A eletricidade, os combustíveis e outras formas de energia recebem por ano subsídios governamentais de US$ 1,9 trilhão que distorcem os preços e dificultam o combate ao aquecimento global, e devem ser substituídos por impostos sobre carbono e outras medidas contra o agravamento do efeito estufa, conclui um estudo divulgado hoje pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Só para combater a poluição e a mudança do clima, nos Estados Unidos, calcula o jornal The Washington Post, isto exigiria a cobrança de um imposto adicional de US$ 0,37 por litro de gasolina e impostos que chegariam a US$ 1.170 em média por pessoa anualmente.
Como a economia é um custo básico de qualquer atividade humana, todos os governos tentam baixar seu preço para reduzir o custo de vida para os cidadãos e o de produção para as empresas. O Fundo adverte que não dá mais para ignorar o que os ecologistas chamam de "externalidades", como a destruição da natureza e a poluição.
Além de causar distorções como o consumismo, o subsídio à energia reduz a arrecadação de impostos necessários para investimentos em infraestrutura, educação e saúde, que são as bases para o desenvolvimento sustentável.
"Esses subsídios beneficiam mais quem têm três carros e quatro aparelhos de ar condicionado do que os pobres", argumentou David Lipton 1º-subdiretor-geral do FMI.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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