Por unanimidade, o Supremo Tribunal de Justiça do Quênia confirmou hoje a vitória do vice-presidente Uhuru Kenyatta, filho do herói da independência do país, Jomo Kenyatta, na eleição presidencial de 4 de março com 50,07% dos votos válidos, uma diferença de 8 mil em relação ao mínimo necessário para evitar um segundo turno.
O resultado era contestado pelo primeiro-ministro Raila Odinga, que perde pela segunda vez consecutiva eleições com suspeita de fraude. A eleição de 2007 deflagrou uma onda de violência com 1,2 mil mortes. Para evitar um conflito maior, foi formado um governo de união nacional com Odinga como primeiro-ministro.
Uhuru Kenyatta foi denunciado pelo Tribunal Penal Internacional por financiar uma milícia da tribo kikuyu, que historicamente domina a política do país. Odinga é do grupo étnico luo, o mesmo do pai do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que era queniano.
Desta vez, pelo resultado oficial, Odinga, filho do primeiro vice-presidente do Quênia, obteve 43,4% dos votos. Hoje seus partidários se concentraram diante do Supremo em Nairóbi, onde havia forte presença da polícia de choque para conter possíveis reações violentas.
Na semana passada, diante das denúncias do candidato derrotado, a Justiça ordenou uma revisão em 22 das 33 mil seções eleitorais, mas não mudou o resultado final, reporta a rede de televisão americana CNN.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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