Como se suspeitava desde sua descoberta semanas atrás, os Estados Unidos e Israel criaram em conjunto o vírus Chama (Flame, em inglês) para atacar o programa nuclear do Irã e retardar o possível desenvolvimento de armas atômicas, admitiram altos funcionários americanos envolvidos no plano.
Quando o vírus Chama invade um computador, registra todos os comandos dados, os textos escritos, as conversas por microfone e todas as páginas visitadas na Internet. Ele não prejudica o funcionamento da máquina. É um vírus espião. Nenhum antivírus consegue neutralizá-lo.
A guerra cibernética israelo-americana contra o regime fundamentalista iraniano usou ainda o vírus Stuxnet para atacar as centrífugas enriquecedoras de urânio no Irã e está em pleno andamento. Com a coleta de dados, os dois países "preparam o campo de batalha para novas ações clandestinas", observou um ex-alto funcionário dos serviços secretos dos EUA, entrevistado pelo jornal The Washington Post.
Diante do fracasso de mais uma rodada de negociações entre o Irã, as cinco grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, Rússia, França e Reino Unido) e a Alemanha em torno do programa nuclear iraniano, o país deve ser submetido a sanções econômicas mais duras a partir de 1º de julho de 2012.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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