Com cerca de 47% dos votos, os partidos de esquerda venceram o primeiro turno das eleições legislativas da França, realizada neste domingo, anunciou a televisão francesa TV5 Monde assim que a votação foi encerrada. Isso consolida o poder do presidente socialista François Hollande, eleito em 6 de maio com uma plataforma de vencer a crise com crescimento econômico.
Pelas pesquisas de boca de urna, os partidos de centro-direita receberam 34% da votação e a Frente Nacional, de extrema direita, 13,6%. A abstenção de 42,77% de um total de 46 milhões de eleitores inscritos foi um recorde para a 5ª República, fundada pelo general Charles de Gaulle em 1958 para substituir o parlamentarismo por um semipresidencialismo.
Os resultados são apresentados desta maneira porque as esquerdas devem se unir sob a liderança do Partido Socialista no segundo turno, no próximo domingo, enquanto os partidos de centro-direita podem fazer alianças à esquerda para barrar candidatos da Frente Nacional e evitar que a extrema direita tenha representantes na Assembleia Nacional da França.
No sistema eleitoral francês, de voto distrital em dois turnos, esses percentuais devem garantir maioria parlamentar para o presidente socialista François Hollande. O primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault foi reeleito no primeiro turno. Já o líder da Frente de Esquerda, Jean-Luc Mélenchon, foi derrotado pela líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, e não vai para o segundo turno.
As projeções do jornal Le Monde e da Rádio France dão à esquerda de 305 a 353 deputados na nova Assembleia Nacional, contra 227 a 266 para a centro-direita e de zero a duas cadeiras, no máximo, para a ultradireita. A maioria absoluta exige pelo menos 289 deputados.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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