Sob pressão dos países ricos, liderados pelos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão, o comitê preparatório da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) excluiu a criação de um fundo de US$ 30 bilhões por ano para financiar a transição para uma economia verde, menos destruidora da natureza, uma reivindicação dos países em desenvolvimento, liderados por Brasil e China.
A três dias do início da reunião dos chefes de Estado e de governo, há consenso sobre apenas 40% do documento final e ele foi mais esvaziado.
Também não haverá a transformação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente numa agência como a Organização Mundial da Saúde, uma proposta da Europa. Nem os EUA nem os países em desenvolvimento querem ingerência externa em seus assuntos internos. Querem preservar o direito de destruir a natureza.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, embaixador Antônio Patriota, afirmou que o princípio de que os países desenvolvidos devem contribuir mais para a proteção ambiental será mantido.
Agora, espera-se que ao menos a Rio+20 chegue pelo menos a uma definição sobre o que é uma "economia verde", apresente uma nova metodologia do cálculo da riqueza das nações que desconte a destruição do meio ambiente e avance no estabelecimento de metas de desenvolvimento sustentável. Elas devem ser negociadas até 2015 para substituir as Metas de Desenvolvimento do Milênio, que visam a redução da pobreza.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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