O ex-primeiro-ministro Yitzhak Shamir, que fez parte da luta armada para criar o Estado de Israel e foi considerado terrorista pelo Império Britânico, morreu hoje aos 96 anos.
Shamir foi o chefe de governo que ficou mais tempo no poder no país depois do fundador de Israel, David ben Gurion, de 1983 a 1984 e depois de 1986 a 1992, como líder do partido Likud, o mesmo do atual primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Com Mal de Alzheimer, estava afastado da vida pública há dez anos.
Linha dura, ele participou da Conferência de Madri, que lançou o processo de paz no Oriente Médio, em 30 e 31 de outubro de 1991, mas foi acusado de ampliar os assentamentos para tornar a colonização dos territórios árabes ocupados um fato consumado.
O então presidente George Herbert Walker Bush teve de suspender garantias de crédito dos Estados Unidos para Israel no valor de US$ 10 bilhões para forçar Shamir a congelar a colonização.
Só depois da vitória do trabalhista Yitzhak Rabin, em 1992, o processo de paz com os palestinos tomou impulso, o que levou aos Acordos de Oslo, ao aperto de mão entre Rabin e o líder da Organização para a Libertação da Palestina, Yasser Arafat, no jardim da Casa Branca, em 13 de setembro de 1993, e à criação da semiautônoma Autoridade Nacional Palestina no ano seguinte.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sábado, 30 de junho de 2012
Família do futuro líder da China é milionária
Até o fim do ano, o vice-presidente Xi Jinping deve ser elevado ao cargo de líder do Partido Comunista e proclamado futuro presidente da China. Durante uma conferência contra a corrupção em 2004, ele alertou altos funcionários do regime para "controlar esposas, filhos, parentes, amigos e assessores". Mas não conseguiu segurar sua própria família.
A exemplo de Bo Xilai, o dirigente afastado por abuso de poder e corrupção em março, Xi também é filho de um herói da revolução. Ambos são dos chamados principezinhos. Sofreram com a Grande Revolução Cultural Proletária (1966-76), o período de maior turbulência da história recente da China. Depois, com seus pais reabilitados, tiveram uma ascensão protegida por privilégios e favoritismos assegurados pelas relações familiares.
Agora, a agência de notícias Bloomberg revela que a grande família de Xi tem negócios no valor de US$ 376 milhões, inclusive 18% de uma empresa que trabalha com os elementos químicos conhecidos como terras raras com valor total de US$ 1,73 bilhão e US$ 20,2 milhões de uma empresa de alta tecnologia cotada em bolsa de valores.
O que mais revoltou a opinião pública chinesa no escândalo político que derrubou Bo foi a vida de luxo e riqueza que seus altos dirigentes e suas famílias levam.
A exemplo de Bo Xilai, o dirigente afastado por abuso de poder e corrupção em março, Xi também é filho de um herói da revolução. Ambos são dos chamados principezinhos. Sofreram com a Grande Revolução Cultural Proletária (1966-76), o período de maior turbulência da história recente da China. Depois, com seus pais reabilitados, tiveram uma ascensão protegida por privilégios e favoritismos assegurados pelas relações familiares.
Agora, a agência de notícias Bloomberg revela que a grande família de Xi tem negócios no valor de US$ 376 milhões, inclusive 18% de uma empresa que trabalha com os elementos químicos conhecidos como terras raras com valor total de US$ 1,73 bilhão e US$ 20,2 milhões de uma empresa de alta tecnologia cotada em bolsa de valores.
O que mais revoltou a opinião pública chinesa no escândalo político que derrubou Bo foi a vida de luxo e riqueza que seus altos dirigentes e suas famílias levam.
Islamita toma posse como presidente do Egito
Um dia depois de prestar um juramento simbólico diante da multidão reunida na Praça da Libertação, no centro do Cairo, Mohamed Mursi, candidato da Irmandade Muçulmana, o maior e mais antigo grupo fundamentalista islâmico do mundo, tomou posse hoje como primeiro presidente eleito democraticamente da História do Egito.
No discurso de posse, Mursi prometeu criar "um novo Egito, a segunda república", declarando encerrado o período de governos militares iniciado com a derrubada da monarquia pela Revolução dos Coronéis, liderada por Gamal Abdel Nasser, em 1952.
"Hoje o povo do Egito começa uma nova vida, com liberdade e democracia de verdade", afirmou o novo presidente egípcio.
Primeiro islamita eleito para presidir um país árabe, ele se comprometeu a atingir os ideais da revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011 construindo as instituições da democracia sob a inspiração de princípios islâmicos.
Mursi reafirmou o compromisso com os acordos internacionais, inclusive o tratado de paz com Israel, mas deu apoio aos "direitos legítimos" do povo palestino.
Seu maior desafio, observa o jornal The New York Times, será tomar o poder real das mãos dos militares.
No discurso de posse, Mursi prometeu criar "um novo Egito, a segunda república", declarando encerrado o período de governos militares iniciado com a derrubada da monarquia pela Revolução dos Coronéis, liderada por Gamal Abdel Nasser, em 1952.
"Hoje o povo do Egito começa uma nova vida, com liberdade e democracia de verdade", afirmou o novo presidente egípcio.
Primeiro islamita eleito para presidir um país árabe, ele se comprometeu a atingir os ideais da revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 11 de fevereiro de 2011 construindo as instituições da democracia sob a inspiração de princípios islâmicos.
Mursi reafirmou o compromisso com os acordos internacionais, inclusive o tratado de paz com Israel, mas deu apoio aos "direitos legítimos" do povo palestino.
Seu maior desafio, observa o jornal The New York Times, será tomar o poder real das mãos dos militares.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Desemprego no Japão cai para 4,4%
A taxa de desemprego no Japão baixou de 4,6% para 4,4% em maio, anunciou nesta sexta-feira o Ministério do Interior e das Comunicações.
Em maio, o total de desempregados no Japão era de 2,97 milhões, 5,4% a menos do que no ano passado. A força de trabalho, de 62,97 milhões de trabalhadores, encolheu 0,5% nos 12 meses até maio.
Em maio, o total de desempregados no Japão era de 2,97 milhões, 5,4% a menos do que no ano passado. A força de trabalho, de 62,97 milhões de trabalhadores, encolheu 0,5% nos 12 meses até maio.
Produção industrial do Japão caiu 3,1% em maio
A produção das fábricas do Japão diminuiu 3,1% em maio de 2012 na comparação com abril. Foi o segundo mês consecutivo de baixa. A principal causa foi a queda na fabricação de automóveis.
Desde dezembro, quando teve alta mensal de 2,3%, a atividade industrial japonesa registrou aumento de 0,9% em janeiro, baixa de 1,6% em fevereiro, avanço de 1,3% em março e queda de 0,2% em abril. Os dados são do Ministério da Economia, do Comércio e da Indústria do Japão.
Desde dezembro, quando teve alta mensal de 2,3%, a atividade industrial japonesa registrou aumento de 0,9% em janeiro, baixa de 1,6% em fevereiro, avanço de 1,3% em março e queda de 0,2% em abril. Os dados são do Ministério da Economia, do Comércio e da Indústria do Japão.
França ficou estagnada no primeiro trimestre
Depois de crescer apenas 0,1% no último trimestre de 2011, a França, quinta maior economia do mundo, ficou estagnada nos primeiros três meses de 2012, confirmou hoje o Insee (Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos).
O consumo doméstico avançou apenas 0,2% no primeiro trimestre, depois de um recuo de 0,1% no fim do ano passado.
O consumo doméstico avançou apenas 0,2% no primeiro trimestre, depois de um recuo de 0,1% no fim do ano passado.
Venezuela entra no Mercosul pela porta dos fundos
Em uma jogada de oportunismo político, Brasil, Argentina e Uruguai aproveitaram a suspensão do Paraguai do Mercosul (Mercado Comum do Sul) para autorizar a entrada da Venezuela como membro pleno do bloco comercial na reunião de cúpula que se realiza ontem e hoje em Mendoza, na Argentina.
O ingresso da Venezuela dependia apenas da ratificação pelo Congresso do Paraguai. Aparentemente, as presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner acharam que seria uma boa maneira de punir os deputados e senadores que derrubaram o presidente Fernando Lugo num processo de impeachment-relâmpago, em 36 horas.
Mas, se o Paraguai foi suspenso por ter violado a cláusula democrática do Mercosul e vai voltar depois das eleições de abril de 2013, não seria lógico respeitar a condição de membro pleno do bloco?
A baixa institucionalidade é uma das maiores deficiências políticas da América Latina. Sua consequência natural é o caudilhismo, uma praga histórica. Atropelam-se as regras por puro oportunismo político. Aos amigos, tudo; aos inimigos, a lei, ou nem pão nem água.
Tudo se justifica, inclusive a fraude e a corrupção, em nome da luta por um bem maior: a causa justa.
O Mercosul agora integra o eixo central da América do Sul de Norte a Sul. Incorpora um país importante, com enormes reservas de petróleo e gás. Mas, enquanto Hugo Chávez estiver no poder, o bloco pode dar adeus aos acordos de liberalização comercial que negocia há anos, por exemplo, com a União Europeia (UE).
Quando um país quer entrar para a UE, é obrigado a se adaptar a todas as regras do bloco. A negociação de acesso da Venezuela foi apressada por razões políticas. Também foi uma entrada pela porta dos fundos. Talvez, na América Latina, as normas não interessem mesmo. Só existam para serem violadas pela prepotência de chefes de Estado que se colocam acima da lei.
O ingresso da Venezuela dependia apenas da ratificação pelo Congresso do Paraguai. Aparentemente, as presidentes Dilma Rousseff e Cristina Kirchner acharam que seria uma boa maneira de punir os deputados e senadores que derrubaram o presidente Fernando Lugo num processo de impeachment-relâmpago, em 36 horas.
Mas, se o Paraguai foi suspenso por ter violado a cláusula democrática do Mercosul e vai voltar depois das eleições de abril de 2013, não seria lógico respeitar a condição de membro pleno do bloco?
A baixa institucionalidade é uma das maiores deficiências políticas da América Latina. Sua consequência natural é o caudilhismo, uma praga histórica. Atropelam-se as regras por puro oportunismo político. Aos amigos, tudo; aos inimigos, a lei, ou nem pão nem água.
Tudo se justifica, inclusive a fraude e a corrupção, em nome da luta por um bem maior: a causa justa.
O Mercosul agora integra o eixo central da América do Sul de Norte a Sul. Incorpora um país importante, com enormes reservas de petróleo e gás. Mas, enquanto Hugo Chávez estiver no poder, o bloco pode dar adeus aos acordos de liberalização comercial que negocia há anos, por exemplo, com a União Europeia (UE).
Quando um país quer entrar para a UE, é obrigado a se adaptar a todas as regras do bloco. A negociação de acesso da Venezuela foi apressada por razões políticas. Também foi uma entrada pela porta dos fundos. Talvez, na América Latina, as normas não interessem mesmo. Só existam para serem violadas pela prepotência de chefes de Estado que se colocam acima da lei.
quinta-feira, 28 de junho de 2012
UE aprova plano de crescimento de 120 bi de euros
No primeiro dia de sua reunião de cúpula, a União Europeia aprovou hoje um plano para estimular o crescimento econômico e a geração de empregos no valor de 120 bilhões de euros (R$ 312 bilhões), anunciou o presidente executivo do bloco, Herman van Rompuy.
Em uma medida para acalmar o mercado, os líderes europeus decidiram que o dinheiro dos fundos europeus de estabilidade financeira poderá ser usado para recapitalizar os bancos, um dos problemas centrais da crise. Os bancos já enfrentavam o peso de dívidas incobráveis da crise de 2008-9 e são grandes detentores de bônus das dívidas públicas em crise.
A Itália e a Espanha se recusam a assinar o acordo se não foram incluídas medidas específicas para estabilizar os mercados financeiros, onde são obrigadas a pagar cada vez mais pelos títulos de suas dívidas públicas. Van Rompuy declarou que as medidas de curto prazo exigidas pela Espanha e a Itália serão discutidas apenas pelos 17 países da Zona do Euro.
O dinheiro para incentivar a economia virá do Banco Europeu de Investimento e do Fundo Europeu de Investimento.
Os presidentes da UE e da Comissão Europeia, órgão executivo do bloco, José Manuel Durão Barroso, propuseram a criação de um Tesouro comum da Eurozona que emitiria eurobônus de médio prazo, além de uma união bancária com fiscalização centralizada e garantia conjunta dos depósitos. Mas a Alemanha insiste em só tomar as medidas para dividir o ônus das dívidas quando uma política fiscal comum estiver consolidada.
Em uma medida para acalmar o mercado, os líderes europeus decidiram que o dinheiro dos fundos europeus de estabilidade financeira poderá ser usado para recapitalizar os bancos, um dos problemas centrais da crise. Os bancos já enfrentavam o peso de dívidas incobráveis da crise de 2008-9 e são grandes detentores de bônus das dívidas públicas em crise.
A Itália e a Espanha se recusam a assinar o acordo se não foram incluídas medidas específicas para estabilizar os mercados financeiros, onde são obrigadas a pagar cada vez mais pelos títulos de suas dívidas públicas. Van Rompuy declarou que as medidas de curto prazo exigidas pela Espanha e a Itália serão discutidas apenas pelos 17 países da Zona do Euro.
O dinheiro para incentivar a economia virá do Banco Europeu de Investimento e do Fundo Europeu de Investimento.
Os presidentes da UE e da Comissão Europeia, órgão executivo do bloco, José Manuel Durão Barroso, propuseram a criação de um Tesouro comum da Eurozona que emitiria eurobônus de médio prazo, além de uma união bancária com fiscalização centralizada e garantia conjunta dos depósitos. Mas a Alemanha insiste em só tomar as medidas para dividir o ônus das dívidas quando uma política fiscal comum estiver consolidada.
Mercosul suspende Paraguai politicamente
O Mercado Comum do Sul (Mercosul) vai manter a suspensão do Paraguai politicamente por causa do golpe branco que depôs o presidente Fernando Lugo, mas não vai adotar nenhuma medida econômica contra o governo de Federico Franco, afirmou hoje o ministro das Relações Exteriores, na véspera de uma reunião de cúpula do bloco do Cone Sul da América Latina, em Mendoza, na Argentina.
Patriota explicou que a decisão se baseia no Protocolo de Ushuaia, de 1998, que condiciona a participação no Mercosul à plena vigência das instituições democráticas.
O Paraguai está suspenso desde domingo, quando foram levantadas suspeitas sobre o processo de impeachment que destituiu o presidente Lugo em 36 horas. Só volta depois das próximas eleições, marcadas para daqui a nove meses.
A discussão bizantina sobre se foi ou não golpe continua na imprensa brasileira, onde comentaristas como Arnaldo Jabor, Elio Gasperi e Merval Pereira insistem em que não houve golpe, mas sim um processo constitucional com base na lei paraguaia, enquanto Clovis Rossi, Claudia Antunes e Miriam Leitão, entre outros, entendem que o processo-relâmpago negou a Lugo o direito de defesa.
Para a professora Adrienne Pine, o impeachment-relâmpago de Lugo "segue o modelo do golpe em Honduras. Foi usado o mesmo tipo de retórica e as mesmas figuras oligárquicas estão por trás. Mau desempenho do presidente é um argumento pobre. Isso mostra que deixar o golpe de Honduras passar abriu caminho para este golpe parlamentar. Eles tiverem o cuidado de não envolver os militares para dar uma aparência de legalidade".
O Paraguai, acrescentou, é um dos países com maior concentração de riqueza do mundo. Por trás do conflito, está a luta pela terra: "Cerca de 80% das terras estão nas mãos de 2% da população, e as instituições paraguaias trabalham para estes 2%. Imaginem se nos Estados Unidos o Congresso pudesse depor o presidente em 24 horas toda vez que estivesse insatisfeito. Não é esse o conceito de democracia. Que democracia é essa: para todo o povo paraguaio ou para os 2% representados no Congresso?", questionou Pine.
No mesmo programa, Por dentro de história, da TV árabe especializada em notícias Al Jazira, Michael Shifter, presidente do InterAmerican Dialogue, um instituto de pesquisas com sede em Washington, observou que o impeachment é um abalo para a nascente democracia paraguaia: "Pode-se discutir se foi golpe ou não, mas foi antidemocrático".
Lugo venceu a eleição depois de 61 anos de governos do Partido Colorado. Na opinião de Shifter, teria sido melhor esperar pela eleição, marcada para abril de 2013. O programa também levantou a suspeita de que o pleno direito de defesa, garantido pelo art. 17 da Constituição do Paraguai, não foi observado.
Quem ainda tiver dúvidas sobre o golpe, confira o artigo de Clovis Rossi na Folha de S. Paulo de hoje mostrando que Lugo foi afastado por uma denúncia vaga e sem provas. Perplexo, o colunista se pergunta como é possível se defender sem uma acusação concreta.
O processo alega que "todas as causas são de notoriedade pública, motivo pela qual não precisam ser provadas, conforme a ordenação jurídica vigente".
Esse impeachment é tão falsificado quanto uísque paraguaio.
Patriota explicou que a decisão se baseia no Protocolo de Ushuaia, de 1998, que condiciona a participação no Mercosul à plena vigência das instituições democráticas.
O Paraguai está suspenso desde domingo, quando foram levantadas suspeitas sobre o processo de impeachment que destituiu o presidente Lugo em 36 horas. Só volta depois das próximas eleições, marcadas para daqui a nove meses.
A discussão bizantina sobre se foi ou não golpe continua na imprensa brasileira, onde comentaristas como Arnaldo Jabor, Elio Gasperi e Merval Pereira insistem em que não houve golpe, mas sim um processo constitucional com base na lei paraguaia, enquanto Clovis Rossi, Claudia Antunes e Miriam Leitão, entre outros, entendem que o processo-relâmpago negou a Lugo o direito de defesa.
Para a professora Adrienne Pine, o impeachment-relâmpago de Lugo "segue o modelo do golpe em Honduras. Foi usado o mesmo tipo de retórica e as mesmas figuras oligárquicas estão por trás. Mau desempenho do presidente é um argumento pobre. Isso mostra que deixar o golpe de Honduras passar abriu caminho para este golpe parlamentar. Eles tiverem o cuidado de não envolver os militares para dar uma aparência de legalidade".
O Paraguai, acrescentou, é um dos países com maior concentração de riqueza do mundo. Por trás do conflito, está a luta pela terra: "Cerca de 80% das terras estão nas mãos de 2% da população, e as instituições paraguaias trabalham para estes 2%. Imaginem se nos Estados Unidos o Congresso pudesse depor o presidente em 24 horas toda vez que estivesse insatisfeito. Não é esse o conceito de democracia. Que democracia é essa: para todo o povo paraguaio ou para os 2% representados no Congresso?", questionou Pine.
No mesmo programa, Por dentro de história, da TV árabe especializada em notícias Al Jazira, Michael Shifter, presidente do InterAmerican Dialogue, um instituto de pesquisas com sede em Washington, observou que o impeachment é um abalo para a nascente democracia paraguaia: "Pode-se discutir se foi golpe ou não, mas foi antidemocrático".
Lugo venceu a eleição depois de 61 anos de governos do Partido Colorado. Na opinião de Shifter, teria sido melhor esperar pela eleição, marcada para abril de 2013. O programa também levantou a suspeita de que o pleno direito de defesa, garantido pelo art. 17 da Constituição do Paraguai, não foi observado.
Quem ainda tiver dúvidas sobre o golpe, confira o artigo de Clovis Rossi na Folha de S. Paulo de hoje mostrando que Lugo foi afastado por uma denúncia vaga e sem provas. Perplexo, o colunista se pergunta como é possível se defender sem uma acusação concreta.
O processo alega que "todas as causas são de notoriedade pública, motivo pela qual não precisam ser provadas, conforme a ordenação jurídica vigente".
Esse impeachment é tão falsificado quanto uísque paraguaio.
Rebeldes atacam Supremo Tribunal da Síria
Uma bomba explodiu hoje no estacionamento do Palácio da Justiça da Síria, ferindo pelo menos três pessoas. A televisão estatal atribuiu a ação a "terroristas", palavra usada pela ditadura síria para se referir aos rebeldes que lutam há um ano, três meses e meio contra o regime do presidente Bachar Assad.
Depois de receber ontem o apoio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) por ter um avião de guerra derrubado pela Síria, a Turquia deslocou hoje tropas e baterias antiaéreas para junto da fronteira entre os dois países, informa a agência Reuters.
Os rebeldes denunciam a morte de pelo menos 140 pessoas nos combates de hoje.
Depois de receber ontem o apoio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) por ter um avião de guerra derrubado pela Síria, a Turquia deslocou hoje tropas e baterias antiaéreas para junto da fronteira entre os dois países, informa a agência Reuters.
Os rebeldes denunciam a morte de pelo menos 140 pessoas nos combates de hoje.
Ministro alemão já admite lançamento de eurobônus
A Alemanha deve aceitar o lançamento de eurobônus que tornariam todos os países da Zona do Euro responsáveis pelas dívidas públicas de todos e outras medidas para resolver os problemas financeiros agudos que afetam alguns países europeus, indicou o ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble.
Em entrevista concedida antes de uma reunião de cúpula da União Europeia realizada hoje e amanhã, Schäuble declarou que a Alemanha aceitará alguma mutualização (divisão) da dívida quando estiver convencida de que o controle central sobre as políticas fiscais dos países-membros da Eurozona é irreversível. Isto evitaria a espera até que reformas nos tratados da União Europeia sejam aprovadas e ratificadas pelos países-membros.
"Temos de ter certeza de que a política fiscal comum seja irreversível e bem coordenada. Não haverá garantia compartihada dos bônus sem uma política fiscal comum", alertou Schäuble, em entrevista ao jornal The Wall St. Journal.
Suprema Corte mantém reforma da saúde de Obama
Em um dos seus julgamentos mais importantes em anos, por 5 a 4, a Suprema Corte dos Estados Unidos manteve o elemento central da reforma do sistema de saúde do governo Barack Obama, que obriga os americanos a terem seguro de saúde.
Como não foi possível, por causa da oposição conservadora, criar um sistema público de saúde, a lei exige que todos tenham seguro-saúde antes de 2014. Assim, quem paga mais ajudaria a financiar o atendimento para os mais pobres.
Para a oposição republicana, isto seria uma violação do direito individual de comprar ou não seguro-saúde. Mais uma vez, os ministros do supremo tribunal federal americano se dividiram. Seu presidente, John Roberts, votou com os juízes mais liberais, concluindo que o Congresso tem poder para criar impostos.
A decisão é considerada a mais importante da Suprema Corte desde que os candidatos Al Gore Jr. e George W. Bush questionaram o resultado da eleição presidencial de 2000 no estado da Flórida. Na época, o tribunal decidiu não ordenar uma recontagem total dos votos.
Bush ganhou por cerca de 500 votos num estado onde seu irmão Jeb era governador e tinha organizado a eleição. Gore ganhou na soma dos votos populares em todo o país, mas não levou.
Agora, a Suprema Corte deu vitória a Obama no dispositivo central da Lei de Assistência de Saúde Pagável. Ao mesmo tempo, rejeitou a expansão de Medicaid, o programa de saúde do governo federal para pobres, dando flexibilidade aos estados para ampliar ou não a cobertura sem correr o risco de ter de pagar multas pesadas, informa o jornal The New York Times.
Ao comentar a decisão, o candidato republicano à eleição presidencial de 6 de novembro de 2012, o ex-governador de Massachusetts, Mitt Romney, afirmou que "a Suprema Corte disse que a reforma da saúde de Obama não é inconstitucional. Não disse que é um boa lei nem boa política".
Romney prometeu derrubar a lei, se for eleito, alegando que ela aumenta impostos, destrói empregos e coloca o governo federal entre o médico e o paciente, embora a reforma de Obama não seja muito diferente da que ele fez como governador de Massachusetts. Se os republicanos alegarem na campanha que Obama criou um novo imposto, os democratas dirão que Romney fez o mesmo.
Em pronunciamento na Casa Branca, Obama descreveu a decisão como "uma vitória do povo americano". Para se desviar das críticas, acrescentou que é hora de concentrar esforços para gerar empregos. O desemprego é a maior ameaça à sua reeleição.
O texto integral da decisão acaba de ser divulgado pelo jornal The Washington Post.
Como não foi possível, por causa da oposição conservadora, criar um sistema público de saúde, a lei exige que todos tenham seguro-saúde antes de 2014. Assim, quem paga mais ajudaria a financiar o atendimento para os mais pobres.
Para a oposição republicana, isto seria uma violação do direito individual de comprar ou não seguro-saúde. Mais uma vez, os ministros do supremo tribunal federal americano se dividiram. Seu presidente, John Roberts, votou com os juízes mais liberais, concluindo que o Congresso tem poder para criar impostos.
A decisão é considerada a mais importante da Suprema Corte desde que os candidatos Al Gore Jr. e George W. Bush questionaram o resultado da eleição presidencial de 2000 no estado da Flórida. Na época, o tribunal decidiu não ordenar uma recontagem total dos votos.
Bush ganhou por cerca de 500 votos num estado onde seu irmão Jeb era governador e tinha organizado a eleição. Gore ganhou na soma dos votos populares em todo o país, mas não levou.
Agora, a Suprema Corte deu vitória a Obama no dispositivo central da Lei de Assistência de Saúde Pagável. Ao mesmo tempo, rejeitou a expansão de Medicaid, o programa de saúde do governo federal para pobres, dando flexibilidade aos estados para ampliar ou não a cobertura sem correr o risco de ter de pagar multas pesadas, informa o jornal The New York Times.
Ao comentar a decisão, o candidato republicano à eleição presidencial de 6 de novembro de 2012, o ex-governador de Massachusetts, Mitt Romney, afirmou que "a Suprema Corte disse que a reforma da saúde de Obama não é inconstitucional. Não disse que é um boa lei nem boa política".
Romney prometeu derrubar a lei, se for eleito, alegando que ela aumenta impostos, destrói empregos e coloca o governo federal entre o médico e o paciente, embora a reforma de Obama não seja muito diferente da que ele fez como governador de Massachusetts. Se os republicanos alegarem na campanha que Obama criou um novo imposto, os democratas dirão que Romney fez o mesmo.
Em pronunciamento na Casa Branca, Obama descreveu a decisão como "uma vitória do povo americano". Para se desviar das críticas, acrescentou que é hora de concentrar esforços para gerar empregos. O desemprego é a maior ameaça à sua reeleição.
O texto integral da decisão acaba de ser divulgado pelo jornal The Washington Post.
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quarta-feira, 27 de junho de 2012
ONU condena violência na Síria
Ao apresentar hoje seu relatório ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, depois de conseguir entrar na Síria pela primeira vez, a comissão chefiada pelo sociólogo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro denunciou o aumento da violência política e acusou os dois lados de violar os direitos humanos, mas responsabilizou o governo pela maioria dos massacres.
Pinheiro criticou duramente os países que estão armando os rebeldes, o que na sua opinião só vai aumentar o número de mortos.
Pinheiro criticou duramente os países que estão armando os rebeldes, o que na sua opinião só vai aumentar o número de mortos.
Merkel rejeita eurobônus "enquanto eu estiver viva"
A União Europeia realiza amanhã e depois de amanhã mais uma reunião de cúpula incapaz de tomar medidas para controlar a crise das dívidas públicas, consolidar a união monetária, retomar o crescimento e gerar empregos. Enquanto a Itália e a Espanha esperam um alívio nos juros que pagam para rolar suas dívidas, a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, rejeitou mais uma vez a possibilidade de lançamento de eurobônus, bancados por todos os países da Zona do Euro.
Durante encontro com parlamentares alemães, Merkel assumiu sua postura mais dura contra a divisão da dívida entre todos os países europeus, rejeitando a possibilidade de lançamento de eurobônus "enquanto eu estiver viva".
Isso a coloca na contramão em relação ao presidente da França, François Hollande, e os primeiros-ministros da Itália, Mario Monti, e da Espanha, Mariano Rajoy.
Na visão de Merkel, só uma disciplina fiscal rígida vai resolver os problemas da Europa em longo prazo. O problema é que Itália e Espanha estão sendo obrigadas a pagar juros mais altos a cada leilão de títulos de suas dívidas. Precisam de alívio imediato e não de novas regras que exigem mudanças nos tratados constitutivos da União Europeia. Eles precisam ser aprovados pelos 27 países-membros, ou pelo menos pelos 17 países da que usam o euro como moeda.
Haverá mais tensão e poucas soluções reais para a crise das dívidas públicas da Europa amanhã e depois em Bruxelas, antecipa a revista alemã Der Spiegel.
Monti e Rajoy têm medo do colapso de suas economias. Merkel está mais preocupada com o eleitorado alemão, que não quer pagar a conta de outros povos que considera indisciplinados como gregos, portugueses, italianos e espanhóis.
Durante encontro com parlamentares alemães, Merkel assumiu sua postura mais dura contra a divisão da dívida entre todos os países europeus, rejeitando a possibilidade de lançamento de eurobônus "enquanto eu estiver viva".
Isso a coloca na contramão em relação ao presidente da França, François Hollande, e os primeiros-ministros da Itália, Mario Monti, e da Espanha, Mariano Rajoy.
Na visão de Merkel, só uma disciplina fiscal rígida vai resolver os problemas da Europa em longo prazo. O problema é que Itália e Espanha estão sendo obrigadas a pagar juros mais altos a cada leilão de títulos de suas dívidas. Precisam de alívio imediato e não de novas regras que exigem mudanças nos tratados constitutivos da União Europeia. Eles precisam ser aprovados pelos 27 países-membros, ou pelo menos pelos 17 países da que usam o euro como moeda.
Haverá mais tensão e poucas soluções reais para a crise das dívidas públicas da Europa amanhã e depois em Bruxelas, antecipa a revista alemã Der Spiegel.
Monti e Rajoy têm medo do colapso de suas economias. Merkel está mais preocupada com o eleitorado alemão, que não quer pagar a conta de outros povos que considera indisciplinados como gregos, portugueses, italianos e espanhóis.
Rainha aperta a mão de ex-comandante do IRA
Durante visita à Irlanda do Norte, a última dos festejos de seus 60 anos de reinado, a rainha Elizabeth II se encontrou hoje em Belfast com o vice-primeiro-ministro norte-irlandês Martin McGuinness, ex-comandante militar do Exército Republicano Irlandês (IRA), que lutou contra o domínio britânico sobre a província por quase 30 anos, numa guerra civil que deixou cerca de 3,5 mil mortos.
Em encontro reservado, a rainha da Inglaterra, vestida de verde, a cor dos nacionalistas irlandeses, apertou a mão do ex-chefe do IRA, que usava uma gravata verde. McGuinness não mostrou o menor constrangimento de ser visto em público com a chefe de Estado do Reino Unido, cuja autoridade o movimento republicano, católico e nacionalista irlandês nunca reconheceu.
O ex-comandante do IRA chegou a se aproximar do príncipe Philip como quem quer puxar assunto, mas o marido da rainha se afastou, provavelmente porque o IRA matou seu tio, o Lorde Louis Mountbatten, Conde Mountbatten, último governador-geral da Índia, num atentado na República da Irlanda em 1979.
A visita tem como objetivo reafirmar o compromisso com o Acordo de Paz da Sexta-Feira Santa, assinado em 1998. Nos últimos 12 meses, aumentaram os atos de agressão sectária entre as comunidades católica, a favor da unificação da Irlanda, e protestante, que prefere fazer parte do Reino da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.
Em encontro reservado, a rainha da Inglaterra, vestida de verde, a cor dos nacionalistas irlandeses, apertou a mão do ex-chefe do IRA, que usava uma gravata verde. McGuinness não mostrou o menor constrangimento de ser visto em público com a chefe de Estado do Reino Unido, cuja autoridade o movimento republicano, católico e nacionalista irlandês nunca reconheceu.
O ex-comandante do IRA chegou a se aproximar do príncipe Philip como quem quer puxar assunto, mas o marido da rainha se afastou, provavelmente porque o IRA matou seu tio, o Lorde Louis Mountbatten, Conde Mountbatten, último governador-geral da Índia, num atentado na República da Irlanda em 1979.
A visita tem como objetivo reafirmar o compromisso com o Acordo de Paz da Sexta-Feira Santa, assinado em 1998. Nos últimos 12 meses, aumentaram os atos de agressão sectária entre as comunidades católica, a favor da unificação da Irlanda, e protestante, que prefere fazer parte do Reino da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.
Assad admite finalmente que Síria está em guerra
Ao dar posse ontem a um novo ministério ou gabinete de guerra depois de um ano, três meses e meio de conflito, com cerca de 15 mil mortes, o ditador Bachar Assad finalmente reconheceu que "a Síria está em estado de guerra" e disse que todos os esforços devem ser concentrados na vitória.
Na Turquia, que teve um avião de guerra derrubado pela Síria sem advertência na sexta-feira passada, o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan alertou que qualquer movimentação de tropas junto à fronteira entre os dois países será considerado um ato hostil.
A Turquia abriga mais de 35 mil refugiados sírios e as bases do Exército da Síria Livre, principal grupo armado de oposição.
Na Turquia, que teve um avião de guerra derrubado pela Síria sem advertência na sexta-feira passada, o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan alertou que qualquer movimentação de tropas junto à fronteira entre os dois países será considerado um ato hostil.
A Turquia abriga mais de 35 mil refugiados sírios e as bases do Exército da Síria Livre, principal grupo armado de oposição.
terça-feira, 26 de junho de 2012
Pandemia de gripe suína matou 15 vezes mais
A pandemia de gripe suína que atingiu o mundo em 2009 matou cerca de 284,5 mil pessoas, 15 vezes mais do estimado, adverte uma nova pesquisa feita por um grupo de cientistas publicado na revista Lancet Infectious Diseases.
O estudo pondera que o total de mortes pode ter sido bem maior, chegando a 579 mil. A contagem inicial da Organização Mundial da Saúde era de 18,5 mil mortes.
A pesquisa atribuiu a diferença ao fato de muitos doentes não terem recorrido ao sistema de saúde e porque o vírus pode não ser detectável depois da morte do paciente, noticia a agência Reuters.
O estudo pondera que o total de mortes pode ter sido bem maior, chegando a 579 mil. A contagem inicial da Organização Mundial da Saúde era de 18,5 mil mortes.
A pesquisa atribuiu a diferença ao fato de muitos doentes não terem recorrido ao sistema de saúde e porque o vírus pode não ser detectável depois da morte do paciente, noticia a agência Reuters.
Ucrânia condena espiões da Coreia do Norte
A Justiça da Ucrânia condenou dois norte-coreanos a oito anos de cadeia por tentativa de espionagem, informa a revista inglesa Jane's, especializada em assuntos militares.
Ryu Song Chul e Lee Tae Kil foram presos no ano passado quando tentavam obter informações sigilosas sobre projeto e configurações no centro de pesquisas sobre mísseis chamado de Associação de Produçãõ de Fábricas de Máquinas do Sul.
Ryu Song Chul e Lee Tae Kil foram presos no ano passado quando tentavam obter informações sigilosas sobre projeto e configurações no centro de pesquisas sobre mísseis chamado de Associação de Produçãõ de Fábricas de Máquinas do Sul.
OTAN condena derrubada de avião turco pela Síria
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos Estados Unidos, condenou hoje a Síria por derrubar um avião de guerra da Turquia que teria invadido seu espaço aéreo, considerando o ato "completamente inaceitável". O governo turco ameaçou retaliar, em caso de novo ataque.
Foi "outro exemplo do total desrespeito do governo sírio pelas normas internacionais, a paz, a segurança e a vida humana", declarou o secretário-geral da OTAN, o ex-primeiro-ministro dinamarquês Anders Fogh Rasmussen, reproduzindo palavras ditas ontem pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton.
Não foram anunciadas medidas contra a Síria. O secretário-geral disse que a aliança vai controlar os acontecimentos na sua fronteira sudeste e voltar a "discutir o que mais poderá ser feito", se ocorrer outro incidente.
Foi "outro exemplo do total desrespeito do governo sírio pelas normas internacionais, a paz, a segurança e a vida humana", declarou o secretário-geral da OTAN, o ex-primeiro-ministro dinamarquês Anders Fogh Rasmussen, reproduzindo palavras ditas ontem pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton.
Não foram anunciadas medidas contra a Síria. O secretário-geral disse que a aliança vai controlar os acontecimentos na sua fronteira sudeste e voltar a "discutir o que mais poderá ser feito", se ocorrer outro incidente.
Julgamento de Timochenko fica para após Euro 2012
A Justiça da Ucrânia adiou hoje para 10 de julho o julgamento da ex-primeira-ministra Yulia Timochenko, já condenada a sete anos de prisão por corrupção e abuso de poder ao negociar contratos de gás com a Rússia. No novo processo, ela é acusada de sonegação de impostos.
Hoje, a Justiça examina um recurso contra a condenação por abuso de poder, informa a Agência France Presse.
Como os julgamentos são considerados políticos, a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, e outros líderes europeus ameaçam boicotar a final da Euro 2012, a copa europeia de seleções, que terá final em Kiev, a capital ucraniana, em 1º de julho.
Hoje, a Justiça examina um recurso contra a condenação por abuso de poder, informa a Agência France Presse.
Como os julgamentos são considerados políticos, a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, e outros líderes europeus ameaçam boicotar a final da Euro 2012, a copa europeia de seleções, que terá final em Kiev, a capital ucraniana, em 1º de julho.
Suprema Corte autoriza checar situação de imigrantes
A Suprema Corte dos Estados Unidos considerou inconstitucionais ontem três artigos da Lei de Imigração do estado do Arizona e declarou que a matéria é da competência do governo federal, mas manteve seu dispositivo central, que autoriza a polícia local a pedir documentos de pessoas detidas que estejam sob suspeita de estar no país ilegalmente.
Por 5 a 3, os ministros do supremo tribunal federal americano consideraram contra a Constituição dos EUA três aspectos da lei:
• enquadrar como crime a procura de emprego por imigrantes ilegais;
• exigir que os imigrantes portem documentos todo o tempo comprovando que podem ficar no país; e
• autorizar as polícias estaduais a prender suspeitos de crimes passíveis de deportação, não importa onde o crime tenha sido cometido.
Por 5 a 3, os ministros do supremo tribunal federal americano consideraram contra a Constituição dos EUA três aspectos da lei:
• enquadrar como crime a procura de emprego por imigrantes ilegais;
• exigir que os imigrantes portem documentos todo o tempo comprovando que podem ficar no país; e
• autorizar as polícias estaduais a prender suspeitos de crimes passíveis de deportação, não importa onde o crime tenha sido cometido.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Chipre pede ajuda financeira à UE
Depois de citar o contágio da crise da Grécia, o pequeno arquipélado de Chipre anunciou hoje que vai pedir ajuda financeira à União Europeia para evitar o colapso de seus bancos. Analistas de mercado estimam que o país precise de cerca de 10 bilhões de euros.
"O propósito é conter os riscos para a economia cipriota, especialmente aqueles oriundos dos efeitos negativos para o setor financeiro devidos à sua grande exposição à economia grega", disse em nota o governo do presidente Demetris Christofias.
A agência de classificação de risco Fitch tinha rebaixado a nota de crédito do país de BBB- para BB+, com perspectiva negativa.
Há mais de um ano, Chipre não conseguia se financiar através do mercado. Chegou a receber uma ajuda de 2,5 bilhões de euros da Rússia. Em 1º de julho, o país assume a presidência rotativa do Conselho Europeu, que reúne os chefes de Estado e de governo da UE.
Sem dinheiro para pagar sua dívida pública por causa do impacto da crise mundial de 2008-9, Grécia, Irlanda e Portugal tinham pedido ajuda aos parceiros da UE para pagar suas dívidas. A Espanha pediu um empréstimo para recapitalizar os bancos.
"O propósito é conter os riscos para a economia cipriota, especialmente aqueles oriundos dos efeitos negativos para o setor financeiro devidos à sua grande exposição à economia grega", disse em nota o governo do presidente Demetris Christofias.
A agência de classificação de risco Fitch tinha rebaixado a nota de crédito do país de BBB- para BB+, com perspectiva negativa.
Há mais de um ano, Chipre não conseguia se financiar através do mercado. Chegou a receber uma ajuda de 2,5 bilhões de euros da Rússia. Em 1º de julho, o país assume a presidência rotativa do Conselho Europeu, que reúne os chefes de Estado e de governo da UE.
Sem dinheiro para pagar sua dívida pública por causa do impacto da crise mundial de 2008-9, Grécia, Irlanda e Portugal tinham pedido ajuda aos parceiros da UE para pagar suas dívidas. A Espanha pediu um empréstimo para recapitalizar os bancos.
Agente dos EUA mata em ação antidrogas em Honduras
Num sinal de crescimento envolvimento na guerra contra as drogas na América Latina, um policial da Agência de Repressão às Drogas dos Estados Unidos (DEA, do inglês) matou no sábado um hondurenho supostamente ligado ao tráfico de entorpecentes, admitiu ontem a Embaixada Americana em Tegucigalpa.
Nos últimos 15 meses, comandos de elite da DEA participaram de inúmeras operações realizadas em conjunto com as forças de segurança de vários países da América Central.
Por causa da violenta repressão no México, onde mais de 50 mil pessoas morreram desde que o presidente Felipe Calderón declarou guerra ao tráfico há cinco anos e meio, várias máfias se refugiaram na região. O primeiro tiroteio com americanos no meio foi em março de 2011.
O incidente fatal começou quando um avião-espião detectou a presença de um grupo de cerca de 40 pessoas retirando a carga de um avião na localidade de Bras Laguna. Quatro helicópteros do Departamento de Estado com policiais hondurenhos e um comando de elite da DEA foram para o local interceptar o descarregamento.
Durante a ação, cinco suspeitos foram intimados a se render. Quatro fizeram isso, mas um quinto fez movimentos como se estivesse procurando uma arma. Neste momento, foi baleado, supostamente num ato de legítima defesa do agente americano.
Cerca de 360 quilos de cocaína e várias armas foram apreendidas, informa o jornal The New York Times.
Nos últimos 15 meses, comandos de elite da DEA participaram de inúmeras operações realizadas em conjunto com as forças de segurança de vários países da América Central.
Por causa da violenta repressão no México, onde mais de 50 mil pessoas morreram desde que o presidente Felipe Calderón declarou guerra ao tráfico há cinco anos e meio, várias máfias se refugiaram na região. O primeiro tiroteio com americanos no meio foi em março de 2011.
O incidente fatal começou quando um avião-espião detectou a presença de um grupo de cerca de 40 pessoas retirando a carga de um avião na localidade de Bras Laguna. Quatro helicópteros do Departamento de Estado com policiais hondurenhos e um comando de elite da DEA foram para o local interceptar o descarregamento.
Durante a ação, cinco suspeitos foram intimados a se render. Quatro fizeram isso, mas um quinto fez movimentos como se estivesse procurando uma arma. Neste momento, foi baleado, supostamente num ato de legítima defesa do agente americano.
Cerca de 360 quilos de cocaína e várias armas foram apreendidas, informa o jornal The New York Times.
Arábia Saudita deixa mulheres competir na Olimpíada
Pela primeira vez, a Arábia Saudita autorizou suas atletas mulheres a competir nos jogos olímpicos. As sauditas vão disputar a Olimpíada de Londres daqui a um mês "sob a supervisão do comitê olïmpico" do país.
Como a participação de mulheres em esportes é ferozmente combatida pelo clero ultraconservador e pelo wahabismo, a corrente puritana do Islã seguida na Arábia Saudita.
Por enquanto, a única saudita qualificada é Dalma Rushdi Malhas, no salto em distância. O Comitê Olímpico Saudita admite que outras obtenham o índice olímpico e sejam autorizadas a competir desde que vestidas com roupas "para preservar sua dignidade".
Como a participação de mulheres em esportes é ferozmente combatida pelo clero ultraconservador e pelo wahabismo, a corrente puritana do Islã seguida na Arábia Saudita.
Por enquanto, a única saudita qualificada é Dalma Rushdi Malhas, no salto em distância. O Comitê Olímpico Saudita admite que outras obtenham o índice olímpico e sejam autorizadas a competir desde que vestidas com roupas "para preservar sua dignidade".
Um general e dois coronéis desertam na Síria
Um general, dois coronéis e dois majores, parte de um grupo de mais de 30 militares com um total de 200 pessoas, desertaram ontem do Exército da Síria e cruzaram a fronteira com a Turquia. Foi o maior grupo de oficiais a fugir da Síria desde o início da revolta popular, há um ano e três meses. Pelo menos 11 generais sírios se refugiaram no país vizinho para escapar da guerra civil síria.
A tensão entre os dois países aumentou desde a derrubada pela Síria de um avião F-4 da Força Aérea turca na sexta-feira passada. Os dois pilotos estão desaparecidos.
O regime sírio insiste em que o avião foi abatido em seu espaço aéreo, mas a Turquia alega que estava a mais de 20 quilômetros da Síria.
Amanhã, a pedido da Turquia, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) examina a questão em Bruxelas, na Bélgica. O artigo 5 da carta da ONU considera um ataque contra qualquer país-membro um ataque contra todos.
Mais de 33 mil sírios fugiram para a Turquia desde o início, em 15 de março de 2011, de uma revolta popular inicialmente pacífica contra a ditadura de Bachar Assad, informa a TV pública britânica BBC.
A tensão entre os dois países aumentou desde a derrubada pela Síria de um avião F-4 da Força Aérea turca na sexta-feira passada. Os dois pilotos estão desaparecidos.
O regime sírio insiste em que o avião foi abatido em seu espaço aéreo, mas a Turquia alega que estava a mais de 20 quilômetros da Síria.
Amanhã, a pedido da Turquia, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) examina a questão em Bruxelas, na Bélgica. O artigo 5 da carta da ONU considera um ataque contra qualquer país-membro um ataque contra todos.
Mais de 33 mil sírios fugiram para a Turquia desde o início, em 15 de março de 2011, de uma revolta popular inicialmente pacífica contra a ditadura de Bachar Assad, informa a TV pública britânica BBC.
Tunísia extradita ex-primeiro-ministro da Líbia
A Tunísia extraditou ontem o último primeiro-ministro da ditadura de Muamar Kadafi na Líbia, Baghdadi Ali al-Mahmoudi, sem o consentimento do presidente tunisiano, Moncef Marzouki, que considerou o procedimento ilegal.
No início do ano, o líder da Tunísia admitiu concordar com a extradição, se o processo na Líbia tivesse todas as garantias legais. Em maio, disse ter mudado de ideia. Mahmoudi foi levado de helicóptero para a Síria no domingo.
Em nota citada pela TV pública britânica BBC, a Presidência declarou que a extradição "ameaça a imagem da Tunísia no mundo, fazendo-o parecer um Estado que não está comprometido com o respeito aos elementos de um julgamento justo".
No início do ano, o líder da Tunísia admitiu concordar com a extradição, se o processo na Líbia tivesse todas as garantias legais. Em maio, disse ter mudado de ideia. Mahmoudi foi levado de helicóptero para a Síria no domingo.
Em nota citada pela TV pública britânica BBC, a Presidência declarou que a extradição "ameaça a imagem da Tunísia no mundo, fazendo-o parecer um Estado que não está comprometido com o respeito aos elementos de um julgamento justo".
domingo, 24 de junho de 2012
EUA condenam derrubada de avião turco pela Síria
Depois de falar com o ministro do Exterior da Turquia, Ahmet Davutoglu, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, declarou que "os Estados Unidos condenam esse ato inaceitável da maneira mais veemente possível", referindo-se ao abate pela Síria de um avião de guerra turco que teria invadido sem querer o espaço aéreo do país vizinho.
A Turquia denunciou a agressão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos EUA, que convocou uma reunião para discutir o incidente na terça-feira, informa a TV americana CNN.
Como a OTAN considera uma agressão contra qualquer um de seus membros um ataque contra todos, a queda do avião poderia servir de pretexto para uma intervenção militar contra a ditadura de Bachar Assad. Mas isso é altamente improvável diante do veto da China e da Rússia à condenação da Síria pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"É mais um reflexo do total desrespeito das autoridades sírias pelas normais internacionais, a vida humana, a paz e a segurança", criticou a chefe da diplomacia americana.
As relações entre a Síria e a Turquia, antes aliadas, se deterioram com a condenação do governo turco à violenta repressao dos rebeldes que lutam pela liberalização do regime sírio.
Os restos do avião da Força Aérea da Turquia já foram localizados a 1,3 mil metros de profundidade, no fundo do Mar Mediterrâneo. Não houve mais notícias sobre os dois pilotos. No primeiro momento, foi anunciado que eles teriam conseguido escapar.
A Turquia denunciou a agressão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a aliança militar liderada pelos EUA, que convocou uma reunião para discutir o incidente na terça-feira, informa a TV americana CNN.
Como a OTAN considera uma agressão contra qualquer um de seus membros um ataque contra todos, a queda do avião poderia servir de pretexto para uma intervenção militar contra a ditadura de Bachar Assad. Mas isso é altamente improvável diante do veto da China e da Rússia à condenação da Síria pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"É mais um reflexo do total desrespeito das autoridades sírias pelas normais internacionais, a vida humana, a paz e a segurança", criticou a chefe da diplomacia americana.
As relações entre a Síria e a Turquia, antes aliadas, se deterioram com a condenação do governo turco à violenta repressao dos rebeldes que lutam pela liberalização do regime sírio.
Os restos do avião da Força Aérea da Turquia já foram localizados a 1,3 mil metros de profundidade, no fundo do Mar Mediterrâneo. Não houve mais notícias sobre os dois pilotos. No primeiro momento, foi anunciado que eles teriam conseguido escapar.
Mercosul e Unasul suspendem governo do Paraguai
O Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) decidiram afastar temporariamente o Paraguai, em reação à destituição do presidente Fernando Lugo pelo Congresso num processo de impeachment relâmpago realizado em 36 horas.
Em conversa com jornalistas, o presidente deposto descreveu o que houve no Paraguai como golpe e disse que vai à próxima reunião do Mercosul.
Em conversa com jornalistas, o presidente deposto descreveu o que houve no Paraguai como golpe e disse que vai à próxima reunião do Mercosul.
Irmão muçulmano é eleito presidente do Egito
Depois de um adiamento de três dias que levantou suspeitas, o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Mursi, foi declarado vencedor da eleição presidencial no Egito há cerca de duas horas.
Mursi, de 62 anos, um engenheiro formado nos Estados Unidos, recebeu mais de 13 milhões de votos, 51,7% dos votos válidos, contra 48,2% para seu adversário, o ex-primeiro-ministro Ahmed Chafik, um brigadeiro reformado da Força Aérea do Egito, homem do regime militar que governa o país desde que a Revolução dos Coronéis, liderada por Gamal Abdel Nasser, derrubou a monarquia, em 1952.
O presidente eleito representa o mais antigo grupo fundamentalista islâmico da História, fundado em 1928 por Hassan al-Bana para "reislamizar" a umma, o conjunto de todos os muçulmanos, que estariam corrompidos pela influência do colonialismo europeu. Seu desafio será governar para todos.
É uma mudança dramática para o maior país árabe. Há decadas, os islamitas desafiaram os governos autoritários do Oriente Médio e do Norte da África. Eram apresentados como um mal maior. Como única oposição organizada, beneficiaram-se da abertura democrática decorrente das revoluções da Primavera Árabe.
No poder, terão de assumir as responsabilidades e o desgaste de governar e atender às expectativas de um país em desenvolvimento com 80 milhões de habitantes. Os militares, que reduziram o poder do presidente por decreto há uma semana, mostram a intenção de manter o controle da máquina estatal e sua influência econômica nos mais diferentes setores de atividade. Eles se comprometeram a dar posse ao novo presidente até o fim deste mês.
Em seu discurso da vitória, Mursi prometeu respeitar os direitos das mulheres e das minorias religiosas, e governador para todos os egípcios.
O governo de Israel acaba de dizer que aceita o resultado democrática e espera manter um relacionamento construtivo com base no acordo de paz assinado entre os dois países.
Mursi, de 62 anos, um engenheiro formado nos Estados Unidos, recebeu mais de 13 milhões de votos, 51,7% dos votos válidos, contra 48,2% para seu adversário, o ex-primeiro-ministro Ahmed Chafik, um brigadeiro reformado da Força Aérea do Egito, homem do regime militar que governa o país desde que a Revolução dos Coronéis, liderada por Gamal Abdel Nasser, derrubou a monarquia, em 1952.
O presidente eleito representa o mais antigo grupo fundamentalista islâmico da História, fundado em 1928 por Hassan al-Bana para "reislamizar" a umma, o conjunto de todos os muçulmanos, que estariam corrompidos pela influência do colonialismo europeu. Seu desafio será governar para todos.
É uma mudança dramática para o maior país árabe. Há decadas, os islamitas desafiaram os governos autoritários do Oriente Médio e do Norte da África. Eram apresentados como um mal maior. Como única oposição organizada, beneficiaram-se da abertura democrática decorrente das revoluções da Primavera Árabe.
No poder, terão de assumir as responsabilidades e o desgaste de governar e atender às expectativas de um país em desenvolvimento com 80 milhões de habitantes. Os militares, que reduziram o poder do presidente por decreto há uma semana, mostram a intenção de manter o controle da máquina estatal e sua influência econômica nos mais diferentes setores de atividade. Eles se comprometeram a dar posse ao novo presidente até o fim deste mês.
Em seu discurso da vitória, Mursi prometeu respeitar os direitos das mulheres e das minorias religiosas, e governador para todos os egípcios.
O governo de Israel acaba de dizer que aceita o resultado democrática e espera manter um relacionamento construtivo com base no acordo de paz assinado entre os dois países.
sábado, 23 de junho de 2012
Irã nuclear aumenta equilíbrio de forças no Oriente Médio
Um antigo defensor do poder dissuasório das armas nucleares, o cientista político americano Kenneth Waltz acredita que um Irã com bombas atômicas ajudaria a aumentar o equilíbrio de forças no Oriente Médio.
Waltz, autor de Homem, Estado e Guerra, um clássico da literatura de relações internacionais, admite que a diplomacia apoiada em fortes sanções poderia convencer o Irã a desistir de fabricar armas nucleares. Mas considera isso altamente improvável: "A História indica que um país inclinado a adquirir armas atômicas raramente é dissuadido de fazer isso".
Por mais duras que sejam as sanções econômicas, o país pode continuar desenvolvendo a bomba atômica, como mostra o exemplo da Coreia do Norte, acrescenta o professor. Ele argumenta há vários anos que foi a bomba atômica que acabou com as guerras entre as grandes potências mundiais.
Em artigo publicado na última edição da revista Foreign Affairs, Waltz cita o exemplo da Índia e do Paquistão, duas potências nucleares que nunca mais entraram em guerra entre si, apesar da rivalidade, dizendo que o Irã e Israel deveriam fazer o mesmo.
Waltz, autor de Homem, Estado e Guerra, um clássico da literatura de relações internacionais, admite que a diplomacia apoiada em fortes sanções poderia convencer o Irã a desistir de fabricar armas nucleares. Mas considera isso altamente improvável: "A História indica que um país inclinado a adquirir armas atômicas raramente é dissuadido de fazer isso".
Por mais duras que sejam as sanções econômicas, o país pode continuar desenvolvendo a bomba atômica, como mostra o exemplo da Coreia do Norte, acrescenta o professor. Ele argumenta há vários anos que foi a bomba atômica que acabou com as guerras entre as grandes potências mundiais.
Em artigo publicado na última edição da revista Foreign Affairs, Waltz cita o exemplo da Índia e do Paquistão, duas potências nucleares que nunca mais entraram em guerra entre si, apesar da rivalidade, dizendo que o Irã e Israel deveriam fazer o mesmo.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Intransigência do Irã bloqueia negociação nuclear
Mais uma rodada de negociações sobre o programa nuclear do Irã terminou sem sucesso nessa semana. Nos dias 18 e 19 de junho, em Moscou, a república islâmica exigiu das cinco grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, Rússia, França e Reino Unido) e da Alemanha o reconhecimento do seu direito de enriquecer urânio. Isso está proibido pelo Conselho de Segurança e por decisões dos governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Os Estados Unidos e as outras grandes potências exigem que o Irã pare de enriquecer urânio como condição para suspender as sanções econômicas. Como não houve acordo, novas sanções devem entrar em vigor em 1º de julho.
Em entrevista ao Conselho de Relações Exteriores, o especialista Ray Takeyh afirma que os EUA e seus aliados querem um acordo de controle de armas "confiável e durável", mas o Irã não cede.
Os Estados Unidos e as outras grandes potências exigem que o Irã pare de enriquecer urânio como condição para suspender as sanções econômicas. Como não houve acordo, novas sanções devem entrar em vigor em 1º de julho.
Em entrevista ao Conselho de Relações Exteriores, o especialista Ray Takeyh afirma que os EUA e seus aliados querem um acordo de controle de armas "confiável e durável", mas o Irã não cede.
Senado destitui presidente do Paraguai
Num golpe de Estado com verniz constitucional, por 39 a 4, o Senado do Paraguai aprovou hoje o impeachment do presidente Fernando Lugo, um dia depois do processo ser aberto pela Câmara dos Deputados, sem dar-lhe o tempo necessário para se defender. O vice-presidente Federico Franco já tomou posse.
Lugo aceitou a decisão do Congresso, dominado pela oposição, mas declarou que "a História do Paraguai foi ferida profundamente".
Diante dessa quebra da ordem constitucional, o Paraguai deve ser suspenso de organizações internacionais como a Organização dos Estados Americanos (OEA), a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e o Mercado Comum do Sul (Mercosul).
Lugo aceitou a decisão do Congresso, dominado pela oposição, mas declarou que "a História do Paraguai foi ferida profundamente".
Diante dessa quebra da ordem constitucional, o Paraguai deve ser suspenso de organizações internacionais como a Organização dos Estados Americanos (OEA), a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e o Mercado Comum do Sul (Mercosul).
Missão de chanceleres defende presidente Lugo
Em nota divulgada agora há pouco, a missão de chanceleres da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) admite não ter obtido garantias dos diversos partidos políticos e das autoridades legislativas do Paraguai de que a ordem constitucional será mantida e de que o presidente Fernando Lugo terá pleno direito de defesa no processo de impeachment aberto ontem na Câmara dos Deputados do país.
"Os chanceleres reafirmaram que é imprescindível o pleno respeito às clásulas democráticas do Mercosul, da Unasul e da Celac", ameaçando excluir o Paraguai dessas organizações regionais se o golpe de Estado em marcha contra o presidente Lugo for concretizado. Seu julgamento no Senado estava marcado para hoje.
A missão da Unasul "reafirma sua total solidariedade ao povo paraguaio e o respaldo ao presidente constitucional Fernando Lugo".
"Os chanceleres reafirmaram que é imprescindível o pleno respeito às clásulas democráticas do Mercosul, da Unasul e da Celac", ameaçando excluir o Paraguai dessas organizações regionais se o golpe de Estado em marcha contra o presidente Lugo for concretizado. Seu julgamento no Senado estava marcado para hoje.
A missão da Unasul "reafirma sua total solidariedade ao povo paraguaio e o respaldo ao presidente constitucional Fernando Lugo".
Quatro grandes da Eurozona fazem pacto de crescimento
Os líderes das quatro maiores economias da Zona do Euro - Alemanha, França, Itália e Espanha - se reuniram hoje em Roma para lançar um plano de estímulo ao crescimento. Sob intensa pressão, finalmente a primeira-ministra alemã, Angela Merkel finalmente concordou a disciplina fiscal sozinha não vai salvar a união monetária europeia da crise das dívidas públicas.
Com este pacto de crescimento de 130 bilhões de euros, cerca de 1% do produto interno bruto da União Europeia, a chanceler Angela Merkel; o novo presidente francês, François Hollande; o primeiro-ministro italiano, Mario Monti; e o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy; pretendem impressionar o mercado.
A proposta que deve ser aprovada na próxima reunião de cúpula da UE, em 28 e 29 de junho de 2012, informa a revista alemã Der Spiegel.
Com este pacto de crescimento de 130 bilhões de euros, cerca de 1% do produto interno bruto da União Europeia, a chanceler Angela Merkel; o novo presidente francês, François Hollande; o primeiro-ministro italiano, Mario Monti; e o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy; pretendem impressionar o mercado.
A proposta que deve ser aprovada na próxima reunião de cúpula da UE, em 28 e 29 de junho de 2012, informa a revista alemã Der Spiegel.
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Ataque a hotel no Afeganistão deixa 26 mortos
Depois de 12 horas, as forças de segurança do Afeganistão conseguiram repelir um ataque terrorista de um grupo aliado à milícia fundamentalista dos Talebã contra um hotel de luxo dos arredores de Cabul, a capital do país, com metralhadoras, granadas de foguete e tomada de reféns.
Pelo menos 26 pessoas morreram, os sete rebeldes, 15 civis, três guardas de segurança do hotel e um civil. O comando militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Guerra do Afeganistão atribuiu o ataque à rede Haqqani, ligada aos serviços secretos das Forças Armadas do Paquistão.
O ex-capitão da seleção paquistanesa de críquete convertido em líder político, Imran Khan, já disse que a rede Haqqani é um dos instrumentos do Exército do Paquistão para manter sua influência no vizinho Afeganistão depois que os Estados Unidos e seus aliados se retirarem, no fim de 2014.
Pelo menos 26 pessoas morreram, os sete rebeldes, 15 civis, três guardas de segurança do hotel e um civil. O comando militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Guerra do Afeganistão atribuiu o ataque à rede Haqqani, ligada aos serviços secretos das Forças Armadas do Paquistão.
O ex-capitão da seleção paquistanesa de críquete convertido em líder político, Imran Khan, já disse que a rede Haqqani é um dos instrumentos do Exército do Paquistão para manter sua influência no vizinho Afeganistão depois que os Estados Unidos e seus aliados se retirarem, no fim de 2014.
Ações locais devem definir sucesso da Rio+20
Em plena crise econômica, o sucesso da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) será definido mais pelas ações práticas tomadas a nível local por prefeitos e governadores do que pelas grandes promessas feitas por chefes de Estado e de governo, afirma a cientista política americana Julia Zweig, especializada em América Latina.
Se a crise financeira internacional de 2008 criou a expressão "grande demais para falir", em relação a bancos e seguradoras cujo colapso abalaria toda a economia mundial, na sua opinião, conferências como a Rio+20 e as reuniões de cúpula do Grupo dos 20 (19 países mais ricos do mundo e a União Europeia) são "grandes demais para ter sucesso".
No Rio, observa Julia Zweig em artigo divulgado hoje no boletim semanal do Conselho de Relações Exteriores dos Etados Unidos, "mais de 50 mil pessoas representando mais de 100 países não conseguem chegar a um consenso significativo sobre como se desenvolver, proteger e crescer sustentavelmente".
Chafik deve ser declarado presidente do Egito, diz CNN
O ex-primeiro-ministro Ahmed Chafik deve ser declarado vencedor da eleição presidencial no Egito, anunciou agora ha pouco a rede de televisão americana CNN. Ele disputou o segundo turno na semana passada com o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Mursi, que se declarou vencedor.
Uma multidão concentrada na Praça da Libertação, no centro do Cairo, faz uma vigília à espera do resultado oficial. Deve rejeitar a eleição de um representante do antigo regime.
Uma multidão concentrada na Praça da Libertação, no centro do Cairo, faz uma vigília à espera do resultado oficial. Deve rejeitar a eleição de um representante do antigo regime.
Síria se desculpa por derrubar avião de guerra da Turquia
A Síria pediu desculpas hoje por ter derrubado por engano um avião da Força Aérea da Turquia que sobrevoava território turco, informou a TV pública britânica BBC. Os dois pilotos teriam sido resgatados no Mar Mediterrâneo. Neste momento, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, dá uma entrevista sobre o caso.
Daqui a pouco, o governo turco realiza uma reunião de emergência para decidir o que fazer.
A tensão entre os dois países é enorme. A Turquia apoia os rebeldes que há um ano e três meses tentam derrubar a ditadura de Bachar Assad. Cerca de 300 mil sírios se refugiaram na Turquia.
Daqui a pouco, o governo turco realiza uma reunião de emergência para decidir o que fazer.
A tensão entre os dois países é enorme. A Turquia apoia os rebeldes que há um ano e três meses tentam derrubar a ditadura de Bachar Assad. Cerca de 300 mil sírios se refugiaram na Turquia.
Congresso tenta dar golpe de Estado no Paraguai
Num processo-relâmpago, sem o devido direito de defesa, o Câmara dos Deputados do Paraguai aprovou ontem a abertura de um processo de impeachment do presidente Fernando Lugo, que pode ser condenado ainda hoje pelo Senado.
Uma missão de ministros das Relações Exteriores da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) liderada pelo chanceler brasileiro, embaixador Antonio Patriota, seguiu ontem para Assunção para pressionar o Congresso a respeitar o direito de defesa.
O estopim da ruptura entre o presidente e o Congresso foi a desocupação, na semana passada, de uma fazenda ocupada por agricultores sem terra que reivindicam uma reforma agrária. Dezessete pessoas morreram na ação, inclusive seis policiais.
Lugo foi marcado por uma série de escândalos sexuais. Desde que assumiu o poder, quatro mulheres alegaram ter filhos dele, que era bispo católico. Em dois casos, ele reconheceu a paternidade.
Suas desavenças com o vice-presidente Federico Franco impediram o governo de realizar as reformas econômicas prometidas durante a campanha.
Por iniciativa do Congresso, desde outubro de 2011, o Norte do Paraguai está sob estado de emergência a pretexto de combater o Exército do Povo Paraguaio, que não se sabe se existe realmente ou é uma criação da elite conservadora para fustigar o presidente esquerdista.
Em agosto de 2010, foi descoberto que o presidente paraguaio sofre com um linfoma de Hodgkin, uma espécie de câncer. Depois de uma série de sessões de quimioteria em São Paulo, a doença regrediu.
Sem conseguir impor sua autoridade a um dos países mais pobres e atrasados da América do Sul, Lugo perdeu o apoio do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), o mais tradicional da oposição paraguaia durante a ditadura do general Alfredo Stroessner (1954-89) e os governos subsequentes do Partido Colorado.
Outro conflito importante é a questão dos chamados brasiguaios, brasileiros que compraram terras no Paraguai hoje cobiçadas pelo movimento dos sem terra.
Uma missão de ministros das Relações Exteriores da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) liderada pelo chanceler brasileiro, embaixador Antonio Patriota, seguiu ontem para Assunção para pressionar o Congresso a respeitar o direito de defesa.
O estopim da ruptura entre o presidente e o Congresso foi a desocupação, na semana passada, de uma fazenda ocupada por agricultores sem terra que reivindicam uma reforma agrária. Dezessete pessoas morreram na ação, inclusive seis policiais.
Lugo foi marcado por uma série de escândalos sexuais. Desde que assumiu o poder, quatro mulheres alegaram ter filhos dele, que era bispo católico. Em dois casos, ele reconheceu a paternidade.
Suas desavenças com o vice-presidente Federico Franco impediram o governo de realizar as reformas econômicas prometidas durante a campanha.
Por iniciativa do Congresso, desde outubro de 2011, o Norte do Paraguai está sob estado de emergência a pretexto de combater o Exército do Povo Paraguaio, que não se sabe se existe realmente ou é uma criação da elite conservadora para fustigar o presidente esquerdista.
Em agosto de 2010, foi descoberto que o presidente paraguaio sofre com um linfoma de Hodgkin, uma espécie de câncer. Depois de uma série de sessões de quimioteria em São Paulo, a doença regrediu.
Sem conseguir impor sua autoridade a um dos países mais pobres e atrasados da América do Sul, Lugo perdeu o apoio do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), o mais tradicional da oposição paraguaia durante a ditadura do general Alfredo Stroessner (1954-89) e os governos subsequentes do Partido Colorado.
Outro conflito importante é a questão dos chamados brasiguaios, brasileiros que compraram terras no Paraguai hoje cobiçadas pelo movimento dos sem terra.
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Mulheres lançam documento na Rio+20
Igualdade de gêneros, mais oportunidades e mais poder para mulheres e meninas. Estes são os aspectos centrais do documento O futuro que as mulheres querem, lançado hoje durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) com a presença da presidente Dilma Rousseff e da ex-presidente do Chile Michele Bachelet, diretora-geral da ONU Mulheres.
Secretário-geral da ONU quer políticas de fome zero
A inspiração para o Desafio veio do grande trabalho feito por muitos países e organizações para acabar com a fome, incluindo o Brasil, cujo programa Fome Zero está acabando com a fome usando alimentos locais de agricultores familiares e cozinhas comunitárias.
O Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, lançou hoje (21/6) o "Desafio Fome Zero", convidando todas nações a serem corajosamente ambiciosas ao trabalharem para um futuro em que todos têm seu direito à alimentação e todos os sistemas alimentares são resilientes.
Ele convoca governos, empresas, agricultores, cientistas, sociedade civil e consumidores a participarem do desafio, honrando promessas do passado e trabalhando juntos para pôr fim à fome.
"Em um mundo de abundância ninguém, nem uma única pessoa, deve passar fome. Convido todos vocês a se juntarem a mim no trabalho para um futuro sem fome", disse o Secretário-Geral, aplaudindo os esforços combinados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), do Programa Mundial de Alimentos (PMA), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), do Banco Mundial e da Bioversity International durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
"A fome zero impulsiona crescimento econômico, reduz a pobreza e protege o meio ambiente. Promove paz e estabilidade", acrescentou Ban.
O Desafio Fome Zero tem cinco objetivos:
1. 100% de acesso a alimentação adequada durante todo o ano;
2. Nenhuma criança menor de dois anos desnutrida, eliminação da desnutrição na gravidez e na primeira infância.
3. Todos os sistemas alimentares sustentáveis.
4. 100% de crescimento em produtividade e renda de pequenos agricultores, especialmente para mulheres.
5. Perda ou desperdício de alimentos zero, incluindo consumo responsável.
A inspiração para o Desafio veio do grande trabalho feito por muitos países e organizações para acabar com a fome, incluindo o Brasil, cujo programa "Fome Zero" está acabando com a fome usando alimentos locais de agricultores familiares e cozinhas comunitárias. O programa funciona graças à poderosa combinação de ação da sociedade civil e forte liderança política.
Procuradoria pede internação de terrorista norueguês
A Procuradoria da Justiça da Noruega pediu hoje a internação psiquiátrica de Anders Behring Breivik, considerando-o psicótico e portanto irresponsável perante a lei pela morte de 77 pessoas, em julho do ano passado.
Depois de explodir uma bomba junto a sede de ministérios no centro de Oslo, Breivik atacou um acampamento da juventude do Partido Trabalhista, que governa a Noruega, denunciando o multiculturalismo e uma islamização do país que só existe na sua mente doentia.
Se os juízes discordarem do diagnóstico adotado pela Procuradoria, o jovem terrorista de extrema direita pode ser condenado a 21 anos de prisão. Enquanto for considerado perigoso para a sociedade, ficará sujeito a extensões da reclusão por medida de segurança.
Depois de explodir uma bomba junto a sede de ministérios no centro de Oslo, Breivik atacou um acampamento da juventude do Partido Trabalhista, que governa a Noruega, denunciando o multiculturalismo e uma islamização do país que só existe na sua mente doentia.
Se os juízes discordarem do diagnóstico adotado pela Procuradoria, o jovem terrorista de extrema direita pode ser condenado a 21 anos de prisão. Enquanto for considerado perigoso para a sociedade, ficará sujeito a extensões da reclusão por medida de segurança.
Euro 2012 marca emergência da Europa Oriental
Depois de séculos de guerras, invasões estrangeiras, dominação imperial e revoluções, a partir da queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989, e do fim do comunismo, os países da Europa Oriental se democratizaram e se aproximaram da União Europeia. A realização da Euro 2012, a copa europeia de seleções, na Polônia e na Ucrânia é um símbolo dessa emancipação.
Além do futebol, nas ruas de cidades tão marcadas pela História e pela Segunda Guerra Mundial como Varsóvia, a capital polonesa, e Kiev, a capital ucraniana, e das outras sedes da Eurocopa, afloram rivalidades históricas e nacionalistas, como nas brigas entre poloneses e russos, há duas semanas.
Nesta quinta-feira, falei um pouco sobre essas histórias no programa Redação SporTV.
A Polônia é hoje o país que mais cresce entre na União Europeia. Driblou a crise de 2008-9. Não caiu em recessão. Cresceu 1,5%, enquanto a UE caía 4,3%. No momento, avança num ritmo de 3,5% ao ano. Ainda tem problemas, mas está definitivamente integrada à Europa moderna, pacífica e civilizada.
À sombra da gigantesca Rússia, a Ucrânia ainda não chegou lá. Teve queda de 7% no produto interno bruto. Há denúncias de favoritismo e corrupção. A ex-primeira-ministra Yulia Timochenko está condenada a sete anos de cadeia por abuso de poder e corrupção. Ninguém acredita que ela seja inocente, mas o processo foi considerado viciado.
Por isso, a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, lidera um boicote de líderes europeus à final, a ser realizada em Kiev.
Além do futebol, nas ruas de cidades tão marcadas pela História e pela Segunda Guerra Mundial como Varsóvia, a capital polonesa, e Kiev, a capital ucraniana, e das outras sedes da Eurocopa, afloram rivalidades históricas e nacionalistas, como nas brigas entre poloneses e russos, há duas semanas.
Nesta quinta-feira, falei um pouco sobre essas histórias no programa Redação SporTV.
A Polônia é hoje o país que mais cresce entre na União Europeia. Driblou a crise de 2008-9. Não caiu em recessão. Cresceu 1,5%, enquanto a UE caía 4,3%. No momento, avança num ritmo de 3,5% ao ano. Ainda tem problemas, mas está definitivamente integrada à Europa moderna, pacífica e civilizada.
À sombra da gigantesca Rússia, a Ucrânia ainda não chegou lá. Teve queda de 7% no produto interno bruto. Há denúncias de favoritismo e corrupção. A ex-primeira-ministra Yulia Timochenko está condenada a sete anos de cadeia por abuso de poder e corrupção. Ninguém acredita que ela seja inocente, mas o processo foi considerado viciado.
Por isso, a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, lidera um boicote de líderes europeus à final, a ser realizada em Kiev.
Suprema Corte suspende multas a TV por indecência
Por unanimidade, a Suprema Corte dos Estados Unidos cancelou as multas impostas pelo governo a televisões por mostrarem imagens de nudez e obscenidades, sob a alegação de que o órgão regulador, a Comissão Federal de Comunicações, não advertiu claramente as empresas de que estavam sujeitas a punições duras.
Num dos casos levados ao supremo tribunal dos EUA, o grupo Disney, dono da rede de televisão ABC, contesta uma multa de US$ 1,4 milhão por mostrar a bunda da atriz Charlotte Ross num episódio da série NYPD Blue, em 2003. A ABC argumentou que não houve nu frontal e a bunda não é um "órgão sexual".
A Fox foi multada porque as cantoras Cher e Nicole Richie disseram palavrões ao apresentar os prêmios de música da revista Billboard.
No fim de um voto de 18 páginas, o ministro relator, Anthony Kennedy, observa que "a CFC é livre para mudar sua política atual sobre indecência". Os juízes não examinaram a questão sob a ótica da Emenda nº 1 da Constituição dos EUA, que garante plena liberdade de expressão, proibindo a censura.
O presidente da comissão, Julius Genachowski, declarou que a agência reguladora está examinando a decisão e reafirmou o compromisso de continuar cumprindo a missão que lhe foi dada pelo Congresso para proteger os telespectadores jovens respeitando a Primeira Emenda.
Num dos casos levados ao supremo tribunal dos EUA, o grupo Disney, dono da rede de televisão ABC, contesta uma multa de US$ 1,4 milhão por mostrar a bunda da atriz Charlotte Ross num episódio da série NYPD Blue, em 2003. A ABC argumentou que não houve nu frontal e a bunda não é um "órgão sexual".
A Fox foi multada porque as cantoras Cher e Nicole Richie disseram palavrões ao apresentar os prêmios de música da revista Billboard.
No fim de um voto de 18 páginas, o ministro relator, Anthony Kennedy, observa que "a CFC é livre para mudar sua política atual sobre indecência". Os juízes não examinaram a questão sob a ótica da Emenda nº 1 da Constituição dos EUA, que garante plena liberdade de expressão, proibindo a censura.
O presidente da comissão, Julius Genachowski, declarou que a agência reguladora está examinando a decisão e reafirmou o compromisso de continuar cumprindo a missão que lhe foi dada pelo Congresso para proteger os telespectadores jovens respeitando a Primeira Emenda.
Piloto da Força Aérea da Síria pede asilo à Jordânia
Pela primeira vez em um ano e três meses de conflito na Síria, um piloto da Força Aérea da ditadura de Bachar Assad desertou. Depois de pousar seu caça-bombardeiro MiG-21 numa base aérea da Jordânia, ele pediu asilo a esse país.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Diretor do BCE quer intervenção no mercado de bônus
O Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira, um fundo permanente para socorrer países em dificuldades na Zona do Euro, deve ser usado para entrar no mercado secundário e comprar as dívidas de países como a Espanha e a Itália, que estão sendo obrigados a pagar juros muito altos, afirmou o diretor executivo do Banco Central Europeu para operações internacionais de mercado financeiro, Benoît Couré.
"Estamos no terceiro da crise na Europa, chegando a um ponto onde algumas medidas de curto prazo foram testadas e esgotadas, e questões maiores estão sendo levantadas", declarou Couré em entrevista ao jornal inglês Financial Times.
Na sua opinião, a compra de bônus das dívidas de países como Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha e Itália é um alívio imediato: "Não entendo como os governos, que aceitaram essa intervenção no ano passado, não fazem isso para baixar o custo de rolagem das dívidas. Certamente é um mistério."
A proposta foi sugerida durante a reunião de cúpula do Grupo dos Vinte recém realizada em Los Cabos, no México, pelo primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, mas rejeitada pela primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel.
O fortalecimento do euro em bases permanentes, acrescentou o executivo do BCE, depende de um acordo política para a integração fiscal da Eurozona.
Mais uma vez, a Alemanha vai exigir uma rigorosa disciplina fiscal. Ao comentar a proposta do executivo do BCE, a primeira-ministra Angela Merkel considerou-a uma "discussão teórica". O problema, para economistas keynesianos como o americano Paul Krugman é que a disciplina fiscal deve ser imposta nos momentos de expansão da economia, e não na crise, quando os agentes privados estão receosos ou até mesmo deprimidos.
"Estamos no terceiro da crise na Europa, chegando a um ponto onde algumas medidas de curto prazo foram testadas e esgotadas, e questões maiores estão sendo levantadas", declarou Couré em entrevista ao jornal inglês Financial Times.
Na sua opinião, a compra de bônus das dívidas de países como Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha e Itália é um alívio imediato: "Não entendo como os governos, que aceitaram essa intervenção no ano passado, não fazem isso para baixar o custo de rolagem das dívidas. Certamente é um mistério."
A proposta foi sugerida durante a reunião de cúpula do Grupo dos Vinte recém realizada em Los Cabos, no México, pelo primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, mas rejeitada pela primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel.
O fortalecimento do euro em bases permanentes, acrescentou o executivo do BCE, depende de um acordo política para a integração fiscal da Eurozona.
Mais uma vez, a Alemanha vai exigir uma rigorosa disciplina fiscal. Ao comentar a proposta do executivo do BCE, a primeira-ministra Angela Merkel considerou-a uma "discussão teórica". O problema, para economistas keynesianos como o americano Paul Krugman é que a disciplina fiscal deve ser imposta nos momentos de expansão da economia, e não na crise, quando os agentes privados estão receosos ou até mesmo deprimidos.
Ex-militar é condenado por matar rainha tútsi em Ruanda
O Tribunal Penal Internacional para Ruanda condenou ontem o ex-oficial do Exército Ildephonse Nizeyimana, de 48 anos, à prisão perpétua pelo assassinato da rainha tútsi, Rosalie Gicanda, entre outros crimes cometidos em 1994, quando pelo menos 800 mil pessoas foram mortas naquele país do centro da África, no último genocídio do século 20. Ele foi absolvido de denúncias de estupro.
Nizeyimana era chefe de inteligência e de operações militares de uma academia militar de elite da maioria hutu. Diante do avanço das forças da Frente Patriótica de Ruanda depois da morte do presidente Juvenal Habyarimana, em 6 de abril de 1994, o Exército hutu em retirada e a milícia aliada Interahamwe iniciaram a tentativa de exterminar o povo considerado inimigo e mesmo hutus moderados contrário ao genocídio.
Em 1999, um relatório da organização não governamental Human Rights Watch (Observatório dos Direitos Humanos) afirmou que a rainha tútsi foi presa em sua casa na cidade de Butare, no Sudeste de Ruanda, e executada sumariamente atrás do Museu Nacional. A rainha Rosalie Gicanda era viúva desde 1959, quando o rei Mutara III morreu, pouco depois do país se tornar uma república.
Desde sua criação, o Tribunal Penal Internacional para Ruanda condenou 54 e absolveu oito acusados pelo genocídio. Deve encerrar suas atividades no fim de 2012, informa a TV pública britânica BBC.
Nizeyimana era chefe de inteligência e de operações militares de uma academia militar de elite da maioria hutu. Diante do avanço das forças da Frente Patriótica de Ruanda depois da morte do presidente Juvenal Habyarimana, em 6 de abril de 1994, o Exército hutu em retirada e a milícia aliada Interahamwe iniciaram a tentativa de exterminar o povo considerado inimigo e mesmo hutus moderados contrário ao genocídio.
Em 1999, um relatório da organização não governamental Human Rights Watch (Observatório dos Direitos Humanos) afirmou que a rainha tútsi foi presa em sua casa na cidade de Butare, no Sudeste de Ruanda, e executada sumariamente atrás do Museu Nacional. A rainha Rosalie Gicanda era viúva desde 1959, quando o rei Mutara III morreu, pouco depois do país se tornar uma república.
Desde sua criação, o Tribunal Penal Internacional para Ruanda condenou 54 e absolveu oito acusados pelo genocídio. Deve encerrar suas atividades no fim de 2012, informa a TV pública britânica BBC.
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EUA e Israel criaram vírus Chama para atacar o Irã
Como se suspeitava desde sua descoberta semanas atrás, os Estados Unidos e Israel criaram em conjunto o vírus Chama (Flame, em inglês) para atacar o programa nuclear do Irã e retardar o possível desenvolvimento de armas atômicas, admitiram altos funcionários americanos envolvidos no plano.
Quando o vírus Chama invade um computador, registra todos os comandos dados, os textos escritos, as conversas por microfone e todas as páginas visitadas na Internet. Ele não prejudica o funcionamento da máquina. É um vírus espião. Nenhum antivírus consegue neutralizá-lo.
A guerra cibernética israelo-americana contra o regime fundamentalista iraniano usou ainda o vírus Stuxnet para atacar as centrífugas enriquecedoras de urânio no Irã e está em pleno andamento. Com a coleta de dados, os dois países "preparam o campo de batalha para novas ações clandestinas", observou um ex-alto funcionário dos serviços secretos dos EUA, entrevistado pelo jornal The Washington Post.
Diante do fracasso de mais uma rodada de negociações entre o Irã, as cinco grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, Rússia, França e Reino Unido) e a Alemanha em torno do programa nuclear iraniano, o país deve ser submetido a sanções econômicas mais duras a partir de 1º de julho de 2012.
Quando o vírus Chama invade um computador, registra todos os comandos dados, os textos escritos, as conversas por microfone e todas as páginas visitadas na Internet. Ele não prejudica o funcionamento da máquina. É um vírus espião. Nenhum antivírus consegue neutralizá-lo.
A guerra cibernética israelo-americana contra o regime fundamentalista iraniano usou ainda o vírus Stuxnet para atacar as centrífugas enriquecedoras de urânio no Irã e está em pleno andamento. Com a coleta de dados, os dois países "preparam o campo de batalha para novas ações clandestinas", observou um ex-alto funcionário dos serviços secretos dos EUA, entrevistado pelo jornal The Washington Post.
Diante do fracasso de mais uma rodada de negociações entre o Irã, as cinco grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, Rússia, França e Reino Unido) e a Alemanha em torno do programa nuclear iraniano, o país deve ser submetido a sanções econômicas mais duras a partir de 1º de julho de 2012.
Arquiteto francês é preso no caso Bo Xilai
A pedido da China, o Camboja prendeu o arquiteto francês Patrick Devillers, acusado de envolvimento com o ex-dirigente do Partido Comunista chinês Bo Xilai, um expoente da linha dura que caiu em desgraça em março de 2012 em meio a um escândalo de abuso de poder, assassinato e corrupção.
Em Paris, o Ministério do Exterior da França prometeu todo o apoio consular ao arquiteto.
Devillers era um dos dois estrangeiros ligados a Gu Kailai, esposa de Bo, presa sob suspeita de participação no assassinato do empresário britânico Neil Heywood, acusado de intermediar transações internacionais ilícitas do casal.
Bo Xilai era um dos 25 membros do Politburo do Comitê Central do PC chinês. Articulava apoio para ser eleito no fim do ano para o Comitê Permanente do Politburo, formado pelos chamados nove imperadores que governam a China, hoje o segundo país mais rico e poderoso do mundo, rumo ao primeiro lugar.
Como líder do partido e governador da cidade-província de Xunquim, Bo resgatou políticas da linha dura da era maoísta. Perseguiu empresários denunciados por corrupção e adversários políticos, sendo acusado de abuso de poder. Até canções triunfalistas do tempo da Revolução Cultural eram entoadas.
Em março deste ano, Bo foi removido da liderança do partido em Xunquim. No mês seguinte, foi afastado também do Politburo, na queda mais espetacular de um dirigente chinês desde que o então secretário-geral do PC, Zhao Ziyang, foi deposto, em 1989, por se recusar a apoiar a repressão do Exército Popular de Libertação ao movimento dos estudantes pela democracia e liberdade que resultou no massacre na Praça da Paz Celestial.
Devillers foi advertido várias vezes de que corria perigo no Camboja por causa das boas relações do governo deste país com o regime comunista chinês. Sua prisão foi anunciada seis dias depois da visita a Phnom Penh, a capital cambojana, de Hu Guoqiang, membro do Comitê Permanente e Chefe da Comissão Central para Inspeções Disciplinares.
Quando Gu Kailai abriu uma empresa no Reino Unido para contratar arquitetos para realizar projetos na China, deu o mesmo endereço, em Bournemouth, usado por Devillers. Em 2006, quando ele e seu pai criaram uma companhia imobiliária em Luxemburgo, deram como endereço principal da firma um escritório de Gu em Beijim.
A China tem regras estritas para investimentos no exterior e fiscaliza de perto a participação de funcionários públicos nestes negócios, observa o jornal The New York Times.
Em Paris, o Ministério do Exterior da França prometeu todo o apoio consular ao arquiteto.
Devillers era um dos dois estrangeiros ligados a Gu Kailai, esposa de Bo, presa sob suspeita de participação no assassinato do empresário britânico Neil Heywood, acusado de intermediar transações internacionais ilícitas do casal.
Bo Xilai era um dos 25 membros do Politburo do Comitê Central do PC chinês. Articulava apoio para ser eleito no fim do ano para o Comitê Permanente do Politburo, formado pelos chamados nove imperadores que governam a China, hoje o segundo país mais rico e poderoso do mundo, rumo ao primeiro lugar.
Como líder do partido e governador da cidade-província de Xunquim, Bo resgatou políticas da linha dura da era maoísta. Perseguiu empresários denunciados por corrupção e adversários políticos, sendo acusado de abuso de poder. Até canções triunfalistas do tempo da Revolução Cultural eram entoadas.
Em março deste ano, Bo foi removido da liderança do partido em Xunquim. No mês seguinte, foi afastado também do Politburo, na queda mais espetacular de um dirigente chinês desde que o então secretário-geral do PC, Zhao Ziyang, foi deposto, em 1989, por se recusar a apoiar a repressão do Exército Popular de Libertação ao movimento dos estudantes pela democracia e liberdade que resultou no massacre na Praça da Paz Celestial.
Devillers foi advertido várias vezes de que corria perigo no Camboja por causa das boas relações do governo deste país com o regime comunista chinês. Sua prisão foi anunciada seis dias depois da visita a Phnom Penh, a capital cambojana, de Hu Guoqiang, membro do Comitê Permanente e Chefe da Comissão Central para Inspeções Disciplinares.
Quando Gu Kailai abriu uma empresa no Reino Unido para contratar arquitetos para realizar projetos na China, deu o mesmo endereço, em Bournemouth, usado por Devillers. Em 2006, quando ele e seu pai criaram uma companhia imobiliária em Luxemburgo, deram como endereço principal da firma um escritório de Gu em Beijim.
A China tem regras estritas para investimentos no exterior e fiscaliza de perto a participação de funcionários públicos nestes negócios, observa o jornal The New York Times.
PNUD propõe índice de desenvolvimento sustentável
Em um fórum de alto nível realizado nesta quarta-feira (20), durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) apresentou as bases conceituais para um futuro “Índice de Desenvolvimento Humano Sustentável” capaz de reconhecer os custos do desenvolvimento humano e da depreciação da natureza para futuras gerações, noticiou hoje o Centro de Informações da ONU.
“O fórum do PNUD foi motivado pelas demandas apresentadas por muitos no Rio para que houvesse um estudo conduzido pela ONU das alternativas às medições puramente econômicas de progresso nacional e global”, disse a diretora do PNUD Helen Clark, que moderou a discussão do painel de hoje.
Entre os palestrantes presentes no fórum – intitulado “Para além do PIB: Medindo o Futuro que Queremos” –, estavam a primeira-ministra da Dinamarca e atual presidente do Conselho Europeu, que reúne os líder da União Europeia, Helle Thorning-Schmidt, e o presidente da Zâmbia, Michael Chilufya Sata.
Depois do diálogo com esses líderes mundiais, especialistas discutiram as implicações da proposta, incluindo Roberto Bissio, coordenador do Observatório Social, representante da sociedade civil; Mary Barton-Dock, chefe do Departamento do Meio Ambiente do Banco Mundial; e Enrico Giovannini, chefe do Escritório Nacional de Estatísticas da Itália e ex-chefe de estatísticas da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“Igualdade, dignidade, felicidade, sustentabilidade – são todos fundamentais às nossas vidas, mas ausentes no PIB” – disse Helen Clark, ex-primeira-ministra da Nova Zelândia. “O progresso precisa ser definido e medido de uma forma que represente uma perspectiva mais ampla do desenvolvimento humano e seu contexto”.
O projeto de medição da sustentabilidade do Escritório do Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD representa a continuação do seu trabalho de mais de décadas, começando com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), uma medida composta da expectativa de vida, educação e renda que se tornou uma alternativa ao PIB como medida do progresso nacional amplamente aceita. Como destacou o jornal The New York Times no 20º aniversário do Relatório de Desenvolvimento Humano, em 2010, “até agora somente uma medida teve sucesso ao desafiar a hegemonia do pensamento centrado no crescimento. Ela é conhecida como IDH, que faz 20 anos este ano”.
No início deste ano, no Relatório “Pessoas Resilientes, Planeta Resiliente”, o Painel de Alto Nível de Desenvolvimento Sustentável do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, concluiu que “a comunidade internacional deveria medir o desenvolvimento para além do Produto Interno Bruto (PIB) e desenvolver um novo índice de desenvolvimento sustentável ou um conjunto de indicadores”.
Como observado no fórum de hoje, a necessidade de abordagens melhores para a medição do progresso também foi endossada por outras instituições internacionais e líderes de opinião, incluindo a “Iniciativa Vida Melhor” da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico e da Comissão Stiglitz-Sen-Fitoussi, que sugeriu a criação de uma ampla gama de indicadores sociais para complementar os valores do PIB.
O Sistema de Contabilidade Econômico-Ambiental do Escritório de Estatística das Nações Unidas e a parceria do Banco Mundial para a Contabilização das Riquezas para Avaliação dos Serviços dos Ecossistemas estão entre as várias iniciativas multilaterais recentes que incorporam fatores ambientais na avaliação do progresso nacional e global.
As negociações que antecederam a Conferência Rio+20 ecoaram essa visão, com a declaração final da Conferência submetida para aprovação dos membros da ONU afirmando: “Nós reconhecemos a necessidade de medidas mais amplas de progresso para complementar o PIB e assim subsidiar melhor as decisões políticas, e neste sentido, pedimos aos Escritório de Estatísticas da ONU, em consulta a outras entidades do Sistema da ONU e a outras organizações relevantes, para lançar um plano de trabalho nesta área, que seja construído sobre iniciativas já existentes [...]”.
Na apresentação feita durante o fórum de hoje, Khalid Malik, o diretor do Escritório do Relatório de Desenvolvimento Humano, analisou as vantagens, bem como os desafios de medir a sustentabilidade de uma perspectiva baseada nas pessoas e no desenvolvimento humano.
O referencial teórico para uma avaliação de sustentabilidade baseada no IDH também incorpora o conceito de equidade entre gerações, baseado nos princípios de justiça global e enraizado na premissa de que as escolhas feitas hoje não deveriam limitar as escolhas disponíveis para as pessoas no futuro.
A abordagem de um IDH centrado nas pessoas com objetivo de medir a sustentabilidade incorpora também a idea dos limites de nosso planeta, mostrando como as mudanças climáticas em particular já estão impondo severos riscos para o desenvolvimento humano no longo prazo, de forma ainda mais aguda em países e comunidades pobres.
“Do ponto de vista da formulação de políticas, isto significa que o direito ao desenvolvimento é fundamental, mas ele deve ser alcançado sem que haja redução das escolhas disponíveis para gerações futuras”, observou Malik.
As preocupações com o desenvolvimento humano sustentável tem sido enfatizadas de forma consistente pelos Relatórios de Desenvolvimento Humano do PNUD, publicadas nas últimas duas décadas. O Relatório de 1994 articulou o princípio básico do desenvolvimento humano sustentável: “O objetivo do desenvolvimento é criar um ambiente no qual todas as pessoas possam expandir suas capacidades, e no qual as oportunidades possam ser aumentadas tanto para as gerações de agora como para as do futuro.”
Os criadores do IDH - o falecido economista paquistanês Mahbub ul-Haq e seu colaborador Amartya Sen, economista indiano laureado com o Prêmio Nobel de Economia - planejaram o índice como uma avaliação de progresso facilmente compreensível baseada nas pessoas, que põe a saúde e a educação a par com o crescimento econômico.
Desde 1990, os rankings anuais do IDH dos Relatórios de Desenvolvimento Humano do PNUD têm sido amplamente seguidos pelos governos, mídia, sociedade civil e especialistas em desenvolvimento ao redor do mundo. O IDH também foi adotado para fins de planejamento em nível nacional e local em muitos países, incluindo Índia, México, Marrocos e Filipinas.
“O PNUD acredita que o Índice de Desenvolvimento Humano também poderia ser um ponto de partida para uma medida mais abrangente de desenvolvimento sustentável”, disse Helen Clark hoje, enfatizando a necessidade de mais pesquisas e consultas com governos, sociedade civil e especialistas acadêmicos no campo, em colaboração com outras agências da ONU e instituições multilaterais.
Centro-direita forma novo governo na Grécia
Com o apoio dos socialistas e da esquerda moderada, o líder do partido conservador Nova Democracia, Antonis Samaras, vencedor das eleições legislativas do domingo passado, conseguiu o número de votos necessários no Parlamento para formar um novo governo e se tornar primeiro-ministro da Grécia.
O novo governo assume com o compromisso de manter os acordos firmados com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca de empréstimos no valor de 240 bilhões de euros para evitar um calote de suas dívidas públicas. Mas pretende pedir mais prazo e renegociar o plano de ajuste fiscal para introduzir elementos de estímulo à retomada do crescimento econômico.
A primeira-ministra Angela Merkel, principal responsável pela imposição de um rigoroso programa de disciplina fiscal à Grécia, já convidou o novo chefe de governo para visitar a Alemanha.
O novo governo assume com o compromisso de manter os acordos firmados com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca de empréstimos no valor de 240 bilhões de euros para evitar um calote de suas dívidas públicas. Mas pretende pedir mais prazo e renegociar o plano de ajuste fiscal para introduzir elementos de estímulo à retomada do crescimento econômico.
A primeira-ministra Angela Merkel, principal responsável pela imposição de um rigoroso programa de disciplina fiscal à Grécia, já convidou o novo chefe de governo para visitar a Alemanha.
Secretário-geral da ONU abre Rio+20
Ao abrir a sessão plenária da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, fez um apelo aos chefes de Estado e de governo para irem além dos interesses nacionais e assumirem o papel de líderes globais.
Confira aqui a gravação divulgada pela ONU.
Confira aqui a gravação divulgada pela ONU.
terça-feira, 19 de junho de 2012
Mubarak está em estado crítico num hospital do Egito
A saúde do ex-ditador Hosni Mubarak piorou rapidamente hoje. Ele foi internado às pressas num hospital do Cairo, aumentando a incerteza no Egito, onde tanto o ex-primeiro-ministro Ahmed Chafik quanto o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Mursi, se proclamam vencedores da eleição presidencial.
Sua "morte clínica" ou "morte cerebral" chegou a ser anunciada pela agência de notícias estatal Middle East News Agency (MENA). Mas não foi confirmada. Aos 84 anos, Mubarak sofreu um acidente vascular cerebral e um ataque cardíaco que o deixaram em coma.
A notícia chegou rapidamente à Praça da Libertação, no centro da capital egípcia, onde centenas de milhares de manifestantes protestavam contra o Conselho Supremo das Forças Armadas, que reduziu os poderes do futuro presidente e reservou para si todos os poderes legislativos, inclusive de redigir a nova Constituição.
Há 15 dias, Mubarak foi condenado à prisão perpétua como responsável pelas mais de 800 mortes de manifestantes ocorridas durante os 18 dias da revolução que o derrubou, em 11 de fevereiro de 2011.
Sua "morte clínica" ou "morte cerebral" chegou a ser anunciada pela agência de notícias estatal Middle East News Agency (MENA). Mas não foi confirmada. Aos 84 anos, Mubarak sofreu um acidente vascular cerebral e um ataque cardíaco que o deixaram em coma.
A notícia chegou rapidamente à Praça da Libertação, no centro da capital egípcia, onde centenas de milhares de manifestantes protestavam contra o Conselho Supremo das Forças Armadas, que reduziu os poderes do futuro presidente e reservou para si todos os poderes legislativos, inclusive de redigir a nova Constituição.
Há 15 dias, Mubarak foi condenado à prisão perpétua como responsável pelas mais de 800 mortes de manifestantes ocorridas durante os 18 dias da revolução que o derrubou, em 11 de fevereiro de 2011.
Assange pede asilo político ao Equador
Depois que o Supremo Tribunal de Justiça do Reino Unido rejeitou seu último apelo contra o pedido de extradição da Suécia, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, pediu asilo à Embaixada do Equador em Londres.
Assange é acusado de crimes sexuais contra duas suecas, mas teme que o pedido seja apenas uma manobra para extraditá-lo para os Estados Unidos, onde ele é acusado de roubar segredos de Estado porque o WikiLeaks divulgou mais de 250 mil documentos sigilosos do Departamento de Estado.
Assange é acusado de crimes sexuais contra duas suecas, mas teme que o pedido seja apenas uma manobra para extraditá-lo para os Estados Unidos, onde ele é acusado de roubar segredos de Estado porque o WikiLeaks divulgou mais de 250 mil documentos sigilosos do Departamento de Estado.
Europa acusa Brasil de aceitar acordo fraco na Rio+20
A União Europeia não gostou da pressa do Brasil em fechar uma proposta de documento final para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), acusando-o de ser fraco, sem metas nem compromissos definidos. O texto foi aprovado agora há pouco.
Para os europeus e as organizações não governamentais que participam da Rio+20 e da Cúpula dos Povos, no Rio de Janeiro, falta coragem ao Brasil, que estaria adiando decisões importantes ao presidir a esta última etapa das negociações antes da reunião dos chefes de Estado e de governo, marcada para 20 a 22 de junho de 2012.
"Não há metas concretas nem objetivos", reclamou a porta-voz para o meio ambiente da Comissão Europeia, órgão executivo da UE. "A Rio+20 olha mais para o passado do que para o futuro".
A UE quer definir as Metas de Desenvolvimento Sustentável, que devem substituir as Metas de Desenvolvimento do Milênio depois de 2015, com propostas para temas específicos como água, cidades, energia, florestas e oceanos. O Brasil alega que é cedo. Considera melhor iniciar um debate e deixar a definição das metas para os próximos anos. Até setembro de 2014, um comitê intergovernamental apresentaria uma lista de metas.
Os países europeus e africanos defendem a transformação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente numa agência como a Organização Mundial da Saúde (OMS), com mais recursos e mais poderes. Nesta questão, os Estados Unidos se uniram aos grandes emergentes - Brasil, China e Índia - para impedir inspetores internacionais de fiscalizar práticas destruidoras da natureza.
Também não houve acordo sobre o financiamento da transição para uma economia verde. O Brasil quer criar um Fórum Global de Sustentabilidade, mas os países não querem pagar a conta. Alegam que os grandes emergentes e outros países de renda média precisam contribuir.
Para os europeus e as organizações não governamentais que participam da Rio+20 e da Cúpula dos Povos, no Rio de Janeiro, falta coragem ao Brasil, que estaria adiando decisões importantes ao presidir a esta última etapa das negociações antes da reunião dos chefes de Estado e de governo, marcada para 20 a 22 de junho de 2012.
"Não há metas concretas nem objetivos", reclamou a porta-voz para o meio ambiente da Comissão Europeia, órgão executivo da UE. "A Rio+20 olha mais para o passado do que para o futuro".
A UE quer definir as Metas de Desenvolvimento Sustentável, que devem substituir as Metas de Desenvolvimento do Milênio depois de 2015, com propostas para temas específicos como água, cidades, energia, florestas e oceanos. O Brasil alega que é cedo. Considera melhor iniciar um debate e deixar a definição das metas para os próximos anos. Até setembro de 2014, um comitê intergovernamental apresentaria uma lista de metas.
Os países europeus e africanos defendem a transformação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente numa agência como a Organização Mundial da Saúde (OMS), com mais recursos e mais poderes. Nesta questão, os Estados Unidos se uniram aos grandes emergentes - Brasil, China e Índia - para impedir inspetores internacionais de fiscalizar práticas destruidoras da natureza.
Também não houve acordo sobre o financiamento da transição para uma economia verde. O Brasil quer criar um Fórum Global de Sustentabilidade, mas os países não querem pagar a conta. Alegam que os grandes emergentes e outros países de renda média precisam contribuir.
Justiça afasta primeiro-ministro do Paquistão
O Supremo Tribunal do Paquistão destituiu hoje o primeiro-ministro Youssef Raza Gilani, condenado há dois meses por desacato à Justiça por não ter reaberto um processo de corrupção contra o presidente Assif Ali Zardari, viúvo da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada em 27 de dezembro de 2007.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Chávez se nega a debater com candidato da oposição
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, rejeitou a possibilidade de participar de um debate com o candidato da oposição à eleição presidencial de 7 de outubro de 2012, Henrique Capriles, a quem acusa de não ter ideias.
"Um debate? Mas com quem?", reagiu o caudilho venezuelano diante da pergunta de um repórter, tentando desqualificar o oponente. "Teria muita vergonha porque o que existe ali é nada. Seria como colocar Cassius Clay nos seus melhores momentos para lutar com [o vice-presidente do partido governo] Diosdado Cabello, que foi boxeador".
Em seu estilo fanfarrão, sempre tentando ganhar no grito, Chávez arrematou: "Ali não há nada, não há nada a debater, não há ideias. O grande debate se dá nas ruas e nas comunidades".
Às vésperas de completar 58 anos, Chávez luta contra um câncer na próstata descoberto no ano passado e por um terceiro mandato de seis anos.
"Um debate? Mas com quem?", reagiu o caudilho venezuelano diante da pergunta de um repórter, tentando desqualificar o oponente. "Teria muita vergonha porque o que existe ali é nada. Seria como colocar Cassius Clay nos seus melhores momentos para lutar com [o vice-presidente do partido governo] Diosdado Cabello, que foi boxeador".
Em seu estilo fanfarrão, sempre tentando ganhar no grito, Chávez arrematou: "Ali não há nada, não há nada a debater, não há ideias. O grande debate se dá nas ruas e nas comunidades".
Às vésperas de completar 58 anos, Chávez luta contra um câncer na próstata descoberto no ano passado e por um terceiro mandato de seis anos.
Homem-bomba mata comandante militar no Iêmen
Depois de um mês de bombardeios aéreos e de uma ofensiva contra militantes da rede terrorista Al Caeda na Península Arábica, um atentado terrorista suicida matou hoje na cidade de Áden o comandante militar do Sul do Iêmen, general Salem Ali Katan.
O Ministério da Defesa declarou que o homem-bomba, de nacionalidade somaliana, se jogou contra o carro do general, matando também dois soldados que o escoltavam. Um médico do hospital informou que outras 12 pessoas saíram feridas, inclusive nove soldados.
O Ministério da Defesa declarou que o homem-bomba, de nacionalidade somaliana, se jogou contra o carro do general, matando também dois soldados que o escoltavam. Um médico do hospital informou que outras 12 pessoas saíram feridas, inclusive nove soldados.
Espanha anula euforia com eleições na Grécia
Mais uma vez, a Espanha teve de pagar juros acima de 7% nos seus títulos de dívida pública com dez anos de prazo nesta segunda-feira, neutralizando a euforia inicial dos mercados com a vitória dos partidos a favor dos acordos com a União Europeia nas eleições parlamentares de ontem na Grécia.
Em Atenas, o Partido Socialista Pan-Helênico (Pasok) anunciou que um novo governo será formado amanhã.
O ministro do Exterior da Alemanha, Guido Westerwelle, admitiu a possibilidade de dar um prazo maior à Grécia para pagar suas dívidas, mas a primeira-ministra Angela Merkel insistiu que o novo governo grego deve honrar os compromissos herdados de governos anteriores.
Em Atenas, o Partido Socialista Pan-Helênico (Pasok) anunciou que um novo governo será formado amanhã.
O ministro do Exterior da Alemanha, Guido Westerwelle, admitiu a possibilidade de dar um prazo maior à Grécia para pagar suas dívidas, mas a primeira-ministra Angela Merkel insistiu que o novo governo grego deve honrar os compromissos herdados de governos anteriores.
Militares do Egito prometem transferir poder neste mês
Horas depois que a Irmandade Muçulmana cantou a vitória de seu candidato, Mohamed Mursi, na eleição presidencial no Egito, o Conselho Supremo das Forças Armadas, que governa o país desde a queda do ditador Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011, prometeu transferir todo o poder executivo até o fim do mês.
Depois que o Supremo Tribunal declarou ilegal as eleições de um terço da Assembleia Nacional, os militares dissolveram o parlamento e avocaram para si todos os poderes legislativos, inclusive de redigir a nova Constituição do Egito. É um sinal de que não pretendem largar o poder, que dominam desde que a Revolução dos Coronéis derrubou a monarquia, em 1952.
Depois que o Supremo Tribunal declarou ilegal as eleições de um terço da Assembleia Nacional, os militares dissolveram o parlamento e avocaram para si todos os poderes legislativos, inclusive de redigir a nova Constituição do Egito. É um sinal de que não pretendem largar o poder, que dominam desde que a Revolução dos Coronéis derrubou a monarquia, em 1952.
Sultão da Arábia Saudita nomeia novo príncipe herdeiro
O rei Abdala, da Arábia Saudita, indicou nesta segunda-feira seu meio-irmão príncipe Salman ben Abdul Aziz al Saud, de 77 anos, como novo primeiro príncipe herdeiro.
O anterior, Nayef ben Abdul Aziz al Saud, morreu no sábado passado.
Salman já era ministro da Defesa. Agora, acumula o cargo de vice-primeiro-ministro e desponta como homem-forte do reino.
O anterior, Nayef ben Abdul Aziz al Saud, morreu no sábado passado.
Salman já era ministro da Defesa. Agora, acumula o cargo de vice-primeiro-ministro e desponta como homem-forte do reino.
domingo, 17 de junho de 2012
Islamita sai na frente mas militares retem poder no Egito
O candidato da Irmandade Muçulmana, Mohamed Mursi, lidera a apuração do segundo turno da eleição presidencial no Egito, realizado ontem e hoje, com 57% dos votos válidos, contra 43% para o ex-primeiro-ministro Ahmed Chafik, visto como o candidato do antigo regime, noticiou agora à noite o jornal Al-Ahram.
Na sua apuração própria, a Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista islâmico do mundo, fundado em 1928, declarou que apurados 10% dos colégios eleitorais seu candidato tinha 61% contra 39% para Chafik.
Mas o resultado da primeira eleição presidencial mais ou menos democrática da História do Egito foi ofuscado pelo anúncio do Conselho Supremo das Forças Armadas de que está assumindo todos os poderes legislativos depois que o Supremo Tribunal anulou as últimas eleições parlamentares.
O conselho, que assumiu o poder com a queda do ditador Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011, só pretende convocar eleições parlamentares depois que o país tiver uma Constituição. Desde a Revolução dos Coronéis derrubou a monarquia, em 1952, sob a liderança de Gamal Abdel Nasser, os militares controlam o Egito. Aparentemente, não tem a intenção de ceder o poder aos civis.
Na sua apuração própria, a Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo fundamentalista islâmico do mundo, fundado em 1928, declarou que apurados 10% dos colégios eleitorais seu candidato tinha 61% contra 39% para Chafik.
Mas o resultado da primeira eleição presidencial mais ou menos democrática da História do Egito foi ofuscado pelo anúncio do Conselho Supremo das Forças Armadas de que está assumindo todos os poderes legislativos depois que o Supremo Tribunal anulou as últimas eleições parlamentares.
O conselho, que assumiu o poder com a queda do ditador Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011, só pretende convocar eleições parlamentares depois que o país tiver uma Constituição. Desde a Revolução dos Coronéis derrubou a monarquia, em 1952, sob a liderança de Gamal Abdel Nasser, os militares controlam o Egito. Aparentemente, não tem a intenção de ceder o poder aos civis.
Partidos a favor do acordo vencem na Grécia
O partido de centro-direita Nova Democracia venceu as eleições parlamentares de hoje na Grécia. Com 30% dos votos e 128 deputados, deve formar governo com o Partido Socialista Pan-Helênico (Pasok), que foi o mais atingido pela crise, teve 12,5% dos votos e conquistou 33 cadeiras, enquanto a coalizão de extrema esquerda Syriza elegeu 72 deputados com 27% dos votos.
Para o futuro primeiro-ministro Antonis Samaras, foi uma vitória da Europa. O Pasok já manifestou a intenção de fazer uma aliança com a Nova Democracia. Samaras quer uma grande coalizão com a participação da ultraesquerda, mas seu líder, Alexis Tsipras, que sonhava com a vitória, prefere ficar na oposição.
A vitória dos partidos favoráveis ao acordo deve trazer um alívio ao menos temporário aos mercados financeiros, com expectativa de alta nas bolsas de valores da Ásia, as primeiras a abrir nesta segunda-feira.
Para o futuro primeiro-ministro Antonis Samaras, foi uma vitória da Europa. O Pasok já manifestou a intenção de fazer uma aliança com a Nova Democracia. Samaras quer uma grande coalizão com a participação da ultraesquerda, mas seu líder, Alexis Tsipras, que sonhava com a vitória, prefere ficar na oposição.
A vitória dos partidos favoráveis ao acordo deve trazer um alívio ao menos temporário aos mercados financeiros, com expectativa de alta nas bolsas de valores da Ásia, as primeiras a abrir nesta segunda-feira.
Esquerda conquista maioria no parlamento na França
O Partido Socialista e seus aliados terão maioria absoluta na Assembleia Nacional da França. De um total de 577 deputados, a bancada de esquerda terá de 312 a 326, indicam as pesquisas divulgadas assim que fecharam as urnas do segundo turno das eleições legislativas, às 20 horas desde domingo em Paris (15h em Brasília).
A direita deve ficar com 220 a 230 cadeiras. A Frente Nacional, de extrema direita, deve eleger pelo menos dois deputados, voltando ao parlamento, onde não tinha representantes desde os anos 80. Os Verdes e a Europa Ecologie devem ter 19 cadeiras.
Ícones do PS francês como ex-candidata a presidente Ségolène Royal, ex-mulher do presidente Franbçois Hollande, que foi alfinetada pela atual, Valérie Trierweiler, e o ex-ministro da Cultura, Jack Lang, foram derrotados.
Também ficaram fora da Assembleia Nacional a líder da extrema direita, Marine Le Pen, o candidato centrista à Presidência François Bayrou e a ex-ministra da Justiça Michelle Alliot-Marie, que caiu por ser amiga, tirar férias e pegar carona em jatinhos do ex-ditador da Tunísia Zinedine ben Ali, informa o jornal francês Le Monde.
A direita deve ficar com 220 a 230 cadeiras. A Frente Nacional, de extrema direita, deve eleger pelo menos dois deputados, voltando ao parlamento, onde não tinha representantes desde os anos 80. Os Verdes e a Europa Ecologie devem ter 19 cadeiras.
Ícones do PS francês como ex-candidata a presidente Ségolène Royal, ex-mulher do presidente Franbçois Hollande, que foi alfinetada pela atual, Valérie Trierweiler, e o ex-ministro da Cultura, Jack Lang, foram derrotados.
Também ficaram fora da Assembleia Nacional a líder da extrema direita, Marine Le Pen, o candidato centrista à Presidência François Bayrou e a ex-ministra da Justiça Michelle Alliot-Marie, que caiu por ser amiga, tirar férias e pegar carona em jatinhos do ex-ditador da Tunísia Zinedine ben Ali, informa o jornal francês Le Monde.
França quer pacto de crescimento de 120 bi de euros
Na contramão das políticas de disciplina fiscal impostas pela Alemanha, o novo governo socialista da França quer um "pacto de crescimento" com investimentos de 120 bilhões de euros para ajudar os países da Zona do Euro a superar a crise das dívidas públicas.
A proposta de 11 páginas, a ser aprovada ou não numa reunião de cúpula da União Europeia em 28 e 29 de junho, foi apresentada nesta semana pelo presidente François Hollande à primeira-ministra alemã, Angela Merkel, e a outros líderes do continente.
Entre as medidas sugeridas, divulgadas hoje pelo Journal du Dimanche, estão um imposto sobre transações financeiras e um plano para reduzir o desemprego entre os jovens.
A França vota hoje, no segundo turno das eleições legislativas. Todas as pesquisas indicam que a esquerda, liderada pelo Partido Socialista, terá maioria absoluta na Assembleia Nacional. A abstenção deve ser recorde.
A proposta de 11 páginas, a ser aprovada ou não numa reunião de cúpula da União Europeia em 28 e 29 de junho, foi apresentada nesta semana pelo presidente François Hollande à primeira-ministra alemã, Angela Merkel, e a outros líderes do continente.
Entre as medidas sugeridas, divulgadas hoje pelo Journal du Dimanche, estão um imposto sobre transações financeiras e um plano para reduzir o desemprego entre os jovens.
A França vota hoje, no segundo turno das eleições legislativas. Todas as pesquisas indicam que a esquerda, liderada pelo Partido Socialista, terá maioria absoluta na Assembleia Nacional. A abstenção deve ser recorde.
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Boca de urna indica disputa apertada na Grécia
O partido conservador tradicional Nova Democracia disputa voto a voto com a coligação de ultraesquerda Syriza a vitória nas eleições parlamentares deste domingo na Grécia, indicam as pesquisas de boca de urna divulgadas por televisões gregas depois do fechamento das urnas.
Pela lei eleitoral do país, para facilitar a formação do governo, o partido vencedor ganha um bônus de 50 deputados no Parlamento de 300 cadeiras. Se a extrema esquerda ganhar, será difícil articular uma aliança capaz de governo a Grécia, que está em seu quinto ano seguido de recessão e depende de acordos feitos com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional para receber empréstimos de emergência e evitar um calote de sua dívida pública.
Se a extrema esquerda vencer, pretende denunciar os acordos. A Grécia não receberia a próxima parcela de uma ajuda de 240 bilhões de euros. Não teria como pagar nem os funcionários públicos. Seria pressionada a deixar a união monetária europeia, com consequências desastrosas para toda a economia mundial.
Alguns economistas estimam em até US$ 1 trilhão o prejuízo à economia mundial que seria causado por um calote grego, com risco de contágio para outras economias da Zona do Euro em dificuldades para pagar suas dívidas, como Portugal, Irlanda e especialmente Espanha e Itália, a terceira e quarta maior economias da região.
A esperança é que a Nova Democracia e o Partido Socialista Pan-Helênico (Pasok), que dominaram a política grega desde o fim da ditadura militar, nos anos 70, consigam a maioria de 151 deputados para formar um governo favorável aos acordos para pagar a dívida.
O elevado custo social do plano de ajuste fiscal, com queda estimada de 20% no produto interno bruto entre 2008 e 2012, cortes de empregos públicos, salários, pensões e aposentadorias, turbinou a votação dos partidos radicais de direita e esquerda. Os neonazistas do partido Aurora Dourada devem eleger deputados.
Nas últimas eleições, em 6 de maio, 70% votaram em partidos contrários aos acordos com a UE e o FMI, mas 75% são a favor de continuar fazendo parte da Eurozona. A ND ficou com 108 deputados, a Syriza com 52 cadeiras e o Pasok com 41.
O líder da extrema esquerda, Alexis Tsipras, fez campanha tentando convencer os gregos de que não serão excluídos da união monetária mesmo rejeitando o programa de equilíbrio das contas públicas: "O acordo com o FMI faz parte do passado e entrará definitivamente para a História na segunda-feira", afirmou.
Seu argumento é que a saída da Grécia levaria ao colapso total do euro e da união monetária europeia.
Se os partidos tradicionais venceram, pretendem renegociar os termos do ajuste para incluir elementos de estímulo ao crescimento, como defende o novo presidente da França, François Hollande. A Alemanha resiste a aceitar qualquer mudança.
Pela lei eleitoral do país, para facilitar a formação do governo, o partido vencedor ganha um bônus de 50 deputados no Parlamento de 300 cadeiras. Se a extrema esquerda ganhar, será difícil articular uma aliança capaz de governo a Grécia, que está em seu quinto ano seguido de recessão e depende de acordos feitos com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional para receber empréstimos de emergência e evitar um calote de sua dívida pública.
Se a extrema esquerda vencer, pretende denunciar os acordos. A Grécia não receberia a próxima parcela de uma ajuda de 240 bilhões de euros. Não teria como pagar nem os funcionários públicos. Seria pressionada a deixar a união monetária europeia, com consequências desastrosas para toda a economia mundial.
Alguns economistas estimam em até US$ 1 trilhão o prejuízo à economia mundial que seria causado por um calote grego, com risco de contágio para outras economias da Zona do Euro em dificuldades para pagar suas dívidas, como Portugal, Irlanda e especialmente Espanha e Itália, a terceira e quarta maior economias da região.
A esperança é que a Nova Democracia e o Partido Socialista Pan-Helênico (Pasok), que dominaram a política grega desde o fim da ditadura militar, nos anos 70, consigam a maioria de 151 deputados para formar um governo favorável aos acordos para pagar a dívida.
O elevado custo social do plano de ajuste fiscal, com queda estimada de 20% no produto interno bruto entre 2008 e 2012, cortes de empregos públicos, salários, pensões e aposentadorias, turbinou a votação dos partidos radicais de direita e esquerda. Os neonazistas do partido Aurora Dourada devem eleger deputados.
Nas últimas eleições, em 6 de maio, 70% votaram em partidos contrários aos acordos com a UE e o FMI, mas 75% são a favor de continuar fazendo parte da Eurozona. A ND ficou com 108 deputados, a Syriza com 52 cadeiras e o Pasok com 41.
O líder da extrema esquerda, Alexis Tsipras, fez campanha tentando convencer os gregos de que não serão excluídos da união monetária mesmo rejeitando o programa de equilíbrio das contas públicas: "O acordo com o FMI faz parte do passado e entrará definitivamente para a História na segunda-feira", afirmou.
Seu argumento é que a saída da Grécia levaria ao colapso total do euro e da união monetária europeia.
Se os partidos tradicionais venceram, pretendem renegociar os termos do ajuste para incluir elementos de estímulo ao crescimento, como defende o novo presidente da França, François Hollande. A Alemanha resiste a aceitar qualquer mudança.
Rio+20 exclui fundo de transição para economia verde
Sob pressão dos países ricos, liderados pelos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão, o comitê preparatório da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) excluiu a criação de um fundo de US$ 30 bilhões por ano para financiar a transição para uma economia verde, menos destruidora da natureza, uma reivindicação dos países em desenvolvimento, liderados por Brasil e China.
A três dias do início da reunião dos chefes de Estado e de governo, há consenso sobre apenas 40% do documento final e ele foi mais esvaziado.
Também não haverá a transformação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente numa agência como a Organização Mundial da Saúde, uma proposta da Europa. Nem os EUA nem os países em desenvolvimento querem ingerência externa em seus assuntos internos. Querem preservar o direito de destruir a natureza.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, embaixador Antônio Patriota, afirmou que o princípio de que os países desenvolvidos devem contribuir mais para a proteção ambiental será mantido.
Agora, espera-se que ao menos a Rio+20 chegue pelo menos a uma definição sobre o que é uma "economia verde", apresente uma nova metodologia do cálculo da riqueza das nações que desconte a destruição do meio ambiente e avance no estabelecimento de metas de desenvolvimento sustentável. Elas devem ser negociadas até 2015 para substituir as Metas de Desenvolvimento do Milênio, que visam a redução da pobreza.
A três dias do início da reunião dos chefes de Estado e de governo, há consenso sobre apenas 40% do documento final e ele foi mais esvaziado.
Também não haverá a transformação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente numa agência como a Organização Mundial da Saúde, uma proposta da Europa. Nem os EUA nem os países em desenvolvimento querem ingerência externa em seus assuntos internos. Querem preservar o direito de destruir a natureza.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, embaixador Antônio Patriota, afirmou que o princípio de que os países desenvolvidos devem contribuir mais para a proteção ambiental será mantido.
Agora, espera-se que ao menos a Rio+20 chegue pelo menos a uma definição sobre o que é uma "economia verde", apresente uma nova metodologia do cálculo da riqueza das nações que desconte a destruição do meio ambiente e avance no estabelecimento de metas de desenvolvimento sustentável. Elas devem ser negociadas até 2015 para substituir as Metas de Desenvolvimento do Milênio, que visam a redução da pobreza.
sábado, 16 de junho de 2012
Morre príncipe herdeiro da Arábia Saudita
O príncipe Nayef ben Abdul Aziz al-Saud, herdeiro do trono da Arábia Saudita, ministro do Interior desde 1975, morreu hoje aos 79 anos em Genebra, na Suíça. A causa da morte não foi revelada.
Suu Kyi recebe Nobel de Paz 21 anos depois
Ao receber hoje em Oslo, na Noruega, o Prêmio Nobel da Paz de 1991, a líder da oposição em Mianmar, a antiga Birmânia, Aung San Suu Kyi, declarou que "o problema do acesso à justiça no meu país não é um problema de uma pessoa só".
Suu Kyi passou a maior parte dos últimos 20 anos em prisão domiciliar. Foi libertada e se elegeu deputada. Muitos de seus correligionários continuam na cadeia, em condições muito difíceis.
Suu Kyi passou a maior parte dos últimos 20 anos em prisão domiciliar. Foi libertada e se elegeu deputada. Muitos de seus correligionários continuam na cadeia, em condições muito difíceis.
ONU suspende missão de observação na Síria
Por causa do aumento da violência, as Nações Unidas anunciaram hoje a suspensão das atividades de sua missão encarregada de monitorar a suposta trégua que deveria estar em vigor desde 12 de abril na guerra civil na Síria.
Em nota, o comandante da missão, general Robert Mood, declarou que estava suspendendo as patrulhas porque o banho de sangue estava colocando em risco as vidas dos observadores e impedindo-os de realizar sua tarefa.
A ONU sai da Síria, recolocando a pressão sobre os países-membros do Conselho de Segurança para tomem uma atitude. Os observadores desarmados estavam perdidos no meio do fogo cruzado, sem trégua para monitorar.
Em nota, o comandante da missão, general Robert Mood, declarou que estava suspendendo as patrulhas porque o banho de sangue estava colocando em risco as vidas dos observadores e impedindo-os de realizar sua tarefa.
A ONU sai da Síria, recolocando a pressão sobre os países-membros do Conselho de Segurança para tomem uma atitude. Os observadores desarmados estavam perdidos no meio do fogo cruzado, sem trégua para monitorar.
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Hollande deve ter maioria absoluta no parlamento
O Partido Socialista e seus aliados de esquerda devem obter maioria absoluta na Assembleia Nacional da França no segundo turno das eleições legislativas, a ser realizado neste domingo, garantindo o apoio parlamentar ao presidente François Hollande, eleito em 6 de maio.
Pelas últimas pesquisas, a esquerda deve eleger entre 324 e 364 deputados na Assembleia, de 577 cadeiras. A maioria é de 289.
Pelas últimas pesquisas, a esquerda deve eleger entre 324 e 364 deputados na Assembleia, de 577 cadeiras. A maioria é de 289.
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