Uma série de grandes erupções vulcânicas mudou o clima da Terra e pode ter causado uma onda de extinção que acabou com a metade dos seres vivos do planeta há cerca de 200 milhões de anos, abrindo espaço para o domínio dos dinossauros, aponta um novo estudo da Instituição Carnagie para a Ciência, nos Estados Unidos.
A grande quantidade de gases jogada na atmosfera pelos vulcões teria alterado o clima. Naquele tempo, a Terra só tinha um enorme continente, Pangea, de onde saíram todos os que existem hoje.
Os grandes vulcões ficavam na Província Magmática Central do Atlântico, que se estendia de onde hoje é a Nova Escócia, no Canadá, e Nova Jérsei, nos EUA, até o Marrocos. As megaerupções duraram 600 mil anos e abriram a fenda onde se formou o Oceano Atlântico.
Quando a grande extinção do fim do Período Triássico ocorreu, há 201,56 milhões de anos, os vulcões estavam em plena atividade, conclui a pesquisa. As primeiras erupções em massa aconteceram no Marrocos. Três mil anos depois, começaram na Nova Escócia. Outros dez mil mais tarde, em Nova Jérsei.
Ao examinar a formação geológica desses lugares, os cientistas encontraram fósseis de animais e plantas, pólen e esporos, abaixo das camadas de lavas das grandes erupções vulcânicas, mas não acima delas. Desapareceram para sempre peixes semelhantes a enguias, espécies primitivas de crocodilos, lagartos que viviam em árvores e vegetais de folhas largas, reporta o jornal digital americano The Huffington Post.
Começava então a Era dos Dinossauros, que reinariam sobre a Terra até 65 milhões de anos atrás, quando outra grande onda de extinção acabou com eles. Supõe-se que tenha sido causada pelo impacto de um grande meteoro que teria atingido a região do Golfo do México.
A explosão teria jogado no ar uma grande quantidade de partículas capaz de envolver o planeta numa névoa que bloqueava a luz solar. O clima mudou, e os dinossauros desapareceram.
Neste momento, vivemos a sexta grande onda de extinção, causada principalmente pela destruição da natureza pela ocupação humana com a agravante do aquecimento da atmosfera pela queima de combustíveis fósseis pelo homem.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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