Para evitar uma vitória dos partidos extremistas nas eleições parlamentares de domingo na Grécia, a Europa acenou com a possibilidade de aumentar a margem de manobra do novo governo, se ele concordar em manter os acordos firmados com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para o país receber empréstimos de emergência no valor de 240 bilhões de euros.
As eleições anteriores, em 6 de maio, produziram um Parlamento dividido, incapaz de formar um governo. Se os partidos a favor dos acordos perderem no domingo, a Grécia não vai receber a próxima parcela do empréstimo, não terá como pagar suas dívidas e será pressionada a deixar a união monetária europeia, com consequência potencialmente catastróficas para a economia mundial.
"Os grandes objetivos não podem ser alterados", declarou um alto dirigente europeu, "mas certos elementos podem ser modificados".
As pesquisas indicam uma disputa apertada entre o tradicional partido conservador Nova Democracia, liderado por Antonis Samaras, e a coligação de extrema esquerda Syriza, liderada por Alexis Tsipras, de 37 anos, o garoto-problema da política grega. Ele fez campanha afirmando que a Europa não vai negar ajuda mesmo que a Grécia rejeite o rigoroso plano de ajuste fiscal que, somado à crise, deve causar um recuo de 20% do produto interno bruto grego em cinco anos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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