O ex-primeiro-ministro Yitzhak Shamir, que fez parte da luta armada para criar o Estado de Israel e foi considerado terrorista pelo Império Britânico, morreu hoje aos 96 anos.
Shamir foi o chefe de governo que ficou mais tempo no poder no país depois do fundador de Israel, David ben Gurion, de 1983 a 1984 e depois de 1986 a 1992, como líder do partido Likud, o mesmo do atual primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Com Mal de Alzheimer, estava afastado da vida pública há dez anos.
Linha dura, ele participou da Conferência de Madri, que lançou o processo de paz no Oriente Médio, em 30 e 31 de outubro de 1991, mas foi acusado de ampliar os assentamentos para tornar a colonização dos territórios árabes ocupados um fato consumado.
O então presidente George Herbert Walker Bush teve de suspender garantias de crédito dos Estados Unidos para Israel no valor de US$ 10 bilhões para forçar Shamir a congelar a colonização.
Só depois da vitória do trabalhista Yitzhak Rabin, em 1992, o processo de paz com os palestinos tomou impulso, o que levou aos Acordos de Oslo, ao aperto de mão entre Rabin e o líder da Organização para a Libertação da Palestina, Yasser Arafat, no jardim da Casa Branca, em 13 de setembro de 1993, e à criação da semiautônoma Autoridade Nacional Palestina no ano seguinte.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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