Durante visita ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, em Ramalá, na Cisjordânia, o presidente Barack Obama reafirmou hoje o compromisso dos Estados Unidos com uma solução pacífica para o conflito árabe-israelense que inclua a criação de um país independente para os palestinos convivendo lado a lado com Israel.
"O povo palestino merece o fim da ocupação e das indignidades diárias que vêm com ele", discursou Obama.
Mas não convenceu nem mesmo os palestinos moderados. Em entrevista ao jornal liberal israelense Haaretz, a dirigente palestina Hanan Ashrawi, membro do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), afirmou que o discurso de Obama aceita a narrativa ideológica sionista e que os EUA estarão sempre do lado de Israel não importa o que aconteça.
"Obama falou sobre a paz e a necessidade de criação de um Estado palestino para garantir a segurança de Israel , comentou Ashrawi. "Também falou sobre o direito do povo palestino de ter feito próprio Estado, mas não mencionou as duas questões principais, como as fronteiras do Estado palestino, que a colonização vai erodindo a cada dia. O teste agora é ver se aquelas pessoas que aplaudiram Obama em Israel vão dizer a Netanyahu e seu governo para acabar com a ocupação, acabar com os assentamentos e estabelecer um Estado palestino nas fronteiras anteriores à guerra de 1967."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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