Os Estados Unidos admitiram ontem que 24 dos 166 suspeitos de terrorismo presos ilegalmente na base naval de Guantânamo, um enclave americano em Cuba, estão em greve de fome. Oito perderam tanto peso por deixar de comer que foram acorrentados a cadeiras e estão sendo alimentados à força com soro duas vezes por dia. Dois estão internados no hospital militar da base para reidratação.
A base de Guantânamo foi transformada num centro de detenção para presos na guerra contra o terrorismo declarada pelo então presidente George W. Bush depois dos atentados de 11 de setembro de 2001. Em fevereiro de 2002, o governo americano começou a transferência de presos para lá.
Durante a campanha eleitoral de 2008, o atual presidente Barack Obama prometeu fechar a prisão de Guantânamo e levar os presos remanescentes para julgamento em território dos EUA. Mas, no único processo, o juiz rejeitou as provas alegando terem sido obtidas ilegalmente através de práticas como a tortura.
Com o protesto generalizado dos conservadores que alegam que vários ex-detentos viraram ou voltaram a ser terroristas, o governo Obama recuou. Guantânamo continua um problema insolúvel, o que levou à greve de fome.
O Pentágono (Departamento da Defesa) considera em greve de fome presos que recusaram as últimas nove refeições e não comeram lanches nesse período, explica o jornal americano The Miami Herald.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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