No primeiro resultado concreto desde sua associação, em 2006, o fórum de grandes países emergentes chamado de BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) decidiu em reunião de cúpula realizada em Duban, na África do Sul, criar um fundo de emergência de US$ 100 bilhões para situações de crise alternativo ao Fundo Monetário Internacional (FMI), dominado pelos Estados Unidos e a Europa.
A China, o mais rico dos BRICS, contribuirá com US$ 41 bilhões, o Brasil, a Índia e a Rússia com US$ 18 bilhões cada, e a África do Sul, prima pobre que entrou pela janela num agrado à África, com apenas US$ 5 bilhões.
Outra proposta, de criação de um banco de desenvolvimento, foi acertada, mas não há prazo para sua criação. A questão será examinada em detalhes pelos países.
O grupo surgiu de um relatório interno do banco de investimentos Goldman Sachs, um dos vilões da crise financeira internacional de 2008. Em 2001, o economista britânico Jim O'Neill previu que quatro grandes países emergentes, Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC) seriam os maiores responsáveis pelo crescimento da economia mundial até 2050, quando seriam grandes potências ao lado dos EUA, da Europa e do Japão.
Em inglês, brick quer dizer tijolo. Os BRICs seriam os tijolos da construção da economia mundial do século 21. A África do Sul entrou para dar uma satisfação à África, que se considera vítima do neocolonialismo chinês. Pelo critério de potencial de crescimento, o quinto bric deveria ser a Indonésia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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