Ao assumir oficialmente ontem sua candidatura à sucessão de Hugo Chávez, o presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, ameaçou usar a força para defender a revolução bolivarista.
"Não sou Chávez, mas sou seu filho", declarou Maduro, admitindo ao mesmo que tempo não ter a dimensão histórica do caudilho morto e representar sua herança.
Para não deixar dúvidas, ele entregou à presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, o mesmo programa apresentado por Chávez para a eleição de 7 de outubro de 2012.
"Venho pedindo a Deus sua bênção e proteção, ao Libertador todas as suas luzes, e a nosso pai redentor Chávez que me dê força, sabedoria e me permita cumprir a ordem que me deu naquela noite de 8 de dezembro quando disse que, se algo sucedesse com sua vida aqui na Terra, nós tomaríamos sua bandeira e seguiríamos com a tarefa de consolidação da pátria", discursou Maduro.
Apoiam a candidatura oficial o Partido Comunista da Venezuela (PCV), Pátria para Todos (PPT), Redes de Resposta de Mudanças Comunitárias, Movimento Eleitoral do Povo (MEP), Tupamaro, Podemos, Novo Caminho Revolucionário, União Patriótica Venezuelana, Independentes pela Comunidade Nacional, Partido Revolucionário dos Trabalhadores e Correntes Revolucionárias Venezuelanas.
"A nós nos move um amor incondicional", acrescentou o candidato em sua pregação quase religiosa em homenagem ao líder morto. "Sinto que o meu coração se conecta com o coração de Chávez. Não tenho dúvida nenhuma de que sua luz se expandiu e nos protege com suas bendições".
Em seguida, deixou claro que o regime chavista não tem a menor intenção de entregar o poder à oposição: "Se for necessário algum dia, estamos prontos para pegar em armas para defender a pátria de Chávez".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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