercado, seguidos pela Rússia com 26%, enquanto a China subiu de 2% para 5%, mas avança para abocanhar uma fatia muito maior deste mercado.
As exportações de armas cresceram 17% nos últimos cinco anos (2008-12) em comparação com os cinco anteriores; as chinesas, 162%, com o Paquistão como maior comprador, reporta a agência de notícias Bloomberg.
Os EUA lideram, com 30% do mercado, seguidos pela Rússia com 26%, enquanto a China subiu de 2% para 5%, mas avança para abocanhar uma fatia muito maior deste mercado.
As exportações de armas cresceram 17% nos últimos cinco anos (2008-12) em comparação com os cinco anteriores; as chinesas, 162%, com o Paquistão como maior comprador, reporta a agência de notícias Bloomberg.
53% dos americanos acham que invadir Iraque foi erro
Dez anos depois da invasão do Iraque pelos Estados Unidos e aliados, cerca de 53% dos americanos acreditam que a guerra foi um erro, enquanto 42% apoiam a decisão tomada pelo então presidente George W. Bush, indica uma pesquisa do Instituto Gallup.
Desde agosto de 2005, a maioria da opinião pública americana é contra a Guerra do Iraque. O maior repúdio, de 63%, foi registrado pelo Gallup em abril de 2008.
Desde agosto de 2005, a maioria da opinião pública americana é contra a Guerra do Iraque. O maior repúdio, de 63%, foi registrado pelo Gallup em abril de 2008.
segunda-feira, 18 de março de 2013
Europa alivia impostos sobre contas bancárias do Chipre
Diante da ameaça de uma corrida aos bancos, os ministros das Finanças da União Europeia concordaram hoje em reduzir os impostos a serem cobrados dos depositantes de dinheiro no Chipre, um dos menores países do continente, em troca de uma ajuda internacional. A ideia é poupar a classe média para garantir a aprovação da proposta do parlamento cipriota. Os bancos do país ficarão fechados por dois dias.
Com base no acordo com a UE e o FMI (Fundo Monetário Internacional) anunciado no domingo para salvar o sistema financeiro do país com uma ajuda de emergência de 10 bilhões de euros, as contas de até 100 mil euros pagarão 6,75% de imposto (ou confisco, dependendo do ponto de vista) e as acima disso 9,9%.
A medida inédita foi tomada inicialmente porque o Chipre, com produto interno bruto de 14 bilhões de euros por ano, tem depósitos bancários de 68 bilhões de euros. Seria uma das praças financeiras favoritas da máfia russa.
O problema é que viola o princípio de que os depósitos bancários em conta corrente devem ser protegidos. Se um acordo draconiano é imposto ao Chipre, que garantia tem os correntistas da Itália ou Espanha de que a Alemanha e outros países do Norte não vão impor a mesma exigência para lhes dar ajuda financeira?
Uma corrida aos bancos dos países da Zona do Euro em crise para sacar imediatamente todo o dinheiro seria mais um golpe na união monetária europeia. O maior risco para uma moeda é a perda de credibilidade.
As bolsas de valores caíram hoje no mundo inteiro por causa da pequena ilha ao sul da Turquia.
Com base no acordo com a UE e o FMI (Fundo Monetário Internacional) anunciado no domingo para salvar o sistema financeiro do país com uma ajuda de emergência de 10 bilhões de euros, as contas de até 100 mil euros pagarão 6,75% de imposto (ou confisco, dependendo do ponto de vista) e as acima disso 9,9%.
A medida inédita foi tomada inicialmente porque o Chipre, com produto interno bruto de 14 bilhões de euros por ano, tem depósitos bancários de 68 bilhões de euros. Seria uma das praças financeiras favoritas da máfia russa.
O problema é que viola o princípio de que os depósitos bancários em conta corrente devem ser protegidos. Se um acordo draconiano é imposto ao Chipre, que garantia tem os correntistas da Itália ou Espanha de que a Alemanha e outros países do Norte não vão impor a mesma exigência para lhes dar ajuda financeira?
Uma corrida aos bancos dos países da Zona do Euro em crise para sacar imediatamente todo o dinheiro seria mais um golpe na união monetária europeia. O maior risco para uma moeda é a perda de credibilidade.
As bolsas de valores caíram hoje no mundo inteiro por causa da pequena ilha ao sul da Turquia.
Vitória da Uhuru Kenyatta não pacifica o Quênia
O primeiro-ministro Raila Odinga está contestando na Justiça a vitória do vice-presidente Uhuru Kenyatta na eleição presidencial de 4 de março de 2013 no Quênia por uma pequena margem de apenas 8 mil votos ou 0,07% para evitar um segundo turno. É um resultado que deixa o país dividido.
Kenyatta, filho do herói da independência do país, Jomo Kenyatta, articulou a Aliança Jubileu, que marcar os 50 anos da emancipação do Império Britânico, reunindo seu grupo étnico kikuyu, o maior e tradicionalmente mais poderoso, e o povo kalenjin de seu vice Wiliam Ruto.
Ambos são suspeitos de crimes contra a humanidade cometidos durante a onda de violência que se seguiu à eleição presidencial de dezembro de 2007, em que Odinga acreditava ter vencido o então presidente Mwai Kibaki, um kikuyu, que acabou sendo considerado vencedor. Kenyatta é acusado de organizar a milícia kikuyu.
Por isso, os vencedores não tiveram o apoio da Europa e dos Estados Unidos, que ajudaram a financiar o processo eleitoral e acabaram tendo de aceitar candidatos processados pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).
Nas áreas kikuyu, embu, meni e kalenjin, cerca de metade do eleitorado votou em Kenyatta. Nas regiões luo, luhya e kamba, quase todos os votos foram para a Coalizão pela Reforma e Democracia, liderada por Odinga.
O elevado índice de comparecimento às urnas, de 86%, é possivelmente resultado de fraudes, mas os observadores locais e estrangeiros consideraram o processo eleitoral transparente, embora tenham criticado o sistema de contagem manual dos votos.
Em duas semanas, o Supremo Tribunal deve decidir se aceita as alegações de Odinga.
Kenyatta, filho do herói da independência do país, Jomo Kenyatta, articulou a Aliança Jubileu, que marcar os 50 anos da emancipação do Império Britânico, reunindo seu grupo étnico kikuyu, o maior e tradicionalmente mais poderoso, e o povo kalenjin de seu vice Wiliam Ruto.
Ambos são suspeitos de crimes contra a humanidade cometidos durante a onda de violência que se seguiu à eleição presidencial de dezembro de 2007, em que Odinga acreditava ter vencido o então presidente Mwai Kibaki, um kikuyu, que acabou sendo considerado vencedor. Kenyatta é acusado de organizar a milícia kikuyu.
Por isso, os vencedores não tiveram o apoio da Europa e dos Estados Unidos, que ajudaram a financiar o processo eleitoral e acabaram tendo de aceitar candidatos processados pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).
Nas áreas kikuyu, embu, meni e kalenjin, cerca de metade do eleitorado votou em Kenyatta. Nas regiões luo, luhya e kamba, quase todos os votos foram para a Coalizão pela Reforma e Democracia, liderada por Odinga.
O elevado índice de comparecimento às urnas, de 86%, é possivelmente resultado de fraudes, mas os observadores locais e estrangeiros consideraram o processo eleitoral transparente, embora tenham criticado o sistema de contagem manual dos votos.
Em duas semanas, o Supremo Tribunal deve decidir se aceita as alegações de Odinga.
domingo, 17 de março de 2013
Quinto soldado da França morre na intervenção no Mali
Um cabo do 1º Regimento da Infantaria da Marinha da França morreu em combate no Norte do Mali, anunciou hoje o presidente François Hollande, manifestando sua "grande tristeza".
É o quinto soldado francês morto desde o início da intervenção militar francesa no Norte do Mali, em 11 de janeiro de 2013.
A revolta dos tuaregues deflagrou um golpe de Estado. Em 22 de março de 2012, militares descontentes com a falta de recursos para enfrentar as guerrilhas do Deserto do Saara, derrubaram o governo em Bamako, a capital malinesa, que fica no Sul do país.
Isso enfraqueceu ainda mais o governo central do Mali. Em abril do ano passado, o Movimento Nacional de Libertação de Azawade (tuarege) tomou as principais cidades do Norte atuantes na região em aliança com grupos extremistas muçulmanos como a rede terrorista Al Caeda no Magreb Islâmico.
Quando esses grupos jihadistas, que incluem traficantes e contrabandistas numa aliança profana feita no submundo de uma região miserável da África, marcharam para o Sul a caminho de Bamako, a França interveio.
Hollande prometia iniciar a retirada em março e concluí-la em abril, transferindo o controle militar da região para uma força de paz das Nações Unidas formada por soldados africanos, principalmente da Comunidade Econômica dos Países da África Ocidental, liderada pela Nigéria.
É o quinto soldado francês morto desde o início da intervenção militar francesa no Norte do Mali, em 11 de janeiro de 2013.
A revolta dos tuaregues deflagrou um golpe de Estado. Em 22 de março de 2012, militares descontentes com a falta de recursos para enfrentar as guerrilhas do Deserto do Saara, derrubaram o governo em Bamako, a capital malinesa, que fica no Sul do país.
Isso enfraqueceu ainda mais o governo central do Mali. Em abril do ano passado, o Movimento Nacional de Libertação de Azawade (tuarege) tomou as principais cidades do Norte atuantes na região em aliança com grupos extremistas muçulmanos como a rede terrorista Al Caeda no Magreb Islâmico.
Quando esses grupos jihadistas, que incluem traficantes e contrabandistas numa aliança profana feita no submundo de uma região miserável da África, marcharam para o Sul a caminho de Bamako, a França interveio.
Hollande prometia iniciar a retirada em março e concluí-la em abril, transferindo o controle militar da região para uma força de paz das Nações Unidas formada por soldados africanos, principalmente da Comunidade Econômica dos Países da África Ocidental, liderada pela Nigéria.
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sábado, 16 de março de 2013
Chipre recebe ajuda de US$ 13 bilhões da UE
A pequena ilha de Chipre, um dos menores países da União Europeia, recebeu hoje uma ajuda de US$ 13 bilhões da União Europeia em troca do compromisso de fazer uma devassa no seu sistema financeiro, suspeito de ser usado para lavagem de dinheiro da máfia russa.
É o quinto país da UE a pedir ajuda, depois da Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha.
Com uma população de apenas 1 milhão de habitantes, Chipre tem agências de 35 bancos internacionais. Os ministros das Finanças do Grupo do Euro projetou que a dívida do país chegue a 100% do produto interno bruto em 2020, noticia a rede de televisão americana CNN.
É o quinto país da UE a pedir ajuda, depois da Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha.
Com uma população de apenas 1 milhão de habitantes, Chipre tem agências de 35 bancos internacionais. Os ministros das Finanças do Grupo do Euro projetou que a dívida do país chegue a 100% do produto interno bruto em 2020, noticia a rede de televisão americana CNN.
sexta-feira, 15 de março de 2013
França e Reino Unido querem armar rebeldes sírios
No segundo aniversário da revolta popular contra a ditadura de Bachar Assad, a França e o Reino Unido pediram a suspensão do embargo à venda de armas aos para romper o impasse numa guerra civil em que mais de 70 mil pessoas foram mortas, 4 milhões fugiram de suas casas 1 milhão saíram do país.
Só ontem, pelo menos 147 pessoas foram mortas na Síria. "Dois anos depois do início do conflito", observa o alto comissário das Nações Unidas, António Guterres, "há uma alarmante escalada no conflito que está aumentando a crise numa escala sem precedentes nas décadas recentes".
O regime sírio reforçou hoje a segurança na capital, Damasco. Ontem, ameaçou o vizinho e dividido Líbano, afirmando que "um grande número" de militantes atravessar a fronteira para pressionar o governo libanês a "impedir esses grupos armados terroristas de cruzar a fronteiras porque estão atacando o povo sírio e violando a soberania síria".
Durante reunião de cúpula da União Europeia, em Bruxelas, o presidente francês, François Hollande, defendeu a entrega de armas aos rebeldes, informa a televisão pública britânica BBC.
Só ontem, pelo menos 147 pessoas foram mortas na Síria. "Dois anos depois do início do conflito", observa o alto comissário das Nações Unidas, António Guterres, "há uma alarmante escalada no conflito que está aumentando a crise numa escala sem precedentes nas décadas recentes".
O regime sírio reforçou hoje a segurança na capital, Damasco. Ontem, ameaçou o vizinho e dividido Líbano, afirmando que "um grande número" de militantes atravessar a fronteira para pressionar o governo libanês a "impedir esses grupos armados terroristas de cruzar a fronteiras porque estão atacando o povo sírio e violando a soberania síria".
Durante reunião de cúpula da União Europeia, em Bruxelas, o presidente francês, François Hollande, defendeu a entrega de armas aos rebeldes, informa a televisão pública britânica BBC.
Israel forma governo sem partidos religiosos
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu fechou acordo com os partidos Yesh Atid (Há Futuro) e Casa Jucaica para formar um novo governo que terá o apoio de 70 deputados na Knesset, o Parlamento de Israel, de 120 cadeiras, rompendo a aliança com os partidos religiosos.
Mas o jornal liberal israelense Haaretz observa que os jovens líderes dos novos partidos do governo, Yair Lapid e Natali Bennett, são desde já fortes candidatos a destronar Netanyahu e a assumir a chefia do governo.
Lapid, um ex-apresentador de televisão, foi a grande surpresa das eleições parlamentares de 22 de janeiro em Israel. Seu partido Yesh Atid conquistou 19 cadeiras. Se Netanyahu não tivesse conseguido formar o governo, seu prazo se esgotaria e o presidente Shimon Peres teria de convocar novas eleições.
As pesquisas indicam que, neste caso, o Yesh Atid cresceria para 25 deputados, enquanto a coligação Likud Beiteinu, de Netanyahu, cairia de 31 para 28.
Se nas atuais condições, Lapid já queria uma troca de primeiros-ministros dentro da coalizão ainda neste governo, com mais deputados sem dúvida exigiria um rodízio.
Mas o jornal liberal israelense Haaretz observa que os jovens líderes dos novos partidos do governo, Yair Lapid e Natali Bennett, são desde já fortes candidatos a destronar Netanyahu e a assumir a chefia do governo.
Lapid, um ex-apresentador de televisão, foi a grande surpresa das eleições parlamentares de 22 de janeiro em Israel. Seu partido Yesh Atid conquistou 19 cadeiras. Se Netanyahu não tivesse conseguido formar o governo, seu prazo se esgotaria e o presidente Shimon Peres teria de convocar novas eleições.
As pesquisas indicam que, neste caso, o Yesh Atid cresceria para 25 deputados, enquanto a coligação Likud Beiteinu, de Netanyahu, cairia de 31 para 28.
Se nas atuais condições, Lapid já queria uma troca de primeiros-ministros dentro da coalizão ainda neste governo, com mais deputados sem dúvida exigiria um rodízio.
EUA reforçam defesa antimísseis da costa oeste
Diante do aumento da tensão na Península Coreana e da ameaça da Coreia do Norte de atacar os Estados Unidos com mísseis nucleares, o Departamento da Defesa (Pentágono) está fortalecendo o sistema de defesa antimísseis da costa oeste.
O plano prevê a instalação de mais 14 interceptadores de mísseis no Alasca e na Califórnia, além dos 30 já existentes.
O plano prevê a instalação de mais 14 interceptadores de mísseis no Alasca e na Califórnia, além dos 30 já existentes.
Guerra do Iraque pode custar US$ 6 trilhões aos EUA
A invasão do Iraque há 10 anos pelo governo George W. Bush matou pelo menos 134 mil civis iraquianos e já custou US$ 1,7 trilhão aos Estados Unidos. Nas próximas quatro décadas, computando-se os juros pagos sobre a dívida e as pensões e benefícios para veteranos de guerra, esse total pode subir para US$ 6 trilhões, afirma um estudo divulgado hoje.
Com os membros das forças de segurança, insurgentes, jornalistas e trabalhadores de agências humanitárias, o total de mortos sobe para algo entre 176 mil e 189 mil pessoas. Se forem incluídas as mortes por doenças, epidemias e a onda de violência e criminalidade deflagradas pelo colapso do Estado iraquiano, o total pode chegar a 600 mil, estima o Projeto Custos da Guerra do Instituto Watson para Estudos Internacionais da Universidade de Brown, nos EUA.
O custo, somando-se as guerras no Afeganistão e no Paquistão, cresce para US$ 4 trilhões e o total de mortos para 272 mil a 329 mil. Só os juros sobre as dívidas contraídas para invadir o Iraque podem chegar a US$ 4 bilhões nos próximos 40 anos.
Dos US$ 212 bilhões investidos na fracassada reconstrução do Iraque, mais da metade foi gasta em segurança ou se perdeu em fraude e desperdício.
Outra conclusão é que os EUA ganharam muito pouco com a Guerra do Iraque. O conflito fortaleceu os extremistas muçulmanos no Oriente Médio, levou a retrocessos nos direitos das mulheres e enfraqueceu um sistema de saúde que já era precário.
As supostas armas de destruição em massa do ditador Saddam Hussein, desculpa usada por Bush para justificar a invasão, nunca foram encontradas. Simplesmente, não existiam, lembrou hoje o jornal digital americano The Huffington Post.
Com os membros das forças de segurança, insurgentes, jornalistas e trabalhadores de agências humanitárias, o total de mortos sobe para algo entre 176 mil e 189 mil pessoas. Se forem incluídas as mortes por doenças, epidemias e a onda de violência e criminalidade deflagradas pelo colapso do Estado iraquiano, o total pode chegar a 600 mil, estima o Projeto Custos da Guerra do Instituto Watson para Estudos Internacionais da Universidade de Brown, nos EUA.
O custo, somando-se as guerras no Afeganistão e no Paquistão, cresce para US$ 4 trilhões e o total de mortos para 272 mil a 329 mil. Só os juros sobre as dívidas contraídas para invadir o Iraque podem chegar a US$ 4 bilhões nos próximos 40 anos.
Dos US$ 212 bilhões investidos na fracassada reconstrução do Iraque, mais da metade foi gasta em segurança ou se perdeu em fraude e desperdício.
Outra conclusão é que os EUA ganharam muito pouco com a Guerra do Iraque. O conflito fortaleceu os extremistas muçulmanos no Oriente Médio, levou a retrocessos nos direitos das mulheres e enfraqueceu um sistema de saúde que já era precário.
As supostas armas de destruição em massa do ditador Saddam Hussein, desculpa usada por Bush para justificar a invasão, nunca foram encontradas. Simplesmente, não existiam, lembrou hoje o jornal digital americano The Huffington Post.
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