Os aviões de guerra não tripulados ou drones são uma arma capaz de matar no Paquistão ou em qualquer outro lugar do planeta como se joga um videogame numa base militar situada em território dos Estados Unidos. Essa guerra sem riscos para os militares tem o apoio da maioria da população.
Em pesquisa realizada no mês passado pelo Centro Pew, 56% dos americanos apoiaram as ações militares realizadas com drones no exterior, enquanto 26% as repudiaram e 18% ficaram indecisos ou não quiseram opinar, noticia o jornal The Washington Post.
Mais de 3 mil pessoas foram mortas por ataques de drones dos EUA no governo Barack Obama, a maioria no Paquistão e no Afeganistão, onde o país está em guerra com a rede terrorista Al Caeda e seus aliados. A morte no Iêmen de um extremista muçulmano americano, Anwar Al-Awlaki, e de seu filho de 16 anos, ambos cidadãos dos EUA, deflagrou um debate interno no país.
O governo Obama produziu um memorando interno para justificar essas ações alegando que os EUA estão em guerra permanente contra Al Caeda. Isso dá poderes de guerra permanentemente ao presidente dos EUA, o que é contestado por muitas entidades e pensadores liberais.
Mas o apoio popular a esta guerra asséptica, sem risco para quem ataca, é inegável. Entre os republicanos, 68% aprovam os drones e apenas 17% os rejeitam. Entre os democratas, a aprovação cai para 58% e a rejeição sobe para 26%. Os independentes são os mais receosos: 50% aprovaram os drones e 31% são contra.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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