As Forças de Defesa de Israel (FDI) bombardearam e destruíram neste domingo com um míssil Tammuz um posto militar de fronteira da Síria em Tal Fares, de onde afirmam que ontem e hoje foram disparados tiros contra as Colinas do Golã, um território sírio ocupado por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e anexado ilegalmente, em 1981. Dois soldados sírios foram feridos.
Em quase 40 anos desde a Guerra do Yom Kippur, a fronteira sírio-israelense sempre permaneceu praticamente tranquila. Israel redobrou a atenção nos últimos dois anos por causa da revolta popular e da guerra civil contra a ditadura de Bachar Assad, temendo que um regime árabe acuado ataque o inimigo histórico.
Ontem à noite, um jipe do Exército de Israel foi atacado por uma rajada de metralhadora quando fazia uma patrulha de rotina nas Colinas do Golã. Hoje de manhã, houve outro ataque parecido na mesma área, reporta o jornal liberal israelense Haaretz.
O ministro da Defesa, Moshe Yaalon, prometeu tolerância zero para esse tipo de ataque: "Deploramos o ataque a tiros contra as FDI em território israelense. Em resposta, as FDI retaliaram, de acordo com a política expressamente adotada pelo governo de Israel: qualquer ruptura da soberania israelense pelo lado da Síria vai precipitar imediatamente a supressão das fontes dos disparos", declarou o ministro em nota reproduzida no jornal conservador The Times of Israel.
Aparentemente, os disparos partiram do Exército da Síria e não dos rebeldes, que incluem grupos extremistas muçulmanos ligados à rede terrorista Al Caeda. Não está claro se os alvos eram as patrulhas de Israel. "Acreditamos que não eram balas perdidas", comentou o porta-voz militar israelense Peter Lerner.
No Twitter, um porta-voz do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Ofil Gendelman, disse que as forças israelenses "destruíram um ninho de metralhadoras que nas últimas 24 horas tinha atirado duas vezes contra patrulhas israelenses que protegiam a fronteira".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário