A República Democrática do Congo ofereceu nesta segunda-feira anistia e integração ao Exército para os rebeldes do M23, mas o líder do grupo declarou serem necessárias mais negociações.
Na rebelião, que já dura um ano, o M23 chegou a tomar a capital provincial de Goma, humilhando tanto o Exército do Congo quanto a maior força de paz das Nações Unidas em atividade. Neste período, os rebeldes se dividiram em duas facções que lutaram entre si.
Pela proposta de paz do governo, os rebeldes devem entrar suas armas à missão de paz da ONU. O M23 é formado pela etnia tútsi e tinha o apoio do governo de Ruanda. Foi criado originalmente para combater os hutus da milícia Interahamwe, responsável pelo genocídio de pelo menos 800 mil tútsis e hutus moderados na guerra civil ruandesa em 1994.
Depois de décadas de guerra civil em que se estima que mais de 5 milhões de africanos foram mortos, o presidente Joseph Kabila prometeu pacificar o Leste do Congo, até agora sem sucesso.
Kabila deve se encontrar amanhã em Luanda, a capital de Angola, com os presidentes angolano, José Eduardo dos Santos, e da África do Sul, Jacob Zuma, para avaliar a situação, antecipou a agência de notícias Reuters.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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